S.H.I.E.L.D. - O Futuro: Jovens Vingadores escrita por Catwoman


Capítulo 6
Capítulo 6 - Valeria


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Como vão?
Quem já foi assistir Capitão América? Eu já vi e amei o filme, ficou muito perfeito! (Até porque a Viúva Negra divou muito nesse filme kkk)*0*
Enfim, vamos ao que interessa! Aqui está o novo capitulo pra vocês, com uma nova narradora!
Nos vemos nas notas finais!



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Capítulo 6 – Valeria Richards

Frank vai me matar.

É a única coisa que me vem à mente, quando pego meu celular para ler uma mensagem dele e vejo que já são quase sete e meia da noite.

Quando foi que o tempo passou tão rápido?

— O que foi? — Matt olha por cima do meu ombro. — É seu irmão?

— Sim. Ele quer saber se está tudo bem.

Frank e eu combinamos de nos encontramos no instituto, para que pudéssemos voltar para casa juntos. Meus pais ainda não estavam em casa e ele, obviamente, não queria que eu ficasse sozinha na mesma. Minha família era bem famosa, e bom...Tínhamos vários inimigos à solta por ai, por isso Frank se preocupava tanto comigo e não gostava de me deixar sozinha.

Mas as vezes, a proteção excessiva dele me irritava profundamente. Muito profundamente mesmo.

A grande verdade é que eu já estou cansada de ter “babás” cuidando de mim o tempo todo. Sei que Logan e Hazel (Para não citar outros) têm coisas muito melhores para fazer do que ficar de olho em mim em seu tempo livre. E francamente, eu já tenho quase 14 anos e apesar de não ter poderes como meu irmão, posso me cuidar sozinha. Por isso pedi que ele não viesse me buscar na casa do Matt hoje.

Como vir para a casa do Matt foi escolha minha, eu queria pelo menos poder ir embora sozinha, sem meu irmão dar uma de “irmão mais velho super–protetor”.

Mas agora eu estava ficando atrasada, e logo Frank iria começar a se preocupar de verdade, e provavelmente começaria a me encher o saco. E eu não estava com vontade nenhuma de ficar ouvindo os sermões dele.

— Você vai para o instituto? — Eu pergunto para Billy, que acabava de voltar para a sala depois de passar quase duas horas na biblioteca com o Dr.Strange.

— Sim, vou encontrar meu irmão e minha prima lá. Por que?

— Posso ir com você? Eu vou encontrar com Frank.

— Claro. — Ele responde sorrindo. — Prefere ir do jeito tradicional, ou do jeito mais rápido?

Penso um pouco antes de responder, mesmo já tendo a resposta na ponta da língua.

— Do jeito mais rápido, e mais divertido.

— Ok, você é quem manda.

Nós despedimos de Matt e seu pai rapidamente. Billy prometeu leva-lo para conhecer a turma dele e eu o chamei para ir na minha casa, passar um tempo em outro lugar que não fosse trancado aqui, sozinho. Matt aceitou os convites, mais por educação do que por vontade de realmente cumpri-los.

Fazer o que? Matt era assim.

— Ok, segura a minha mão. Não quero te perder por ai, ou em outra dimensão por acidente. Franklin acabaria comigo. — Billy diz brincando, e eu faço o que ele pede.

Billy começou a recitar seu feitiço de teletransporte, e em um piscar de olhos o cenário muda completamente. A casa dos Strange rapidamente dá lugar a grande e imponente mansão Xavier.

Apesar de já estar acostumada com esse lugar, por visita-lo quase a minha vida toda, eu nunca deixava de me surpreender com a arquitetura daquele lugar. Eu não sou uma mutante. Não tenho poderes (Pelo menos não até agora.) Mas eu considerava a mansão Xavier como um segundo lar para mim.

Caminhamos rapidamente pelo jardim da mansão, passando por alguns alunos dando um passeio noturno pelo mesmo e logo que entramos na mansão, onde novamente demos de cara com mais alunos. É fascinante perceber o quanto este lugar cresceu desde que a primeira turma foi fundada.

— Vou procurar meu irmão e minha prima. — Billy me avisa. — Se encontrar o Franklin, digo a ele que você já está aqui.

O garoto não espera minha resposta para avançar por um dos muitos corredores da mansão. Meu primeiro pensamento foi o de fazer o mesmo que Billy, e tentar encontrar Frank ou Rachel por ai. Porém, algo chama a minha atenção. Uma discussão vinda do saguão principal. Minha curiosidade foi aguçada, então, é para lá que eu sigo.

Ao chegar na entrada da sala, vejo Olivier e Rebecca, se atracando enquanto discutem ferozmente, com T.J no meio dos dois tentando acalmar a briga. Ao ver tal cena, a primeira coisa que faço é revirar os olhos e cruzar os braços. Eu queria dizer que estava surpresa ao ver aquela briga/discussão, mas não estava. Os gêmeos eram famosos por estarem constantemente em pé de guerra.

Então você me pergunta, “mas por que eles discutem tanto?”

São vários os motivos e fatores que fazem com que os dois se desentendam o tempo todo. Porém, acho que o maior problema entre os dois é por Rebecca e sua repulsa quanto a ser mutante. Bekka simplesmente detestava ter poderes e tudo mais. Ela queria ser normal, ter uma vida normal. Coisas que, claramente, ela não era e não tinha com sua vida no instituto. Mas Bekka estava decidida a não ser uma X-Men. Essa foi uma decisão que ela tomou bem cedo.

Depois de muita insistência, Bekka conseguiu convencer os pais a deixarem que ela estudasse em uma escola normal, que por acaso, acabou sendo na minha escola. Ao estudar junto comigo, ela ficava sem tempo para frequentar algumas aulas que o irmão frequentava aqui no instituto, e sempre perdia alguns treinos (coisa que ela adorava, claro. Ela os perdia de propósito, se quer saber.)

Mas é lógico que seus pais e o resto dos X-Men não deixariam que ela ficasse sem treinamento. Querendo ou não, ela nasceu com poderes e era uma mutante que precisava aprender a se defender de ameaças que eram inevitáveis. A solução então, foi deixar alguns treinos e simulações para ela fazer junto ao irmão aos sábados de manhã. Creio que Vampira e Gambit acharam que assim os dois se dariam melhor. Pois é, a ideia não funcionou tão bem assim.

Olivier não entendia o porquê de Bekka não gostar da vida deles no instituto e esse desejo da irmã de não ter poderes, e isso o irritava.

Vou ser franca. Às vezes, eu também não entendo Bekka. Não sou uma pessoa invejosa e também não sou de reclamar, não me interprete mal, mas eu daria tudo para ser como ela, poder voar e tudo mais. Enquanto ela, daria tudo para ser como eu, apenas uma humana normal. Como se "normal" fosse algo bom.

Parece que é verdade o que dizem. Que a vida não é justa.

— Qual o motivo da briga da vez? — Levanto minha voz, chamando a atenção dos três, que até o momento não tinham me percebido.

— Ah, o de sempre, sabe? — T.J aparece ao meu lado em um piscar de olhos. — Um está emburradinho com o outro. Nada fora do normal. Ainda bem que chegou alguém madura o suficiente aqui pra trazer a paz para este lugar.

— Cala a boca, T.J! – Bekka grita, frustrada e irritada. Mas a raiva da garota, que começou a resmungar em francês, só fez a mais velha rir.

— Bekka, já te falei que estamos nos Estados Unidos e não na França. Ninguém aqui fala francês.

T.J se teleporta gargalhando, bem a tempo de desviar de uma almofada arremessada por Rebecca.

T.J era como Tália Wagner gostava de ser chamada. Ela também estudava em minha escola, mesmo tendo quase 19 anos. Ela ficava de olho em Bekka na escola, a pedido de Vampira. Mas T.J não se importava com isso. Apesar dos apesares, ela amava os primos, e também se preocupava em deixar Bekka desprotegida.

Antes que me perguntem, sim, a aparência real de T.J era como a de seu pai. Por ser filha de Noturno, T.J tinha a pele azul, olhos amarelos e orelhas pontudas. Ah, e uma cauda. Mas graças a tecnologia, meu pai e Tony Stark conseguiram criar um relógio para ela, que a “camufla”, dando a ela a aparência de uma garota normal, quando usa o dispositivo.

Depois me perguntam por que eu amo a ciência e a tecnologia.

— Quer saber o motivo? Pergunta pra ele! — Bekka aponta acusadoramente para o irmão. – A culpa é dele! Esse imbecil só sabe ferrar com a minha vida!

— Por que você sempre me culpa por tudo?! — Ollie diz no mesmo tom. — Foi você quem estragou a porcaria da simulação, depois de ter dado uma de covarde no aquecimento!

— Eu já disse pra não falar mais comigo! – Bekka grita de volta.

— E eu já disse que minha cabeça vai explodir com tanta gritaria. Quer saber? Vou ver se o Spyke quer brincar de tiro ao alvo comigo, porque até isso é melhor do que ouvir essa discussão. – Ao terminar a frase T.J some de nossas vistas em um piscar de olhos, me deixando sozinha com os dois irmãos brigados.

— Preciso de um tempo sozinha. – Bekka decide, passando por mim com raiva. — Vou pro meu quarto. Depois eu falo com você, Val. Hoje não estou com saco pra muita coisa.

Olivier se joga no sofá com raiva antes de gritar para a irmã, que sobe as escadas emburrada.

— Nosso quarto!

Assim que a garota sai, um silencio desconfortável se instala entre Olivier e eu.

Nós não éramos muito chegados, ou muito amigos. Eu era bem mais amiga de Bekka do que dele. Para ser sincera, eu sempre ficava desconfortável quando, por algum motivo, ficava sozinha com ele. Eu sempre me sentia meio idiota perto dele. Pra melhorar, ele tinha um jeito quase hipnotizante, e era tão charmoso quanto seu pai.

Depois de alguns segundos em silencio, pondero entre tentar puxar um assunto, continuar no silencio, ou me afastar e ir atrás de Frank, enquanto Ollie lança um ou outro olhar sobre mim, talvez pensando o mesmo. Ainda bem que essa situação desconfortável não se prolongou por muito tempo, pois meu irmão chegou bem a tempo de me salvar de parecer uma completa retardada tentando puxar assunto aleatório.

— Finalmente te encontrei. — Ele diz com um sorriso. — Está pronta pra ir, Val?

— Vamos. - Olho para Ollie, que se despede com um aceno de cabeça. — Tente fazer as pazes com Bekka. – É a única coisa que me veio à mente para dizer a ele. Entre dizer isso e ficar calada, eu podia ter ficado calada.

— Até mais. — Ele sorri discretamente. — E pode deixar, vou falar com ela.

[x]

Eu e Frank andávamos conversando animadamente sobre assuntos aleatórios, enquanto fazemos nosso caminho ao Edifício Baxter.

— Ah, antes que eu me esqueça. — Digo de repente. — Chamei o Matt para ir lá em casa semana que vem. Provavelmente ele não vai, mas quem sabe?

Eu esperava uma resposta animada, mas o que recebo de Frank é apenas uma careta estranha.

— O que foi? - Inquiro, estranhando sua reação. — Algum problema com isso?

— Olha Val....Eu gosto do Matt. Adoro ele, mas...

— Mas o que? — Franzo minha testa, olhando para meu irmão e já imaginando o que está por vir.

— Acho que ele não é uma boa companhia para você. — Ele diz por fim, sem encontrar outro caminho para abordar seus pensamentos. — Quer dizer, você não devia andar com ele o tempo todo.

— O que? - Paro no meio da rua, encarando meu irmão com um olhar incrédulo. — Como assim, Frank? Eu não ando com ele "o tempo todo". E você conhece o Matt, sabe que ele é meu amigo. Ele é seu amigo também!

Meu irmão também para um pouco mais à frente, sem me olhar nos olhos diretamente, enquanto escolhe as palavras para continuar sua acusação injusta.

— O Matt é um ótimo garoto. Não estou dizendo o contrário. Mas não sabemos do que ele é capaz. Sabe que os poderes dele são perigosos.

— Você não pode estar falando sério!

— Val, eu só…Ele é mais velho, e um pouco perigoso para você. Só quero te proteger. — Meu irmão continua encarando o chão. — Não estou dizendo que...

— O que tem de errado com você, Frank? — Corto-o logo. Eu simplesmente odiava quando Franklin achava que eu não podia me defender, só por não ter poderes e ser mais nova que ele. Mas querer escolher com quem eu saio? Ele passou dos limites. — O Matt não é perigoso! Da onde tirou isso? O poder dele é meio estranho, sim. Mas ele não é capaz de ferir uma mosca, e você sabe disso! Além do mais, você não pode me dizer com que eu posso ou não sair.

Frank finalmente me olha nos olhos, me estudando por vários segundos e eu sustento seu olhar, desafiando-o. De uns tempos pra cá, Frank tem agido desta forma estranha mais frequentemente do que o normal. Finalmente ele fecha os olhos e respira pesadamente, demonstrando sua derrota depois da minha pequena explosão

— Tem razão. — Ele começa baixo, me oferecendo um sorriso tímido e apaziguador, que automaticamente faz com que minha raiva suma tão rápida quanto veio. — Foi mal maninha, eu não devia ter dito isso. Eu me equivoquei, e não queria te ofender. - Ele continua me encarando, estendendo uma das mãos para mim. — Me perdoa?

Demoro alguns segundos até ceder e abraçar meu irmão.

— Não consigo ficar brava com você, seu idiota. — Ele ri com isso, ainda me abraçando. – Mas se continuar com esse ciúmes exagerado, vamos ter problemas. E se disse outra ver que “só quer me proteger”, eu acabo com você, pra te mostrar que quem precisa de proteção é você. Eu sei me cuidar, não precisa ficar na minha cola 24h por dia.

Novamente Frank solta uma leve risada.

— Você manda, maninha. — Ele me responde bagunçando meu cabelo, antes de continuarmos nosso caminho até em casa. — Vou pegar mais leve com você, prometo. Vou parar de ser tão chato.

Sigo meu irmão mais calada do que antes, pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Uma das coisas que me passou pela cabeça foi que, como sempre, essa promessa só duraria até chegarmos em casa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Val? Muitos estavam ansiosos por um capitulo dela, espero não ter decepcionado ninguém.
Me digam nos comentários o que acharam dela, e o que acharam do filme (Se já assistiram kkk)!!

Ah, estou colocando banners nos capítulos da primeira temporada, só tem até o capitulo 4, mas se quiserem dar uma olhada, estão lá. (Também vou coloca-los no Tumblr)

Então é isso galera, nos vemos no próximo capitulo, ok?
Bjs e até mais!