Sequer sei meu universo escrita por Sonhos De Tinta


Capítulo 8
Amigos e Amigas


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Srt Holmes *^*
Quase me deu uma coisa com seus comentarios, tão lindos e divertidos KKK'
Adorei todos alias.
Espero que goste do capitulo e da "vozinha"



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Parece que Nicolas gostou de Liss, nos últimos dias de visitas eles ficaram uma hora inteira conversando sobre coisas de homens, que eu realmente não entendia.

A Dona Gentil passo aqui por menos de dez minutos para me ver.

–Querida! – Falou me abraçando apertado. – Que saudades!

“Saudades de frita-la em óleo fervente e ouvir seus gritos, QUERIDA”

–Também! Principalmente dos seus doces! – Brinquei e ela abriu um sorriso sincero, fazendo suas rugas aprofundarem.

–Sua travessa! – Falo fingindo estar me repreendendo. – Mas é claro, eu trouxe um pedaço de bolo de morango com cobertura de baunilha!

– O que? Não acredito! – Gritei entusiasmada.

–Fale baixo, criança! – Repreendeu balançando sua cabeça como se eu fosse uma garotinha que foi pega mexendo nos doces antes do ”do suicídio” parabéns. – Você é como uma filha! – Piscou brincando e sorriu me entregando uma vasilha. – Uma filha que não é pegadora, nem mandona! – Rimos e eu a abracei, realmente a Dona Gentil é alguém que sentimos falta.

Mesmo sem perceber, mas semanas seguintes, eu e Nicolas, ou Nicol, como descobri que o garoto que não lembro o nome o chama, nos encontrávamos depois das aulas no jardim, ele era gentil, e distante, e nunca devemos perguntar do seu passado, ele simplesmente sorri e diz que não é nada para nos preocuparmos.

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Evelyn e eu nos sentamos numa mesa no refeitório, enquanto a Senhora Acaiah nos observava:

–Parece que ela tem algo com a gente! – Comentei pegando a maçã do prato dela, enquanto jogava disfarçadamente a gororoba azul no prato dela.

–Nós, nada! – Ela riu e enfiou uma colherada na boca,”Como cérebros. ZUMBIE” enquanto e fazia uma careta. -Ela ta assim desde que você e o Dom Juan se tornaram amigos!

–Dom Juan? – Levantei uma sobrancelha curiosa.

–Nicolas! – Ela revirou os olhos. – E por essa informação quero bolo, e sei que você ainda tem!

Suspirei fingindo desanimo e depois ri:

–Só não te bato porque estamos sendo vigiadas! – Sussurrei enquando Acaiah se aproximava com o olhos semicerrados “como peixes mortos”.

–Peixes mortos? – Debochei gargalhando.

Senti o olhar de todos de lá, e me encolhi, já sabia o que vinha a seguir:

–Algum problema, senhorita Angela? – Senhorita Acaiah falou com a voz de uma “víbora, maçante” pessoa brava.

Abri a boca para responder, mas Evelyn foi mais rápida, ela faz qualquer coisa por um pedaço “da dor mais profunda e torturante” de bolo:

–Nada não, ela apenas ama peixe, e ela entrou em choque aquático, entendeu? Morto, choque?

Senhora Acaiah nos olhou com uma cara estranha antes de se afastar, e eu a olhei franzindo o cenho:

–Choque aquático? Não entendi!

–Nem eu! - Respondeu e voltou a comer, mostrei a língua para ela, sendo infantil e mordi a maçã.

Assim que conseguimos ser liberadas das ultimas duas aulas, por tanta insistência, mas claro, pagariamos por essas aulas depois, fomos para o meu quarto e ela jogou sua bolsa na chão e se jogou na minha cama:

–O que você quer me mostrar? – Perguntou olhando para o teclado, com o óculos caindo do seu rosto.

–Isso! – Falei desembrulhando o livro Anjos e Demônios e a mostrando.

Ela riu e pegou o livro, comentando enquanto folheava:

–Meu irmão costumava ler uma pagina desse livro antes que eu fosse dormir! – Sorriu para mim ”como um cadáver velho, idiota”.

–Essa era a ultima coisa que eu pensei que você faria! – Admiti, sentando ao pé da cama.

–Onde você parou? – Ela perguntou.

–Na pagina 105!

–Ainda? – Ela riu e em seguida começou a ler em voz alta, fechei meus olhos, e me deixei levar.

–Papai! – Gritei correndo para os seus braços.

Ele me girou no alto enquanto e gargalhava:

–Minha pequena! – Beijou minha testa, me colocando no chão.

–Papai, papai, papai! – Pulei pela casa, e minha mãe fazia comida na cozinha. – Lê para mim?

“Claro, se você quiser um guia pratico, idiota”, Não, voz má, comecei a chorar e corri pela casa, ouvindo meus pais gritando e inda atrás de mim, enquanto eu contava o que a voz falou, minha mãe me pegou no colo e falou no momento que papai limpava minhas lagrimas:

–As vezes, ouvimos coisas ruins, coisas que não queremos ouvir, meu anjinho, mas isso pode ser bom, podemos estar fazendo coisas ruins e não sabendo?

–Mas mamãe, como fazemos coisas Ru... Ruin... Ruins e não sabe? – Perguntei fungando.

–Podemos falar coisas ruins, machucar os outros, pisar no pé do amiguinho, ai temos que consertar o errado! – Ela sorriu gentilmente.

–Então, fazem coisas erradas sempre? – Arregalei meus olhos de susto.

–Nem sempre, as vezes temos que mandar ficar quieta, bem quietinha, fingir que não ouvimos, ai ficamos bem, mas bem, mas bem mesmo felizes!

–Rosa! Rosa! Você está bem? Rosa! – Senti Evelyn me balançar.

–Que foi? – Perguntei fungando e só então senti as lagrimas e que estava no quarto, e não em casa com quatro anos. – Eu estou bem!

–Não! – Ela respondeu arregalando os olhos. – Você não estava me ouvindo, tava quase como quando perguntamos sobre a mor... Sobre seus pais, mas ainda estranha. Você esta bem?

–Sim! – Sorri forçada e enxuguei meus olhos com as costas da minha mão “A mesma que impunha a adaga que conduz a morte, dos seus”. – Só estava revendo meus pais.

–O que? – Perguntou franzindo o nariz. – Quer ir a infermaria?

–Não! – “só quero que você morra enforcada”. – Só preciso ficar sozinha e de ar.

–Mas... – Ela começou a protestar preocupada, mas sai do quarto antes que ela pudesse me impedir.

Andei sem olhar por onde ia, enquanto tentava entender porque eu lembrei dessa cena, nenhuma imagem nunca antes tinha vindo sozinha.

Balancei a cabeça, tentando esquecer, e olhei onde estava, no jardim, e Nicolas estava de costas para mim, sorri pela imagem, era legal, ele estava de terno, olhando a fonte de pé.

–Nicolas! – Chamei tímida.

Ele se virou e abriu um sorriso escancarado “Metade da cabeça se soltar” e eu me juntei a ele:

–Angel! – Comprimentou e depois escondeu uma mão. – Tenho algo para você!

–Para mim... – Repeti duvidosa.

–Sim! – Ele estava com os olhos travessos.

–O que é? – Perguntei sorrindo.

–Vire-se e feche os olhos! – Ordenou e eu obedeci.

Ele tirou meu cabelo da forma que podia para longe do meu pescoço e colocou algo lá. Um colar, ouvi ele andando e ele falou rindo:

–Pode abrir os olhos!

Ele estava na minha frente, o observei brincalhona por alguns segundos e depois olhei para o colar, era de uma corrente finíssima, com pedrinhas espalhadas por ela e tinha dois pingentes, um relógio, que me fez rir “E clamar por socorro” e uma minúscula boneca.

Envolvi ele com meus braços, me encolhi e me afastei abaixando meu rosto:

–Desculpa.

–Preferia um obrigado! – Respondeu levantando meu queixo delicadamente.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Comentem. não sejam timidos, o que acharam?



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