If I could find a way escrita por Lucy S


Capítulo 6
06 - Apple Pie


Notas iniciais do capítulo

Como já devem ter notado, eu posso passar um tempo sem postar, mas quando posto coloco vários capítulos. Eu sou assim. Sou impaciente quanto a isso. Eu vejo os capítulos prontos e preciso postar hahah. Desculpa qualquer coisa.



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Para Regina, aquilo foi como um chute no estomago. Roland saiu correndo e chorando de volta para o seu quartinho. Robin se levantou, àquela altura, Regina quase havia deixado o coração dele cair no chão.
– Mais uma grande atuação da Rainha! – Robin estava indignado, ele sabia que ela faria seu filhinho sofrer, ele sabia. Regina o fuzilou com os olhos, apertou mais um pouco o coração dele, de leve, e o botou de volta no peito dele.
– Ao menos assim você sabe com quem está lidando – Sua voz era séria, mas escondia uma grande tristeza por trás. Robin saiu correndo ao encontro do filho.

Hook assistia tudo de longe, não pode deixar de notar a grande oportunidade que tinha em suas mãos. A Rainha estava frágil e ele estava ali para consolá-la.
– Minha Rainha – Disse Hook, atrás dela, colocando suas mãos nos ombros de Regina e massageando-os lenta e carinhosamente.

Regina olhou pra trás e viu Hook, ela não estava com a mínima vontade de brincar agora, mas apreciava a massagem e o falso carinho do momento. Hook aproximou seus lábios do ouvido de Regina, chegando a encostar lentamente:
– Talvez a Rainha precisasse de algo forte, talvez rum?
– Eu não bebo rum – Disse Regina, impetuosa.
– Eu sei que não, mas depois de tudo que vem enfrentado, talvez um pouquinho não faça mal algum.
– Eu não bebo rum. – Disse ela, convicta de seus ideais.
– Talvez algo um pouco mais forte então. Que tal um pirata? – Hook brincou. Ele se posicionou de frente para ela com um sorriso maroto no rosto. Regina revirou os olhos e se aproximou um pouco dele, nada de mais, sem invadir nenhum espaço.
– Quando achar algum, me avise – Ela ironizou o máximo que pode, e seu propósito foi bem alcançado.
– Uou, uou, uou. Me desculpe Majestade. – Hook brincou, rindo, achando que tudo estava um mar de rosas.

Regina parou, ela não tinha se dado por conta, mas era exatamente isso que devia fazer. “Vou pedir desculpas” pensou alegremente. “Roland vai me perdoar, eu sei que vai”. Ela saiu apressada até a cozinha do navio e lá preparou uma deliciosa torta, que ninguém fazia igual, ou melhor.

Minutos depois, a torta estava pronta e quentinha, ela colocou em um prato e caminhou em direção ao quarto que o pequeno estava. Chegou e bateu na porta, ela estava aberta. Robin estava sentado na cama, de costas para a porta, ao ouvir a batida ele se virou e quando viu que era Regina, a fuzilou com o olhar.
– Posso entrar? – Regina falou, no tom mais pacifico e sereno que conseguiu.
– Não acha que fez o suficiente? – Robin a encarou, severidade e um pouco de raiva saindo juntos com suas palavras.
– Eu queria falar com Roland
– Ele não quer falar com você!
– Eu trouxe um presente para ele.

Palavra mágica para toda e qualquer criança, PRESENTE. Imediatamente ele se virou, deitando-se de lado na cama, de frente para ela.
– O que você trouxe? – A vozinha dele era triste e dengosa, lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele as limpou na hora. Regina tirou o guardanapo de cima da torta, destapando-a e o cheio inundou o quartinho. Roland se sentou curioso na cama, ele nunca tinha cheirado nada como aquilo, só de sentir já dava fome.
– É uma torta de maçã – Regina se aproximou e estendeu para ele. – Eu lhe dou, se me der alguns minutinhos para conversar com você, o que acha?
– Você pensa que sou idiota? Isso está envenenado. Torta de maçã... Eu conheço sua história e o que fez com a pobre da Snow! – Hood se levantou e se pôs entre ela e o filho.
– O QUE? Você acha que eu envenenaria seu filho? EU AMO ESSE MENINO! Nunca faria nada para machucá-lo.
– Você o machucou hoje, quando tentou me matar.
– Nunca foi minha intenção magoar ele, sempre, desde que o vi no palácio, sempre quis o bem dele, cuidar dele!
– MENTIRA!
– NÃO É! – Regina e Robin já perdiam o controle sobre suas vozes, e a discussão estava feia até Roland se levantar da cama e tirar a torta das mãos de Regina. Ele cortou um pedaço e comeu. Os dois adultos o olharam, Robin estava assustadíssimo que algo acontecesse com seu filho após aquela mordida, mas nada aconteceu.
– Viu? – Regina olhou para Robin, com ar de vitoriosa – Agora posso, por favor, conversar a sós com ele?
– Tudo bem papai – Disse o menino, com a maior calma, comendo outro pedaço da torta.

Robin saiu do quarto, ainda meio relutante, só encostou a porta, mas ficou escutando tudo do lado de fora. Caso algo acontecesse, ele voava lá pra dentro.

Regina se aproximou de Roland, sentando-se na cama
– Está gostando da torta? – Roland não respondeu com palavras, apenas balançou a cabeça positivamente
– Sabia que maçã é minha fruta preferida? Sempre foi, eu a adoro.
– Eu estou muito triste como você! – Roland parou de comer por um momento, olhando para Regina, extremamente sério
– Você ficou muito parecido com seu pai nesse momento sabia? Ele não gosta de mim. Eu não o culpo, mas eu amo você Roland. – Ela levou sua mão para alisar os cabelos da criança, mas ele se esquivou.
– Por que você estava machucando meu papai?
– Roland, seu pai disse uma coisa muito feia pra mim, eu queria mostrar pra ele que ele não pode tratar as pessoas de qualquer jeito.
– Mas você tratou ele de qualquer jeito.
– Ali foi diferente. Eu não ia matar ele, só ia fazer ele sofrer um pouquinho.
– Você disse que não era mais a Rainha Má, você mentiu pra mim. – Roland baixou a cabeça, deixando escorrer uma lágrima. Regina apoiou seus dedos no queixo dele e levantou sua cabeça, o fazendo olhar diretamente nos olhos dela:
– Não querido, eu não sou mais aquela Rainha Má, mas as vezes, pessoas tem recaídas. Você mesmo, se promete que não vai comer doce por uma semana e no segundo dia da uma vontade imensa e você vai lá e come, é a mesma coisa, uma recaída.
– O coração do meu pai não é um doce
– Eu sei que não – Ela baixa o rosto, triste, seus olhos marejados. – Eu queria poder fazer algo para consertar.
– Tipo um desejo? – O rosto do menino se iluminou, fascinado com a ideia. Um imenso sorriso já pousou em seus lábios.
– Sim sim, um desejo, o que quiser! Eu vou conseguir pra você. O que você quer? – Regina ficou deslumbrada com a ideia dele, ela se arrependia do que tinha feito de verdade.
– Eu posso guardar para mais tarde?
– Claro – Sua voz era suave e doce, como a de uma mãe. Ela beijou a testa de Roland e se dirigiu a saída do quarto quando se deparou com Robin escutando a trás da porta:
– Você estava escutando nossa conversa?
– Claro que estava. Precisava me certificar que ficaria tudo bem com meu filho.
– Ele está bem – Ela subiu as escadas, leve, com um sorriso enorme no rosto. Robin percebeu e a seguiu.

A noite estava linda, a lua completamente cheia, tocando o mar e as estrelas brilhavam ainda mais de onde o navio estava parado. Regina estava apoiada na borda no navio, sua pele reluzia sob a luz do luar. Robin se aproximou e se apoiou do lado dela.
– A noite está linda – Disse Regina, com um sorriso, contemplando as estrelas.
– É realmente uma noite perfeita para consertar burradas. – Regina simplesmente o olhou piedosamente. Naquele momento, ele não a tiraria do sério, ela estava feliz de mais pra isso.

Minutos se passaram e eles ficaram ali parados, em silencio, somente absorvendo a paisagem e sentindo o frescor da brisa daquela noite.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? Adoro comentários... Só pra vocês saberem hahah