Daddy Dean escrita por lawlie
- O QUÊ?! NÃO!! NÃO PODE SER! NÃO COMIGO! – gritava Dean ao ver cinco bebês na sua frente. Cada bebê chorava mais alto que o outro e o homem se enlouquecia de pânico.
- SAM!!! SOCORRO SAM!!! De quem são essas crianças?!
- São suas, Dean! Você é o pai delas. – falou Sam sorrindo displicente para o irmão.
- NÃO É POSSÍVEL, SAM! – gritava Dean desesperado, balançando freneticamente os braços.
- Dean, você vai ter que cuidar delas! – disse o irmão colocando o braço no ombro do novo “papai”.
As crianças choravam ainda mais alto, Dean se desesperava mais ainda e começava a andar de um lado para o outro na tentativa de encontrar uma solução convincente para seu mais novo e terrível problema.
- ALGUÉM ME DIGA QUE ISSO É UMA PIADA!!!!! NÃÃÃÃOOO!!!
---x---
Dean acordou ofegante, respirando com muita dificuldade após esse abominável sonho.
- Ainda bem que foi só um pesadelo... – ele fez uma pausa. – E que pesadelo...
Dean coloca a mão na cabeça e fecha os olhos aguardando melhorar do susto.
“Nada de bebês... nada de filhos... Ainda bem que estou sozinho aqui nessa merda de hotel...” pensou ele aliviado com a volta à realidade.
Assim, permaneceu por algum tempo, até que, ironicamente, escutou o som mais medonho que poderia escutar em toda sua vida, principalmente, naquela noite.
NWAAAAAHHHH!
Dean arregalou os olhos assustado e foi se arrastando na cama até encontrar a parede às suas costas, como se aquele fosse o mais terrível dos espíritos sobrenaturais que o fazia tremer de pavor.
- Não! Não é possível! Eu devo estar sonhando... De novo!
NWAAAAAHHHH!
- Acorde, Dean! Acorde! – dizia ele batendo a própria cabeça na parede, tentando acordar do suposto “sonho”.
NWAAAAAHHHH!
- SAM!!! – gritou Dean desesperado. Sam acordou em um pulo.
- O que foi, Dean? – perguntou o mais novo um tanto assustado.
- Tem alguma coisa lá fora! – disse apavorado, tentando encolher-se o máximo possível em direção à parede, como se quisesse se integrar a ela.
- Que tipo de coisa, Dean? – perguntou Sam olhando o irmão preocupado. Ele tinha certeza que jamais vira Dean tão assustado desde o dia que o irmão contraíra doença fantasmagórica.
- É uma coisa muito assustadora! – ele fez questão de ressaltar a palavra “muito”.
Sam arregalou os olhos, franziu a testa como sempre fazia e, depois, ergueu a sobrancelha. Ele estranhou o irmão estar com tanto medo de uma coisa a qual ele nem sabia o que era. Não ainda.
- Dean, você tá bem? – tornou a perguntar Sam.
- Lá fora! – respondeu Dean apontando a porta com o braço.
NWAAAAAHHHH!
Sam finalmente escutou o tão misterioso som que vinha do lado de fora do quarto. Ele arregalou os olhos ainda mais e olhou para Dean. O Winchester deu os ombros desconfiado.
Dean levantou-se da cama e parou junto ao irmão. Ele balançou a cabeça pro lado e mexeu com os lábios em sinal de indecisão.
- Isso... – começou Sam enquanto andava juntamente com Dean até a porta. Eles caminhavam cautelosos, como se estivessem prestes a enfrentar o mais perigoso demônio.
Giraram a maçaneta com receio e estremeceram ao escutar o “clack” do trinco. Puxaram a porta rangente sentindo um frio na barriga. Até que, Sam, estupefato, gaguejou:
- Isso... isso é um... – ele fez uma pausa e encarou Dean. – Bebê.
- Não! Isso não tá acontecendo! – disse Dean querendo não acreditar.
- Hey, tem um bilhete aí! – falou Sam apontando um envelope junto ao bebê.
- Sam, - Dean fez uma pausa – eu espero que esse bebê seja seu!
- Por quê, Dean?! Você nunca pensou em ser papai? – perguntou Sam sorrindo.
- Não brinque com isso Sam! – ralhou o mais velho.
Sam abaixou-se e pegou o envelope. Dean suava frio, esperando o irmão abri-lo. Ele sabia que não tinha chances que Sam fosse o pai da criança e, no fundo, esperava o pior. Então, na parte de fora do envelope, escrita numa letra bonita e harmônica, endereçava-se a “Dean Winchester”.
- Desculpe, mano, mas é pra você. – disse Sam entregando-lhe o bilhete.
- Ah não! – fez Dean. Abre pra mim! Acho que vou ter um ataque do coração!
- Acalme-se, cara...
Então, Sam abriu o envelope, retirou a pequena mensagem que Eli existia e começou a ler:
“Dean, lamento mas não tenho condições de criá-la. Toda minha família morreu nos últimos três meses e eu não posso recusar a proposta de ir para o exterior trabalhar. Espero que cuide bem da sua filhinha.”
- “Filhinha”? – surpreendeu-se Dean paralisado.
- Achei que você fosse reagir diferente. – disse Sam. – Gritar, sair correndo...ou algo do tipo.
Dean abriu um sorriso bobo, fez cara de paisagem, arregalou os olhos e balançou a cabeça muito sorridente. Em questão de segundos, caiu para trás. Um barulho seco foi ouvido e Sam se deu conta do que acontecera ao ver o irmão desmaiado no chão.
- Dean! Dean! – chama Sam, sacolejando-o, dentando acordar o irmão. – Dean!
- Sam?! – grunhiu Dean recuperando a consciência. – Cara... eu tive um sonho tão estranho... – ele ia se levantando – Eu sonhei que um bebê tinha aparecido na nossa porta e... AAAAAAHHHHH!!! – tornou a gritar.
Ele se afastou ainda mais do cesto no chão.
- Não foi um sonho, Dean...
- Eu percebi! – falou ele fazendo uma careta de estranhamento. – Ainda ta aí?
- É, Dean, pelo jeito você é o mais novo papai do ano!
- Quem disse?! Quem comprovou que esse... essa... isso... é meu?
- Ué, a carta...
- Não é meu!
- Como você pode ter certeza?
- Não sei... mas...
- Esse bebê pode ser sua filha, não é Dean? – perguntou Sam.
- Não!
Sam apertou os olhos desconfiado, encarando o irmão.
- Tudo bem... pode. Mas não tem o nome da mãe desse... desse...- ele se recusava a falar o nome.
- Bebê. – completou Sam.
- É... – disse Dean. Sam olhou o envelope e a carta mais uma vez.
- Não... Nada. Nenhuma informação.
- Então eu não acredito! Não é meu! – disse o Winchester virando as costas e entrando no quarto.
- Dean! – falou Sam bravo.
- Que é?!
- Você vai deixá-la aí no frio?! Sua filhinha?
- Não é minha filhinha, pô! Se livra dela de uma vez! – dando as costas.
Sam abaixou-se e pegou o cesto do chão. Levou-o para dentro do quarto, um tanto desconsertado, mas mesmo assim sorridente.
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