Daddy Dean escrita por lawlie


Capítulo 1
What the fuck?!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/47821/chapter/1

 

- O QUÊ?! NÃO!! NÃO PODE SER! NÃO COMIGO! – gritava Dean ao ver cinco bebês na sua frente. Cada bebê chorava mais alto que o outro e o homem se enlouquecia de pânico.

 

- SAM!!! SOCORRO SAM!!! De quem são essas crianças?!

 

- São suas, Dean! Você é o pai delas. – falou Sam sorrindo displicente para o irmão.

 

- NÃO É POSSÍVEL, SAM! – gritava Dean desesperado, balançando freneticamente os braços.

 

- Dean, você vai ter que cuidar delas! – disse o irmão colocando o braço no ombro do novo “papai”.

 

As crianças choravam ainda mais alto, Dean se desesperava mais ainda e começava a andar de um lado para o outro na tentativa de encontrar uma solução convincente para seu mais novo e terrível problema.

 

- ALGUÉM ME DIGA QUE ISSO É UMA PIADA!!!!! NÃÃÃÃOOO!!!

 

---x---

 

Dean acordou ofegante, respirando com muita dificuldade após esse abominável sonho.

 

- Ainda bem que foi só um pesadelo... – ele fez uma pausa. – E que pesadelo...

 

Dean coloca a mão na cabeça e fecha os olhos aguardando melhorar do susto.

 

“Nada de bebês... nada de filhos... Ainda bem que estou sozinho aqui nessa merda de hotel...” pensou ele aliviado com a volta à realidade.

 

Assim, permaneceu por algum tempo, até que, ironicamente, escutou o som mais medonho que poderia escutar em toda sua vida, principalmente, naquela noite.

 

NWAAAAAHHHH!

 

Dean arregalou os olhos assustado e foi se arrastando na cama até encontrar a parede às suas costas, como se aquele fosse o mais terrível dos espíritos sobrenaturais que o fazia tremer de pavor.

 

- Não! Não é possível! Eu devo estar sonhando... De novo!

 

NWAAAAAHHHH!

 

- Acorde, Dean! Acorde! – dizia ele batendo a própria cabeça na parede, tentando acordar do suposto “sonho”.

 

NWAAAAAHHHH!

 

- SAM!!! – gritou Dean desesperado. Sam acordou em um pulo.

 

- O que foi, Dean? – perguntou o mais novo um tanto assustado.

 

- Tem alguma coisa lá fora! – disse apavorado, tentando encolher-se o máximo possível em direção à parede, como se quisesse se integrar a ela.

 

- Que tipo de coisa, Dean? – perguntou Sam olhando o irmão preocupado. Ele tinha certeza que jamais vira Dean tão assustado desde o dia que o irmão contraíra doença fantasmagórica.

 

- É uma coisa muito assustadora! – ele fez questão de ressaltar a palavra “muito”.

 

Sam arregalou os olhos, franziu a testa como sempre fazia e, depois, ergueu a sobrancelha. Ele estranhou o irmão estar com tanto medo de uma coisa a qual ele nem sabia o que era. Não ainda.

 

- Dean, você tá bem? – tornou a perguntar Sam.

 

- Lá fora! – respondeu Dean apontando a porta com o braço.

 

NWAAAAAHHHH!

 

Sam finalmente escutou o tão misterioso som que vinha do lado de fora do quarto. Ele arregalou os olhos ainda mais e olhou para Dean. O Winchester deu os ombros desconfiado.

 

Dean levantou-se da cama e parou junto ao irmão. Ele balançou a cabeça pro lado e mexeu com os lábios em sinal de indecisão.

 

- Isso... – começou Sam enquanto andava juntamente com Dean até a porta. Eles caminhavam cautelosos, como se estivessem prestes a enfrentar o mais perigoso demônio.

 

Giraram a maçaneta com receio e estremeceram ao escutar o “clack” do trinco. Puxaram a porta rangente sentindo um frio na barriga. Até que, Sam, estupefato, gaguejou:

 

- Isso... isso é um... – ele fez uma pausa e encarou Dean. – Bebê.

 

- Não! Isso não tá acontecendo! – disse Dean querendo não acreditar.

 

- Hey, tem um bilhete aí! – falou Sam apontando um envelope junto ao bebê.

 

- Sam, - Dean fez uma pausa – eu espero que esse bebê seja seu!

 

- Por quê, Dean?! Você nunca pensou em ser papai? – perguntou Sam sorrindo.

 

- Não brinque com isso Sam! – ralhou o mais velho.

 

Sam abaixou-se e pegou o envelope. Dean suava frio, esperando o irmão abri-lo. Ele sabia que não tinha chances que Sam fosse o pai da criança e, no fundo, esperava o pior. Então, na parte de fora do envelope, escrita numa letra bonita e harmônica, endereçava-se a “Dean Winchester”.

 

- Desculpe, mano, mas é pra você. – disse Sam entregando-lhe o bilhete.

 

- Ah não! – fez Dean. Abre pra mim! Acho que vou ter um ataque do coração!

 

- Acalme-se, cara...

 

Então, Sam abriu o envelope, retirou a pequena mensagem que Eli existia e começou a ler:

 

“Dean, lamento mas não tenho condições de criá-la. Toda minha família morreu nos últimos três meses e eu não posso recusar a proposta de ir para o exterior trabalhar. Espero que cuide bem da sua filhinha.”

 

- “Filhinha”? – surpreendeu-se Dean paralisado.

 

- Achei que você fosse reagir diferente. – disse Sam. – Gritar, sair correndo...ou algo do tipo.

 

Dean abriu um sorriso bobo, fez cara de paisagem, arregalou os olhos e balançou a cabeça muito sorridente. Em questão de segundos, caiu para trás. Um barulho seco foi ouvido e Sam se deu conta do que acontecera ao ver o irmão desmaiado no chão.

 

- Dean! Dean! – chama Sam, sacolejando-o, dentando acordar o irmão. – Dean!

 

- Sam?! – grunhiu Dean recuperando a consciência. – Cara... eu tive um sonho tão estranho... – ele ia se levantando – Eu sonhei que um bebê tinha aparecido na nossa porta e... AAAAAAHHHHH!!! – tornou a gritar.

 

Ele se afastou ainda mais do cesto no chão.

 

- Não foi um sonho, Dean...

 

- Eu percebi! – falou ele fazendo uma careta de estranhamento. – Ainda ta aí?

 

- É, Dean, pelo jeito você é o mais novo papai do ano!

 

- Quem disse?! Quem comprovou que esse... essa... isso... é meu?

 

- Ué, a carta...

 

- Não é meu!

 

- Como você pode ter certeza?

 

- Não sei... mas...

 

- Esse bebê pode ser sua filha, não é Dean? – perguntou Sam.

 

- Não!

 

Sam apertou os olhos desconfiado, encarando o irmão.

 

- Tudo bem... pode. Mas não tem o nome da mãe desse... desse...- ele se recusava a falar o nome.

 

- Bebê. – completou Sam.

 

- É... – disse Dean. Sam olhou o envelope e a carta mais uma vez.

 

- Não... Nada. Nenhuma informação.

 

- Então eu não acredito! Não é meu! – disse o Winchester virando as costas e entrando no quarto.

 

- Dean! – falou Sam bravo.

 

- Que é?!

 

- Você vai deixá-la aí no frio?! Sua filhinha?

 

- Não é minha filhinha, pô! Se livra dela de uma vez! – dando as costas.

 

Sam abaixou-se e pegou o cesto do chão. Levou-o para dentro do quarto, um tanto desconsertado, mas mesmo assim  sorridente.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!