Let Her Go escrita por littleleamb


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi, gente! Essa sou eu saindo da minha zona de conforto e escrevendo uma fic de OUAT...espero que gostem. :D



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“Eu tenho que dar adeus à coisa que mais amo.” Disse Regina, engolindo o nó que se formara em sua garganta.

“Henry?” perguntou Emma, procurando o menino.

E naquele momento, Regina percebeu que não era somente a ideia de ficar sem Henry que fazia seu peito doer, que não era somente dele que sentiria falta. Ela também sentiria falta de Emma. E então a realidade bateu em sua porta, assim, de supetão, e ela percebeu algo que seu subconsciente já havia descoberto e tentava negar a ela mesma: ela amava Emma Swan. Isso só fazia doer mais.

Apesar de todos os sentimentos recém-descobertos, o nó na garganta que havia ficado maior subitamente, a dor de cabeça, a vontade de se deitar em posição fetal e chorar e a vozinha em sua cabeça dizendo-a para reformular a frase, para fala-la no plural, Regina fez a única coisa que podia no momento: assentiu lentamente com a cabeça, um gesto que passou despercebido por Emma, que já sabia, ou acreditava já saber, a resposta da rainha.

Regina esperou todos se despedirem de Emma e Henry quieta, até a loira se aproximar de seu fusca amarelo e ela seguir em passos largos até a mesa, decidida a explicar como tudo funcionaria, mesmo que doesse olhar para Emma e saber que nunca mais a veria. Ela tentou, ela realmente tentou se manter longe da loira, respeitar seu espaço pessoal e não se emocionar enquanto falava, mas falhou miseravelmente. Ela precisava sentir o toque de Emma uma última vez. Então ela esticou sua mão direita e alcançou a esquerda da loira, logo colocando sua mão esquerda sobre a dela. O que Regina não previu foi que soltar a mão da loira doeria tanto quanto doeu, e o último abraço que deu em Henry só deixou a dor pior.

Era isso, ela nunca os veria de novo. Eles não se lembrariam dela e ela nunca os esqueceria.

E foi com esses pensamentos que ela viu o fusquinha amarelo que tanto odiava levar as duas pessoas que mais amava embora de sua vida, enquanto uma nuvem roxa a engolia.

XxXxX

O vazio no coração de Regina ficava cada vez maior, e a cada dia se tornava mais e mais doloroso pensar em Emma e Henry. A única coisa que a mantinha sã é que ela sabia que tinha feito o que era melhor para eles. Isso foi comprovado alguns meses depois, quando uma bruxa que ninguém conhecia apareceu na Floresta Encantada e logo os anões resolveram investigar, o que rendeu mais coisa ruim do que boa. Dois anões foram mortos, Happy e Sneezy, e as únicas informações que conseguiram foram: 1) o nome da bruxa, Elphaba; 2) que ela estava planejando algo terrível; e 3) “que eles se arrependeriam profundamente de ver voltado para aquela terra” (palavras que foram gritadas enquanto ela assistia com um sorriso no rosto Happy e Sneezy agonizando em dor no chão enquanto os outros anões corriam amedrontados para dentro da floresta) .

O que a bruxa queria? Ninguém sabia. A única coisa que Regina sabia era que Emma e Henry corriam perigo com essa bruxa à solta e depois de muito conversar com Snow decidiram que seria melhor que alguém fosse atrás deles para tentar quebrar a maldição.

“Eu poderia quebrar a maldição.” Disse Regina e Snow a olhou confusa.

“Como?”

“Henry.” Foi tudo que a ex-rainha respondeu, um sorriso brilhando no rosto só de pensar em ter seu filho de volta.

“Continuo afirmando que devíamos mandar Hook.” Insistiu Snow, fazendo Regina revirar os olhos.

“Você nem sabe se Emma sente o mesmo por ele.” Rebateu a mais baixa irritada. Como Snow tinha tanta certeza que Hook era o amor verdadeiro de Emma?

“Eu acredito no amor dele por Emma e existe uma grande probabilidade dele ser correspondido, Regina. Nós temos que tentar.”

“Como quiser.” Cedeu Regina cansada. Se Snow fazia tanta questão, que mandassem Hook à Nova Iorque.

XxXxXx

Todos esperavam apreensivos pelo retorno de Hook, e quando o pirata finalmente entrou pelas grandes portas do castelo, todos murcharam ao perceber que ele estava sozinho.

“Não funcionou.” Informou ele, ao perceber que todos estavam ali.

“Jura?” ironizou Regina.

“O que aconteceu?” perguntou Snow curiosa, ignorando completamente o comentário da outra mulher.

“Parece que estávamos enganados sobre os sentimentos de Emma por mim, Snow. Ela com certeza não sente o mesmo que eu.” Disse o pirata, a decepção evidente em sua voz.

“Ótimo, já fizemos do seu jeito e agora faremos do meu. Vou para Nova Iorque hoje mesmo.” Informou Regina à Snow.

“Eu disse que estaríamos gastando dois feijões mágicos à toa com Hook. É óbvio que o amor verdadeiro de Emma sou eu!” disse Neal ao mesmo tempo, do outro lado do aposento, irritado com toda a situação. Se tivessem mandado ele e não Hook à Nova Iorque, Emma e Henry já estariam ali naquele momento.

“Eu concordo com Neal, devíamos tê-lo mandado em primeiro lugar.” Se pronunciou David, fazendo Regina revirar os olhos já sabendo que gastariam outros dois feijões dos oito que possuíam com Baelfire.

“Vocês estão esquecendo que Henry também é meu filho, eu tenho todo o direito de tentar quebrar essa maldição.” Se irritou Regina, elevando a voz.

“Ele é mais meu filho do que seu.” Rebateu Neal, tão estressado quanto a morena.

“Onde estava em seus primeiros dez anos de vida?” perguntou Regina, um sorriso cínico no rosto.

“Eu concordo com Neal.” Snow se pronunciou, antes que o homem estrangulasse Regina ali mesmo.

“Você o quê?” perguntou Regina chocada. Ela havia concordado em mandarem Hook à Nova Iorque, mas que se isso não funcionasse, agiriam de seu jeito.

“Precisamos de você aqui, Regina. Se Elphaba tentar algo ter você por perto será útil.” Explicou Snow calmamente, tentando não irritar –ainda mais- a já enfurecida ex-rainha.

Regina bufou. Ela sabia que Snow estava certa, era muito provável que Neal conseguisse quebrar a maldição e ela realmente seria útil se Elphaba decidisse tentar algo contra eles, mas era difícil agir logicamente quando tudo que se passa pela sua cabeça é que essa é sua chance de rever as pessoas que mais amava. A ex-rainha suspirou, se dando por vencida, antes de se pronunciar:

“Tanto faz, façam o que quiserem.”

Antes de deixar o aposento, batendo a porta ao sair, fazendo Snow suspirar.

XxXxXx

Regina estava no quarto que ocupava no castelo quando ouviu uma batida em sua porta, logo seguido do barulho da mesma se abrindo.

“Regina?” disse Snow, a voz não passando de um sussurro.

“Hm?” perguntou a morena mais baixa, sem se importar em virar para encarar Snow.

“Neal voltou.”

E com isso Regina se virou rapidamente em direção à Snow, seu pescoço estalando no processo.

“E?” questionou ela apreensiva, o coração na mão.

“E ele também não conseguiu.” Informou Snow deprimida.

Regina suspirou e escondeu o sorriso que lutava para ocupar seu rosto, segurando a vontade de dizer a Snow que devia tê-la ouvido. Preferiu então dizer:

“Então quer dizer que....?”

Ela parou no meio da frase, sabendo que a mais nova havia entendido.

“Sim, você pode, apesar de não estarmos felizes com a ideia de você saindo da Floresta Encantada enquanto uma bruxa perigosa pode nos atacar a qualquer momento.” Respondeu Snow à contra gosto, fazendo Regina sorrir.

Após mais alguns minutos de conversa, as duas seguiram para o hall de entrada do castelo, onde todos as esperavam.

“Eu ainda não entendi como Regina supostamente irá quebrar a maldição.” Alfinetou Neal estressado.

“Henry.” Respondeu David rapidamente, antes que Regina pudesse alfinetar de volta.

“Só não entendo porque tem que ser ela, ele também ele é meu filho!” reclamou o homem, fechando a cara.

“Se você não percebeu, você teve uma chance de quebrar a maldição e falhou. Agora é minha vez.” Rebateu Regina irritada. “E nem venha dizer que achou que só funcionaria se beijasse Emma. Você sabe que qualquer beijo de amor verdadeiro funcionaria.” Completou.

“Estamos perdendo tempo.” Interferiu Snow “Quanto mais tempo Regina fica aqui, mais tempo ficaremos sem ela e praticamente sem proteção contra Elphaba, então parem de discutir.”

Regina e Neal assentiram envergonhados. Quanto antes a ex-rainha deixasse a Floresta Encantada melhor. E com isso a morena se afastou dos outros, jogando o feijão mágico no chão e logo em seguida pulando no portal que se abrira no local, enquanto todos observavam apreensivos. Quando Regina voltou a abrir os olhos já se encontrava no Central Park, no meio da correria de Nova Iorque e logo ela entrava em um táxi, seguindo em direção ao apartamento que Emma e Henry ocupavam.

Xxxx

Depois de duas horas presa no trânsito infernal da cidade, Regina finalmente chegou em seu destino, pagando o taxista rapidamente e saindo do carro sem nem pegar o troco, correndo para entrada do prédio, já pensando em uma desculpa plausível para o porteiro deixa-la entrar. Tudo isso passou como um clarão e quando se deu conta já se encontrava diante à porta que a separava de sua felicidade, as mãos suando dentro das luvas que vestia devido o frio cortante da cidade naquela época do ano. Ela ergueu a mão direita, mas parou antes que ela tocasse a porta, adrenalina correndo por suas veias. Ela sonhara com esse momento por tanto tempo e agora finalmente havia chegado a hora, mas ela não conseguia encontrar coragem para bater na porta. E se ao tentar quebrar a maldição estivessem fazendo a coisa errada? E se fosse melhor para Emma e Henry permanecerem em Nova Iorque com suas memórias falsas, sem saber de nada? Ela engoliu em seco e tomou uma respiração, batendo na porta enquanto ainda tinha coragem, e logo Emma surgiu em sua frente, com uma carranca no rosto.

“Eu juro por Deus que se você te...” começou a loira, pausando ao finalmente olhar para pessoa em sua frente.

“Oh meu Deus, Emma!” disse Regina emocionada. “Você está bem?” perguntou rapidamente.

“Sim...?” respondeu Emma, sua resposta soando mais como uma pergunta.

Olhando para aquele rosto pálido que não via há meses, Regina se esqueceu de todo o plano, de que Emma não fazia ideia de quem ela era e que e a loira já estava assustada o suficiente com os dois homens que bateram em sua porta ainda naquela mesma semana e a agarraram de supetão. Ela se esqueceu de isso tudo e simplesmente engolfou a mais alta em um abraço apertado, soluçando em seu pescoço. E o mais estranho de tudo foi que Emma não se afastou, ela simplesmente apertou a morena mais contra si em um movimento automático, respirando o aroma de seus cabelos.

“Você não faz ideia de há quanto tempo espero para poder fazer isso.” Disse Regina, a voz saindo abafada por causa da gola da blusa de Emma.

E então ela fez provavelmente a coisa mais burra de toda sua existência:

Ela beijou Emma.

Não entendam a ex-prefeita mal, não é como se ela tivesse planejado isso. Na verdade, ela havia planejado exatamente o oposto disso. Ela havia prometido a si mesma que não importava o quanto quisesse, o quanto precisasse da boca de Emma na sua, ela não se renderia à tentação. Que arranjaria um jeito de se aproximar da loira para poder chegar perto de Henry e quebrar a maldição. O que ela não esperava é que seu auto controle falharia, ignorando completamente os gritos de sua consciência dizendo para não fazer aquilo, que estragaria tudo. Mas agora já era tarde demais, ela já estava completamente entregue ao beijo. Tão entregue que nem percebeu que após um tempo lutando contra Emma finalmente relaxou e começou a beijar de volta.

Regina finalmente encontrou a força para se separar da mais alta, preparada para pedir desculpas o mais rapidamente possível e sair correndo antes que Emma pudesse ligar para a polícia, mas o que encontrou a deixou completamente surpresa. Emma a encarava com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso emocionado no rosto.

“Regina!” exclamou ela, antes de voltar a se jogar nos braços da morena em um abraço apertado e isso foi o suficiente para fazer a mais baixa voltar a soluçar no pescoço da ex-xerife. “Você me encontrou.” Disse Emma sem acreditar, sem se soltar de Regina.

“Você duvidou que eu iria?” respondeu a mais baixa bem humorada, fazendo a loira rir.

“Sim.” Respondeu Emma e Regina se afastou para poder encara-la “Ah, qual é! Você realmente acha que eu ia adivinhar que sentia o mesmo por mim? Eu mesma estava confusa.” Explicou Emma com um sorriso sem graça no rosto, e logo o sorriso de Regina estava de volta, enrugando a pele ao redor de seus olhos.

“Onde está Henry?” perguntou a mais baixa, louca para ver o filho.

“Ele está lá em cima dormin...” Emma foi interrompida por um furacão de cabelos castanhos se enfiando entre as duas para poder abraçar Regina.

“Mãe!” exclamou ele feliz, enquanto se jogava em Regina.

“Henry!” respondeu ela no mesmo tom. “Por Deus, como você cresceu.” Completou, emocionada.

“Você me encontrou.” Constatou o menino, um sorriso gigante se abrindo em seu rosto ao perceber que ela realmente estava ali, afagando seus cabelos como costuma fazer alguns anos atrás.

“Ela nos encontrou.” Corrigiu Emma, deixando o menino com uma cara de confuso adorável.

“Como assim....quer dizer que...” começou ele, tentando entender a situação. Até que finalmente percebeu, a maldição havia sido quebrada, o que significava uma coisa: “Um beijo de amor verdadeiro!” exclamou, sorrindo largo ao perceber o que havia acontecido.

“Garoto esperto.” Disse Emma, um sorriso brincando nos lábios. “Apenas imagino como Mary Margaret vai reagir.” Comentou, rindo só de pensar na reação de sua mãe.

“Você não terá que esperar muito para descobrir, querida. Iremos para Floresta Encantada hoje mesmo.” Contou Regina, fazendo Emma encara-la confusa até se lembrar do que Hook a dissera.

“Certo, certo, minha família precisa de mim.”

“Sim. Na verdade temos que ir andando, não posso ficar muito tempo fora, também precisam de mim.” Disse a morena, entrelaçando seus dedos com os de Emma.

“Irá me contar o que está acontecendo?” perguntou a loira manhosa.

“Assim que chegarmos lá te dou um relatório completo.” Respondeu, deixando um selinho nos lábios da mais alta fazendo-a sorrir enquanto Henry se manifestava com um “Eca!", fazendo Emma bater em sua cabeça de brincadeira.

Então Regina tirou o feijão mágico do bolso e o jogou no chão do apartamento, segurando uma mão de Henry e outra de Emma, enquanto fazia uma promessa a si mesma: Ela nunca os deixaria, independentemente do que acontecesse ela os protegeria com a vida dela e não deixaria nada acontecer a eles. Nada os separaria outra vez.

E com esses pensamentos ela pulou no rodamoinho verde, feliz de finalmente estar com sua família. E não importava que Elphaba estivesse tentando destruir o reino, ela sabia que eles ganhariam porque independentemente do que todos disseram, ela teria seu sinal feliz. Na verdade, ele já se iniciara, sem ela sequer perceber.


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Notas finais do capítulo

Fim? Ou vocês querem mais um capítulo só que pelo ponto de vista da Emma? Reviews?