Clichê escrita por desjeitos


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Genteee, me desculpem, demorei um mês pra postar, mas meu intercâmbio esta chegando então ta tudo muito corrido pra mim. A fic esta quase acabando, ainda tem mais uns dois ou três capítulos mas eu não sei quando vou conseguir postar porque estou realmente sem tempo. Bom, espero que gostem desse! :*



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Passei semanas pensando no melhor jeito de pedir para Bruna ser minha namorada mas não tive nenhum ideia. Já era quarta-feira, sábado iria fazer um mês desde o dia em que acampamos no meu quintal, nós resolvemos ficar juntas então seria o dia perfeito para fazer o pedido, mas eu não tinha ideia de como isso seria.

Eu estava um pouco estranha com Bruna, nós passávamos cada vez mais tempo juntas só com essa historia de namoro na minha cabeça eu acabava ficando meio distante as vezes:

– No que você esta pensando - a loira me perguntou. Estávamos em sua casa deitadas lado a lado em sua cama.

– Em nada... A aula foi muito cansativa hoje.

– A aula sempre é cansativa - ela riu. - mas então, meus pais vão viajar esse final de semana.

– Sei - apoiei minha cabeça em meus cotovelos para poder olha-la - idai?

– Idai que você vai ficar aqui comigo.

– Vou é? - ri

– Vai - ela deitou por cima de mim - sabe, - ela me deu um selinho e começou a brincar com meu cabelo - eu odeio ficar sozinha, você sabe, então vamos unir o útil ao agradável!

– Tudo bem então - me virei ficando por cima dela - você que manda. - juntei meus lábios aos dela e começamos um beijo lento e apaixonado. Até eu me dar conta que tinha que pensar em muita coisa. Parei nosso beijo repentinamente.

– O que foi? - a loira perguntou levantando uma das sobrancelhas.

– Nada - me levantei - é que eu acabei de me lembrar que tenho que sair com minha irmã hoje. - falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

– Entendi - ela veio ate mim - vamos, eu te levo até sua casa.

– Não precisa. - dei um selinho nela e fui até a porta.

– Tudo bem então, até amanha na escola.

– Até amanha! - gritei já descendo as escadas.

Sai correndo em direção a minha casa. Entrei no quarto de Barbara como um furacão, acabei assustando minha irmã.

– Desculpa - disse rindo da cara que minha irmã estava fazendo e me joguei ao lado dela na cama.

– Esta louca menina?

– Já pedi desculpa - ri mais um pouco.

– O que você quer?

– Ajuda. Eu quero pedir a Bruna em namoro mas não tenho a mínima ideia de como. - disse olhando pro teto.

– E o que eu tenho haver com isso?

– Você vai me ajudar.

– Tudo bem... Acho que eu posso fazer isso - ela riu.

Ficamos pensando sobre o que fazer quase a tarde toda. Ate que acabei tendo uma ideia. Contei tudo pra minha irmã e ela amou. Seria algo simples mas feito com carinho. Barbara disse que me ajudaria em tudo que eu precisasse.

Teria dois dias pra arrumar as coisa que precisava, pois tudo seria feito no sábado, dia em que eu e Bruna estaríamos sozinhas em sua casa.

Quinta- feira depois da escola dispensei a companhia de Bruna e Amanda na volta pra casa. Minha irmã foi me buscar e fomos até o shopping. Nos passamos em uma loja de eletrônicos e eu comprei um projetor portátil, ele me ajudaria a realizar grande parte da surpresa.

Depois disso resolvemos almoçar. Pegamos nossos lanches na mesma lanchonete. O shopping não estava tão cheio então conseguimos facilmente achar um lugar. Sentei de frente pra Barbara e logo comecei a devorar meu lanche. Em poucos minutos já havia terminado. Fiquei tomando meu refrigerante enquanto minha irmã terminava de comer o hambúrguer dela.

– Bom, acabei - ela se levantou e pegou sua bandeja - agora só falta comprarmos as alianças e podemos ir pra casa.

– Alianças?! - engasguei com o liquido que tomava - que aliança?

– De compromisso ué! Quando você namora alguém vocês usam alianças.

– Ta, mas eu não ligo pra isso, sem contar que eu odeio usar anel.

– Mas não tem só você nesse historia, e se a Bruna quiser?

– Tem razão...

– Obvio que tenho.

Saímos da praça de alimentação e fomos pra uma joalheria. Comprei alianças de prata simples, um dos pares mais baratos que havia na loja. Quando falei para a vendedora que eu não gostava de usar anéis ela me sugeriu que eu também comprasse correntes para que pudesse usar os anéis como colar, pendurados no pescoço.

Depois disso finalmente fomos para casa. Amanha também precisaria comprar mais algumas coisas mas Barbara falou que faria isso por mim, assim poderia ficar com Bruna a tarde toda ao invés de ficar rodando lojas.

#

Sexta-feira eu e Bruna fomos para minha casa depois da aula. Nos iriamos nadar um pouco. Já estávamos acostumadas em nadar de calcinha e sutiã, então assim que entramos em minha casa apenas tiramos nossa roupa da escola e nos jogamos na agua.

Mais uma vez meu corpo foi invadido pela sensação de paz que estar dentro d'agua me proporcionava mas quando eu estava com Bruna tudo era diferente, tudo virava bagunça. A loira pulou logo depois de mim, mas ao invés de pular de cabeça ela pulou de bomba bem do meu lado, fazendo com que uma quantidade enorme de agua fosse em minha direção e assim que ela emergiu começou a pequena guerra que sempre fazíamos e que eu ganhava a partir do momento em que tentava afunda-la e ela desistia da brincadeira.

– Cansei - a loira tentava estabilizar sua respiração

– Mal entramos - abracei ela.

– Quero falar sobre amanha. - ela se soltou

– Por que mudou de assunto?

– Porque quero falar sobre amanhã! - ela cruzou os braços.

– Não tem o que falar sobre amanha. Eu vou pra sua casa e pronto. Ou não vou mas?

– Você sabe que dia é amanha?

– Sábado.

– Não idiota! Amanha faremos um mês.

– Um mês do que? - me fiz de desentendida.

– Serio Giovana? - ela saiu da piscina e foi se trocar emburrada.

– Estou brincando meu amor - também sai e fui até ela - é claro que eu sei que dia é amanha, um mês depois do dia da barraca. - a abracei por trás.

– Você é bem besta mesmo né? Me irrita atoa. - ela virou de frente pra mim. - o que vamos fazer pra comemorar?

– Comemorar o que? Não é como se fossemos namoradas nem nada, e aquele dia na barraca também não foi nosso primeiro beijo.

– Que saco! Não da pra conversar com você! Vou almoçar.

– Calma Bruna - a segurei - passaremos o final de semana juntas e só por esse motivo já será bom.

– Tanto faz - ela puxou ser braço bruscamente e foi para cozinha da minha casa.

Percebi que Bruna estava irritada e me senti um pouco mal por isso mas eu não podia deixar que ela soubesse das minhas reais intenções, então era melhor que ficasse por isso mesmo.

Passamos o almoço caladas e quando eu tentava puxar algum assunto ela se mostrava grossa e logo me cortava. Assim que ela terminou de comer se dirigiu para sua casa e mal se despediu de mim.

Minha irmã chegou logo depois de Bruna sair. Quando contei sobre o jeito que Bruna estava me tratando ela logo começou a rir.

#

Acordei mais cedo que o normal no sábado, estava bem ansiosa pelo que me aguardava para o resto do dia. Eu tinha que achar um jeito de entrar na casa da Bruna sem que ela me notasse para arrumar todas as coisas e ainda não sabia com fazer isso. Minha irmã sugeriu que eu chamasse a loira para passar a tarde em algum lugar assim ela teria tempo para colocar todas as coisas no lugar, mas eu queria fazer isso.

Resolvi fazer o contrario. Pedi pra minha mãe chamar a Bruna pra sair para um lugar qualquer, assim mesmo estando brava comigo ela não diria não.

Depois do almoço a loira chegou pisando firme na minha casa, passou reto por mim e foi direto até minha mãe, eu a segui.

– Cheguei Marcia - ela comprimento minha mãe - podemos ir assim que quiser.

– Claro Bruna, deixa eu pegar minha bolça la em cima e vamos. - minha mãe subiu nos deixando sozinhas.

– Eu não ganho nem um beijinho - fui até a loira prensando ela contra o balcão e comecei a dar beijinhos em seu rosto.

– Não - ela tentou se soltar mas como não conseguiu cruzou os braços e virou o rosto.

– Por favor - fiz bico.

– Já disse que não! Eu estou brava com você. E também não entendi por que eu vou sair com sua mãe e você não.

– Não vou porque preciso sair com a Barbara. - puxei o rosto dela fazendo-a me encarar. - me desculpa.

– Você não esta merecendo muito.

– Por favor? - dei um selinho nela e sorri.

– Ta bom - ela revirou os olhos - mas eu vou descobrir um jeito de resistir a esse seu sorriso, ai quando eu ficar brava não vai ter jeito.

– Sempre tem um jeito. - levei meus lábios em direção aos dela, mas antes que pudéssemos nos beijar minha mãe entrou na cozinha:

– Vamos Bruna?

– Claro! - a loira me deu um beijo na bochecha e saiu.

Eu teria algumas horas para preparar tudo na casa da Bruna então assim que ela saiu eu também sai em direção a sua casa com meu computador, o projetor e as alianças que minha irmã praticamente me obrigou a comprar.

Tive facilidade em entrar na casa dela. Os empregados já me conheciam então liberaram minha entrada e prometeram não falar nada para não estragar a surpresa.

Eu teria que achar um lugar lá dentro bom o suficiente para que fosse possível executar meus planos. Precisava ser um cômodo escuro com um parede toda branca grande e que fosse relativamente espaçoso. Não poderia ser no quarto de Bruna porque era tudo rosa demais, e as paredes eram praticamente todas cobertas por fotos.

Acabei optando pelo suíte de hospedes que tinha apenas uma cama, uma cômoda e era todo branco.

O primeiro passo era achar um lugar alto o suficiente para colocar o projetor. Peguei alguns livros no quarto no quarto de Bruna e os empilhei em cima da cômoda tentando achar a altura ideal. Depois de tirar e colocar alguns livros ficou bom. Levei um tempo até conseguir conectar o meu computar com o projetor. Eu havia editado um vídeo para ser projetado na parede.

Tinha combinado com Bruna de encontra-la na minha casa, então ela iria direto pra lá, mas não me encontraria pois estaria na dela. Se eu a conheço bem ela voltaria irritada pra casa e iria direto pro seu quarto, então eu tinha que começar por lá.

Escrevi um bilhete para ela "Patricinha, vá até o quarto de hospedes.". Depois disso ela iria até lá e encontraria o vídeo que fiz passando na parede. Escrevi outro bilhete e coloquei em cima da cama. "Sente-se, a sessão já vai começar.". Deixei meu computar no banheiro, assim veria ela entrar e poderia dar o play.

Já estava tudo pronto e eu ainda tinha um tempo antes dela chegar, então voltei pra casa. Tomei um banho, coloquei algumas roupas dentro de uma mochila já que passaria a noite lá e voltei pra casa da loira para espera-la.

Fiquei vendo TV na sala de estar enquanto trocava mensagens com minha mãe. Eu olhava no relógio o tempo todo e o que pareciam ser horas eram na verdade minutos. Esperei pelo que pareceu ser uma eternidade quando minha mãe me mandou um mensagem avisando que elas estavam chegando. Corri para o banheiro do quarto de hospedes e fiquei lá esperando.

Uns trinta minutos depois ouvi uma porta batendo. Bruna havia chegado. Meu coração disparou assim que me dei conta da presença da loira naquela casa. Agora só teria que esperar mais alguns minutos para ela se dirigir até onde eu estava.

Não demorou muito até eu ouvir a porta do quarto se abrindo:

– Essa menina esta de brincadeira com minha cara! Só pode...

Ouvi ela reclamar e sorri involuntariamente. Contei até três e apertei o play no meu computador fazendo o vídeo ser reproduzido na parede.

O vídeo durava pouco mais de três minutos e não passava de fotos e vídeos de nós duas juntas em sequência com uma musica de fundo. Enquanto ela assistia no quarto eu assistia no banheiro, estávamos a uma porta de distancia. Assim que o vídeo acabou eu sai da onde estava para ir a seu encontro. Abri a porta e vi Bruna sentada de pernas cruzadas na cama com a mão tampando a boca e com os olhos cheios de lágrimas.

– Oi.... - me sentei do seu lado.

– Oi. - ela tirou a mão da boca. - você estava ali o tempo todo? - apontou pro banheiro.

– Estava - sorri e esperei ela continuar a conversa, mas ela não continuou. - você gostou? Eu sei que foi romântico demais e talvez eu tenha exagerado mas eu tentei fazer o melhor e.... - não consegui terminar de falar, a loira colocou seu braços em volta do meu pescoço e se jogou em cima de mim.

– Foi perfeito! Eu amei! Mas pra que tudo isso? - ela disse sem me soltar

– Bom - tirei seus braços do meu pescoço para que eu pudesse segurar suas mãos - eu queria te fazer uma pergunta... Bruna... você...bom, você... quer namorar comigo? - ela olhava bem no fundo dos meus olhos e algumas lagrimas escorreram pelo seu rosto mas ela logo as secou.

– Claro que eu quero! - em um só movimento ela puxou meu rosto, tomou meus lábios com os seus e começou um beijo cheio de necessidade.

– Calma! - me soltei e ri - agora não esta mas bravinha comigo?

– Agora não, mas posso muito bem ficar se você não me beijar logo.

– Mimada! - ela fez um bico e veio em minha direção. - Espera! - a parei - tem mais um coisa...

– Fala logo - se jogou de costas na cama.

– Olha pra mim. - ela se sentou novamente e me olhou. - eu comprei um presente pra você, não sei se vai gostar porque eu mesma não gostaria mas minha irmã sugeriu e como você é uma patricinha resolvi compra.

– Da logo!

– Que pressa Bruna! Eu estou querendo falar com você.

– E estou querendo te beijar.

– Bruna, é serio, estou morrendo de vergonha e você não esta ajudando.

– Desculpa meu amor, continua - ela riu e colocou suas mãos sobre minha coxa.

– Aqui - tirei uma caixinha preta de veludo de dentro do bolço da jaqueta que vestia - é pra você, quer dizer, pra gente. - Bruna olhou nos meus olhos e eu pude ver os seus brilhando. Pegou a caixinha da minha mão e a abriu.

– Nossa, são lindas... - ela tirou as alianças de dentro da caixa. - posso colocar em você?

– Na verdade... - me levantei da cama - eu quero te pedir uma coisa.

– Não vai pedir nada Giovana, comprou vai ter que usar.

– Claro né, não comprei atoa. Mas eu comprei isso também - tirei uma corrente do bolço - quero usar essa aliança no meu pescoço como um colar, eu odeio usar anéis. - fiz um bico.

– Tudo bem, vem aqui que eu coloco. - ela colocou a aliança na corrente e colocou no meu pescoço. - Já eu quero usar na mão mesmo, pra todo mundo ver - ela sorriu.

– É bom todo mundo ver mesmo, não quero ninguém com gracinhas pra cima de você agora - soei um pouco brava.

– Sei - ela riu mas logo parou - coloca pra mim?

– Claro. - Peguei a aliança que ela segurava e coloquei no seu dedo anelar direito. - ficou linda. - encarei sua mão.

– Eu amei tudo amor, serio, muito obrigada, foi tudo lindo! Mas será que a gente pode se beijar agora? - eu olhei pra ela e concordei sorrindo.


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