Monster or not escrita por Sophie Valdez
Notas iniciais do capítulo
Novo capítulo, leitores e leitoras se você existem por favor comentem! kkk
Boa leitura, beijos!
Peter me colocou em uma caverna escura na floresta. Eu implorei para me deixar ir mas foi em vão, ele disse para ir para dentro da caverna e me corpo estremecei entendendo que aquilo era uma ordem e que eu me arrependeria se desobedecesse.
Quando anoiteceu minhas bolachas tinham se acabado e a água estava no fim, aquele lugar era frio, e pela entrada da caverna entrava um vento constante. Me encolhi em um canto tentando me agasalhar ao máximo quando ele chegou, trazia uma vasilha rústica cheia de morango e amoras, me ofereceu e eu peguei meio receosa.
_ Tem medo de come-las? – ele perguntou se sentando a minha frente sorrindo.
_ Sim. – respondo sincera. – Elas podem estar envenenadas.
_ Mas não estão.
_ Não confio em você! – digo colocando a vasilha de lado. Seu movimento foi rápido, ele investiu sobre mim me pressionando contra a parede da caverna, seu nariz quase encostado ao meu.
_ Você não precisa confiar garota. – ele diz entre dentes. – Mas eu não gostaria que morresse de fome já que pode ser de grande valia para mim no futuro, então, COMA! – ele diz ameaçador apertando meu pulso.
_ Você não manda em mim! – digo. – E nunca vou te ajudar!
_ É o que veremos. – ele se afastando e indo para a saída. – E é melhor nem tentar sair daqui. – e vai embora. O lugar onde ele apertou no meu braço ficou vermelho. Eu tento resistir mais estou com muita fome então como as frutas que estão realmente deliciosas e depois de muito tremer por causa do frio durmo.
Tenho um sono repleto de pesadelos onde estou em um poço fundo que fica cada vez menor enquanto escuto meus irmãos e Bae me chamando, tento gritar mais nem um som sai da minha boca. Acordo suando frio e com tímidos raios de sol entrando na caverna. Como o resto das frutas e me levanto para espreguiçar.
_ Dormiu bem? – alguém pergunta e me viro encontrando Peter encostado na entrada.
_ Não. – digo fechando a cara.
_ Você é muito tensa para uma pessoa tão jovem. – ele diz me observando.
_ Eu já tenho quase 17 anos. – digo firme.
_ E acha isso uma coisa boa? – ele pergunta rindo.
_ O que quer de mim hoje Pan? – pergunto cansada.
_ Você vai sair daqui.
_ Vai me deixar ir? – pergunto desconfiada.
_ Não. Mas vou... te mostrar a ilha. – ele diz sorrindo.
_ Não quero. – digo me sentando com os braços cruzados. – Eu odeio essa ilha, tudo nela... inclusive você.
_ Wendy... assim você acaba com meus sentimentos! – ele coloca a mão do peito fingindo-se ofendido com um sorriso torto do rosto. – Pena que não lhe dei escolha....
_ Você não pode me obrig... – mas não termino de dizer pois ele vem a mim rápido e me pega no colo. – ME LARGA! – grito lhe dando socos no ombro.
_ Você tem que entender. – ele diz me levando para fora. – Que nunca se diz não a Peter Pan.
_ Você é um idiota. – digo e fecho os olhos quando saímos por causa da claridade. Ele me Poe no chão com o braço ainda em volta da minha cintura me causando uma sensação estranha mas que logo ignoro.
_ Então, vai andando ou sendo carregada? – ele me pergunta.
_ Andando... – murmuro e ele dá um sorriso convencido e me guia floresta adentro até chegarmos a uma enseada muito bonita, cheia de pedras brancas e brilhantes. Esse era o problema de Neverland, muito bonita para esconder tanta maldade.
_ Venha. – ele diz me puxando até um conjunto de pedras, damos a volta e vejo um grupo de jovens e lindas mulheres conversando dentro da água, ou sobre uma pedra e... Espera, eram sereias!
_ Sereias! – exclamo maravilhada pelas caudas coloridas e reluzentes.
_ Ora se não é Peter Pan! – uma sereia loira diz cruzando os braços sobre uma pequena rocha. – E quem é a garota? Resolveu ter um bichinho de estimação?
_ Por que se já tenho lindos peixinhos. – Peter diz maldoso mas muitas delas riem. – Achei que Wendy gostaria de vê-las.
_ Então agora somos atrações da ilha? – uma morena reclama sentada em uma pedra perto de mim.
_ Não sejam mal educadas meninas! – outra loira diz de dentro do mar e se aproxima de uma pedra. – Venha aqui querida, deixe-me vê-la mais de perto. – ela diz para mim e vou caminhando pelas pedras até chegar da que está mais perto dela e me ajoelho. – Mas você é muito bonita Wendy! – ela elogia sorrindo.
_ Vocês que são incríveis! – digo encantada com as pedras preciosas e conchinhas que decoravam os cabelos da sereia.
_ Meu nome é Melane. – ela diz sorrindo e pegando meu braço. – Santo Netuno, o que houve com seu pulso? – ela pergunta já que ele está um pouco roxo.
_ Peter apertou com muita força. – digo baixinho e ele balança a cabeça.
_ Tsc, tsc, tsc... Oh, Peter! Não se preocupe querida, eu vou curar, só precisa se aproximar mais está bem? – ela diz puxando de leve meu braço na direção dela e eu me inclino cada vez mais, afinal eu sentia um estranho grande afeto por Melane. – Não se preocupe... Venha! – ela dizia com uma voz encantadora até sentir um puxão na minha cintura e voltar para a realidade vendo que estava a centímetros de cair na água.
_ Melane, já disse para não fazer isso com quem não tem permissão. – Peter diz nervoso para a sereia e se afasta da costa.
_ Me desculpe senhor ! – ela diz irônica e mergulha sumindo enquanto as outras também se vão.
_ Você é burra? Não percebeu que queria te afogar? – Peter pergunta segurando meus braços.
_ Não, ela estava... –digo com dificuldade. – Para, está me machucando! – grito e ele solta meus braços.
_ Está bem? – ele pergunta frio.
_ Não! Meu pulso já estava roxo e agora me braço provavelmente também vai ficar! – digo me virando e sentando na areia.
_ Me de sua mão. – Peter diz se sentando ao meu lado. – Anda.
_ O que vai fazer? – pergunto receosa, ele põe a mão surpreendentemente quente sobre meu braço por um tempo e depois desliza levemente até meu pulso, eu olho para ele e vejo que suas sobrancelhas estão juntas em uma expressão concentrada. Ele desliza mais um pouco sua mão segurando a minha e vejo que os roxos sumiram, assim como a pequena dor.
_ Como fez isso? – digo surpresa.
_ Magia. – ele diz com os olhos brilhantes. – E porque sou quem sou, posso fazer tudo em Neverland.
_ Nem tudo. – digo olhando para o mar e ficamos em silencio e parados até perceber que estou sentada na praia contemplando o horizonte de mãos dadas com Peter Pan. Afasto minha mão rapidamente e Peter se levanta.
_ Acho que está pronta para conhecer os Meninos Perdidos. – ele diz estendendo a mão pra eu levantar, mas a recuso me levantando sozinha.
_ Já os conheço, e não me simpatizei muito. – digo nervosa.
_ Você conheceu Felix, e alguns outros em momentos complicados... – ele diz me empurrando pela cintura. – Vai gostar de encontrá-los em uma festa.
_ Não concordo. – murmuro emburrada. – Pode tirar, por favor, sua mão da minha cintura? – pergunto depois de um tempo quando ele ainda está com a mão lá.
_ O que, te incomoda esse contato? – ele diz parando e apertando mais a minha cintura me puxando para perto dele.
_Sim, muito. – digo o encarando e ele aproxima o rosto ao meu.
_ Por que está tão arrepiada Wendy? – ele sussurra e eu tento controlar minha respiração, abro a boca para responder mas ele me impede encostando seus lábios ao meu, sinto um choque estranho percorrer meu corpo e demora uns segundos até o empurrar com toda minha força e bater as costas em uma arvore assustada.
_ P-Por que... por que fez isso? – digo limpando minha boca com as costas da mão. Peter solta uma risadinha fria e dá de ombros.
_ É melhor continuarmos a andar, já está tarde. – ele diz estendendo o braço e dando passagem para mim.
_ Não devia ter me beijado... – digo baixo depois de uns minutos.
_ Por que? Não gostou de seu primeiro beijo? – ele pergunta atrás de mim e me viro surpresa.
_ Como você...?
_ Eu sei de tudo Miss Darling. – ele diz me dando um pequeno empurrão para eu continuar andando.
_ Eu estava guardando meu beijo para alguém especial. – digo e ele solta uma risada seca.
_ Não me diga que era para Baelfire seu beijo... – ele diz rindo. – Sinto muito milade mais acho que isso nunca vai acontecer.
_ O que você fez com ele? – pergunto me virando brava.
_ Eu o mandei a outro lugar. – ele diz simplesmente e depois olha sobre meu ombro. – Chegamos.
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