Trish me levou até uma praça bem bonita, tinham muitas crianças brincando e se divertindo, meninas sorrindo e tomando sorvete, namorados se beijando felizes, pensei comigo, por que isso não poderia acontecer comigo, ser feliz parece tão fácil, e para mim tão difícil.

Ally? – Trish me balança um pouco.

Oi? – pergunto.

Não, é que você tava num outro mundo, voando – Trish diz rindo.

Não – digo.

Tá... vamos comprar sorvete – Trish me puxa até um carrinho de sorvete.

Chegamos até o carrinho e pedimos sorvete, o meu de morango e o da Trish de baunilha, pagamos e sentamos num banco.

Nunca mais tinha tomado sorvete- digo rindo.

Nem eu – Trish diz também rindo.

Podíamos vir aqui mais vezes – digo .

Boa ideia,eu vinha aqui quando era criança, brincava, era divertido- Trish diz.

Você vinha com quem? – pergunto.

Meu pai, minha mãe morreu quando eu estava nascendo- Trish fala triste.

Meu Deus, Trish sinto muito – olho para ela e dou um abraço rápido por que se não o sorvete dela cai em minha roupa.

Ela sorri de canto e me abraça de volta.

Então você mora sozinha? – pergunto.

Sim – Trish fala.

Meu pai não vive mais comigo – Trish diz

Ele morreu? – pergunto.

Não, eu já moro sozinha, ele mora em Londres com a mulher dele – Trish diz seco.

Humm – digo.

Você pode ir dormir lá em casa as vezes – Trish sorri.

Seria bem legal – falo animada.

Fala com sua mãe – Trish diz.

Quando a gente voltar eu falo, vou curtir mais um pouco aqui – falo.

Ai ai, tá bom – Trish diz rindo.

Pov Austin

Depois que assisto aquele filme desconhecido, meu celular vibra.

Mensagem ON

Dez: itálico / Austin: negrito

Oi cara

Oi dez

Vem aqui em casa

Tá bom, agora?

Aham

Tá, pera ai uns 10 minutos

Tá

Mensagem OFF

Deixei o celular na mesinha, e fui até o quarto, fechei a porta e fui até o banheiro, tomo banho e depois do banho e me seco, vou até o armário e pego uma calça jeans, uma camisa branca com amarelo e um all star. Arrumo o cabelo. Vou até a sala.

Aonde vai moço? – mimi pergunta.

Vou pra casa do Dez – digo pegando meu celular e botando no bolso.

Tá, mas volte no maximo 8:30PM – mimi diz.

Por que? –pergunto.

Chamei o Richard para vir jantar aqui – mimi diz sorrindo.

Richard? Quem é? – pergunto confuso.

Meu namorado – mimi explica.

Tá mãe – digo saindo e fechando a porta.

Caminho até a casa do Dez.

[...]

Toco a campainha. Dez abre a porta.

Oi cara, tava pensando dá gente ir pra praça – Dez diz saindo de casa e fechando com a chave.

Tá legal então, onde é? – pergunto.

Aqui em frente – Dez aponta para uma praça bem bonita.

Humm – digo.

Lá tem sorvete – Dez diz.

Hummmm- Austin fala.

Dez e eu começamos a rir.

Você já decidiu quando vai falar com a Trish? – pergunto enquanto caminhamos até a praça.

Não... – Dez diz.

Minha mãe vai apresentar o namorado dela hoje – digo.

Oh meu Deus – Dez ri.

Né, tipo sei lá, são tantos – digo rindo.

Caralho Austin – Dez ri.

Deixe minha mãe – digo.

Ali tem um carrinho de sorvete vamos lá – Dez me puxa.

Tá – digo.

Chegamos lá e eu pedi um de chocolate e o dez morango.

Sentamos num banco, vejo que o Dez tá pensativo.

O que foi? – digo.

Tava pensando numa coisa – Dez diz.

Na Trish? – falo.

Como sabe? – Dez pergunta.

Sei lá, só sei – digo.

É que, eu e ela vínhamos aqui, ela se sentia sozinha e eu ficava com ela, se divertíamos muito- Dez fala, ele sorria quando lembrava dela.

Eita, pelo jeito você ainda a ama cara – digo.

É, mas ela não – Dez fala.

Nunca se sabe – digo.

Pov Ally

Trish? – digo.

Oi? – Trish fala.

Você sente falta do Dez? – pergunto.

Sim... – Trish diz.

Vocês eram lindos juntos, por que você não pergunta se ele ainda sente algo por você? – pergunto.

Não sei, medo de sofrer de novo –Trish diz.

O medo tá te atrapalhando em tudo, você tem que ir falar com ele,saber os seus motivos, você tem que ser feliz, ser feliz é fácil quando se tem quem te ama – digo.

Mas a pergunta é, ele ainda me ama? – Trish pergunta, como se aquela pergunta nunca fosse respondida, ela não teria coragem de falar com ele de novo, ela se sentiria melhor sozinha, não era bom pra ela, mas ela não queria sofrer de novo.

Não sei, por isso você tem que perguntar a ele Trish, quero que você seja feliz – digo.

Essa pergunta não tem resposta Ally – Trish diz.

Tem sim, se você ir falar com ele vai ter resposta – digo.

E se ele dizer que não sente – Trish diz triste.

Você só vai saber se perguntar – digo.

Tá Ally, entendi – Trish diz.

Vou estar aqui para qualquer decisão sua – digo.

Obrigada por tudo Ally- Trish sorri de canto.

Mas aliais, e o Austin? – Trish diz com um sorriso malicioso.

O que tem ele? – pergunto.

Você gosta dele- Trish diz.

Não, não gosto- digo.

Você fala para mim falar com o Dez e você nem sequer dá uma chance pro Austin, você também merece ser feliz – Trish fala.

Eu sei Trish, mas é diferente, não confio fácil nas pessoas – falo.

Sabemos que é difícil, mas você não pode se prender nisso – Trish explica

Sabe Trish eu era legal, não precisava dessa droga de sorriso falso na cara, eu era muito feliz e sabe o que fez eu ficar assim? – digo e depois pergunto para Trish.

O que? – Trish pergunta.

A confiança, ou seja, confiei demais- digo seco.