Regina acordou assusta, se sentou na cama rapidamente olhando ao redor. Era o seu quarto em Storybrooke. Então a bruxa tinha mandado eles de volta para a cidadezinha no interior do Maine, mas ela se sentia igual, se lembrava de tudo e estava com os mesmo sentimentos. Qual era o objetivo dela com aquilo? E por que se lembrar de tudo? A bruxa estaria em Storybrooke?

Eram tantas perguntas que ela estava até meio zonza, decidiu então se levantar e ir procurar as respostas. Ela foi até o closet e pegou um de seus vestidos pretos e jogou ele sob a cama. Foi até o banheiro, tomou banho, escovou os dentes e então vestiu o vestido e um salto preto, se maquiou e saiu. Mas ao trancar a porta da frente, ela olhou para a rua, estava totalmente deserta, “por onde começo a procurar por todo mundo?” Ela pensou. Não fazia a menos ideia então começou a caminhar sem rumo “AAAH, Granny’s”. Era isso, lá era o local ideal, ela sabia que o resto do pessoal estaria ali.

Caminhou apressadamente na esperança que estivesse certa. Na hora que entrou no restaurante da vovó viu que todos estavam ali, ela fora a ultima a chegar. Quando Roland a viu, saiu correndo para abraça-la.
– Todos estavam pensando que você não tinha vindo, mas eu sabia que você não me deixaria.
– Não meu querido, eu nunca deixaria você – Ela estava ajoelhada abraçando o menino quando Robin se aproximou
– Que bom que está bem, algo mudou? – Ele estava frio com ela, como se nada tivesse acontecido. Será que a maldição apagou alguma lembrança dele? Ela se levantou e pegou Roland pela mão e foi até a mesa que Tinker e Hook estavam sentados.
– Algo mudou com alguém?
– Não, até agora não sabemos de nada – Disse Tinker, ela parecia cansada e um pouco triste.
– Então o jeito é seguir a vida até que descobrirmos o que essa bruxa quer. Alguém a viu por ai?
– Não, e não sabemos de nada sobre ela – Disse Hook, comendo logo em seguida uma batata frita.

Regina se levantou e foi para o centro do restaurante e falou com uma voz alta e clara:
– Até descobrirmos o que essa bruxa quer, vamos retomar nossas vidas, mas vamos prestar atenção em toda e qualquer mudança, seja física ou mental. Por que uma coisa é certa, ela não nos tirou simplesmente da Floresta Encantada, se ela nos trouxe para cá, ela tem um propósito e TEMOS que descobrir qual é!

Um falatório iniciou entre os personagens naquele lugar, mas no fim todos concordaram com a Rainha. Ela em seguida saiu do restaurante. Robin rapidamente a seguiu, na saída do restaurante ele gritou o nome dela. Regina já estava quase saindo do cercadinho quando olhou pra trás e então voltou até metade do caminho, Robin caminhou a outra metade.
– O cabelo curto cai muito bem em você
– Obrigada
– Na verdade, você é linda de qualquer jeito
– Sempre tão galante, me surpreende que um dia você foi um ladrão – Apesar de ser uma brincadeira, ela nunca deixava o sarcasmo de lado.
– Eu queria... hã... – Robin coçou a nuca, inseguro – Saber se você não quer tomar um café comigo um dia desses.
– Eu adoraria. – Regina sorriu e deu um beijo na bochecha dele, em seguida seguiu pra sua casa.

Robin voltou para o restaurante e passou uma noite animada com o resto do pessoal. Ele queria que Regina estivesse ali com ele. Durante toda a noite ele se divertiu e jogou dardos, mas não conseguia tirar da cabeça a Rainha. O beijo deles no navio, o jeito que ela cuidava e amava Roland, o beijinho dela ali na saída. Ele não sabia ao certo, mas achava que estava se apaixonando.

* * * *

Uma semana se passou, a vida de todos voltou ao normal como se eles nunca tivessem saído dali. Regina e Robin não se falaram durante essa semana, já Hook nunca se fez mais presente. Regina começou a criar um carinho por Hook, ela não o via o mesmo jeito, eles já não flertavam tanto... Só às vezes, afinal, uma vez Hook sempre Hook. Mas não era mais a mesma coisa, agora eles eram amigos, eles apreciavam a presença um do outro sem segundas intenções.

Um dia, a secretária da Regina vai até sua sala
– Madame prefeita, tem um homem querendo falar com a senhora, ele diz ser Robin Hood.
– Ah, espere 2 minutos e deixe-o entrar. – A secretária saiu e Regina rapidamente correu para o espelho, arrumou o cabelo e retocou a maquiagem e sentou-se novamente em sua cadeira, começou a mexer em uns papeis para parecer ocupada e bem a tempo Robin entrou
– Bom dia prefeita
– Olá Robin, como está Roland?
– Ele está muito bem, sente saudades suas – Regina sorriu e estendeu a mão apontando para as cadeiras, fazendo sinal para ele sentar. Ele o fez.
– Então, o que deseja?
– Bem, eu queria sua ajuda para arrumar um emprego
– Uau, eu não sei se posso ajudar com algo. Talvez você ficasse bem nos bombeiros sabe, você tem porte de bombeiro – Ela riu e mordeu o cantinho do lábio. Robin ficou todo sem jeito e baixou a cabeça, ele estava muito estranho.
– Seria ótimo
– Vou ligar pro chefe agora, e você já vai lá ok?
– Obrigado
Regina fez a ligação e acertou tudo com os chefes dos bombeiros e conseguiu um emprego para Robin.
– Tudo certo... Bombeiro.
– Obrigada Regina – Ele se levantou e apertou a mão dela indo em direção a porta. Ela se apressou e se colocou entre ele e a porta. Ele já estava com a mão na maçaneta, ou seja, eles estavam bem próximos um do outro.
– Talvez você poderia levar Roland lá em casa hoje a noite e ai podemos fazer um jantar para comemorar seu novo emprego – A voz dela saiu um pouco mais alto que um sussurro, ela não conseguia para de olhar para o boca dele. Mas Robin estava diferente.
– Talvez não. – Ele se afastou dela
– E por que não?
– Eu estou noivo Regina. – Regina sentiu como se arrancassem o coração do peito dela, ela sentia suas pernas tremerem, sentiu que ia cair. Mas não o fez. Ela ficou ali parada, o olhando, incrédula. Mas não quis que ele notasse... Só que ele notou.
– Você está bem Regina? – Ela voltou a si, escondendo seu espanto com sua famosa máscara fria.
– Como assim se estou bem? Claro que estou bem – Ela deu uma risada sarcástica e foi se sentar novamente em sua cadeira. – Qual o nome dela? – Ela começou a mexer nos papeis.
– Zelena
– Quem?
– Ela é nova na cidade. Você deve ter percebido que muitas pessoas tem vindo para Storybrooke visitar, mas ela foi a única que realmente ficou.
– E você vai se casar com ela depois de uma semana?
– Ela faz meu mundo girar Regina – Ele se sentou na cadeira a frente dela. Regina parou de mexer nos papéis e o olhou, escutando atentamente sua história. – Quando estou com ela meu coração acelera, eu sinto tontura e a única coisa que quero fazer é abraça-la e beija-la – Regina engoliu a seco.
– E como Roland se sente sobre isso?
– Bom... – Robin coçou o cabelo – Ele não gosta muito dela.
– Talvez devesse prestar atenção no seu filho, crianças sempre estão certas sobre essas coisas.
– Regina, me desculpe – Ele tentou tocar a mão dela sobre a mesa, mas ela a tirou rapidamente antes que ele encostasse
– Você não tem nada que se desculpar Robin. – Ela se levantou e caminhou até a porta, a abrindo – Se não tiver mais nada... Eu tenho trabalho a fazer. – Robin se levantou e caminhou até a porta, quando ele ia passando por ela Regina colocou sua mão no peito dele, o parando
– Eu queria ver Roland, se você deixar, eu quero passar um tempo com ele
– Claro, lógico. Ele a adora, eu não ia querer separar vocês, ele sente muito sua falta.
– Ótimo, quando eu sair daqui passo na sua casa para busca-lo. Tenha um bom dia. – Com isso ele saiu e ela fechou a porta logo em seguida.