Monster or not escrita por Sophie Valdez


Capítulo 7
Magic is dangerous


Notas iniciais do capítulo

Hey Oncers!
Eu sei que demorei eras e eras para postar e vou explicar por que:
Eu tenho outras fics, sobre Harry Potter, e estava tentando avançar nelas, e estou prestes e concluir uma, e então, terem mais tempo para postar na Monster or not.

Eu juro que não vou demorar mais taaanto assim.

Obrigada a todos os comentarios e novos leitorees!! Bem vindos! *-*

Boa leitura e Welcome to Neverland my dears!!!!



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Sorte não era bem o que eu estava tento desde que cheguei em Neverland. Primeiro, eu vim aqui na esperança de encontrar Bae e ir embora com ele para nossa casa, mas infelizmente ele não está mais aqui. Segundo, Félix parecia focado em fazer da minha vida um inferno toda vez que me via. Eu não podia ir para casa e para completar toda a situação, tinha Peter.

Peter Pan era a pessoa mais complexa que eu já conheci. Ele era um monstro, cruel e frio que estava sempre pensando no seu sucesso e na sua vitória, sem ligar para mais ninguém alem dele mesmo. Ele prendia aqueles meninos ali e os transformava em seu exercito pessoal. Ele matava, prendia e maltratava. E o pior de tudo, ele mexia de uma forma estranha comigo.

Peter era um mistério para mim. Ora era um menino misterioso e atraente, que me despertava uma curiosidade boa de se sentir. Mas em outro momento era vontava a ser aquele idiota monstruoso.

Já pensei que ele talvez fosse só complicado, e que no fundo, por trás de toda aquela mascara de vilão, havia uma menino legal. Mas então eu acordava, e percebia que sempre que ele era legal comigo, ele estava pensando no plano que ele quer minha ajuda. Eu sou só uma peça no seu jogo perigoso de xadrez, uma peça que ele não hesitaria em dispensar. E enquanto o jogo não começa, ele se diverte comigo.

*

Não dá para saber o tempo exato nessa ilha, por mais que você se empenhe em contar os dias, você sempre perde a conta. Mas enfim, apesar disso, já se fazia muito tempo que eu estava com Tinkerbell, a ex-fada.

Ela era uma mulher bastante complexa e misteriosa também, e isso me faz pensar se isso são qualidades típicas dos habitantes de Neverland. Tinker parecia ter alguma mágoa guardada, algo que aconteceu em seu passado e que a assombra todos os dias, acho que tem haver com as asas, mas eu prefiro não perguntar.

Fora essa atitude, ela é bem simpática e eu aprendi a ser sua amiga. Tinker saia pela floresta todos os dias, de manhã, e as vezes voltava a noite, as vezes não. Os meninos perdidos confiavam nela, e vez ou outra ela trazia noticias sobre o acampamento de Peter.

Outra coisa que ela me contava era sobre piratas. Pelo jeito, muitos piratas apareciam nos mares que rodeavam a ilha de Neverland, mas o mais conhecido por ali era o Jolly Roger, o navio do Capitão Hook. Eu tinha curiosidade sobre piratas, e sempre tentava tirar informações da fada, mas ela nunca me dava respostas concretas.

_ Sua curiosidade pode de salvar, da mesma maneira que pode te por em perigo. – era o que Tinkerbell dizia comumente. E eu estranhamente concordava com ela.

No tempo que Tink ficava se aventurando, eu ajeitava a casa dela, andava por ali perto e, em segredo, praticava algumas coisas com a magia da ilha. Desde que Tinkerbell me contou sobre como funcionava a magia dali, eu não tive problema. Era só acreditar, e isso não era tão complicado.

Era em um desses momentos que eu estava agora. Estava sentada no meio da cabana, fazendo algumas flores se abrirem, testando se essa coisa funcionava tanto com coisas sem vida, quando coisas com vida. Conseguia fazer um graveto se transformar em uma flecha, ou em uma adaga. Conseguiria fazer uma raiz crescer e enroscar no pé de alguém?

Eu nega totalmente para Tinker, mas meu propósito em treinar meu controle sobre a magia da ilha era bem simples. Eu queria sair dali, e só sairia com a permissão de Peter, ou então... eu o vencia e o obrigava a me levar para casa.

Respirei bem fundo e tentei fazer o broto de flor - que estava em um vazinho improvisado – crescer, se abrir, qualquer coisa.

É só acreditar. Acreditar.

_ Eu acredito. – murmuro como um mantra e me concentro no broto. – Eu acredito.

Quase que impercebivelmente, o broto da uma leve crescida, eu dou um meio sorriso e me concentro mais confiante, e logo o broto começa a se abrir, já conseguia ver o cor rosa aparecer...

– O que você está fazendo? – uma voz diz atras de mim, me fazendo sobressaltar. Assustada, eu me viro e encontro o olhar severo de Tinkerbell sobre mim. – O que você está fazendo Wendy?

_ Nada... Nada de mais. – digo evitando seu olhar.

_ Não parece um nada.

_ Eu só estava treinando um pouco. Tentando controlar a magia da ilha. – explico um pouco menos hesitante. – Você me disse que é muito raro alguém ter um coração crente, apesar de eu não saber o porque de tanta raridade... É tão difícil simplesmente acreditar?

_ Na maioria das vezes. – ela me responde com uma voz cansada. – Não é somente sobre acreditar na magia, é sobre acreditar em si mesmo. E isso é o mais complicado...

_ Não acho tanto assim...

_ Não importa agora Wendy. – ela me corta aumentando o tom de voz. – O que importa, é que se fosse Peter ao invés de mim agora, te pegando praticando isso, a essa hora você já estaria morta.

_ Morta? – repito em choque. – V-Você... você acha que... Peter me mataria?

_ Acho. Na verdade, acho que ele nem hesitaria. – ela responde seriamente e sinto uma estranha pontada no peito, algo que eu não sou acostumada a sentir.

_ Eu não acho. – murmuro bem baixinho, mas Tinker me ouve e arqueia as sobrancelhas. – Peter precisa de mim!

_ Ah! Precisa? – ela repete com desdém.

_ Sim... Não... Não desse jeito. Ele... Ele precisa de mim, para o plano dele. – digo nervosa, ainda mais pelo olhar analítico da fada sobre mim. – Não que eu vá ajudá-lo... Mas ele ameaçou meus irmãos... Argh! Isso é tão confuso!

_ Wendy, me ouça, por favor. – ela diz segurando meus ombros. – Eu não sei o que está acontecendo entre você e Peter... – abro a boca para dizer que nada está acontecendo mas ela não deixa eu falar. – Eu SEI que está acontecendo ou aconteceu alguma coisa. Mas o que você tem que entender é que Peter é um monstro. Ele não liga, ou nem tem sentimentos Wendy, ele só quer poder! E por poder... ele faria qualquer coisa. Por isso eu digo, essa habilidade que você tem, esse dom, esse coração puro... é algo muito poderoso, e Peter não pensaria duas vezes antes de te matar para tomar isso de você.

_ Eu já entendi isso. – digo abaixando o olhar. – Eu sei que ele é um monstro. Que só quer me usar... Eu não sou nada para ele.

Novamente sinto aquela pontada estranha no meu peito. Porque sinto isso toda vez que ouço a verdade sobre Peter?

_ Eu não disse que você não é nada para ele. – ela diz com um olhar pensativo, eu franzo a testa em duvida e ela suspira. – Peter... tem agido estranho ultimamente... Ele age de maneira imprevisível quando se trata de você.

_ O que quer dizer? – pergunto confusa e ela me encara, balançando a cabeça como se quisesse afastar algum pensamento inconveniente.

_ Nada. Nada... Wendy, se concentre em viver em segurança, o mais longe possível de Pan e sem se arriscar com a magia. – ela diz se virando e começando a preparar algumas frutas para comer. – Magia é perigosa Wendy Darling... E sempre tem um preço.

_ Mas também pode ser uma coisa maravilhosa Tinker. – respondo suspirando e recebo o silencio como resposta.

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_ Wendy? Wendy! – ouço Tinker chamar e corro pelas poucas arvores até a escada para a casa dela. A ex-fada estava parada ali, com sua habitual bolsa a tira colo e uma expressão desconfiada. - Onde estava?

_ Fui andar um pouco. – respondo e ela estreita os olhos desconfiada. – Eu juro.

_ Cuidado ao ficar andando por aí. – ela diz ajeitando o cabelo no coque alto. – Ouvi rumores de que Félix ficaria eufórico se achasse você no meio da floresta.

_ Ele é maluco.

_ Então abro seus olhos. – ela rebate com calma. – Mas eu não vim mais cedo para te avisar sobre isso... Eu quero te levar até um...um conhecido.

_ Quem?

_ Capitão Hook. – ela responde e eu me animo na hora.Desde pequena minhas histórias, que eu contava para meus irmãos ou inventava com eles, eram rodeadas de piratas, com seus navios, espadas, tapa-olhos e cantigas animadas sobre furto e rum.

_ Vou mesmo conhecer os piratas? Em um navio de verdade? Com um capitão, e um mastro e uma prancha? – pergunto rápido e tenho certeza que meus olhos estão brilhando.

_ Sim, vai sim. E com tudo isso. – Tinker responde com uma careta engraçada. – Mas não fique tão animada. Piratas são canalhas, cafajestes... O navio é muito bagunçado, e vamos atras de informações.

_ Informações? – repito inclinando a cabeça.

_ Sim. Demorou muito, mas consegui ter um pouco da confiança do Capitão... – ela explica acenando e entrando na trilha da floresta. – Entenda Wendy, o que você mais quer é sair dessa ilha, e se tem alguém que pode te ajudar nisso, desafiando Pan... Esse alguém é Killiam Jones.

POV PETER

Aproveitei que Félix parecia distraído na fogueira, onde os meninos perdidos pulavam e se divertiam, e me esgueirei pela floresta. Já fazia tempo que não via Wendy. Por causa da marcação de Félix, só tinha noticias da Darling através de uma ou outra coisa que conseguis retirar de Tinkerbell, mas não podia perguntar muito, afinal ela sempre me perguntava o porque de tanto interesse na garota. Portanto, só tinha certeza de que ela estava bem, e pronto.

Afinal? Porque eu me importava com o bem estar de Wendy? A única coisa que poderia me importar naquela Wendy é ela estar bem o suficiente para me ajudar com meus planos futuros. Mas ultimamente eu tenho sentido uma estranha vontade de saber se ela está realmente bem, e isso é uma coisa terrível e perigosa.

Já senti algo parecido, antes de ser quem eu sou hoje. E é por isso que meu cérebro grita para que eu pare de andar e pare de pensar nessa menina. Tenho que me concentrar em achar o verdadeiro crente, e garantir minha vida em Neverland. Wendy é só mais um peão no jogo. Só.

Mas contrariando minha consciência eu já estava a poucos metros da casa da fada sem asas. Já estava me aproximando na escada quando ouvi passos no topo da arvore, me afastei rapidamente e me escondi a tempo de ver Wendy descer as escadas, ela estava com as mesmas roupas de sempre, um vestido branco, rasgado na saia e amarrado na cintura. Seus cabelos estavam presos e ela parecia apreensiva. Wendy olhou para todos os lados antes de largar as escadas e caminhar hesitante pela pequena clareira.

Me escondi nas sombras e passei a observa-la andar pela floresta, sem se afastar muito, e sempre hesitante. Wendy andou até um pequenino córrego que tinha ali, tão pequeno que a água mal cobria as rochas. Ela se agachou e lavou o rosto, as mãos e a nuca, e ficou observando a luz do sol atravessar a copa das arvores.

Por um momento eu me esqueci dos meus planos e comecei a avançar até ela, talvez provoca-la, irrita-la... me divertir. Mas o voz de Tinkerbell me fez voltar as sombras.
_ Fui andar um pouco. –escuto Wendy responder e me ajeito agilmente sobre uma das arvores para observar as duas conversando. – Eu juro. – Wendy afirma sob o olhar desconfiado da fada.

_ Cuidado ao ficar andando por aí. – ela diz ajeitando o cabelo no coque alto. – Ouvi rumores de que Félix ficaria eufórico se achasse você no meio da floresta.

Claro, Félix certamente não estava obedecendo minhas ordens quando o assunto é Wendy. Mas eu resolveria isso ainda hoje.

_ Ele é maluco. – Wendy comenta. E eu concordo, ele é maluco por não me obedecer.

_ Então abra seus olhos. – Tinkerbell avisa calmamente. – Mas eu não vim mais cedo para te avisar sobre isso... Eu quero te levar até um...um conhecido.

_ Quem? – Wendy pergunta e eu me inclino curioso. Quem poderia ser apresentado?

_ Capitão Hook. –Tinker responde eu me reviro os olhos irritado. Porque diabos ela vai apresentar Wendy a um pirata? Ainda mais aquele pirata.

_ Vou mesmo conhecer os piratas? Em um navio de verdade? Com um capitão, e um mastro e uma prancha? – Wendy começa a pergunta rápido e animada, com os olhos brilhando.

Não entendi porque tanta animação.

_ Sim, vai sim. E com tudo isso. – Tinker responde com uma careta engraçada. – Mas não fique tão animada. Piratas são canalhas, cafajestes... O navio é muito bagunçado, e vamos atras de informações.

_ Informações? – Wendy repete.

_ Sim. Demorou muito, mas consegui ter um pouco da confiança do Capitão... – Tink explica acenando e entrando na trilha da floresta. Ela para bem embaixo da arvore onde estou e se vira para Wendy – Entenda Wendy, o que você mais quer é sair dessa ilha, e se tem alguém que pode te ajudar nisso, desafiando Pan... Esse alguém é Killiam Jones.

Wendy afirma e elas seguem para o litoral enquanto meu cérebro trabalha furiosamente. Eu havia decidido deixar Wendy livre na ilha até o momento em que precisaria dela, mas isso só daria certo se ela fosse uma boa menina e ficasse com Tink. Mas ir atrás de piratas por ajuda mudava o cenário.

Wendy não podia ir embora, e eu sabia que Hook poderia conseguir algo para ir embora. Eu precisava de Wendy.

Wendy não iria embora. E se para isso eu precisasse prende-la, se eu precisasse prende-la para que ela não fosse embora, era isso que eu faria.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Foi um caps bem parado, mas prometo que o proximo será show e terá nosso divo Pan com a Wendy!

Beeijosss e comentem o que acharam!