Sequer sei meu universo escrita por Sonhos De Tinta


Capítulo 12
Devo acreditar em você?


Notas iniciais do capítulo

Não deu para agradecer no cap anterior, mas ai vai
Obrigada pelo comentario Raquel H, eu amei KKK' Espero ter te surpreendido KKK' >



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–Cas... – Murmurei franzindo o cenho. – Diz que é brincadeira... isso não é possível! Não dá para ele ser seu pai, a idade, tudo!

Cas havia fechado a expressão “A menção do caminho torto e doloroso” e por algum motivo eu havia escutado a voz e realmente achei que ela tinha razão. Ele cruzou os braços e respondeu:

–Apenas segundo alguns papéis, mas apenas isso!

–Vocês nem se parecem! – Falei tentando achar algum sentido naquilo.

–Adoção! – Respondeu simplesmente, Cas ficou tão estranho de repente, como se arrependesse do que disse.

–Cas? Não faz sentido nenhum!

Ele caminhou até ficar frente a mim “Como o sangue e a dor, sangue impregna, dor impregna” olhou para mim e respondeu sem desviar os olhos:

–A loucura não faz sentido, o mundo não TEM sentido!

–Porque está agindo tão sério? – Perguntei.

Ele mordeu o lábio pensativo e depois me lançou um meio sorriso, caminhou até a porta da enfermaria, olhou para mim com o cabelo preto caindo sobre os olhos e respondeu:

–Tudo é possível, Rosa, tudo, mas nem todos são reais!

–O que você quer dizer? – Perguntei ainda mais confusa.

Ele me lançou um sorriso estranho:

–Nada, isso não é nada, mas não se esqueça! – E saiu

O que foi isso? Por que ele falou isso? Ele enlouqueceu, eu sei que se ele fosse filho do Nicolas, o que não é possível, o Nicolas teria me contado!

“A morte enlouquece”

Os amigos também!

Suspirei e olhei para a pequena bolsa que eu estava arrumando e suspirei me sentando na maca.

O Cas agiu tão estranho depois de dizer aquilo!

Por que ele falou aquilo?

Ele mentiu?

Para que ele contou se era verdade?

“Vista-me com as roupas da morte”

Fechei meus olhos e os esfreguei. Ok! Vou perguntar para Nicolas, só para ter certeza, mas o Cas disse para não dizer para ninguém...
Mas provavelmente ele mentiu, porque né...

“Como a cachoeira de corpos”

Ou eu apenas estou defendendo minha opinião sobre o Nicolas?

Ele não era o tipo que teria filho, nem adotaria...

Bufei com meus pensamentos dessa vez, pela primeira vez com meus próprios pensamentos, eles estavam tão idiotas!

Peguei a bolsa e fui em direção ao escritório do Nicolas.

Ele estava atendendo alguém, então me sentei no corredor e esperei uns vinte minutos até a porta se abrir e a Senhora Acaiah sair.

Ela saiu tranquilamente “E cair no meio do val...” me olhou e sua expressão ficou brava, enquanto eu me levantava:

–Porque não esta em seu quarto? Vá para lá agora, ta achando que só por que...

– Eu a chamei! – Interrompeu Nicolas me lançando um meio sorriso e se virou para a Dona Acaiah que agora estava corada de vergonha, mas ainda com a mesma expressão.

–Então assim que acabar a mande para o quarto, eu ficar de olho em você Rosangela!

Fiquei observando ela se afastar e Nicolas me puxou para dentro do seu escritório gentilmente e me guiou até um sofá preto que ficava ao lado de uma estante de livros, onde nos aconchegamos e ele perguntou:

–O que estava fazendo aqui, hein?

Eu corei e me escondi atrás dos cabelos e respondi:

–Eu queria te perguntar algo!

–Então pergunte!

“Me jogue aos lobos famintos e me veja virar a felicidade deles”

Olhei para a parede e vi o relógio enquanto ganhava coragem de perguntar se era verdade:

–Você consertou! – Exclamei

–O que? – Ele perguntou seguindo meu olhar. – Ah, sim! Ele me lembra você!

Eu ri e revirei os olhos:

–Obrigada, um relógio é mesmo a minha cara!

Ele me virou para poder olhar para meu rosto e comentou:

–Na verdade, foi porque foi a primeira vez que te salvei! – Ele me deu um selinho longo. – A primeira de muitas, e também porque toda vez que eu sinto a sua falta, eu olho para ele e me lembro da cena e acabo rindo.

Bati no ombro dele e falei:

–Idiota... Hm... Ainda tenho que te perguntar algo!

–Estou esperando! – Sorriu ele.

Suspirei e arrumei o cabelo despenteado dele e comecei:

–Castiel me contou algo, e eu queria saber se era verdade... E ainda mais porque confio em você que vou me confirmar com você! Você o adotou?

“Com os corpos queimando”

Ele me analisou antes de falar:

–O que você acha?

“Vivemos uma mentira suja”

–Eu não sei! – Respondi escondendo meu rosto em seu peito.

–Talvez! – Foi a resposta dele.

–Talvez? – Murmurei.

–Depende do ponto de vista! – Ele respondeu seco.

Eu devia ter acreditado no Cas.

–Então é verdade! – Falei, e Nicolas nada respondeu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Surpreendente? Normal? já esperavam?
Mostrem-me a opinião ><:D