Just Friends - 2ª Temporada escrita por Laia


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Meu pooooovo, oi :)
Eu seei, demorei né? Mas me deem um credito tá? A primeira temporada foi postada tipo, em um mês e pouco eu acho, não sei exatamente... E como eu já disse, to cheeeeia de coisa pra fazer gente... E tenho outras duas fics que to tentando fazer, paciencia com a criança aqui pleeeease :(
Aaah, as coisas talvez aconteçam meio rapido, mas é que to com muita coisa pra criar pra voces, e poucos capitulos...
Maaaaaaas, tenho leitores lindos *-* obrigada por não me largarem ta? E aos novos, sejam bem vindos e espero que continuem sempre comigo.
Tia Laia ama voces viu? - eu to meio gay esses dias... Só não conto aqui pq né... Quem quiser saber me pergunte depois.
Chega de notas iniciais né? E para compensar minha ausencia, temos uma pegação hoje AEEEEEEE o/
Eu sei que voces goooooostam - cade os emoticons com a carinha maliciosa quando eu preciso? ¬¬
Chega de falar, pronto me calei :x



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478957/chapter/13

–Boa tarde, o que posso lhe servir? – questionei pela milésima vez no dia.

Estava tudo tranquilo – ou não. Talvez eu só estivesse esperando uma loucura total – e depois de guardar minhas coisas e tirar o casaco, peguei um bloco de anotações com uma caneta e comecei a atender as mesas, com o maior cuidado do mundo – porque a pessoa mais estabanada do mundo virar garçonete não pode ser boa coisa.

Eu estava indo muito bem, até ver um cara de cabelos loiros dispensando a outra garçonete.

–Ele disse que quer ser atendido por você Manuela – ela sussurrou ao passar por mim.

–Pode deixar, obrigada.

Ela sorriu e foi para a cozinha com passos apressados. Tirei o bloco e a caneta de dentro do bolso do avental, junto do cardápio e entreguei.

–Boa tarde, o que posso lhe servir hoje?

–Que tal parar de me ignorar?

–Isso não está disponível em nosso cardápio senhor.

Ele se ajeitou na cadeira, impaciente.

–Por favor Manu, conversa comigo.

–Eu to trabalhando Rodrigo, não pode achar que as coisas funcionam da sua maneira.

–E funcionam da sua então?

–Nesse caso sim! Agora escolhe alguma coisa ou dá o fora que eu to ocupada demais pra ouvir desculpas.

–Não vai me ouvir então?

–Não.

–Por quê?

–Porque teve meses pra se desculpar e decidiu só vir agora e ainda por cima, no meu primeiro dia de trabalho.

–Eu tentei te ligar...

–Não entende? Perdeu tempo, esquece Rodrigo...

–Passo o dia todo aqui se for preciso...

Ele não ia fazer isso...

Mas ele fez. Passaram vinte, trinta, quarenta minutos...

Voltei na mesa dele.

–Me encontra daqui duas horas pode ser?

–Onde?

–Onde você quiser, só some daqui.

–Te encontro na sorveteria então.

E assim foi feito. Meu expediente acabou e eu fui direto pra sorveteria. Ele estava lá, na mesma mesa em que conversamos da outra vez.

–Não tenho muito tempo.

–Vou ser rápido. Depois daquele dia em que... Você sabe... Enfim, eu esperei um tempo, tentando juntar palavras pra te pedir desculpas. Fui vez ou outra e parei na porta do seu prédio, sem coragem de subir. Quando eu enfim tomei coragem, você estava viajando. Fiquei sabendo pela Laura. Olha, eu vou entender se não quiser me ouvir ou me desculpar, mas quero que saiba que toda vez que eu entrava na sala de aula e você me ignorava... Aquilo doía. Antes de eu pisar na bola com você, éramos amigos certo? E eu acho isso muito importante e não quero perder.

Eu não tava com raiva dele, não mesmo...

–E morro de medo de já ter perdido – ele sussurrou.

–Não perdeu.

Ele levantou a cabeça, que estava baixa desde que eu tinha chegado, e me olhou confuso.

–Não?

–A amizade não. Mas é isso, e só.

–Eu já desencanei... Vocês estão juntos não é?

A resposta travou na minha garganta, e eu só confirmei com a cabeça.

–Eu já esperava por isso, eu... Espero que dê tudo certo pra vocês.

–Obrigada mas... Eu preciso ir antes que escureça por completo.

O céu apresentava um tom avermelhado, e estava apaixonante.

–Eu te acompanho – ele se ofereceu já pronto para levantar.

–Não precisa, obrigada.

Não nos despedimos. E eu segui para casa, com um peso dentro do peito, que eu sequer sabia o significado.

Assim que abri a porta fui envolvida pelo cheiro de comida recém tirada do forno.

–Demorou.

–O que é isso?

A mesinha da sala estava montada e tinha algo distribuído em dois pratos.

Ele se curvou e pegou minha mão, me conduzindo até a mesa.

–Antes de comer, eu nunca fiz isso e não sei se ficou bom. Agora vamos para a parte que eu sou um namorado fofo okay? – eu só assenti, prendendo o riso – Isso é mimo o bastante? Está tudo conforme você queria?

–Nem sei o que te dizer... Obrigada.

Lhe dei um beijo. Ele só sorriu. Me achem louca, mas ele ser tão perfeito me faz me sentir mal.

–Agora experimenta e mata com minha curiosidade.

Dei uma garfada. Deuses, o que era aquilo? Parecia terra com sal na minha boca.

Mas então lembrei que minha comida era uma droga, e ele tinha aguentado por tanto tempo...

–Ta ótimo! Uma delicia.

Me forcei a engolir e dei um gole no suco. Ele também deu uma garfada, fazendo uma careta em seguida.

–Gostou mesmo?

Neguei com a cabeça.

–Desculpa, mas isso ta horrível...

Ele afastou o prato e virou todo o copo de suco.

–Eu tentei...

–Não tem problema, eu nem tava com fome mesmo...

Mentira, meu estomago tava roncando!

–E como foi o primeiro dia?

–Ótimo.

Não contei mais nada.

***

Entrei no consultório e nem me importei com a careta que a secretaria fez. Hoje era minha ultima sessão.

–É Eduardo não é?

–Sim, por quê?

–Tenho um bilhete pra você.

Ela pegou um papel dobrado dentro de uma pasta e me entregou. Ela remarcou a sessão, não disse o por que.

–Obrigada.

Agradeci e sai. A Manu já tinha saído quando eu cheguei e eu passei a tarde sozinho, de novo.

***

Um mês.

Dois meses.

Três meses.

OMG quatro!

Eu realmente estava em algo serio. Isso já não me assustava tanto assim, mas ainda era algo novo pra mim. Graças aos deuses, o Edu sempre soube dos meus limites e pelo menos até agora, não reclamou de nada.

Era esquisito, as coisas estavam indo bem, talvez bem até demais. Sim, eu sou super negativa!

As tais sessões de fisioterapia tinham sido adiadas, não sei o motivo, ele não me disse e eu preferi não perguntar. Essa menina mexia com ele, e eu sabia disso. Mas quem sou eu alem de só a namorada dele pra cobrar algo?

Minha mãe mantinha contato, sempre perguntando sobre o Edu agora. Eu sabia que ela tentava tirar algo de mim, mas pelo menos até agora, não tinha conseguido.

Por que eu não contei? Eu não sei. Acho que não quero que ela saiba que eu não sou mais tão mocinha assim.

Ah, vocês me entenderam!

A faculdade voltou, as coisas estão meio puxadas... Mas eu to dando conta. Pelo menos até agora né...

O tempo parece estar correndo, e eu tenho medo de não conseguir acompanha-lo. Sabe como é isso? Quando você sente que daqui a pouco algo vai acontecer para estragar isso tudo que te cansa e ao mesmo tempo te faz tão bem.

Eu já mudei tanto... Digo, em relação a ele. No dois primeiros meses eu pensei que era só encanto de inicio de namoro, aquele tempo em que tudo é lindo, maravilhoso e perfeito, e você fica envolvido por alguma força inexplicável que não te deixa ver a pessoa de um jeito ruim ou enxergar qualquer coisa negativa. Mas eu não sei se é a convivência, o fato de morarmos juntos... Isso meio que deixa as coisas mais profundas, mais intensas... E mais complicadas. Eu não posso passar a noite com ele e sair pra minha casa de fininho, com a desculpa de ter faculdade de manha. Pra onde e vou? Pro meu quarto? Não é bem um limite certo? É da minha personalidade, não me aproximar muito, fugir, me afastar sem razão... Eu sei o quão sou complicada, e ele anda engolindo isso muito bem. Mas já percebeu que esse é o problema do encanto do relacionamento? Você engole, até ficar cheio, e na primeira chance, tudo aquilo que foi guardado sai de você, sendo jogado sobre a outra pessoa.

Várias vezes eu pensava que talvez tudo isso fosse só um erro, e não passasse disso entende? Mas ai, como se ele percebesse que eu estava pensando nisso, vinha e mudava minha opinião. E eram com coisas tão simples dele, um abraço, um beijo, alguma palhaçada.

Nossa, to até ficando melosa, olha só? Para com isso Manuela, fale sobre a pegação agora.

A gente vive se agarrando. Mentira.

Não, na verdade isso é verdade.

Ta, eu admito: é verdade.

Um dia desses cheguei do trabalho, depois de já ter ido direto da faculdade, e tudo que eu queria era um banho. Se eu lembrei de trancar as três portas?

Claro que... Não.

Se aconteceu alguma coisa? É claro que sim.

Se eu me arrependo por ter deixado as portas destrancadas? Nem um pouco.

Encostei as mãos no azulejo frio da parede e fiquei ali com a água escorrendo. O barulho da água caindo, por alguma razão, me relaxava.

Porem, quem lembra da porta destrancada? Pois é... Adivinhe só? Ela foi aberta. E eu sequer percebi, até tudo começar a acontecer.

Algo me puxou para fora da água, me atraindo para perto. As mãos envolta da minha cintura. Não demorou para ele estar encharcado também.

Tentei me soltar.

–Depois do banho eu juro que sou sua, mas por favor, deixa eu terminar aqui...

–Por que eu deixaria?

–Porque você é um cavalheiro e vai atender meu pedido?

–Resposta errada.

Ele afastou meu cabelo que estava molhado e colado na minha nuca. E ali mesmo ele começou. Meu corpo já parecia estar anestesiado, e eu mal sentia o caminho de beijos e mordidas que ele traçava no meu pescoço. Ah, cá entre nós: pescoço já é covardia!

–Me dá uma razão... Por que eu ficaria com você aqui e agora?

–Porque você não tem nada a perder, muito pelo contrario...

A sua voz saía meio abafada, entre um beijo e o outro. Sussurrava perto da minha orelha, e eu sentia todo meu corpo se arrepiar.

–E você tem?

–Só a roupa.

Cartada final! Fui vencida... Virei meu corpo e me deparei com o sorriso mais malicioso que já tinha visto. O beijo começou tranquilo, mas logo teve uma certa urgência. Segurei sua camisa, lhe puxando para baixo da água também. Ele ria, mas sem separar nossos lábios. As roupas não demoraram a ficar pesadas, mas isso não importava agora. Eu sequer me dei o trabalho de tentar censurar suas mãos, não havia razão para isso. Elas andavam livres pela minha pele molhada. Meus braços estavam envoltos nele, uma mexia em seus cabelos enquanto a outra estava cravada em seu pescoço. Ele me puxava pela cintura e eu o agarrava pela nuca. Meu corpo já estava meio curvado, fazendo com o que estivéssemos sem praticamente nenhum espaço entre nós.

Deuses, como isso era bom!

Ele tirou a camisa com uma certa dificuldade, pois o tecido molhado colava na pele. Assim que a camisa saiu, os fios molhados ficaram revoltos. Mordi seu lábio inferior, puxando enquanto ele fazia careta de dor. Mas sabe o tipo de dor boa?

Uma de suas mãos pousou na minha coxa, erguendo-a. O braço livre envolveu minha cintura e me ergueu. Não demorou para eu estar com as pernas envolta do seu corpo...

E o resto? Ah, o resto todo mundo já sabe o que rolou.

Onde eu tava antes desse calor chegar? Ah, parte melosa da Manuela...

Ele me transmitia algo que me fazia ter vontade de tentar. Me fazia ter vontade de ser mocinha, usar vestidos e sapatilhas. Não falar palavrões e agir como uma dama. Eu sabia que não era preciso, mas ele me dava vontade de tentar ser melhor, tanto para ele quanto para mim. Parece bobinho né? Mas para mim, isso é um enorme avanço!

E só agora eu paro pra perceber que to sorrindo feito uma idiota. Alguém tira esse sorriso da minha cara por favor? Puta que pariu, por que eu to sorrindo? Alguem me ajuda!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Sussurrava perto da minha orelha, e eu sentia todo meu corpo se arrepiar.

-E você tem?

-Só a roupa."
Só eu pirei nessa parte? Só? Tá bom então...
Momento in love da Manu... Quem curtiu?
E agora? O que voces querem que aconteça? Algum pedido especial?
Acho que por hoje é só isso mesmo... Um beeeeijos para todos tchuchucos :*