Take My Breath Away escrita por Bia Benson


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá vocês
Primeiramente gostaria de agradecer ao maravilhoso feedback. Confesso que estava com medo de que vocês me abandonariam após o término do capítulo, mas fico contente que não tenham. Por isso, apenas saibam que eu não vou acabar com o casamento da Mer e do Derek, e que tenho uma saída para tudo que aconteceu.
Enjoy *-*



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Na manhã seguinte, Meredith acordou com seu telefone tocando ao lado da cama. Olhou na tela e viu que quem ligava era obviamente seu marido, pela enésima vez em um pequeno período de horas, porém ela estava muito cansada para sequer ouvir as outras ligações. E ela não atendeu o telefone.

Era quase seis da manhã, mas por algum motivo, o sol ainda não começara a se erguer no céu. Era uma manhã mais escura que o normal. Olhou para o lado e ficou feliz quando viu suas duas crianças ainda dormindo, portanto decidiu tomar um banho.

Ela despiu-se rapidamente e ligou o chuveiro, deixando a água escaldante cair sobre sua cabeça. Fechou seus olhos e ficou inerte por vários minutos, apenas deixando a água escorrer por seu corpo. Ela queria acordar daquele sonho, porque nada parecia real mais.

Foi apenas quando ela abriu seus olhos uma outra vez que ela viu a situação de seu corpo: cada um de seus braços eram marcados por um hematoma já roxeado, no lugar exato que seu marido tinha colocados suas mãos nela.

Como seu não fosse necessária sua mente voltando para os acontecimentos da noite anterior a cada dois segundos, agora ela teria também um lembrete físico. Só indagava como esconderia tais evidências, já que suas roupas de atendentes tinham mangas curtas e ela não tinha nenhuma outra blusa que pudesse usar por baixo, como não lembrou-se de pegar nenhum item para si mesmo na noite anterior, e definitivamente não poderia voltar para casa. Tudo indicava que teria que passar em alguma loja antes do trabalho.

Logo terminou seu banho e envolveu seu corpo com um roupão, antes de voltar para o quarto. Tanto Zola e Bailey ainda dormiam e ela não sabia o que fazer. Essa era a hora do dia predestinada às suas conversas com Derek, embora ela estivesse incerta se teria alguma outra com ele.

Assim, resolveu acordá-los. “Zola? É hora de acordar, meu amor”

A menina esfregou seus olhinhos e espreguiçou-se. “Bom dia, moma”

Ela não cumprimentou sua mãe com um sorriso como de costume, e isso aterroriza Meredith. “Você dormiu bem, meu amor?”

Zola maneou a cabeça. “A gente vai ver papai agola?”

Meredith mordeu seu lábio inferior. “Você quer ver o papai?”

Ela negou. “Não, Zola não querer ver o papai machucar moma de novo”

Ela deixou um longo suspiro escapar de seus lábios, antes de plantar um beijo no topo de sua cabeça. “Papai não vai machucar a mamãe de novo, eu prometo”

Ela cruzou seus braços. “Mas você disse isso ontem!”

Como não sabia mais o que dizer, simplesmente mudou de assunto. “Vá se vestir para que nós possamos ir tomar café da manhã”

A menina baixou sua cabeça mas obedeceu sua mãe. Meredith então acordou o menino, que não lhe causou problemas para colocar sua roupa. Dentro de alguns minutos, os três estavam prontos para irem para o restaurante.

Meredith ajudou suas duas crianças a sentarem-se à mesa e serviu-lhes panquecas. Foi uma refeição silenciosa, até que ela começou a falar: “Zola, eu preciso que você não conte a ninguém sobre o que aconteceu ontem?”

“Por quê?” ela ergueu uma sobrancelha “Você sempre diz que quando alguém machuca a gente, a gente tem que falar com os outros!”

“Zo, quando alguém te machucar, eu preciso que você fale comigo ou com qualquer outra pessoa, ok?” ela balançou a cabeça. “Mas desta vez, foi mamãe quem se machucou e ela pode cuidar de si mesma”

“Moma, você precisa de contar para alguém. Todo mundo precisa de ajuda” as palavras saíram tão casualmente de sua boca que Meredith se surpreendeu. Sua filha de três anos estava agindo de forma mais inteligente que ela, uma mulher na casa de seus trinta anos. Talvez, se não fosse pelo amor que ainda sentia por Derek, ela falaria sobre o que aconteceu. Ou se fosse não fosse pela dor que sentia por ter-se tornado apenas outra mulher que era agredida por seu marido, ela falaria.

“Sim, isso é verdade. E papai precisa de ajuda, portanto nós vamos lhe dar um tempo para que ele pense no que ele fez, sabe, igual como você faz quando esta de castigo, e depois ele procurará ajuda”

“Como você sabe?”

“Eu... Mamãe apenas sabe. Agora coma sua panqueca para podermos ir para a creche”

Ela obedeceu sua mãe sem fazer nenhum outro questionamento, o que Meredith era parcialmente grata, embora ela destetasse o silêncio, já que sua garota geralmente era muito falante, e ela queria aquela menina de volta, não uma criança cuja inocência fora roubada por ver seu pai colocar suas mãos em sua mãe, no pior jeito possível.

Quando os três terminaram suas refeições, dirigiram-se para o carro e foram para o hospital, mas não antes que Meredith pudesse parar em uma loja qualquer para que comprasse uma blusa de manga longa.

E no seu caminho para a creche, esbarrou-se com Cristina. “Você estava usando as mesmas roupas de ontem”

Deu um breve adeus a seus filhos antes de virar-se para falar com sua amiga. “Yeah, eu não estava afim de procurar uma outra roupa”

Ela ergueu uma sobrancelha e seguiu-a até a sala dos atendentes. “Um? Você nunca repetiu uma blusa por dois dias seguidos nos oito anos que trabalha aqui”

Ela deu de ombros, ou ao menos fingiu. “Estava cansada para procurar outra roupa, eu acho”

“Oh, você e McDreamy passaram a noite no rola rola”

Ela fingiu um sorriso e sentou-se à frente de seu armário, como se esperasse por algo para trocar de roupas. E Cristina percebeu isso. “O que você está esperando?”

“Nada, eu... nada” ela logo disse. Não queria que sua melhor amiga soubesse a verdade, o que aconteceria se ela revelasse seus braços. Não queria contar senão Cristina provavelmente a convenceria a fazer a coisa certa: denunciar seu marido à polícia.

Mas Cristina podia ver que algo estava errado, e estava errado desde o momento que as duas começaram a conversar. Ela estava distante, mais distante que nunca. “Meredith, algo aconteceu?”

“Hm? Nada aconteceu” Meredith continuou a mentir, embora o tom de sua voz a dedurasse.

“Meredith, o que aconteceu?” sua voz por vez demandava respostas.

Mas era como se ela não cansasse da mentira. “Eu te disse já, nada aconteceu”

A coreana não respondeu nada, apenas a observou de longe. Meredith, sabendo que precisava agir para que Cristina não desconfiasse mais ainda, lentamente trocou seus jeans normais pelas calças de atendentes, parcialmente desconfortável com os olhos da outra sobre ela. E, na hora de trocar de blusa, ela praticamente congelou, pegando seu celular para disfarçar.

“Troque de blusa, Meredith” Cristina exigiu, desconfiando totalmente do que veria.

“Eu vou trocar, só que Derek acabou de me mandar uma mensagem”

Mesmo por ser a maior mentira de todas, Meredith acreditava que Cristina acreditaria, o que talvez fosse verdade, mas ela não fez movimento algum, apenas esperou para que ela agisse.

Meredith tomou uma respiração profunda antes de rapidamente tirar sua blusa, mais velozmente ainda para pegar a outra de manga comprida e coloca-la, mas ofereceu tempo suficiente para que Cristina visse a condição de seus braços.

“Meredith...” ela tentou ao máximo formular uma frase, mas por mais que suspeitasse que algo havia acontecido, jamais acreditou que fosse verdade.

“Eu c-caí, ok? Foi t-tudo que aconteceu” ela tentou dizer, mas sua voz gaguejada a desmentia.

Cristina apressou-se para seu lado e por mais que Meredith protestasse, levantou uma de suas mangas. “Isto não são hematomas de uma caída. Essas feridas convêm como alguém te segurou pelos braços tão fortemente que a machucou”

Como Meredith não respondeu nada, seus medos foram confirmados. “Oh Meredith. Quem te machucou?”

“N-ninguém me machucou. Eu te disse, eu caí”

“Ok, essa conversa poderia convencer qualquer um que não tivesse um cérebro, ou que não fosse um médico, poderia facilmente convencer Alex, mas não vai me convencer. E eu posso ser uma pessoa ocupada, mas sentarei aqui o dia todo se necessário até que você me conte exatamente o que aconteceu”

Ela se levantou bruscamente então, jogando sua blusa de atendente por cima da outra. “Eu digo e repito: nada aconteceu”

Meredith saiu para fora do cômodo, mas isso não impediu que Cristina a seguisse. “Você não quer me falar? Tudo bem, não precisa, mas saiba que eu vou ligar para Derek e ele fará você falar”

Esse seu comentário foi a única coisa que a fez para. Fê-la congelar, antes de suplicar: “Por favor, não ligue para Derek, por favor”

Cristina estava cada vez mais perdida, mas quando viu o olhar aterrorizado estampado no rosto de sua amiga, ela entendeu. “Oh my God.... Foi ele quem fez isso!”

Como ela não afirmou nem negou, Cristina soube que estava certa, embora desejasse mais que nunca que não estivesse. “Mer...”

“Se você disser isso para qualquer um, eu irei te matar” sua voz não passava de um sussurro.

E por mais que Cristina soubesse que isso seria errado, ela concordou. Puxou-a para um canto mais privado do hospital, antes de começar a saciar suas dúvidas: “Quando?”

“Ontem, mas... mas ele não quis fazer isso”

“Por que você o está defendendo? Ele te machucou, Meredith, de um jeito que jamais deveria de machucar! Ele não deveria te machucar de nenhum jeito!”

“Porque ele é meu marido, porque eu o amo...! Ele-ele não quis fazer isso”

Cristina pôs suas duas mãos em seus braços, mas com cuidado para não machuca-la ainda mais. “Eu sei que você o ama, Meredith, mas o que ele fez foi errado.”

“Mas...”

“Sem mais” ela interviu. “Eu vou te abraçar, ok? Eu vou te abraçar e você não vai se esquivar”

Meredith simplesmente assentiu e sentiu-a passar seus braços ao seu redor. Cristina nunca foi uma pessoa carinhosa, que abraçava alguém por motivos bobos, mas ela sabia muito bem quando um abraço era necessário.

“Você vai chamar a polícia?” ela perguntou, mas não obteve resposta. Clamou seu nome algumas vezes mas a outra nunca a respondeu. Tentou afastar-se dela mas quando assim fez, o corpo de Meredith caiu mole uma outra vez em seus braços.

“Meredith? Meredith?!” seus olhos estavam cerrados. “Eu preciso de ajuda aqui!”


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Notas finais do capítulo

DUN DUN DUN
Ok, eu sei que deixei um cliffanger meio mal, mas se vocês forem boazinhos e me deixarem reviews, logo logo terão um outro capítulo. Mas olhem para o lado positivo, a Cristina sabe u.u
Reviews, não se esqueçam ;)



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