Just a Hufflepuff escrita por Ella


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Esse é o ultimo capitulo do ano, espero que gostem e continuem comigo ano que vem.
ps: desculpem qualquer erro, estou postando pelo celular e alguns erros passam despercebidos.



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– sua casa?- arqueei uma sobrancelha.

Sam morava com a mãe bruxa (seu pai era trouxa) e com seu padrasto também bruxo, eles haviam se mudado para aquela casa a pouco tempo, moravam no campo antes, eu não os conhecia.

– sim, minha mãe nos espera, vamos.

Ele foi indo em direção a casa sem me esperar, arrumei meu cabelo, eu não usava mais o vestido, o trocara por uma calça e um casaco.

– vem, Lyn!

O segui para dentro da casa, era um lugar bem adorável, a sala por onde entramos tinha uma estante cheia de livros e um sofá com muitas almofadas, o sofá ficava na frente de uma lareira, o lugar todo estava decorado para o natal.

– que cheiro bom.-sorri, um cheiro de pão recem-assado enchia a casa.

– mamãe adora cozinhar, ela fez culinária com os trouxas.- Sam colocou minha mala no chão e trancou a porta.- mãe, chegamos!

– ah, querido!

Uma mulher veio correndo da cozinha e o abraçou, ela era loira e tinha o rosto doce.

– mãe!- Sam corou.- temos visita.

– Ah, claro!- ela passou a mão na camisola longa que vestia e a estendeu pra mim.- sou Isobel.

– Lynx.

Isobel me abraçou, ela cheirava a bolo.

– seja bem-vinda Linx, Sam me contou que você saiu de casa, quero que se sinta a vontade e passe o tempo que for preciso aqui, certo?

Assenti.

– estão com fome? Eu fiz pão e bolo e mais algumas coisinhas.

Eu só queria deitar, talvez chorar um pouco, Sam pareceu perceber isso, porque disse:

– mãe, já tá tarde, eu acho que Lyn precisa descansar um pouco.

– claro, o quarto de hóspedes já tá pronto, leva ela, Sam?

Sam me conduziu escada a cima, para um longo corredor cheio de portas, cada parte das paredes havia retratos de Sam, ele pequeno abrindo um presente, ele sorrindo e mostrando a falta de um dente, ele com as vestes de Hogwarts, mas poucas se mexiam.

– que fofo!- sorri e apontei para a foto dele sorrindo sem dente.

– minha mãe adora tirar fotos, ela ganhou uma câmera trouxa do meu pai quando eu nasci, ela se apaixonou por fotografia trouxa.

– sua mãe é tão legal.

– é sim, mas espere até conhecer Jack, meu padrasto, ele a deixa ainda mais feliz.

–onde ele tá?

– trabalhando, ele trabalha no ministério, o fazem trabalhar até no natal.

Sam abriu uma das portas, revelando um quarto pequeno, com uma cama de solteiro, uma escrivaninha e uma estante, as paredes foram decoradas com um papel amarelo com listras brancas na parte de baixo, tinha outras duas portas no quarto.

– uma é o armario, a outra o banheiro.

– certo, muito obrigada!- ele colocou minha mala em cima da cama.

– vai ficar bem?- Sam colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

– vou.

– meu quarto é esse da frente, se precisar sabe onde me encontrar.

Ele me beijou e eu o beijei também.

– boa noite.

Assim que Sam saiu do quarto, fechei a porta e me deitei na cama, não demorou muito e eu estava chorando.

(...)

Acordei na manhã seguinte com batidinhas na janela, me sentei na cama e precisei de um tempo para me lembrar onde estava, corri até a janela ao perceber que havia uma coruja do lado de fora, ela entrou e deixou um pacotinho em cima da cama.

Sentei-me na cama, junto com o pacotinho havia uma carta de Sirius:

"Feliz natal,

Espero que goste, eu já sei que você saiu de casa, quando voltar para Hogwarts vamos comemorar.

Sirius."

Abri o pacotinho, dentro, um colar com um pingente em formato de esfera incrustado com diamantes pretos e amarelos, formando um mosaico perfeito.

(...)

– e como você tá?- Liv me perguntou, estávamos voltando para Hogwarts, depois das férias de natal, ela já sabia que eu havia saído de casa.

– bem...eu acho.- acariciei Louise, deitada no meu colo.

– fico feliz que Sam esteja sendo bom pra você.- ela sorriu.

– e você, como tá?- perguntei, depois do ataque ela perdera o brilho nos olhos.

Liv suspirou.

– eu tenho medo de ficar sozinha até em casa, minha mãe não queria deixar eu voltar, mas eu vou ficar bem.

Louise ronronou alto e pulou do meu colo, indo para o de Liv.

– vou andar um pouco.- falei me levantando.- vem comigo?

–não, tudo bem, Louise me protege.- ela acariciou a cabeça da gata.- vai atras do namorado no vagão dos monitores?- Liv sorriu maliciosa.

– vou procurar Sirius.- falei com a certeza de que tinha corado.

Liv começou a rir, acenei pra ela e sai da cabine.

Passei por algumas cabines a procura de Sirius, até que avistei Remus, sozinho em uma cabine.

– toc, toc.- falei enquanto batia na porta da cabine, que estava aberta.

Remus abaixou o livro que lia e sorriu.

– Oi,Lyn. Entra.

Me sentei no banco em sua frente.

– porque tá sozinho aqui?

– Sirius e Pedro foram estourar alguma coisa na cabine dos sonserinos e James tá fazendo a ronda.

– tipico.- falei.- que livro é esse?

Ele me mostrou a capa do livro que lia "o apanhador no campo de centeio".

– trouxa?- perguntei apontando para o nome do autor na capa.

– sim, eu adoro literatura trouxa.

Observei o rosto de Remus por um instante, ele tinha muitas cicatrizes no rosto, que parecia estar sempre surgindo novas, mas, apesar disso, ele era bonito.

– tenho que ir.- digo.- vou procurar Sirius.

Aceno para Remus e saio da cabine, ando pelos corredores mais um pouco, tentando achar meu irmão, quando não encontro volto para minha cabine, paro na porta quando o vejo lá dentro.

Sirius e Liv estão conversando e rindo, eles estão bem próximos.

– ah, oi B.- Liv se vira para mim, corada.- Sirius veio te procurar.

– claro que veio.- estreitei os olhos para Sirius.- o que queria?

– gostou do colar? - ele sorriu de lado.

– gostei.- me sentei de frente para os dois.

– é lindo.- Liv estendeu a mão e o tocou.- B tem tanta sorte de ter você como irmão, Six.

Os encarei chocada, primeiro porque Liv sempre chamava todo mundo pela primeira letra do sobrenome, segundo porque ela o chamou de Six, e ele odeia ser chamado assim, mas sorriu abertamente para ela.

– eu sei.- ele falou e os dois riram.- eu adorei esse cabelo.

Liv tinha tirado o azul do seu cabelo e voltado para o castanho escuro, sua cor natural, sem contar que seu cabelo crescera bastante nos últimos tempos.

– decidi mudar um pouco.- ela sorriu.- eu amo a cor dos seus olhos.

Tenho certeza de que eles teriam começado a se beijar na minha frente se eu não tivesse-quase-gritado.

– você já pode ir, Sirius.- ele me olhou surpreso.- já estamos chegando.

– não estamos não.- Liv olhou pela janela da cabine.- falta um tempo ainda.

– tchau, Sirius.- a ignorei.- tchau.

– ta bom, entendi. - ele se levantou.- tchau, maninha. Tchau Liv. Conversamos melhor depois, Lyn.

– tchau.- Liv acenou para ele alegremente, assim que ele saiu ela se virou pra mim.- porque o expulsou?

– eu não o expulsei, só o convidei à se retirar.- puxei Louise para meu colo.

– sei.- Liv suspirou e se encostou na janela.- sei.

(...)

– oi, Lynx, como foi seu natal?-Pandora dividia o quarto comigo a anos, e mesmo assim eu nunca falara muito com ela, ela falava demais, e isso irritava.

– bom.- sorri ao me sentar ao seu lado, depois dela gesticular tanto para que eu a visse.- e o seu?

– ah, foi maravilhoso, eu amo amo amo o natal, mamãe sempre me espera para montar a árvore e nós fazemos brownies e tomamos sorvete mesmo que esteja muito muito muito frio...

Parei de prestar atenção nela quando Katie, outra garota que divide o quarto comigo se inclinou para falar comigo.

– acho que o sorvete congelou o cérebro dela.

Rimos baixinho, sei o que falam sobre os lufanos, que eles são leais e tudo mais e não estou dizendo que não somos, mas podemos ser bem maldosos também, Katie é exemplo disso.

Depois da sobremesa Dumbledore deu o aviso de que as investigações sobre os ataques estavam sendo feitos e nos dispensou, Pandora continuava a falar sobre o seu natal, Katie saira antes antes da sobremesa, então caminhei ao seu lado até que ouvi alguém me chamar, me virei e vi a srta. Darky na porta do salão principal.

– nos vemos depois.- falei para Pandora e caminhei até a professora.- ola, srta. Darky.

–ola, srta. Black, podemos conversar um pouco?

– claro.

Tomamos o caminho oposto do que levava a Lufa-lufa.

– fiquei sabendo que saiu de casa.- ela sorriu minimamente.

– é, eu sai.

– bem, eu fiz a mesma coisa na sua idade.- ela alisou a capa que vestia.- você deve saber que a familia Darky acredita nas mesma coisas que os Blacks, sobre pureza de sangue e etecetera.

Assenti.

– eu não concordava com nada daquilo, eu tinha um namorado mestiço e sabia que eles nunca aceitariam, então eu simplesmente sai pela porta, sai sem dizer pra minha mãe que eu a amava e agora, bem, agora é tarde demais.

Olhei para meus pés.

– eu sou a unica Darky restante, não tenho marido e provavelmente nunca terei filhos, todos os meus irmãos acabaram se matando depois da morte da minha mãe, ela morreu de desgosto, por me ver partir e renegar o sangue.

Me senti meio envergonhada por ela estar me contando sua vida.

Cruzamos um corredor em direção a sala da srta. Darky, mas paramos ao ver um líquido escuro sair por debaixo da porta de uma sala.

– o que é isso?-perguntei assustada.

– pra trás.- a professora tirou sua varinha e abriu a porta com um empurrão,revelando o que havia lá dentro.- ah, céus...

Dei um passo para frente, quase gritei ao ver a garota completamente machucada deitada no chão da sala.

Era Katie.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem e feliz ano novo!
Até ano que vem!