O Meu Muro Caiu, literalmente escrita por Carol Araujo


Capítulo 7
Capítulo 7 - Balde de água fria


Notas iniciais do capítulo

*Demorou e está aqui, e claro que vocês que sabem o porque da demora né?



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- QUÊ? – Eu deixei escapar por entre meus lábios


- Faz a algumas semanas- Alana falou –Estamos apaixonados – Ela riu


Um telefone começou a tocar dentro da casa.


- Eu vou atender, volto já – Disse Mateus saindo, eu estava meio paralisada, com a boca aberta, fiz esforço para fechá-la.


- Sabe? Eu acho que eu te conheço... – Disse a loira falsa me olhando mais de perto


- Sério? – Perguntei sarcástica


- No shopping! – Ele praticamente gritou, eu fiquei atordoada, não ia ao shopping a semanas – Você é a garota que estava batendo no segurança – Ela deu uma risada que é de dar medo em um ser humano – Dizem que você foi expulsa do shopping por um mês. È verdade?


- ELE PASSOU A MÂO EM MIM! – Eu gritei me defendendo, a Maria louca ainda queria se meter em briga comigo? Só se for pra ganhar uns bons hematomas!


- Você é uma baixinha revoltada – Ela disse com a mão na barriga com sua risada fatal


-Agora, PARA – Dei um puxão no cabelo dela que a fez cair sentada no chão, o rosto dela estava vermelho


- AAAAAAA – Ela gritou – TEUSINHO – Isso é o que me fez quase rir, se não fosse com ele.


 Mateus veio correndo para fora, assustado com o grito da patricinha. Ele ajudou a ela a se levantar, e depois olhou para mim.


- O que você fez? – Ele literalmente rosnou para mim.


- Foi ela que começou me insultando – Eu disse


- Pelo amor de Deus, Alexandra – Ele bufou – Você não tem um pingo de autocontrole mental né? É tudo no chute ou no palavrão, você se finge de coitadinha que teve seus pais separados. E olhe para mim, eu perdi meus pais, e nem por isso eu sou um metido a rockeiro. Você com essa sua aparência de rebelde, é na verdade uma fraca e covarde. – Falou armagamente para mim, o que me fez recuar para trás, meus olhos se encheram de lágrimas, mais lutei para elas não caírem.


- Se você quer ficar com ela, fique. EU NÃO VALHO NADA – Gritei indo em direção a minha casa.


- Alexandra – Ouvi ele gritar, mais era tarde demais, ele falou tudo.


Fui em direção ao meu quarto, com meu rosto já coberto de lágrimas.


- Alexandra, o que aconteceu? – Ouvi Gorete preocupada do outro lado da porta.


- SAÍ DAQUI, EU QUERO FICAR SOZINHA – Gritei com minha voz abafada pelo choro.


Meti minha cabeça no travesseiro, estava tudo ardendo, meu coração, garganta e olhos. Ele foi tão rude comigo, e o pior, tudo que ele falou era verdade, eu sou uma fraca e covarde. Suas palavras me machucavam como golpes de caratê, como fui me apaixonar por alguém que nem gosta de mim e preferem loiras, magras, altas e bonitas, eu ri por dentro, também , quem ia se apaixonar por mim? Ele é muito mais do que eu mereço, aqueles olhos verdes invadindo meus pensamentos, aquele sorriso de propaganda, o cheiro dele, de sabonete Dove que me fazia sentir bem, eu peguei a gripe do amor, que irônico. Se aquela merda de muro tinha que cair, ele tinha que ser meu vizinho, isso parece ironia do destino. Depois de meia hora com a cara no travesseiro, me levantei e molhei meu rosto vermelho de chorar, aliviando a ardência do rosto, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Liguei meu ar condicionado, me deitei na cama, me cobrindo com o meu lençol e com a cabeça apoiada no travesseiro, eu fechei os olhos e adormeci, me desligando da realidade.


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