Monster or not escrita por Sophie Valdez


Capítulo 2
Caverna, sereias e beijo


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, leitores e leitoras se você existem por favor comentem! kkk

Boa leitura, beijos!



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Peter me colocou em uma caverna escura na floresta. Eu implorei para me deixar ir mas foi em vão, ele disse para ir para dentro da caverna e me corpo estremecei entendendo que aquilo era uma ordem e que eu me arrependeria se desobedecesse.

Quando anoiteceu minhas bolachas tinham se acabado e a água estava no fim, aquele lugar era frio, e pela entrada da caverna entrava um vento constante. Me encolhi em um canto tentando me agasalhar ao máximo quando ele chegou, trazia uma vasilha rústica cheia de morango e amoras, me ofereceu e eu peguei meio receosa.

_ Tem medo de come-las? – ele perguntou se sentando a minha frente sorrindo.

_ Sim. – respondo sincera. – Elas podem estar envenenadas.

_ Mas não estão.

_ Não confio em você! – digo colocando a vasilha de lado. Seu movimento foi rápido, ele investiu sobre mim me pressionando contra a parede da caverna, seu nariz quase encostado ao meu.

_ Você não precisa confiar garota. – ele diz entre dentes. – Mas eu não gostaria que morresse de fome já que pode ser de grande valia para mim no futuro, então, COMA! – ele diz ameaçador apertando meu pulso.

_ Você não manda em mim! – digo. – E nunca vou te ajudar!

_ É o que veremos. – ele se afastando e indo para a saída. – E é melhor nem tentar sair daqui. – e vai embora. O lugar onde ele apertou no meu braço ficou vermelho. Eu tento resistir mais estou com muita fome então como as frutas que estão realmente deliciosas e depois de muito tremer por causa do frio durmo.

Tenho um sono repleto de pesadelos onde estou em um poço fundo que fica cada vez menor enquanto escuto meus irmãos e Bae me chamando, tento gritar mais nem um som sai da minha boca. Acordo suando frio e com tímidos raios de sol entrando na caverna. Como o resto das frutas e me levanto para espreguiçar.

_ Dormiu bem? – alguém pergunta e me viro encontrando Peter encostado na entrada.

_ Não. – digo fechando a cara.

_ Você é muito tensa para uma pessoa tão jovem. – ele diz me observando.

_ Eu já tenho quase 17 anos. – digo firme.

_ E acha isso uma coisa boa? – ele pergunta rindo.

_ O que quer de mim hoje Pan? – pergunto cansada.

_ Você vai sair daqui.

_ Vai me deixar ir? – pergunto desconfiada.

_ Não. Mas vou... te mostrar a ilha. – ele diz sorrindo.

_ Não quero. – digo me sentando com os braços cruzados. – Eu odeio essa ilha, tudo nela... inclusive você.

_ Wendy... assim você acaba com meus sentimentos! – ele coloca a mão do peito fingindo-se ofendido com um sorriso torto do rosto. – Pena que não lhe dei escolha....

_ Você não pode me obrig... – mas não termino de dizer pois ele vem a mim rápido e me pega no colo. – ME LARGA! – grito lhe dando socos no ombro.

_ Você tem que entender. – ele diz me levando para fora. – Que nunca se diz não a Peter Pan.

_ Você é um idiota. – digo e fecho os olhos quando saímos por causa da claridade. Ele me Poe no chão com o braço ainda em volta da minha cintura me causando uma sensação estranha mas que logo ignoro.

_ Então, vai andando ou sendo carregada? – ele me pergunta.

_ Andando... – murmuro e ele dá um sorriso convencido e me guia floresta adentro até chegarmos a uma enseada muito bonita, cheia de pedras brancas e brilhantes. Esse era o problema de Neverland, muito bonita para esconder tanta maldade.

_ Venha. – ele diz me puxando até um conjunto de pedras, damos a volta e vejo um grupo de jovens e lindas mulheres conversando dentro da água, ou sobre uma pedra e... Espera, eram sereias!

_ Sereias! – exclamo maravilhada pelas caudas coloridas e reluzentes.

_ Ora se não é Peter Pan! – uma sereia loira diz cruzando os braços sobre uma pequena rocha. – E quem é a garota? Resolveu ter um bichinho de estimação?

_ Por que se já tenho lindos peixinhos. – Peter diz maldoso mas muitas delas riem. – Achei que Wendy gostaria de vê-las.

_ Então agora somos atrações da ilha? – uma morena reclama sentada em uma pedra perto de mim.

_ Não sejam mal educadas meninas! – outra loira diz de dentro do mar e se aproxima de uma pedra. – Venha aqui querida, deixe-me vê-la mais de perto. – ela diz para mim e vou caminhando pelas pedras até chegar da que está mais perto dela e me ajoelho. – Mas você é muito bonita Wendy! – ela elogia sorrindo.

_ Vocês que são incríveis! – digo encantada com as pedras preciosas e conchinhas que decoravam os cabelos da sereia.

_ Meu nome é Melane. – ela diz sorrindo e pegando meu braço. – Santo Netuno, o que houve com seu pulso? – ela pergunta já que ele está um pouco roxo.

_ Peter apertou com muita força. – digo baixinho e ele balança a cabeça.

_ Tsc, tsc, tsc... Oh, Peter! Não se preocupe querida, eu vou curar, só precisa se aproximar mais está bem? – ela diz puxando de leve meu braço na direção dela e eu me inclino cada vez mais, afinal eu sentia um estranho grande afeto por Melane. – Não se preocupe... Venha! – ela dizia com uma voz encantadora até sentir um puxão na minha cintura e voltar para a realidade vendo que estava a centímetros de cair na água.

_ Melane, já disse para não fazer isso com quem não tem permissão. – Peter diz nervoso para a sereia e se afasta da costa.

_ Me desculpe senhor ! – ela diz irônica e mergulha sumindo enquanto as outras também se vão.

_ Você é burra? Não percebeu que queria te afogar? – Peter pergunta segurando meus braços.

_ Não, ela estava... –digo com dificuldade. – Para, está me machucando! – grito e ele solta meus braços.

_ Está bem? – ele pergunta frio.

_ Não! Meu pulso já estava roxo e agora me braço provavelmente também vai ficar! – digo me virando e sentando na areia.

_ Me de sua mão. – Peter diz se sentando ao meu lado. – Anda.

_ O que vai fazer? – pergunto receosa, ele põe a mão surpreendentemente quente sobre meu braço por um tempo e depois desliza levemente até meu pulso, eu olho para ele e vejo que suas sobrancelhas estão juntas em uma expressão concentrada. Ele desliza mais um pouco sua mão segurando a minha e vejo que os roxos sumiram, assim como a pequena dor.

_ Como fez isso? – digo surpresa.

_ Magia. – ele diz com os olhos brilhantes. – E porque sou quem sou, posso fazer tudo em Neverland.

_ Nem tudo. – digo olhando para o mar e ficamos em silencio e parados até perceber que estou sentada na praia contemplando o horizonte de mãos dadas com Peter Pan. Afasto minha mão rapidamente e Peter se levanta.

_ Acho que está pronta para conhecer os Meninos Perdidos. – ele diz estendendo a mão pra eu levantar, mas a recuso me levantando sozinha.

_ Já os conheço, e não me simpatizei muito. – digo nervosa.

_ Você conheceu Felix, e alguns outros em momentos complicados... – ele diz me empurrando pela cintura. – Vai gostar de encontrá-los em uma festa.

_ Não concordo. – murmuro emburrada. – Pode tirar, por favor, sua mão da minha cintura? – pergunto depois de um tempo quando ele ainda está com a mão lá.

_ O que, te incomoda esse contato? – ele diz parando e apertando mais a minha cintura me puxando para perto dele.

_Sim, muito. – digo o encarando e ele aproxima o rosto ao meu.

_ Por que está tão arrepiada Wendy? – ele sussurra e eu tento controlar minha respiração, abro a boca para responder mas ele me impede encostando seus lábios ao meu, sinto um choque estranho percorrer meu corpo e demora uns segundos até o empurrar com toda minha força e bater as costas em uma arvore assustada.

_ P-Por que... por que fez isso? – digo limpando minha boca com as costas da mão. Peter solta uma risadinha fria e dá de ombros.

_ É melhor continuarmos a andar, já está tarde. – ele diz estendendo o braço e dando passagem para mim.

_ Não devia ter me beijado... – digo baixo depois de uns minutos.

_ Por que? Não gostou de seu primeiro beijo? – ele pergunta atrás de mim e me viro surpresa.

_ Como você...?

_ Eu sei de tudo Miss Darling. – ele diz me dando um pequeno empurrão para eu continuar andando.

_ Eu estava guardando meu beijo para alguém especial. – digo e ele solta uma risada seca.

_ Não me diga que era para Baelfire seu beijo... – ele diz rindo. – Sinto muito milade mais acho que isso nunca vai acontecer.

_ O que você fez com ele? – pergunto me virando brava.

_ Eu o mandei a outro lugar. – ele diz simplesmente e depois olha sobre meu ombro. – Chegamos.


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Notas finais do capítulo

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