Clichê escrita por desjeitos


Capítulo 17
Capitulo 17




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Acordei com batidas na porta:

– Filha, acorda - era meu pai - já esta na hora da janta! Daqui a 30 minutos desça para jantarmos. - ele saiu mas voltou - ah! E sua amiga também! - dessa vez ele saiu, fechou a porta atrás de si e não voltou.

Eu tentei não mexer um musculo para não acordar a Bruna, mas não resisti e comecei a fazer carinho em seu rosto enquanto me contorcia para tentar vê-la dormir. Acabei a acordando:

– Que horas são? - ela perguntou um pouco sonolenta

– Não tenho ideia, mas meu pai acabou de vir nos chamar para jantar, então já deve ser tarde...

– Nossa, eu nem vi o tempo passar...

– Você janta aqui com a gente?

– Eu nem tenho roupa, estou de biquíni por baixo...

– Não tem problema, eu te empresto uma roupa minha e você toma banho aqui mesmo.

– Então ta bom, já que você insiste - ela sorriu.

– Você não quer avisar seus pais? Eles não devem estar preocupados?

– Não, esta tudo bem, eles nem estão em casa.

– Então ta....

Ouvi batidas na porta de novo:

– Pirralha? Estão vestidas? Posso entrar?

– Entra logo idiota! - gritei pra Barbara.

– Oi pirralha, oi Bruna! - Minha irmã sorriu - atrapalho?

– Claro que não, eu ia entrar no banho agora mesmo! - a loira disse, peguei uma roupa e entreguei a ela que se dirigiu ao banheiro. Barbara tomou o lugar dela ao meu lado:

– Ai, ai...

– Nem começa Barbara.

– Mas eu nem disse nada!

– Tenho certeza que esta louca pra dizer.

– Bom....

– O que foi?

– Tem certeza que não estão namorando? Porque isso pareceu um namoro pra mim...

Revirei os olhos e não respondi sua pergunta. Ficamos lá conversando enquanto víamos TV e esperávamos Bruna sair do banho. Assim que ela saiu descemos para comer.

Todos os membros da minha família foram muito simpáticos com Bruna. Minha mãe falava com ela sobre o jardim que ela cultivava e tanto amava, as duas estavam até fazendo planos para uma feira de jardinagem que minha mãe ia mensalmente. Meu pai começou a falar de futebol e Bruna mostrou que entende do assunto, dava alguns palpites e falava sobre as apostas que tinha para o campeonato. Eu nunca imaginaria que uma menina com cara de patricinha pudesse saber tanto sobre o assunto. Minha irmã vez ou outra participava da conversa, sempre que olhava pra ela me deparava com o sorriso sínico que ela estampava no rosto o que me trazia uma pontinha de irritação.

Quando acabamos de comer, minha família não queriam deixar Bruna ir embora mas acabaram concordando quando ela falou da aula do dia seguinte. Já era um pouco tarde e ele precisava dormir. Queria acompanha-la até sua casa mas ela não deixou e eu não insisti então voltei para casa e fui ajudar minha mãe com a louça:

– Eu adorei sua namorada filha! - minha mãe disse entusiasmada assim que entrei na cozinha.

– Ela não é minha namorada, mas ela é bem legal sim... - respondi.

– Então deveria ser - meu pai entrou na cozinha - eu também gostei muito dela. - ele andou até minha mãe e a abraçou.

– Quem sabe um dia...

– Bom, acho melhor você ir dormir - meu pai disse - já esta tarde e amanhã você tem aula.

– Sim senhor - bati continência e subi para o meu quarto.

Só quando me joguei na cama para dormir fui pensar no dia que tive. Minha família estava apaixonada pela Bruna, assim como eu..

Encostei a cabeça no travesseiro e senti o cheiro da loira que a algumas horas estava ali, deitada nos meus braços, dormindo comigo. Me agarrei no travesseiro e não demorei para pegar no sono.


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