Give In To Me escrita por DanyellaRomanoff


Capítulo 4
Sobre Sonhos e Planos.


Notas iniciais do capítulo

Olá xD Deveria ter postado ontem mas não consegui, tive muita dificuldade em me agradar desse capítulo. Mas enfim, aqui vai mais um e espero muito que gostem, e comentem (:



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– Sentir Elsa, você tem que sentir.

Inferno, ela estava sentindo! Ele a chamou pelo nome. Sentiu um arrepio diferente a percorrer, não era tremor. Era algo bom e novo para ela. O calor interno já a consumia, sua respiração, se não estivesse comprometida pelo beijo, já estaria estável. Por mais que quisesse estapear Hans naquele instante, se sentiu grata pelo atrevimento do rapaz, aquilo conseguiu acalmá-la. Elsa sentiu uma enorme umidade sob si, era o seu gelo. Derretendo.

– O frio está ficando mais brando – alguém comentou.

A firmeza do chão sob a jovem foi substituída pela firmeza das mãos de Hans, ele a carregou para dentro. Anna que até então só observava a tudo atônita, os seguiu. Passou-se um tempo, Elsa não conseguia dizer quanto. Seu estômago embrulhava de fome, até que um líquido quente tocou seus lábios e tomou sua boca, e o cheiro era inconfundível, chocolate quente. Já estava se sentindo melhor, como se tivesse acordado de um sonho, aliás, um pesadelo.

– Oh, Anna – sorriu ao ver a irmã preocupada.

– Se lembra do que aconteceu ? – Anna terminou de dar o chocolate à irmã e depositou a enorme xícara na mesa de cabeceira. Elsa olhou em volta, já estavam nos aposentos reais. Franziu o cenho pensativa e após processar tudo o que havia acontecido, sua feição se contorceu em desgosto.

– Lembro até demais.

– Elsa, o que foi aquilo? Olha, foi assustador, pensei que Arendelle fosse congelar de novo. – Anna gesticulava frenética – E quando eu vi você caída no chão, nossa eu morri de medo do que pudesse te acontecer! Elsa, nunca mais você vai trancar esse porta ouviu? – Disse a irmã mais nova apontando para a porta, mudando de preocupada para carrancuda em segundos. – Eu ainda estou em choque. E Hans? Estou confusa, por que ele está aqui? Você o convidou? Ele te beijou, e de repente conseguiu fazer você melhorar! Eu não consegui! Sinto-me péssima, e se aquele imbecil não tivesse te beijado? Em que situação estaria agora? Sabe, ele tentou entrar aqui, mas eu fechei a cara pra ele e acho que ele entendeu o recado – Ela enfim respirou enciumada, dando uma brecha para a irmã mais velha responder.

– Eu realmente queria saber responder suas perguntas Anna – Elsa lançou um sorriso triste à jovem ao seu lado – Quanto a Hans, ele está aqui por um motivo que eu temia ser o verdadeiro. Está aqui porque eu permiti, mas não foi minha intenção. De qualquer forma, você fez bem em não deixa-lo entrar. Perdão, Anna. – Pediu em meio a um longo suspiro.

– Tudo bem. Vou deixar você descansar. – A caçula respondeu mais calma, e a rainha agradeceu pela tomada de decisão da irmã, precisava ficar só para por seus pensamentos no lugar. Ambas se abraçaram e Anna saiu. Quando teve certeza de que ninguém a observava, a mulher encolheu-se e se permitiu afundar na própria angústia. Não, por mais que desejasse, que achasse melhor, ela não derramou uma lágrima, chorar era uma proeza para ela, poderia contar nos dedos as vezes em que chorou.

Passou a vida inteira fazendo sacrifícios dos quais não se arrependia, mas não poderia negar o seu cansaço em relação a isso, era ironicamente incrível como nem a sua primeira experiência de tocar os lábios de alguém escapou de ser sacrificada. Seu primeiro beijo não poderia ter sido pior, não deveria ter sido com ELE, não deveria ter sido daquele jeito, no meio daquele alvoroço. E acima de tudo, ela não deveria ter gostado. Elsa pôs o indicador em seu lábio inferior, lembrando-se dos lábios de Hans.

– Meu Deus ... – suas mãos subiram aos seus cabelos loiros, agora soltos, tentou se acomodar, fechar os olhos e não pensar nele, nem nos braços dele, nem no calor que ele emanava; respirou fundo e suas pálpebras começaram a pesar.

Quando se deu conta estava sonhando, uma figura entrou pela sacada de seu quarto, os vidros da janela, embaçados, a impediram, inicialmente, de ver quem era até que estes se abriram deixando uma lufada de ar frio entrar. Era Hans, novamente. Seu primeiro pensamento foi se levantar dali e manda-lo embora, mas ele estava em vantagem, já que em seus sonhos Elsa costumava se encontrar entorpecida, isso quando dormia após grande estresse, era como se seu corpo não a obedecesse. Ele se aproximou lentamente, como se não quisesse ser notado ali. O desconforto que tomara a jovem, por uns segundos deu lugar à esperança, pensou consigo mesma, vangloriando-se da própria esperteza. Se estava dormindo, poderia acontecer o que fosse, quando acordasse estaria tudo acabado. Porém a satisfação que esperava sentir, não veio. Tal convicção não surtiu o efeito desejado, sentiu-se surpresa ao perceber que o fato da visita de Hans ser irreal não a agradou como queria. Ele se abaixou próximo à borda da cama.

Hans, enquanto descia as escadarias do castelo resmungando consigo mesmo por não ter conseguido entrar no quarto de Elsa, esbarrou em um Kristoff igualmente distraído. Ambos de primeira não notaram com quem estavam lidando, mas após o reconhecimento, o homem das montanhas avançou para o príncipe apontando-lhe o indicador.

– Escute aqui, se eu sonhar que você ao menos triscou em Anna e em Elsa ... – começou Kristoff, mas Hans levantou uma mão para calá-lo, e por não ter o menor jeito para discussões, o homem preferiu escutar o que o príncipe tinha a dizer.

– Ouça companheiro, eu... Trisquei nas duas até mais do que devia – Disse o príncipe vagarosamente, mas logo tratou de se apressar quando o loiro a sua frente deu sinais de querer soca-lo – Mas, tive bons motivos para isso. E agora vejo que preciso de sua ajuda para uma coisa, aliás, pense que estará ajudando a Rainha Elsa, e a princesa Anna também.

– Certo, tem minha atenção, pode falar. – Emitiu o outro, já suavizando a carranca.

– Sei que Anna vai procura-lo logo, ou já deve estar fazendo isso. Mas preciso que me ouça antes dela vir falar com você, porque tudo o que fiz, embora ela e a rainha não queiram compreender, foi para o bem de Arendelle. Bom – Hans suspirou reunindo paciência para contar – Eu beijei Elsa. – Ao mencionar o ato, o príncipe pareceu se perder em pensamentos em alguns segundos, ainda parecia se perguntar como chegou até ali, como aquilo foi acontecer, depois prosseguiu – Eu a beijei porque ouvi dizer, há um tempo, que um ato de amor verdadeiro esquenta um coração congelado.

– Uh, ato de amor verdadeiro. Foi o que salvou minha Anna da morte. – Kristoff sorriu debilmente, e Hans apenas olhou para cima esperando que ele voltasse a si. – O amor das irmãs, era desse amor que o grande vô Pabbie estava falando naquele dia, um amor transparente e incondicional... – Como Hans esperou pacientemente, o sorriso do rapaz se desfez, dando lugar a uma plena preocupação – Mas... Anna está inconsolável, na verdade, Hans, eu já a encontrei, e como ela estava com pressa para levar chocolate quente para Elsa, pouco conversamos. Ela apenas me disse que estava com medo de que o amor das duas não fosse mais o mesmo, porque ela não conseguiu fazer a rainha se recompor.

– Eu não acredito que seja isso, Kristoff. – Hans ponderou ambos pareciam se sentir mais confortáveis com a presença um do outro. – Pelo que pude ver, a majestade parecia estar sendo açoitada pelo próprio gelo, mas quando Anna tentou fazê-la se sentir amada enquanto ela estava congelando tudo, não funcionou certo? Bom, eu senti que não funcionaria, porque ela não estava com o coração literalmente congelado como Anna esteve naquele dia do incidente. – Hans que antes fitava o chão gesticulando enquanto explicava tudo, parou para olhar Kristoff e certificar-se de que estava sendo entendido. O loiro o encorajou a continuar, parecia fazer algum sentido afinal. – Foi aí que eu resolvi fazer algo, sabe me veio um lampejo, uma ideia. Eu presumi que precisava aquecê-la por dentro, com algo intenso, algo que ela nunca tivesse experimentado antes, algo que a surpreendesse e a fizesse esquecer-se da situação em que se encontrava algo que eu não me atreveria a dizer que é mais forte que um amor fraternal. Prefiro não fazer comparações sobre algo que não conheço – Sibilou as últimas palavras amargamente, decerto Kristoff o estava olhando com curiosidade, mas dane-se, ele já havia desistido de esconder sua amargura quando mencionava família e irmandade. – No entanto eu sei que seria algo diferente. Entendeu? – Disse por fim, alteando o tom da voz e engasgando-se num pigarro.

– Sim, sim... Mas só não entendi uma coisa, por que o fiorde continua congelado já que você deu o beijo da cura na rainha de gelo? – Kristoff fez uma careta, Hans revirou os olhos e continuou.

– Pensei sobre isso, acho que o beijo ainda foi fraco demais pra fazê-la descongelar um reino inteiro, só consegui fazer a temperatura aumentar consideravelmente, além disso, estávamos perto da estação do inverno, o incidente de hoje à noite só acelerou o processo, fazendo o inverno chegar mais cedo e mais rigoroso. Mas ainda tenho muitas dúvidas sobre isso. – O príncipe franziu o cenho no meio de sua reflexão – E eu já ouvi falar que há criaturas que tem bastante conhecimento sobre magia, e que você foi criado por eles, os Trolls.

– Já vi eles esclarecerem sobre o gelo duas vezes – O rapaz já parecia manifestar mais confiança no príncipe – O quer que eu faça? – Ele ergueu uma sobrancelha

– Quero que me ajude a levar a rainha Elsa até eles. – disse o homem firmemente.

– Por Elsa, e por Anna. – Kristoff assentiu.


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Notas finais do capítulo

Acho que não tenho mais o que dizer, exceto que ainda temos muito chão pela frente nessa história. Deixo meu costumeiro recado para o além, materializem-se fantasmas rs Não deixem de acompanhar, comentar, favoritar, etc. Beijosmil ;)