Monster or not escrita por Sophie Valdez


Capítulo 6
O que você quer.


Notas iniciais do capítulo

Oi Oncers!

Primeiro: Não me matem pela excessiva demora, please!

Segundo: Obrigada pelos comentários!

Terceiro: O caps é curto, porque eu estive passando por um forte bloqueio de imaginação.

Quarto: Espero que gostem!



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_ É bem aqui. – Tinkerbell diz apontando para o singelo mapa sobre a mesa. – Bae ficou muito tempo lá...

_ Todos esses tres anos? – pergunto olhando para a mapa com um peso incomodo no estomago.

_ Sim, e até mais. O tempo em Neverland é diferente do tempo do seu mundo Wendy. – ela responde suspirando e se afasta colocando umas coisas na bolsa. – Eu tenho umas coisas para fazer, volto no por do sol.

_ Tudo bem. – digo afastando o cabelo do rosto um pouco apreensiva. – Tink, se eu for pega hoje... Não faça nada para me ajudar.

_ Eu não faria. – ela responde rapidamente e eu a encaro. – Não que eu não te ache legal, mas eu não me meteria nisso... Além do mais, acho que se você for capturada por Pan, não estará em perigo.

_ Porque acha isso? – indago curiosa e fecho ela segurar um pequeno sorriso.

_ Intuição. Peter deve querer usar você em algo certo? Não vai te machucar. – Tink responde e me encara com uma expressão séria. – Mas isso se você não deixar ele saber sobre o seu coração...

_ O que tem meu coração? – eu digo e logo respiro fundo lembrando da última noite. – Ah sim, o coração crente...

_ Um coração de alguém que acredita no impossível, um coração como o seu é muito poderoso Wendy, e isso é tudo que Peter quer, poder. – Tink diz séria. – Não o deixe descobrir.

_ Não vou. Prometo. – Ela concorda com a cabeça e sai da “casa”, descendo pela arvore. Eu dou mais um suspiro e vou até a pia me lavar. Me vestido está um desastre mas consigo salvar a parte de cima que agora está sem rendas no decote e eu rasgo e parte de baixo da minha saia ficando com ela na altura do joelho. Amarro meus cabelos em um coque que me lembra Tinker se ajeito suspirando. Pego o mapa e uma maçã que estava na mesa e respiro fundo antes de descer a arvore.

Meus pés estão doloridos devido aos acontecimentos mas eu não ligo, já estive pior que isso. Me encosto na arvore e espio a floresta a minha frente com cuidado, e quando vejo que está seguro sigo a leste olhando vez ou outra pro mapa da fada. O caminho segue uma trilha estreita pelas arvores e logo se inclina em uma subida, passo por um rio, e depois avisto uma rocha grande e desregular, mais clara que as outras ao seu redor, todas presas em uma montanha pequena. Dou a volta por ela e vejo a fenda que leva ao interior da caverna, com dificuldade me espremo para dentro e entro ofegante na caverna escura.

Pisco me acostumando com a pouca claridade e olho o ambiente. Tinha um amontoado de cobertores em um canto, uma mesa em outro e um balcão de pedra, próprio da caverna, cheio de coisas. Em uma das paredes havia muitos pauzinhos riscados contando o tempo que Bae ficou ali. Era muito, muito tempo!

_ Oh Bae, eu sinto muito..! – digo com a voz embargada enquanto passo a mão pela parede riscada. – Você passou to...todo esse tempo aqui... para que eu e meus irmãos ficássemos juntos... para que minha família ficasse unida.... Mas você também era da família! – eu limpo umas lágrimas e encosto a testa na parede fria. – E agora eu estou aqui, longe da minha casa, da minha família... e de você...

_ Comovente. – ouço uma voz sarcástica dizer, eu respiro fundo controlando meu coração do susto antes de virar a encarar Peter. Ele desvia os olhos de mim e olha ao redor. – O que faz aqui? Está chorando pelo seu querido Baelfire?

_ Você é um imbecil estúpido! – digo com a raiva crescendo em mim. – Eu estou sim chorando, pela minha família, por Bae... Porque eu tenho sentimentos, diferente de você, que é um monstro!

_ Olha só quem está estressadinha hoje! – ele provoca com um sorriso vacilante que não foge da atenção de Wendy.

_ O que você quer hein Pan? – indago cruzando os braços. – Vai me prender de novo? Vá em frente e acabe logo com isso! – minha voz falha um pouco mais continuo firme desafiando ele.

_ Não vou te prender. – ele diz me surpreendendo e se vira de costas para mim. – Não adiantaria...

_ Porque? – pergunto sem pensar enquanto sinto meu coração acelerar.

_ Não importa. – Peter responde com a voz arrastada e se vira para mim com uma expressão séria.

_ Então porque está aqui? – repito confusa e ele dá uns passos na minha direção e eu recuo para trás.

_ Para colocar umas coisas nessa sua cabecinha oca. – ele diz cruzando os braços e eu solto uma exclamação.

_ Como ousa falar assim? Cabeça oca é uma ova! Seu... seu... idiota! – ralho fazendo ele rir.

_ Sério Wendy? – ele pergunta com um sorriso torto. – O caso, oh Lady Darling, é que eu vou deixar você livre, mas não é por isso que você tem o direito de sair andando por aí sem se importar com nada!

_ O que quer dizer? Se não posso andar por aí quer dizer que não estou livre, então você está apenas me prendendo numa prisão sem muros que a propósito... é o que exatamente define Neverland! – digo nervosa e ele solta um suspiro impaciente e com um passo rápido vem até mim e me segura pelos braços.

_ Escute Wendy, eu não quero prende-la, eu não quero que se machuque, que fique presa e deprimida, que passe fome... Mas algumas pessoas querem! – Peter diz sacudindo-me de leve e eu o encaro com os olhos arregalados. – Félix está louco atras de você!

_ Pensei que você fosse o líder dele. – digo arqueando as sobrancelhas e ele bufa irritado apertando mais meu braço. – Se ele me pegar é só mandar me soltar não é?

_ Acho que você se presenciou umas crises de obediência de Felix. – ele responde se aproximando mais praticamente colando nossos corpos. – Eu não consigo controlar ele como antes...

_ Porque? – pergunto em um sussurro confuso e encaro os olhos castanhos dele.

_ Ele acha que eu estou fraquejando... que não sou mais o mesmo... – Peter diz no mesmo tom baixo e solto o aperto do meu braço, ainda com as mãos lá ele desliza uma até meu ombro e meu pescoço enquanto a outra vai para minha cintura.

_ E você está..? – pergunto com a voz ofegante. Peter aperta minha cintura e me empurra até minhas costas baterem na parede da caverna.

_ Não... não sei... – ele responde inclinando a cabeça e eu sinto a respiração dele no meu pescoço seguido de seu lábios que dão beijos demorados pela extensão da minha pele, eu fecho os olhos segurando um suspiro e apoio minha mão no braço dele.

_ Peter... Para! – digo alarmada e ele cessa os beijos e me encara um tanto confuso. – Eu agradeço por não querer me prender... – começo com a voz embargada novamente. – E prometo tomar cuidado com Félix... – continuo me soltando dos seus braços e caminho de costas para ele a fim de limpar lágrimas teimosas que queriam sair. - Mas eu não quero mais ser um brinquedinho seu. Não quero mais que fique me agarrando e me beijando só para se divertir... só para se distrair..!

_ E porque acha que é só por isso? – ele pergunta em tom de desafio e o sinto bem atras de mim.

_ Porque você já disse isso. – respondo me virando e ficando novamente a centímetros dele. – Já disse que se diverte comigo... Só...

Peter se aproxima mais uma vez e segura meu rosto com uma das mãos e obrigando a encará-lo, seus olhos percorrem meu rosto em um ritmo desesperado e fecho seus lábios se apertarem e o maxilar travar tenso. A outra mão dele vai até minha nuca e acaricia minha pele me causando arrepios, enquanto seu olhar se fixa no meu e ele solta um suspiro. Peter me puxa e para minha surpresa encosta os lábios na minha testa e me abraça pela cintura, me prensando contra ele. Eu, um pouco surpresa coloco minhas mão no seu peito e sinto seu coração bater acelerado. Movo minha cabeça ao tempo que ele se afasta um pouco e fica de frente para mim tão perto que sinto seu nariz tocar o meu.

_ Você está certa... – ele sussurra com uma voz um tanto sofrida. – Você tem que estar certa...

_ O que...? – indago confusa e ele se solta de mim bruscamente, adquirindo uma expressão sombria.

_ Eu disse que você está certa. – ele repete agora com a voz firme e dá um sorriso torto. – Você é só uma distração.

_ Ótimo. – digo ofegante sentindo um bolo se formar em minha garganta.

_ Você não é nada para mim, é só uma ferramenta, uma ferramenta que eu vou usar no meu plano... No meu próximo plano. – Peter continua gesticulando impaciente e, apesar de sentir certo aperto por ouvir aquilo e começo a tremer de raiva.

_ ÓTIMO! – grito me descontrolando. – Porque seria realmente um milagre se você sentisse algo por alguém não é? Porque você é um mostro sem coração!

_ Eu tenho coração, mas ele está fraco... – ele murmura em resposta mas eu o corto.

_ NÃO, VOCÊ É UM MONSTRO IMBECIL E IDIOTA! – berro me aproximando dele com raiva. – Pode não querer me prender, mas saiba que não vai conseguir me controlar... Eu vou fugir daqui, vou achar o Bae e não vou ajudar você em plano algum!

_ Veremos. – ele exclama também nervoso. – Você já perdeu o Baefire, aceite isso! E seus irmãos? Vai quere perde-los também?

_ Como..? – pergunto assustada.

_ Isso mesmo Wendy... – ele diz desviando o olhar. – Se você não me obedecer e me ajudar com meu plano futuramente, seus irmãos pagaram!

_ VOCÊ NÃO PODE! – grito assustada e ele se vira para a saída da caverna. – Porque você é assim?

Peter congela na entrada depois de ouvir meu sussurro e eu vejo seu corpo estremecer. Meu coração está batendo tão forte que eu quase consigo escutá-lo ecoar pelo silencio que se instaurou. Eu encaro as costas dele sentindo lágrimas saírem do meu rosto, desesperadas por causa dos meus irmãos.

Então eu escuto um movimento e levanto os olhos a tempo de ver Peter me segurar pela cintura e me beijar, um beijo lento e profundo que faz minhas pernas bambearem. Sua língua explora minha boca com desejo, necessidade e até desespero enquanto as duas mãos dele me apertam pela cintura.

E do mesmo jeito rápido que ele me agarrou ele me solta, me encaro com os olhos arregalados e se vira indo embora e me deixando ali, estática, tonta e confusa.


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Notas finais do capítulo

E então, my dears? Gostaram? Espero que sim, comentem por favor!

Prometo não demorar muito no próximo, beijos!