O Cavaleiro dos Lírios escrita por Kuro Neko


Capítulo 4
A espada, o machado e o arco




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O dia começou com a corneta de despertar, apesar de não ter dormido muito bem na noite anterior. Tudo o que estava acontecendo acoplou em sua mente e o impossibilitava de dormir. Pensava no irmão Almur, em ser cavaleiro, na guerra em que fora inserido e, sobretudo, nessa história de Víbora Escarlate. Dividia a tenda que passou a noite com duas pessoas: Leonard e um homem mais velho, caolho e sem dois dedos na mão direita chamado Jane Olho-bom. O dia inteiro antes havia sido de pura marcha sobre certos campos que não sabia o nome, mas com certeza poderia afirmar que seu nome deveria ser relacionado a algo escaldante, talvez Campos Escaldantes. Ao cair do crepúsculo, jantaram alguns animais silvestres que apanharam no caminho misturados à nabos, cebolas e abóboras. Não lembrava de ter comido tão bem assim quanto antes, mas também não recordava de uma caminhada tão exaustiva a ponto de o deixar com a sola do pé adormente. Leonard passou o caminho inteiro se gabando de como era bom em arco e flecha e montaria. Mas eles não estavam montados, pois apenas a fronta de elite os usava. Diziam que partiram para uma missão de reconhecimento de terras e possível tratado de paz, mas ele e Leo não achavam que seria isso.

– Somos recém formados cavaleiros – recordava Leo caminhando ao lado dele, ofegante – E nossa primeira missão é reconhecimento de terras. Reconhecimento de terras! Nem a voz do guerreiro mais brando de toda essa terra que não acaba poderia fazer disso um feito épico.

Mas Almur sabia que havia um propósito para isso. Algo em si mesmo dizia que seria perigoso manter a Víbora Escarlate ao olho de todos: muitos o procurariam, contratariam assassinos em nome do leste e do sudoeste e muitos procurariam o campeão aclamado por todos. Bom, ele era apenas um menino magrelo. Matá-lo seria uma tarefa fácil e qualquer um saberia que uma aliança por ele seria uma causa perdida. Então, o enviou em uma missão simples para mantê-lo incógnito. Ou...

… ou não. Precisava dormir, e já podia ver os raios de sol da alvorada. Contorceu-se de um lado para o outro.

– Noites e dias difíceis esses, não? Lembro-me da minha missão como escudeiro do Gran Sor Hewsteel. Os horrores da guerra – Jane Olho-bom já acordara – Não ouviu a corneta, Highwood? Precisamos nos levantar e preparar para a marcha, ou seremos deixados para trás.

“Não seria lá má coisa...”

– É que não consegui dormir direito hoje... muita coisa a pensar.

– Eu bem sei como é isso – Deu-lhe um sorriso cansado – Mas com a experiência, e com os amigos certos, tudo fica mais fácil. Diga-me, o que é que te deixa tão apreensivo?

– É esse assunto de...

O homem que comandava a tropa de exploração e pacificação, Per Honed, entrou na tenda, lançando a seda móvel para entrada e saída para trás como um furacão. Usava seu elmo vermelho de aço com cornos vermelhos (da face só podia ver a sua longa barba vermelha), a sua armadura negra de sempre e segurava um gongo na mão esquerda. Ele se preparava para soar o gongo quando Olho-bom pulou e fez um sinal rápido com as mãos, gritando:

– ESTAMOS ACORDADOS!

O som que o gongo produziu fez a cabeça de todos girar: Leonard pulou da cama, Almur subitamente pôs as mãos cobrindo os ouvidos e Olho-bom caiu no chão, esperneando:

– MALDITO SEJA ESSE MALDITO COSTUME SEU – Foi isso que Almur conseguiu escutar, já que Leonard e Jane resmungaram simultaneamente. Até conseguiu ouvir uma palavra obscena.

– Se todos tivessem levantado ao som da corneta, o gongo não seria necessário. Chega de latidos e obedeçam o mestre. AGORA.

Os três levantaram de jeito desajeitado, mas levantaram. Leonard não conseguia manter nem a postura, nem os olhos abertos. Mas, do jeito que estavam, conseguiram seguir o comandante.

Do lado de fora da tenda, enormes montes, morros e colinas se levantavam. Todos os recrutas e pessoas menores estavam organizados em grupos de quatro. “Todos os grupos já pegaram as garotas”, pensou tristemente. Todos os três estavam com os olhos semicerrados pela claridade do sol. Como o comandante continuou andando por entre os grupos, os três o seguiram, já que não sabiam o que deviam fazer. O comandante foi parar na frente de outra tenda do outro lado do acampamento, onde uma das recrutas estava parada na frente, toda cabelos negros desgrenhados e olheiras visíveis. Já a tinha notado antes, a única pessoa solitária de toda a marcha. Vestia um set mediano, para pessoas de 16 anos de idade,de couro e andava descalça. Nunca havia ouvido uma palavra dela e nunca tinha visto um sorriso. Mas possuía um par de olhos castanho-escuros que era raro, assim como os de Almur. A coloração ocular mais comum era o azul, e já tinha até enjoado deles, apesar de serem bonitos. Aqueles olhos o atraíam o olhar, mas agora estavam semicerrados iguais ao do seu grupo.

– Atenção todos – Disse Honed, levantando o gongo – Temos aqui dois recém nomeados cavaleiros, sor Leonard Talhart e sor Almur Highwood. Não é épico ter essas figuras comandando o “grupo dos dorminhocos”? Não podemos baixar a fama de Jane Stringloom, o... bem, só sei que ele luta. E também Flora Hill – A puxou para perto, muitos gargalhavam – Que vai dizer um discurso por estar no melhor grupo daqui – O silêncio dela falou justamente o que o comandante esperava e seu olhar sugeria que precisava de sangue de comandante pelo chão - Um ótimo discurso, me fez chorar. Já dei um tempo para qualquer um se conhecer, agora é hora de agir. Cada grupo irá para direções diferentes e oferecerá uma aliança a Loneway. Fiquem tranquilos, vocês estão sobre a proteção da Lei da Primeira Mãe, aquela que diz que ninguém poderá tocar em recrutas, tanto inimigo, amigo quanto aqueles neutros. Já os cavaleiros dorminhocos, é melhor tomar um pouco de cuidado. Todos, formem uma fila de grupos que eu distribuirei alimentos e apontarei a direção do objetivo de vocês.

Infelizmente, o grupo deles eram o último nessa tal fila. Almur, Olho-bom e Leonard, Leo como ele preferiu ser chamado de agora em diante, conversavam sobre mulheres, conquistas futuras e se gabavam de muitas coisas, coisas masculinas. Já a garota, Flora, olhava para o chão, arrancava grama com os dedos dos pés e nunca dizia nenhuma palavra, nem ria de nenhuma das piadas. Almur sentiu-se meio culpado por deixá-la de lado e, enquanto os dois outros seguiam com a conversa rude, resolveu falar com ela:

– Então... o que faz uma garota como você num exercício como esse? Você pretende se tornar uma guerreira ou sei lá? - “Não, ela está aqui para ser cozinheira. Que ótimo começo” pensou e concluiu que ela pensou a mesma coisa, depois de observar o olhar que ela lhe deu.

– Sor Highwood, o galanteador – Leo disse em tom engraçado, levantando ambos os braços e Olho-bom caiu na gargalhada. Até Almur deu um sorriso balançando a cabeça, mas Flora não se expressava. Pouco tempo depois o comandante finalmente apareceu, quando todos os grupos já tinham desaparecido da vista:

– Senhores, senhora, vocês terão de se dirigir ao Campo das Árvores Mortas – Os entregou um mapa em couro, onde o local estava circulado em vermelho - Lá, vocês encontrarão um povoado de homens-lagarto que vivem nos pântanos da região. Sim, existe um castelo oculto bem no centro desse campo. Como a maioria das pessoas desse grupo já são cavaleiros e pessoas experientes, presumo, e como eu sou um cavalheiro, lhe darei isso, senhorita – A entregou um embrulho com um filé, nabos, alface e cenoura – Já aos senhores, lhes desejo boa sorte para encontrar comida selvagem. Ouvi dizer que os cogumelos de lá são... deliciosos. Boa sorte e até... mais – Deu as costas ao grupo.

Leo estava prestes a resmungar, mas Olho-bom o silenciou com um tapa na nuca. Os quatro integrantes se armaram nas tendas e marcharam para a direção indicada no mapa. Só que, após andarem um quilômetro aproximadamente, Olho-bom parou de repente e falou:

– Esperem um pouco, esqueci meu machado de guerra. Vocês ficam aqui enquanto eu vou lá pegar? - Os outros dois trocaram olhares e a garota não pareceu prestar atenção, mas parou de andar.

– Sim, vai lá – Disse Almur, tranquilamente. E lá foi ele.

Olho-bom demorou um pouco, mas logo em seguida voltou com um machado de guerra cujo cabo era verde com detalhes de cipó:

– Então, lá vamos nós – Falou sorrindo, girando o machado na mão direita. Antes de começarem a marchar, Flora decidiu olhar para trás e Almur fez o mesmo. Lá estava o acampamento...

… e Honed a observá-los ainda. Flora parou ali, e Almur ora olhava para ela, ora para o comandante. Leo, um pouco longe, gritou algo parecido com “Vocês vem ou não?” Flora só foi depois que Almur a puxou pelo braço.

Passaram duas colinas e chegaram a entrada de uma floresta. Metade do dia iluminado já tinha se passado, segundo Olho-bom:

– O sol já está no auge.

E estava... todos estavam suados. Leo e Olho-bom agradeceram aos deuses pela sombra das árvores. Àquele momento, todos já estavam sentindo fome e o primeiro cogumelo silvestre apareceu. Com o machado de guerra em mãos, Olho-bom cortou o cogumelo que estava preso a árvore. Ele pegou nas mãos, deu uma mordida e mostrou sinais de satisfação pela comida. O cogumelo era gigante e albino.

– Está delicioso! - Cortou metade do cogumelo e ofereceu para Almur – Tome, prove.

– Hey, mas e eu? - Leonard disse, afastando uma das úmidas mechas loiras da testa com o dedo mindinho.

– Você acha que seu cabelinho loiro lindo lhe trará comida fácil? Não, não. Aliás, há bastante desses por aqui.

Almur não conseguia sentir o cogumelo por conta das luvas que estava usando, mas podia sentir a textura macia e fofa que possuía. O levava a boca para saboreá-la também, até que se surpreendeu.

– Não coma isso, é venenoso – Finalmente Flora disse algo – Se quiser comer alguma coisa, procure qualquer outra coisa ou eu reparto esse lanche contigo. Você quem sabe o que vai fazer.

Almur congelou no tempo. “A voz dela é bonita”, pensou. Não conseguiria por aquilo na boca depois do alarme. Abaixou o cogumelo.

– O que você está fazendo? - Olho-bom disse – Se fosse venenoso, eu já estaria sentindo qualquer efeito. Não acredito que você vai acreditar nela. Se não quiser comer...

– Eu como! - Leonard correu para perto dele, muitos galhos foram pisoteados e quebrados – Que isso, cara. Jane é um homem experiente e sabe o que faz, e ele até comeu! Não tenho medo de falsas suspeitas – Agora, o dito Almur viu que seria descortês não entregá-lo o cogumelo partido. Seu irmão teria ficado com ele para si, mas ele não era o Almur, o cavaleiro. O entregou e olhou para Flora, que não mostrava nenhuma reação.

– Flora, você poderia repartir essa comida comigo? - Ela fez sinal positivo com a cabeça, desembrulhou o alimento e... era tão pouco – Sabe, eu não gosto desse negócio ai. Melhor eu procurar outra coisa pra comer – Leonard fazia um gemido de satisfação por ter comido o cogumelo. Ela apontou para uma fruta marrom esferical que crescia em um arbusto ali perto. Almur olhou para Olho-bom.

– Ah, conheço essa fruta! - Ele respondeu o olhar – Não é venenosa... mas é ruim. Dizem que é a única comida que se serve no inferno.

– Aqui – Flora o trouxe um ramo com no mínimo seis deles. Almur colocou na boca, mastigou e, de repente, sentiu como se estivesse comendo o olho estragado de algum animal. A casca era dura, mas dentro era gelatinoso. A semente era a pior. Todos riram da cara de Almur, até a Flora.

– Um só não é o suficiente para uma refeição – Olho-bom disse, rindo em cada palavra – Coma tudo!

Continuou comendo as frutas e, surpreendentemente, uma era pior que a anterior. Algumas mais amargas, outras mais doces, outras mais consistentes. Mas enfim, todas ruins. Quando acabou de comer a última, olhou para o chão e cuspiu no chão. O gosto era muito ruim.

– Okay, vamos continuar andando – Disse Olho-bom.

À medida que adentravam na floresta, as flores, arbustos e árvores mortas que apareciam era maior a cada metro e, assim, coletavam mais madeira, sem falar de sua espada pesar cada vez mais em suas costas. O grupo começou a ver uma névoa distante que também se aproximava na proporção que avançavam. Quando Almur ia dizer que já haviam chegado no pântano, Leo disse primeiro:

– Pessoal, eu não me sinto bem – Todos olharam para ele e, de fato, estava pálido e estava todo encolhido.

– Envenenado... não pode ter sido o cogumelo, eu mesmo o experimentei – Olho-bom argumentou – De qualquer forma devemos ir andando, talvez esse pessoal do pântano encontre algum antídoto para ele.

Flora puxou um arco das costas que ninguém tinha notado até o momento e tirou duas flechas, também nas costas. Havia passado o caminho inteiro atrás de todos, então ninguém percebeu nada. Atirou as duas, uma depois da outra, ao ar e, segundos depois, ouviu o crocitar de um corvo ao longe. Parece que ela havia abatido um e ele não caiu muito longe. O corvo era branco, pintado, e isso significava que era proveniente do sudoeste. Todos, inclusive Leo, foram averiguar a situação. Uma das flechas de Flora penetrou na garganta do pobre animal, levando-o a morte, claro. Mas nele havia uma mensagem presa a pata do animal. Ela a pegou e começou a ler, com seus lindos olhos castanho-escuros. Depois de um momento, ela fechou o pergaminho.

– Um poema – Revelou – aqui diz que é de Narghlorath Ertho, principal Senhor da Divisa Sudoeste. Há alguns erros nele.

– Ora, mostre-nos – Olho-bom rapidamente disse e todos olharam para o papel, exceto Leo.

A coisas na vida

Que oprimeu todo eqo nos omens

Uuall, opinu u progresso

Enquanto rio e vocês.

Curta, estrada curta

Encurta, censura

Sua espada na escuridão

Livre-o da escuridão

– Deixe-me ver isso melhor – Disse Olho-bom, tomando a mensagem.

Olhou-a por muitos minutos, sem mover os olhos. Passados alguns momentos, ele simplesmente rasgou a mensagem e disse:

– Insanidade. Estão querendo nos confundir. Vamos, precisamos nos abrigar. Ninguém encontra os homens-lagarto do pântano, somente eles podem nos achar. Flora, busque lenha – Ela fez sinal positivo com a cabeça e desapareceu na névoa – Highwood, me ajude a fazer uma cabana improvisada com nossos recursos. Leo, fique sentado aqui por perto.

E assim eles começaram. Almur tirou a espada das costas para minimizar o cansaço. Fizeram uma base não muito confiável mas tomaram aquilo como suficiente.

– Ufa, conseguimos – Afirmou Almur ao fim.

– Sim sim, isso me lembra da primeira vez que eu fui com... bah, eu já te disse isso. Mas não te disse que eu fui para essa mesma floresta há alguns anos. É, eu era bem melhor que agora. Oras, passe-me essa espada! - Disse em um tom entusiasmado, mas Almur o passou a espada. Ele a olhou, virando-a – Sim, sim... parece uma espada de amador. Ela é?

– Não tenho certeza ainda. Encontrei-a em uma sala comum e tal – Aconteceu tudo tão rápido que ele não lembrava dos detalhes – E esse machado? Tem alguma história?

– O quê? Esse machado? Ah, um pedaço de tralha que eu encontrei por ai e juntei e deu um bom cortador de cabeças – Passou o dedo pelo fio da lâmina – Talvez possamos dar alguma história para essa sua espada hoje, garoto. Os homens-lagarto que vivem por aqui são oponentes bons para amadores.

De repente, Almur deu-se pensando em criaturas humanoides com corpo de lagarto de cor esmeralda com uma longa cauda espinhada enquanto com uma lança em ambas mãos. Olho-bom, ao ver a sua expressão pensativa, gargalhou. Tudo continuou bem até que o zunido de uma flecha lançada quebrou o silêncio. Jane fez sinal com o dedo indicador colocando-o a frente de sua boca, emitindo um pequeno shhhhhh. Leo estava pálido e estava desacordado.

O primeiro inimigo não foi detectado por nenhum dos dois e acabou perfurando a panturrilha de Almur. A dor o fez gemer e, por impulso, deu um pulo para frente, com a lança ainda em sua perna. Ao cair no chão, percebeu que Olho-bom também recuou e, com o seu machado de guerra, quebrou a ponta da lança e conseguiu tirá-la da panturrilha de Almur. A dor era muita e sabia que não conseguiria se levantar, portanto pegou a sua espada do chão e preparou para se defender o melhor que pôde. Um grande número deles surgiu da névoa. Ele não conseguia detê-los estando ali imóvel, mas Jane era bem mais guerreiro: machucava uns e desmembrava outros. Os homens-lagarto não eram como Almur tinha imaginado, eram apenas humanos com pele de jacarés e crocodilos, sem cauda nem nada, mas a cor esmeralda era presente. Uma frota de três soldados vieram atacá-lo, correndo. Um lançou sua lança e os outros dois tentaram um ataque físico. A lança disparada acertou, de raspão, o peitoral do set de couro. Um dos que tentaram o ataque físico foi detido por um corte no tendão pelo próprio Almur, já o outro, por muito pouco, não acertou seu pescoço, perfurando o ombro. Sangue escorria por todo lado e a morte ceifava o corpo dos guerreiros .

Por sorte, Olho-bom surgiu da névoa e apunhalou o homem-lagarto com um graveto qualquer e cortou sua garganta. O sangue dele voou em Almur, que sentia tanta dor que parecia ter esquecido de como era se sentir normal. Olharam em volta e mais e mais deles surgiam da névoa. Estavam encurralados e eram só dois e, ainda por cima, não conseguiam achar Leo. Tudo ia mal. Ambos sabiam que morreriam ali mesmo se nada fosse providenciado.

– Largue a espada – Cochichou Jane. Almur deixou cair sua espada e caiu no chão, envolto em sangue em cima e abaixo de si. Pensou que tudo seria fácil, mas talvez sua jornada acabasse ali mesmo. Não conseguiu pensar em mais nada e, devido a dor, caiu no chão e observou os homens-lagarto se aproximando, enquanto o machado de guerra de Jane caia em sua frente. Foi perdendo a visão e a consciência. Tudo o que conseguiu ouvir antes de ser desligado foi um “Nos rendemos” e o zunido de uma flecha.


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