Para sempre ou mais escrita por amargamente


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

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Thalia

OK, eu havia me arriscado demais pedindo a Luke para investigar a vida da Piper enquanto eu estava fora, mas eu sabia que ele concordaria, até porque eu sei que qualquer outra pessoa não seria capaz de fazer isso por mim.

Agora só me restava saber se o Jason havia conseguido ou não o que eu pedi.

Fui buscá-lo no colégio, mas quando eu falei com o porteiro, ele não estava mais lá.

– Ele foi embora mais cedo – disse um dos homens que ficava na portaria.

Droga! Onde aquele idiota se meteu? Eu queria socar a cara de alguém, mas não tinha tempo para isso, já passava das 13:00 e eu ainda queria ir embora hoje.

Eu sabia onde ele estava, mas não queria ir até lá, então eu liguei para Reyna, que demorou um bom tempo para atender.

– Preciso que você...

– Oi para você também, Thalia – ela me interrompeu.

– Oi, preciso que você me ajude – falei tão rápido e baixo quanto era possível. Eu não poderia mais perder tempo ali.

– Lá vem! – disse ela – Fala, eu vou ver o que posso fazer.

Então eu contei meu plano a ela, certificando-me de que não havia ninguém ouvindo nossa conversa.

– Eu não sei se eu posso fazer isso – ela disse, depois de um longo e desconfortante silêncio.

– É claro que você pode – falei – e você ainda me deve um favor. E deixe de drama, porque eu tenho certeza de que não será sacrifício algum para você.

– Mas e se ele não quiser? – ela perguntou.

– É esse o seu medo? – perguntei – Não se preocupe, ele já fez isso com outras garotas bem vagabundas, garanto que ele cairá nessa.

– Não é isso! – ela protestou – Na verdade... – ela fez uma pausa – eu não sei se eu quero.

– Se você não o fizer, eu vou arranjar outra pessoa para fazer isso – essa era a minha cartada final, se ela não topasse eu estava muito ferrada, mas eu tinha certeza que ela diria que sim.

Ela ficou em silêncio, como se estivesse considerando todas as possibilidades, enquanto eu via um monte de calouros bonitinhos, porém burros e provavelmente idiotas jogando basquete, na quadra.

Dentro do carro começou a ficar muito quente, então eu liguei o ar-condicionado. Quando eu achava que Reyna estivesse dormido com o celular, ela respondeu:

– Tudo bem, eu o farei, mas não me culpe se não der certo.

– Oh yeah! Não se preocupe, eu já disse que não tem como dar errado, mas lembre-se, tem que ser hoje, agora – disse, elevando a voz.

Tudo estava ficando no seu devido lugar e dali a poucas horas eu estaria em L.A, com meus amigos gamers e roqueiros. Pelo menos lá, havia gente como eu e não um monte de patricinhas chatas e metidas e meninos chatos que só jogam futebol, basquete ou handebol.

De repente, eu senti uma vontade enorme de jogar tênis, então eu dirigi até a praça mais próxima, onde havia três quadras de tênis.

Desci do carro e vasculhei na mala do carro até encontrar minha raquete que estava toda cheia de poeira e caminhei até a última quadra, que ficava mais escondida.

Destravei o portão, indicando no painel que ficaria 1h ali, era o tempo suficiente para que Reyna pudesse agir. Comecei a treinar meu Ace* que estava uma porcaria, mas pelo menos o overhead* e o drop shot estavam bons. Quando eu estava tentando fazer um backhand decente, eu fiquei surpresa ao eu ouvi uma voz.

– Você precisa melhorar o seu backhand – disse Luke.

– Você deveria estar fazendo o que eu pedi – falei, ainda treinando o backhand

– Que tal o seu drop shot contra o meu perfeito backhand? – falou ele, com um sorriso que estava me irritando.

Eu considerei as possibilidades, se eu dissesse que não ele pensaria que eu estava com medo de perder. Se eu dissesse que sim, eu podia realmente perder, Luke era um bom adversário.

– Prepare-se para perder – falei, indo em direção ao outro lado da quadra, ficando a favor do sol.

– Já que você escolheu o melhor lado da quadra, eu vou sacar.

A partida em si foi legal, mas nada fácil, no final eu percebi que Luke estava deixando eu ganhar e não fiquei nem um pouco feliz com isso. Mas antes que eu pudesse reclamar com ele, meu celular tocou, era Reyna.

– Feito – ela disse, enquanto eu olhava no relógio e percebi que já passava da 16h.

– Mas ela viu? – perguntei, enquanto Luke olhava com curiosidade para mim, quase me engolindo com os olhos.

– Sim, claro, mas ele está com raiva de mim, espero que você conserte isso.

– E quanto ao papai? Ele vai me dar dinheiro para ir? – coloquei a mão no telefone, para que ela não pudesse ouvir, e me dirigi a Luke – Pega água para mim.

Ele apenas obedeceu.

– Sim, mas não hoje – disse ela, depois de alguns minutos em silêncio.

– Droga! Preciso desligar – falei, enquanto apertava o botão de finalizar.

Eu precisava de um plano, não podia ficar ali por muito tempo, eu tinha que agir. Não podia mais contar com a Reyna, ela já estava chateada demais por eu ter quase obrigado ela fingir que ficava com meu irmão. Mas eu ainda tinha a Bianca. Então eu mandei uma mensagem pelo Whatsapp para ela.

Fiquei olhando freneticamente para a tela do celular, para ver o horário exato em que ela iria visualizar. Se iPhone não fosse novo eu ia arremessar ele para longe, mas eu apenas guardei no bolso falso da minha jaqueta.

Eu estava quase indo embora quando alguém me agarrou por trás e antes que eu começasse a gritar, espernear ou tentar fugir, a pessoa me imobilizou e colocou a mão na minha boca.

Mas que idiota que eu fui! Como eu não percebi que alguém estava se aproximando? Provavelmente era Jason que havia descoberto que a ideia de Reyna estragar o namoro dele e da rainha da beleza.

Mas então, outra pessoa vendou meus olhos e uma agulha perfurou meu braço, senti um liquido entrar na minha veia e então todos os músculos do meu corpo relaxaram e eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, mas vocês só saberão quem são os sequestradores no fim da história.



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