Entre as coisas que posso fazer por você,

Nao tem nenhum realmente grande.

Mas mesmo assim, eu quero te tocar!

Ao invés da tristeza, me dê esse calor.

A terra gira.

O tempo muda.

Ao fim do mundo, dê amor.

Antes da felicidade, dê sonhos.

( Saint Seiya - Sanctuary )

Hanabi estava demorando muito então me deitei de frente para o loirinho. Peguei um de seus braços e passei por sobre mim e lancei o meu por sua cintura, abraçando-o.

–--- Que saudade que eu estava desse calor. – Sorri e selei seus lábios novamente. ---- Um calor que só você tem.

A brisa gelada já não incomodava mais. Nossos corpos tinham um calor único e nesse embalo, fui vencida pelo cansaço.

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HINATA pov’on

Desperto do meu sono com aquela visão era perfeito. Havia dormido nos braços do meu amor e o mesmo ainda estava adormecido. O clarão e o mormaço já predominava ali, apesar do sol nem ter saído ainda, mais o loirinho não parecia estar incomodando... Na verdade, nem um pouco!

–--- Psiu! – Olhei para baixo e vi Hanabi, que fazia sinal para que eu me levantasse e se aproximasse dela. Apenas atendi ao pedido, levantando-me lentamente dos braços do loirinho, sem acordar-lo e caminhei até ela.

–--- Diga minha baixinha...

–--- Ui, parece que alguém acordou de bom humor hoje... – Hanabi provocava mais eu não podia revidar. Sabia que era verdade, afinal, só de dormir nos braços dele sentindo aquele calor, havia me feito um bem inimaginável.

–--- Hai hai... – Eu continuava a sorrir enquanto sussurrávamos. ---- O que aconteceu?

–--- Eu me decidi...

–--- Sobre o que? – Indaguei.

–--- Eu vou voltar para o esconderijo e encarar as conseqüências! – Ela desviou o olhar para o chão.

–--- O QUE?! – Gritei e desviei o olhar para o loirinho, que felizmente tinha um sono pesado. ---- Você ficou louca?

–--- Nee-chan, você já esta bem melhor! Pode cuidar e carregar o Naruto-nii-chan sozinha. – Ela me fitava seriamente nos olhos. ---- E também... Eu não quero atrapalhar vocês!

–--- Você não pode voltar pro esconderijo! Sabe disso! Se voltar, eles vão dar um jeito de por você em uma boa encrenca e nosso pai... -

–--- Seu pai! – Hanabi me interrompeu.

–--- Hai hai! “Meu pai”... – Enfatizei. ----... Vai usar isso como motivo para fazer mal a Você! A essas alturas, todos de lá já sabem que você ajudou o Naruto-kun a fugir da gruta e ele pode até te acusar de traição ou algo do tipo, só pra lhe ferir ou coisa pior!

Hanabi suspirou e murmurou algo como “porque que eu fui nascer nessa família complicada?!”

–--- Então... O que eu faço nee-chan? Eu me sinto como se fosse um incômodo. Não quero ficar aqui atrapalhando vocês e minha parte eu já fiz! – Ela respirou fundo e continuou. ---- E também... Daqui a pouco vocês começam com “agarra-agarra” e... Eca!

–--- Hanabi! – Repreendi.

–--- O que? Eu estou mentindo?

“Não. É a mais pura verdade...”

–--- Você sabe muito bem que nunca será um incomodo na minha vida! Mais já que é assim, faça o seguinte... – Retirei minha pulseira com um símbolo de uma presa canina que havia ganhado quando criança de um grande amigo, e coloquei no pulso de Hanabi.

–--- Mais essa pulseira...

–--- Hai! – Interrompi. ---- Vá para o norte, há uns 20 minutos daqui e você encontrará uma pequena casa de madeira. Quando chegar lá, procure pelo Kiba e diga que você está a mando de Hinata Hyuuga. Conte a ele toda história, não lhe esconda absolutamente nada e peça abrigo por um tempo. Tenho certeza que ele não vai te negar ajuda quando souber que é um pedido meu!

–--- Hinata...

–--- O que?

–--- Tinha que ser logo na casa do Kiba? – Ela fazia um biquinho fofo =3

–--- Mais... Por quê? – Fitei-a confusa.

–--- Por quê?! – Ela mordeu os lábios. ---- Simplesmente porque ele é uma tentação! Aquelas presas então... Ui!

–--- Hanabi! – Repreendi. ---- Comporte-se!

–--- Acho que era eu quem deveria dizer isso né, Hinata? – Pude sentir a malicia no tom da sua voz.

–--- Assim que eu acertar as coisas na cidade, e a “poeira abaixar” eu vou te visitar. – Tentei mudar o assunto. ---- Enquanto isso, não saia de lá por nada nesse mundo, entendeu?

–--- Hai hai! – Ela seu aproximou de mim, envolvendo seus braços em um abraço apertado e caloroso. ---- Arigato, nee-chan!

Dei um beijo em sua testa e retribui seu abraço.

–--- Sou eu quem tem que agradecer, Hanabi!

Separamos-nos do abraço e ela pôs-se a correr, não muito rápido, já que seu pé ainda estava machucado e ainda sentia dores no corpo. Fique olhando até que sua pequena figura sumisse de minha visão.

“Boa sorte, minha baixinha! Logo logo a gente vai se ver”

Voltei e me deitei novamente no mesmo lugar de antes. Não iria sair dali enquanto ele não despertasse!

HINATA pov’off

NARUTO pov’on

Meus olhos começam a clarear, acho que já esta amanhecendo.

Continuo deitado com os olhos fechados e demoro a perceber um calor que me evolvia totalmente. Uma respiração quente também atingia o meu pescoço, junto com alguns beijos também distribuídos ali. Foi ai que percebi que havia alguém deitada, me abraçando. Sorri com aquilo.

“Eu reconheceria esse calor e esses lábios em qualquer lugar”

–--- Há quanto tempo você esta aqui? – Sussurrei ainda de olhos fechados.

–--- Desde ontem à noite... – Ela dizia em um tom suave e seus lábios subiam de encontro aos meus, selando-os. ---- Você estava dormindo e eu não quis acordar-lo, então me deitei aqui e acabei adormecendo também!

Abri meus olhos e pude ver aquelas lindas orbes perolados brilhando intensamente e não pude deixar de sorrir.

–--- Eu não me importaria se tivesse me acordado, seria por uma ótima causa.

–--- Hn... – Ela repousava novamente seu rosto em meu pescoço.

Ficamos alguns minutos assim, deitados entre abraços, caricias e beijos. Eu precisava daquilo! Precisava ter certeza de que era realmente ela, de que eu não havia a perdido. Mais tinha algo que eu ainda precisava fazer

–--- Hina... – Ela desviou o olhar a mim. ---- Eu... Queria te pedir perdão! Perdão por ter sido tão insensível! Eu agi como um completo idiota e magoei seus sentimentos. Eu reconheço isso e... -

–--- Eu não estou magoada! – Ela me interrompeu. ---- No começo, eu estava com raiva sim, até tentei fugir pra longe pra tentar te esquecer. Mais vi que isso era impossível! Quanto mais eu corria, mais lembranças suas me vinham a minha mente, principalmente as daquela vez... A minha primeira vez! Sua voz, seu perfume, seus beijos, seu sorriso, sua língua, suas mãos fortes me apertando aquela noite... Eu nunca mais vou me esquecer daquilo!

“Minha pervertida...”

–--- E-eu t-tambem... – Anda Naruto, não gagueja! ---- Eu fique tão arrependido e preocupado! Tive tanto medo de te perder de vez, de nunca mais conseguir achar-la. Eu dormia com aquela camisa que ainda tinha seu perfume e sonhava com você todas as noites! Eu nunca vou me esquecer daquela noite. Sua voz, as mordidas, seu perfume, seus beijos, seus abraços, suas perversões, suas mãos arranhando minhas costas... Sabia que eu tenho as marcas das suas unhas até hoje?

Ela me lançou um olhar que dizia “Sério? Era essa minha intenção...”

–--- *risos* Gomen!

Olhei para os lados e vi que tudo estava quieto. Só ai que eu dei por falta da Hyuuga mais nova.

–--- Hina... Cadê a Hanabi? – Olhei-a confuso.

–--- Ah sim...

Ela me explicou tudo o que havia acontecido e pra onde Hanabi havia ido.

–--- Quem é Kiba? – Perguntei.

–--- É o meu melhor amigo, desde a minha infância! Toda vez que eu mudava de cidade/pais, ele me acompanhava. Sabe aqueles namoradinhos que a gente tem na infância? Então... Ele foi o meu primeiro. *risos* – Explicou.

–--- Hnnn...

Ela sorriu mais eu não entendi o porquê da graça.

–--- Está com ciúmes, loirinho? – Ela arqueava as sobrancelhas.

–--- E-Eu? L-Lógico que não! – Eu franzia o cenho.

“Eu? Com ciúmes? Imagina... De onde você tirou essa ideia?!”

Ficamos alguns segundos em silencio, até que eu me lembrei de uma coisa.

–--- Hina... – Ela desviou o olhar pra mim novamente. ---- Posso te fazer uma pergunta?

–--- Ah, hai... O que foi?

–--- A Hanabi me contou algo sobre você precisar ter 26 anos pra receber o maldito dinheiro... – Respirei fundo e continuei. ---- Mais ela também mencionou o fato de que você ainda não recebeu isso, então, quantos anos você tem?

Ela fechou os olhos e ficou em silencio por alguns minutos, até que os abriu e me encarou novamente.

–--- 22... – Ela suspirou. ---- Eu ainda tenho 22 anos!

“An? A Hinata é mais nova do que eu?”

–--- Isso é serio? – Murmurei. Eu realmente não estava acreditando!

Ela gargalhou levemente e se levantou, ficando de pé em minha frente.

–--- Hai hai! Ninguém acredita, mais é a mais pura verdade. – ela revirava os olhos. ---- Agora vamos...

–--- Aonde?

–--- Ali no riacho! – Ela apontava na direção aonde iríamos. ---- Vou te ajudar a tomar um bom banho. Há quanto tempo você não faz isso? *risos*

–--- Hahaha engraçadinha! – Ela estendeu a mão me ajudando a levantar.

–--- Precisa de ajuda ou consegue andar sozinho? – Balancei a cabeça como resposta e ela entendeu que eu conseguia me mover bem. ---- Ótimo! Então venha...

–--- Se você quiser eu posso tomar banho sozinho e... -

–--- Shiu! – Ela colocava o dedo indicador sobre meus lábios. Eu pude ver o brilho e a malicia que seus olhos transmitiam e não evitei sorrir com aquilo.

–--- Você não presta, sua maldita... – Sussurrei o “sua maldita”.

“Seu pedido é uma ordem!”

–--- Há quanto tempo você não me chama assim? Eu já estava até ficando com saudades... *risos*

Ela caminhou até a margem parando ali e eu a segui, parando um pouco atrás. Ela se virou pra mim e nos encaramos por alguns segundos. Vi uma “faixa” presa no seu braço e foi quando me lembrei da luta.

–--- Neji... – Apontei pro seu braço e ela balançou a assentiu. ---- Você o matou?

Ela desviou seu olhar para o chão.

–--- Olha... Eu... Podemos conversar sobre isso depois?

Mesmo ela não querendo falar agora, eu já sabia a resposta. Andei até ela parando na sua frente e abraçando-a.

–--- Eu fico feliz que por você ainda ter um bom coração!

Ela sorriu aliviada e logo seu olhar e sorriso malicioso haviam retornado a mesma.

–--- Vamos começar? – Ela provocava.

–--- Só se for agora... – Sussurrei enquanto mordia o lóbulo de sua orelha. – Primeiro as damas!

Provoquei e ela gostou! Puxou minha camisa, arrancando-a, depois abriu a fivela da minha calça, retirando-a por inteiro deixando minha cueca box preta visível. Até o momento, eu nada fazia.

–--- Sua vez... – Ela mordia a parte inferior dos meus lábios.

Apenas sorri e arranquei sua blusa de alcinhas finas e também o seu short jeans escuro no qual sempre estava trajada, deixando apenas sua langerie lilás a mostra, exibindo suas belas coxas grossas e seios fartos.

–--- Você é tão linda... – Sussurrei e ela sorriu.

–--- E você continua gostoso...

Não importa quantas vezes ela diga essas coisas, eu sempre vou corar.

–--- Minha pervertida!

Pulamos na água e começamos nosso “banho”. Mergulhamos e tentamos nos beijar debaixo d’água, tipo aquelas cenas de cinemas, mais não deu muito certo não. Nos engasgamos com a água e subimos a superfície para respirar, mais não conseguíamos parar de rir enquanto tossíamos.

–--- Nunca mais vamos repetir isso... – Ela dizia em meio às gargalhadas.

–--- Hai hai... – Concordei e me aproximei dela. ---- Vamos fazer certo agora...

Ela sorriu e eu a beijei, dessa vez com mais fervor. Sua boca entreaberta deixou um pequeno espaço pra que a minha língua invadisse e explorasse cada cantinho daquela boca. Ela parecia estar gostando e fazia o mesmo comigo! Era bom sentir aquele gosto novamente. Nos separávamos pela falta de ar mais logo voltávamos a nos beijar de novo. Ela lançou suas pernas pela minha cintura e apesar de estar um pouco dolorido eu não me importei, já que a água estava ajudando a sustentar o peso de seu corpo.

“Isso é bom... Muito bom!”

Passei um braço pela sua cintura enquanto a minha outra mão acariciava a sua nuca. Ela me abraçava fortemente enquanto distribuía seus beijos e mordidas. Usei a “ajuda” da água e impulsionei seu corpo para a margem. Fui saindo até que me deitasse por cima dela, que tinha usado nossas roupas como “cama”.

–--- Você... Acha que agüenta? Digo... Por causa dos seus ferimentos! – Ela sussurrou e me fitou preocupada.

–--- Eu não sou tão fraco quanto você pensa, Hyuuga! – Rebati e ela arqueou a sobrancelha.

Ela me lançou um olhar tipo “Oe, eu conheço essa frase...”

Comecei a despi-la de suas intimas roupas molhadas e ela fazia o mesmo comigo. A essas alturas do campeonato, nada mais importava para nós. Nem mesmo o fato de estarmos no meio de um “matagal”, correndo vários tipos de riscos. Nada mais importa agora... Ambos ansiávamos loucamente por esse reencontro!

...

...

...

...

Cheguei a mais um orgasmo e caímos ofegantes para os lados.

–--- Você tem certeza que esta com quatro costelas fraturadas? – Zombou.

–--- Hahaha! – Joguei meu corpo por cima do dela. ---- Quer que eu te mostre de novo? Pra ter certeza? É só dizer que eu te mostro quantas vezes você quiser. *risos*

–--- Meu kami, o mundo vai acabar? É isso? – Ela zombou novamente. ---- Você disse algo pervertido? Noé avisou que haverá outro dilúvio e eu não to sabendo?! *risos*

–--- Hahaha!² Você é minha, não preciso mais ter vergonha! – Beijei-a novamente e vi aqueles olhinhos brilhando em meio ao sorriso.

–--- Repete isso?

–--- “Não preciso mais ter vergonha”?

–--- Não... A outra parte...

–--- Você é minha! – Sussurrei ao pé de seu ouvido. ---- Só minha!

–--- E você é meu! – Ela disse em um tom sexy. ---- E eu mato qualquer uma que tentar se atrever a respirar o mesmo ar que você!

­–--- Hn, to vendo que até os mais bondosos tem um ponto fraco! – Me afastei pra fitar seus olhos.

–--- Hai! Você é o meu ponto fraco! – Ela disse.

Segurei em sua coxa e apertei, puxando-a contra o meu corpo arrancando um leve gemido dela. Eu sorri com aquilo.

–--- Forte ou fraco... Você é o meu ponto!