A Nova Geração escrita por BlindBandit


Capítulo 4
Uma Chegada Dupla




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Maka abriu os olhos de manha com o barulho vindo da rua . O outro lado de sua cama se encontrava vazio. Soul havia saído cedo para trabalhar, agora que ele arrumara um emprego em Shibusen,como professor Maka passava a maior parte do dia sozinha com seus livros.

Maka levantou-se da cama com dificuldade e caminhou desajeitadamente até a cozinha, onde encontrou um prato de panquecas um pouco frias, mas com um bilhete ao lado, dizendo.

“ Para a futura mamãe, cuja a barriga não deixa ela se aproximar do fogão o suficiente para cozinhar. “

Maka leu o bilhete com um sorriso no rosto, e sentou-se para tomar café. A neve nas ruas er densa, e caia cada vez mais, isso eliminou o passeio que ela havia programado com Liz, que também estava de repouso por causa da gravidez.

Maka então decidiu rever antigos vídeos caseiros. Ela abriu uma caixa de papelão onde havia uma pilha de vídeos. O primeiro que ela colocou era um vídeo seu de quando não tinha mais do que um ano e meio, andando de cavalinho nas costas de seu pai, tão jovem na época, com apenas 19 anos. Sua mãe, que gravava o vídeo, ria dos dois. Maka sentiu lágrimas queimarem em seus olhos. Ela sentia falta daqueles tempos. Dos tempos que seus pais se amavam.

O próximo vídeo era o primeiro dia de Maka em Shibusen, quando seu pai decidiu filma-la. Ela era baixinha, com os cabelos presos em Maria-chiquinha. Ela usava uma saia, uma blusa com gravata e um sobretudo preto, e sorria para a câmera de vez em quando, enquanto seu pai seguia-a pela casa, filmando tudo o que a garota fazia.

Ela tirou essa fita e a que colocou foi uma que ela própria havia gravado. Soul não devia ter mais do que doze anos, e tirava suas coisas de caixas de papelão.

–Soul! Sorria para a câmera! - disse Maka com uma voz infantil.

– Oh, Maka, o que você está fazendo? – disse ele se aproximando da câmera – Você está filmando?

– Sim – ela disse – Espere um pouco.

A filmagem balançou um pouco enquanto Maka colocava a câmera em cima da mesa. Então a garota foi para a frente da câmera, ao lado de Soul.

– Olá! Eu Soul Maka Albarn e esse é Soul Eater Evans, meu parceiro.

– Ei, não fale meu nome inteiro – disse Soul.

– Ok... e ele é a minha arma, nos estudamos em Shibusen e agora somos parceiros, então ele está se mudando para meu apartamento.

– Maka... com quem você está falando? Isso é so uma câmera.

– MAKA CHOMP!

– OH, já disse para parar com isso garota!

– E eu já disse para você parar de ser estúpido! - Ela disse rindo , e depois fechou a porta atrás de si.

A filmagem ficou sem ninguém, então Soul passou na frente, olhou para a câmera e se aproximou dizendo – Como desliga essa coisa? – antes de tudo ficar escuro.

Maka ria sentada no sofá, aninhada nas cobertas enquanto assistia a filmagem vários vídeos foram assistidos, e o dia acabou antes que Maka notasse. Soul abriu a porta do apartamento enquanto ela assistia ao vídeo do casamento deles. Maka vestida toda de branco dançava com Soul, cercada apenas por os outros dois casais. Mas nessa filmagem, eles não passavam de figurantes, o sorriso no rosto de Maka do vídeo era quase tão grande quanto o sorriso da Maka grávida sentada no sofá.

Soul sentou do seu lado e terminou de assistir ao vídeo com ela, e quando a tela ficou preta, ele olhou-a nos olhos e disse:

– Eu te amo. – antes de se levantar e ir para o quarto trocar de roupa.

Maka decidiu guardar os filmes, mas no momento que ela se abaixou para os pegar, ela sentiu uma dor cortante dentro de si.

– Soul! – ela chamou, acompanhada de um grito de dor.

Soul apareceu correndo, usando só calças jeans.

– Maka, o que houve? – ele perguntou desesperado.

– O bebe... está vindo – ela disse antes de outro ataque de contrações, que a fez cair de joelhos no chão.

– E o que eu faço? – Soul parecia a beira de um ataque de nervos – Temos que ir para o hospital!

– Não dá – disse Maka, se levantando com dificuldade quando o ataque de contrações passou. - Está nevando muito, não dá pra sair com o carro.

– Oh merda! – então o que faremos?

– Vá buscar Dra Lee. – disse Maka.

– Mas... ela mora a varias quadras daqui... você...

– Vá logo Soul! Eu vou ficar bem. – ela disse beijando-lhe a face. Antes do garoto sair correndo porta a fora.

Maka caminhou desajeitadamente até a cama, onde, entre contrações cada vez mais fortes, ela esperou a volta de Soul. Ela não sabia quanto tempo havia se passado, mas ela pode ver uma figura de cabelos brancos correndo na rua, seguido por uma mulher de cabelos negros e uma maleta nas mãos. E outra mulher de cabelos curtos seguia ela.

– Maka! Maka! Onde está você? – gritou Soul quando adentrou o apartamento.

– Estou aqui! – ela gritou de um dos quartos.

– Oh, graças a deus – ele disse quando a encontrou.

– Soul, você fez um ótimo trabalho me trazendo aqui, agora você já pode esperar lá fora.

– Nem pensar – ele disse firmemente, segurando a mão de Maka.

– Soul, é melhor – disse Maka.

– Eu disse que não. – ele respondeu para Maka, enquanto seus olhos vermelhos pegavam fogo. – Eu já vivi situações piores com você Maka, não vou deixar você sofrendo aqui sozinha.

– Obrigada – disse Maka, beijando a mão de Soul.

– Se é assim, vamos começar. – disse a médica.

...

– Empurre – falava a medica – Força Maka, empurre!

Maka gritava, e Soul segurava a sua mão. Ela a apertava tanto que onde Maka cravava as unhas sangue saia da pele de Soul.

– Vamos Maka! Já posso ver a cabeça, continue empurrando! Isso, agora os ombros, os braços, barriga, perninhas e enfim os pezinhos! – disse a mulher erguendo o bebe. – É um menino! E, espere, tem mais alguém? Empurre Maka! – disse a Medica. Ela havia dado o garotinho nos braços de sua ajudante. – Ok, mais uma cabecinha, continue fazendo força, ombrinhos, bracinhos barriguinha e mais dois pezinhos! – Uma menininha! - ela disse – Pode relaxar Maka, você fez um ótimo trabalho.

Maka soltou um suspiro de alivio, e Soul beijou-lhe o topo de cabeça, com lágrimas escorrendo dos olhos.

A médica entregou nos braços de Maka duas crianças, idênticas como gotas d’água, menos entre as pernas. Elas tinham a pele branca assim como a de Maka, e os cabelos brancos de Soul. A garotinha abriu os olhos e revelou-os vermelhos.

– Ela tem seus olhos – disse Maka para Soul.

O garotinho fez o mesmo, mas seus olhos eram de um verde profundo.

– E ele os seus – disse Soul. Tomando a garotinha nos braços. – Como vamos chama-los?

– Hmmm... eu gosto de Ryan para ele. – disse Maka, acariciando o tufo de cabelos brancos do garoto.

– Eu gosto de Ryan também... e o que você acha de Kiyoko para ela?

– Kiyoko? É um lindo nome – disse Maka.

Eles ficaram sentados, lado a lado, embalando seus mais novos filhos, os quais esperaram por tanto tempo.

Maka saiu para tomar banho e comer alguma coisa, e quando ela voltou para o quarto, encontrou Soul e os gêmeos, todos adormecidos na cama de casal. A cabeça de um dos bebes, o pequeno Ryan, estava apoiada no antebraço dele, e a garotinha estava aninhada em seu peito. Ele tinha uma das mãos segurando-a, e ela subia e descia conforme o pai respirava.

Maka sorriu ao ver a cena, e ao invez de se deitar ao lado dele, correu até a sala e pegou a antiga filmadora. Ela ligou-a e disse.

– A primeira noite dos gêmeos e o seu querido papai – disse enquanto entrava no quarto a fim de filmar a cena, que não durou nem trinta segundos, até o garotinho abrir os olhos verdes e começar a chorar. Soul levantou o corpo assustado, e trazendo ambas as crianças para perto de si com cuidado.

– Maka, pare de filmar, eu acho que ele está com fome. – disse Soul, e isso foi a ultima coisa que o vídeo captou antes de ser desligado.

– Eles são tão pequenos – disse Soul quando Maka colocou Ryan em seu seio.

– Eles são lindos. – ela disse.

Ryan terminou sua refeição e logo começou a fechar os olhos, assim que Maka começou a cantar uma doce canção de ninar.

– Eu não sabia que você podia cantar – disse Soul.

– Minha mãe costumava cantar para mim quando eu era pequena. Ela tinha a voz doce como o mel. Ela sempre me fazia dormir a noite.

– Parece que você herdou isso dela. – Soul observou quando viu o bebe adormecido em seus braços.

A garotinha agora tinha os grandes olhos abertos, e estendia o braço em direção a mãe. Maka a pegou com um dos braços e com o outro passou o garotinho adormecido para os braços de Soul. Depois de ter mamado, Maka cantou para a recém-nascida também. Ela demorou um pouco mais para dormir, mas quando finalmente o fez, Maka viu que Soul também dormia ao seu lado. Eram oito horas da manha, e com essa loucura de parto e os bebes, eles haviam virado a noite, portanto Soul estava exausto, e Maka começava a sentir seus olhos pesados. Ela apoiou Kiyoko em um dos braços, e com o outro, fechou a grossa cortina deixando o quarto em quase completa escuridão. Depois ela aninhou a garotinha entre eles, e logo juntou-se a sua família em seu sono.


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Notas finais do capítulo

estou completamente apaixonada por esses bebes*-*



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