Regina, Mal e Zelena estão na mansão Mills preparando poções e coisas que talvez possam precisar em Nova Iorque, coisas práticas, já que lá não há magia. Elas escutam a campainha tocar e Regina prontamente vai em direção a porta para abri-la.

– O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

Regina observa uma Snow transtornada, entrando porta a dentro gritando, com seu marido de fundo a fuzilando com o olhar.

– Do que estão falando?

– Soltar Zelena, Regina? Sério mesmo? – Snow aponta para a ruiva que estava a poucos metros de distância. Regina faz sinal para Zelena se acalmar.

– Como ficaram sabendo que soltei Zelena?

– Pelas câmeras, lógico! – Afirma David que logo se posiciona ao lado da mulher. Mal, apenas revira os olhos em completa impaciência. – Todas as manhãs eu checo, e olhe só, para minha surpresa Zelena não estava na cela essa manhã.

– Como pôde Regina? Depois de tudo que essa mulher já fez?! – Fala Snow.

– Ok. Já chega – Mal faz um T com as mãos representando “um tempo”. – Temos tudo sobre controle.

Snow se aproxima rapidamente de Regina, segura suas mãos e sussurra:

– Olha só quem está na sua casa. Malévola e Zelena! Você está em um duplo perigo. – Regina se afasta, ri e balança a cabeça negativamente.

– Sei bem como lidar com essas duas – Regina olha para as duas “animigas” e volta para sua enteada. – Agora, preste atenção no que vou lhe dizer. – Regina então explica o plano para o casal que acham um absurdo, mas pelo fato de irem atrás da sua filha, resolvem concordar e cooperar.

O casal se despede e vão realizar as tarefas que Regina os deixou encarregados. Algumas horas depois as malas estavam prontas e elas estavam apenas esperando pelos Charmings.

O delegado da pequena cidade de Storybrooke adentra a mansão Mills arrastando um homem moreno pela gola do casado. Este homem protestava e tentava se desvencilhar, mas obviamente David era mais forte e mais bem preparado e não deixou que isso acontecesse.

– Regina, enquanto avisava Gold olha quem eu encontrei tentado fugir com um barco roubado. – David então joga o homem no chão.

– Killian? – Regina se assusta ao ver o pirata caído aos seus pés no chão.

– Sabe o que mais descobrimos? – Snow começa a falar – Ele é o homem que estava ajudando Zelena com seu plano! – Mary então aponta para Zelena a acusando, a ruiva olhou ao redor, tentando achar uma maneira de escapar daquele lugar, mas sem seus poderes seria praticamente impossível, mas que mesmo assim ela tentaria.

– Mesmo Hook? – Regina o olha quase que rindo. Ninguém entende a situação.

– Regina, escute... – Zelena se aproxima da irmã para tentar se explicar. Mas Regina a impede.

– Nem se deu ao trabalho sis – Ela estende a mão fazendo um sinal de “pare”. – Eu sei de tudo. Dos feijões mágicos e de todos seus planos.

– Mas... Como? – Zelena estava boquiaberta.

– Hook trabalhava pra mim – Regina falou com uma simplicidade, como se fosse a coisa mais normal, enquanto Killian se levantava do chão e se punha ao lado da Rainha, ele fuzilava David com os olhos, mas percebeu que todos a sua volta estavam completamente espantados, inclusive Malévola, que se admirava da audácia e estratégia da amiga.

– Você... hã... Pode explicar? – Snow tenta formular uma frase, mas esse foi o máximo de palavras que conseguiu juntar naquele momento.

– Fiz Hook se aproximar de Zelena, alegando que estava de coração partido e queria vingança. Ela se identificou e rapidamente o fez seu aliado. Ela então contou parte dos planos pra ele e o resto foi fácil de desvendar, apenas uma soma de 2+2. Nos comunicávamos pelas conchas que Ariel nos deu lá na Floresta Encantada e no fim descobrimos que o resultado era 4. Foi fácil. – Regina apenas olhou para os que estavam a sua volta e sorriu, apreciando mais uma vez a vitória.

No outro dia cedo pela manhã, uma batida forte na porta acordou Mal que foi abri-la ainda meio sonolenta, apenas enrolada em seu robe branco.

– Olá. Eu sou... – A mulher tenta se apresentar mas a loira a impede.

– Você deve ser a comedora de peixe cru que vem causando problemas por aqui. – Mulan sorri constrangida e baixa a cabeça. – Sabe, meu dragão interior não come a dias... – Mal faz feição de se transformar e Mulan rapidamente da dois passos para trás, colocando a mão na espada. Mas antes que algo acontecesse, Regina chega na porta para ver quem era.

– Mal, está tudo bem. – Malévola apenas sorri ameaçadoramente, fuzilando a chinesa a sua frente e entra em direção a cozinha, deixando Regina e Mulan ali.

– Regina, eu gostaria de conversar com você

– Não sei se tenho algo para falar com você. – Regina ergue a sobrancelha direita em desdém.

– Sei que está saindo da cidade, e não podia deixar você partir sem saber a verdade. – Regina engole em seco e estende a mão, apontando para um sofá de jardim que tinha ali na varanda, elas sentam lado a lado e Regina apenas escuta o que ela tem a dizer. E então Mulan continua – Robin e eu nunca tivemos nada – Regina solta uma gargalhada irônica e Mulan apenas prossegue – É verdade. Ele te ama.

– Então por que de todos aqueles segredos e cochichinhos e risadinhas? Realmente acha que sou tola? Que não vi quando cheguei ao acampamento a tenda de Robin se movendo loucamente e vocês dois saindo escabelados lá de dentro? – Mulan ri ao ouvir o que a outra mulher dizia.

– Você entendeu tudo errado Regina. Naquele dia, mais cedo, Roland havia caçado várias vaga-lumes e colocado em um pote, mas acidentalmente quando entrou na tenda do pai para mostrar os seres, acabou os deixando escapar e então fui até lá ajudar Robin a juntá-los novamente – Regina engoliu a seco, não acreditando no papelão que fez. – Mas como deve saber, vaga-lumes são criaturinhas chatinhas de capturar, por isso de todo o auê na tenda.

– Ok, esse é um momento. E quanto a todos os outros? Vocês saindo abraçados da mata, sorrisos, trocas de olhares, vocês aqui em casa bebendo vinho enquanto eu não estava!

– Realmente, não deveria ter vindo enquanto não estava, ou melhor, permanecido, não foi honroso da minha parte. Mas Robin é um homem carinhoso, o qual admiro muito, e ele ama muito você. – Regina morde o lábio inferior tentando segurar as lágrimas que ameaçavam se formar nos olhos. – Mas nunca me interessei por ele, meu coração pertence a outra pessoa e infelizmente nunca será correspondido. – Regina apenas a olha, um pouco aliviada, um pouco espantada com a revelação, mas permanece em silencio enquanto a mulher chinesa continua sua narrativa. – O motivo de todo esse contato entre nós... Não tenho permissão de contar, mas se é para o bem de vocês contarei...

– Pode falar.

– Robin queria passar a liderança do bando para mim.

– O QUÊ? – Regina se levanta espantada e começa a caminhar pela varanda. – Aquilo lá é a vida dele, os amigos dele, sua família! Não entendo o que faria ele abandonar tudo isso.

– Você não percebe? – Mulan se levanta e pega as mãos de Regina. A prefeita se sentiu um pouco incomodada com a situação, mas nada fez. – Ele ia lhe pedir em casamento. – Os olhos de Regina se arregalaram e ela entra em casa chocada, não se importando em ter deixado a oriental ali em sua varanda sozinha. Naquele momento, hospitalidade não era sua prioridade.

Zelena e Malávola tomavam café em silêncio na cozinha quando avistam uma Regina pálida entrar no cômodo, as duas se assustam e logo se aproximam da morena.

– Você está bem? – Mal rapidamente a conduz para uma cadeira.

– Está mais branca que a Mary Margareth!

– Robin... Robin... – Ela sussurra ainda sem acreditar, apenas não tinha voz ou não conseguia falar aquilo em alto e bom som, com medo que fosse realmente verdade. – Robin ia me pedir em casamento.

– O que? – As outras duas tentam entender o que estava acontecendo.

– Robin ia me pedir em casamento! Ó Meu Deus como fui tola!