Caçador escrita por Lian Black


Capítulo 61
Declaração de Guerra




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— Então, qual é o plano? — Joe pergunta.

Estamos num bar de Vegas, o meu favorito por aqui. Flor do Inferno, escrito em neon vermelho em cima da porta. Do lado de dentro aparenta ser um bar comum. Sabe, balcão, bebidas, mesas espalhadas, mesas de sinuca, alvos para dardos nas paredes, luzes fracas, salas de jogos, música beirando o ruim, o de sempre. A parte boa é quem administra o bar. Electra sabe mais do que a maioria das pessoas. O bastante para ajudar qualquer Caçador que precise. Tem uma rede de informações incrível, não sei como funciona. Na verdade, sei um pouco e imagino o resto, mas prefiro não ter os detalhes. Ela é útil, parece não me detestar, e serve o melhor hambúrguer de franco deste lado do país.

Sam e Dean não conheciam o lugar, e pareceram realmente surpresos, mais do que deveriam. Penso que outro fato da série é verdade: eles não sabem nada do submundo dos Caçadores. Dependem totalmente de Bobby para os contatos.

Pedidos feitos, começamos a conversar. Eu poderia apostar o que eles pediriam, e não errei. Cerveja, óbvio demais. Hambúrguer de bacon para Dean. O especial da casa para Sam.

Tomo um gole do café extra-forte batizado com energético. Preciso de muita cafeína. Muita.

— Nenhum plano pronto — respondo. — Ainda não cheguei na fase “próximo passo”. Alguma sugestão? — Olho para Sam e Dean.

Dean dá os ombros, concentrado em comer. Sam parece pensativo.

— Precisamos de mais informações — ele fala por fim. — Você disse que eles planejam se mostrar. Mas não estão fazendo isso sozinhos. Você falou em grupos de criaturas aqui e ali em suas últimas caçadas... Alguém está organizando isso. Alguém está controlando-os.

— Corte a cabeça da cobra — eu murmuro. — Concordo. Mas quem, ou o que?

— Demônio? Anjo? — Dean sugere. — São os que mais nos meteram em encrencas nos últimos anos.

— Lúcifer e Miguel estão na Jaula — Eu digo. — Os demônios estão dispersos, sem líderes. Lilith, Alastair e Azazel estão mortos, Samhain não é a melhor bandeira para se seguir, e o Crowley é um filho da puta desgraçado. Ou seja, nada muito provável. — Dou os ombros. — Os anjos... Miguel foi pro buraco, literalmente. Rafael e Castiel estão lutando uma guerra civil, o céu está divido... E, sinceramente, não vejo nada que os anjos pudessem ganhar com isso.

— Não faz muito tempo que eles começaram uma guerra — Dean comenta.

— Sim, contra os demônios. Eles iriam ganhar algo. Ajudar as criaturas sobrenaturais a sair do anonimato é uma coisa bem diferente. — Bebo mais um gole do café, pensativo. — Não sei o que é dessa vez, mas é diferente de tudo que já enfrentamos. Sinto que a era dos Caçadores está no fim. Independente do desfecho dessa guerra, nós não seremos mais necessário... Ou estaremos todos mortos, extintos.

E com esse pensamento alegre, a conversa termina. Vejo Sam e Dean se entreolharem, conversando em silêncio. Definitivamente os Winchester são amaldiçoados. Mal saíam da encrenca com as crianças demoníacas, e agora se meteram numa ainda maior. Na minha encrenca. Olho para as palmas da mão, focalizando as veias, por onde o sangue corre. Cerro o punho.

Observo cada ocupante da mesa, um pouco desconfortável. Caçadores demais. Seis, juntos. Logo eu, que sempre cacei sozinho... Megan foi um acréscimo bem vindo, e Jenne ainda está treinando, um dia terei de deixá-la por conta própria... Mas agora Joe está nessa, e com mais Sam e Dean... Muita gente, vai contra meus instintos.

— Você vai ter que ignorá-los, e muito a partir de agora. — Ouço uma voz atrás de mim. Todos olham assustados por cima do meu ombro direito. Solto um longo suspiro.

— Quando vai desistir? Nunca me pega de surpresa. — Eu falo. Electra me ignora e puxa uma cadeira, se sentando ao meu lado. Dean reposiciona a cadeira para ficar inclinado na direção dela e pisca para Sam, que balança a cabeça. Reprimo um sorriso. Ela é demais para ele, estou quase com pena.

Cabelos brancos descendo até a cintura, biquíni preto que mal consegue esconder os seios enormes, short de couro pequeno e botas longas. Não anda armada, com nenhum tipo de arma, mas sua postura e presença são ameaçadoras, confiante. Imagino que pode causar danos o bastante sem precisar de uma faca.

O mais inquietante são os olhos. Brancos, mas não de um branco leitoso, e sim de um branco sobrenatural, quase brilhante. De longe, poderia ser confundida com um demônio. Electra estica a mão e pega o copo de Dean e bebe tudo de um gole só.

— Estava lendo meus pensamentos? — Pergunto suavemente.

Electra faz uma careta para mim, e ignoro os olhares surpresos.

— Sabe que não consigo. Só pude pegar uma intenção geral. Você é muito bom em esconder, mas imagino que agora relaxou de propósito — ele me olha, buscando confirmação. Assinto lentamente.

— Sabe o que vou pedir, não sabe?

Electra confirma com a cabeça. Vendo a confusão do resto do pessoal, em apresso em explicar.

— Electra é uma velha amiga, uma excelente paranormal. Imaginei que se alguém poderia descobrir algo, seria ela.

Electra olha para Dean por um momento, examinando seu olhar lascivo.

— Vá com calma garoto, controle o amiguinho de baixo. Andou vendo pornô demais. — Ela preenche o copo novamente e bebe um gole. — Mas se está curioso, eu consigo fazer melhor.

O olhar de Dean se arregala, e o sorriso muda um pouco. Faço um esforço extra para não rir.

— Se já terminou de ler a mente de todo mundo, foco. Informações.

Electra assente.

— Não sei o que está causando isso, mas é grande. Alguma coisa quer mudar pra valer o funcionamento das coisas. Expor o sobrenatural. O mais curioso é que não quer subjugar os humanos. Vai apenas expor os monstros, e depois eles que se virem. Vai criar caos, eu imagino. Mas não parece ser a intenção exata da coisa. Como se fosse... Um efeito colateral.

— Ótimo. Tudo o que precisamos é de mais caos. — Joe murmura. Jenne faz sinal para ele calar a boca.

Electra continua como se ninguém tivesse falado nada.

— Se forem rápidos, podem tentar impedir. Chamar outros Caçadores, coisa do tipo. Não que existam muitos. O truque com o olhos amarelos foi feito para tirar o máximo de Caçadores possível do páreo. Mesmo assim... Vocês — ela aponta para Joe e Jenne. — Novo México, alguns quilômetros ao sul de Albuquerque. Não sei o que é, mas vocês precisam ir lá. Investiguem, descubram. Um dos ataques vai ser lá. E vocês — ela se vira para Dean e Sam. — Atlanta. Fiquem de olho em um prédio alto.

Electra olha para mim.

— Não faria mal dar uma olhada em Thmpsom, Canadá. Parece estar interligado. Além disso, tenho mais duas regiões. Algo a noroeste de Ottawa, e no extremo oeste de Montana, quase na fronteira com Idaho.

Assinto.

— Vou pedir ajuda. Mandar alguns Caçadores verificarem. — Algo nesses lugares que Electra falou está me incomodando, mas não consigo determinar o que. — Partimos amanhã de manhã. Tirar o resto do dia para descanço.

— Preciso falar com você. — Electra me fala. — A sós.

Estremeço. Não pode ser boa coisa. Nunca é.

Megan é a última a ficar na mesa, parecendo hesitar em sair, mas por fim dá os ombros e se levanta. Olho para Electra.

— Isso é uma armadilha, você sabe, não é? — Electra fala. — Essa guerra... Eles não estão nem aí para ganhar ou perder. Tudo que querem é se expor, e atraí-lo. Querem colocar aquilo em campo, mas não podem fazer nada até você morrer.

— Que reconfortante — eu digo. — Saber que tanta gente quer minha cabeça. — Faço uma careta e tomo o resto do café com energético. Minhas mãos tremem, mas não tem nada a ver com o excesso de cafeína. — Então são eles, e planejam fazer aquilo.

Electra assente, confirmando minhas piores suspeitas.

— Estavam esperando o Apocalipse terminar, ver quem iria ganhar. Se teriam de cuidar dos anjos ou dos demônios. Mas, graças aos dois garanhões de cabelo em pé, nenhum dos dois ganhou. Impasse, a guerra foi evitada. Isso os fez ficarem nervosos, agir antes.

— Temos alguma esperança de vencer? — Eu pergunto.

Electra balança a cabeça.

— Nenhuma, não com os poderes que possuem agora. Nem todos os Caçadores do mundo seriam o bastante para evitar isso.

— Então por que os está mandando para uma missão suicida? — Pergunto irritado.

— É nossa única escolha, Lian. Melhor do que deixá-los morrer sentados. Pelo menos estão lutando, estão em campo. Pode ser que algo mude. — Ela me olha sugestivamente, um pouco decepcionada.

Subitamente percebo o que ela disse.

— Com os poderes que temos agora? — Friso aquela parte. — O que quer dizer exatamente com isso?

— Que se você deixar rolar, se remover os freios e as barreiras, talvez...

— Nem pensar. — Eu digo. — Isso seria perigoso, sem falar que se eu fizesse isso, eu...

— Eu sei. — Electra suspira, e pela primeira vez que a conheço vejo sua postura confiante e arrogante cair por um momento. Tudo que vejo é uma mulher assustada, com medo do próprio destino, e cansada. — Mas se não fizer, vamos todos morrer.

Ela se levanta, me deixando sozinho na mesa.

Sinto uma vontade louca de jogar a mesa para o alto, sacar um par de armas e sair pela rua atirando, fazer alguma loucura do tipo. Entrar no Dodge e dirigir, apenas dirigir, até o mundo acabar. Ir até onde eu conseguir, e depois...

Vou para os fundos do bar e subo as escadas que levam para os quartos nos andares superiores. Vejo Sam escorado na porta do meu quarto, me esperando. Quando me vê, sua expressão muda ligeiramente, mas não consigo identificar o que está pensando.

— Podemos falar por um minuto? — Ele pergunta.

Abro um sorriso irônico.

— Parece que todo mundo quer fazer isso hoje.

Ele nos guia até seu quarto. Dean não está, então suponho que esteja cantando alguma atendente lá em baixo. Sento na beirada de uma das camas e observo Sam. Ele parece... Nervoso, desconfortável, e decididamente não está evitando fazer contato visual comigo.

— Então... — Eu começo, querendo puxar o assunto de uma vez.

— Eu conheço você. — Sam solta de um fôlego só. — Quer dizer, não pessoalmente, mas tenho certeza que sei quem você é. É... Confuso. Essas imagens, esses sons, essas memórias ficam indo e voltando...

Fico olhando para ele sem entender. Então a ficha cai com um estalo. Ah, puta merda.

— Lúcifer esteve dentro de você, não esteve? — Pergunto com a voz fraca. — Por um tempo, pelo menos.

— Pouco tempo. — Sam responde na defensiva. Sei que ele chegou à mesma conclusão que eu sobre a origem das memórias.

— É a primeira vez ou você já tinha tido flashbacks da memória dele?

Sam não responde. Senta na outra cama e pega uma garrafa de uísque. Toma um terço de uma vez só e me estende. Hesito antes de pegar. Bebo um gole, e devolvo a garrafa.

— Não é a primeira vez, mas até agora foram só vislumbres rápidos. Um ou outro pressentimento. Nada importante. Mas desde que te vi, ficaram mais freqüentes. Quase não consigo suportar a dor de cabeça. Parece — Sam hesita. — Parece com o que acontecia quando eu bebia sangue de demônio.

— Eu também tomo, e nunca me dou dor de cabeça. — Comento. Sam me olha espantado. — Sim, eu bebo sangue de demônio. Algum problema? É um tônico como qualquer outro. Só mil vezes mais poderoso que energético. Você e Dean são muito preconceituosos.

Sam se encolhe. Deixo o silêncio se estender por alguns minutos.

— O que você viu sobre mim? Do que se lembra?

— Não muito. — Sam massageia o lado da cabeça. — Algo... Algo sobre um grupo de crianças... Uma organização, algo relacionado aos ceifeiros. E essa marca no seu braço. É a mais frequente. Parece gravada a fogo atrás dos meus olhos.

Olho para ela distraído. Sam parece saber muito. Mais do que deveria. Tenho duas escolhes. Abrir o jogo, ou destruir sua alma.

Decido não ser muito dramático.

— Ela é um selo de proteção. Jenne também tem. A única diferença é que foi feita quando ela já tinha alguns anos de vida, e que é feita de sangue de demônio. Uma boa proteção. — Esboço um sorriso. — Imune a demônios. Sem telecinesia, sem possessão... E se um demônio tocar nela, é o mesmo que mergulhar a mão em água benta. Nem Lúcifer consegue superar a marca.

— Se a dela é feita com sangue de demônio, com sangue de que é feita a sua?

— De ceifeiro. — Eu respondo, direto ao ponto. — E nem me pergunte como se consegue sangue de ceifeiro se eles possuem corpos espirituais, você não quer os detalhes.

A expressão de Sam é uma mistura de horror, nojo, pavor e desespero.

— Por que...

Ele não termina a pergunta. Suponho que vou precisar contar.

— Sam, quando Azazel lhe deu sangue de demônio, ainda no berço, ele não mudou o que você era. Você possuía sangue demoníaco nas veias, mas ainda era humano. Já, eu... — Faço uma pausa. — Eu nunca fui. Ainda no útero... Minha mãe foi tocada pela morte, tudo preparado para quando eu nascesse. Eu deveria ter os poderes de um ceifeiro, ser metade ceifeiro, metade humano. — Sam me olha inquiridor. — Não, ambos meus pais são humanos. Sem esse tipo de contato.

Pego a garrafa de volta e tomo outro gole.

— Você deve saber da maior parte disso. Essa organização... Ela me marcou no exato momento em que nasci. Essa marca, feita com sangue de ceifeiro, foi feita para conter meus poderes. Evitar que eu me transforme totalmente no que eles queriam... Um super-soldado, tão poderoso que poderia enfrentar anjos facilmente, que poderia enfrentar arcanjos. É claro que o efeito colateral é perigoso. A dúvida é se eu vou me transformar totalmente me um ceifeiro ou se minha alma vai simplesmente ser destruída. Nenhuma das opções é muito agradável. — Acrescento com um sorriso mórbido. — Se eu beber sangue de ceifeiro, ele age como uma chave temporária. Libera uma parte de meus poderes por um tempo. Foi o que fiz para destruir o demônio antes de vocês chegarem. A marca quase me matou enquanto destruía os resquícios do sangue que havia em meu organismo. — Balanço a cabeça. — Venho mentindo que sou um necromante para esconder meus poderes, mesmo que eles não tenham nada a ver com os de um necromante real.

Bebo outro gole. Só resta um terço do uísque. Sam está com ambas as mãos em volta da cabeça, com uma careta de dor. Depois de alguns segundos me olha.

— Agora... Eu lembro de tudo. — Sua voz é desesperada. Muito desesperada. Seja lá o que Lúcifer sabia sobre o plano daqueles bastardos, era o bastante para deixar Sam apavorado. — Essa organização, o plano deles... Merda.

Sam pega a mochila e vasculha o conteúdo freneticamente. Depois de alguns segundos tira lá de dentro um mapa da América do Norte. Ele abre em cima da cama e pega uma caneta.

— As cidades que Electra mencionou, os locais dos ataques... — Ele localiza Atlanta e Thompsom e circula as cidades, então faz um risco conectando-as. Depois estica o risco até o meio do Novo México. Leva o risco até perto de Ottawa, e percebo o que vai formar. Fico observando mudo. Sam continua a linha até o oeste americano, e depois a liga novamente com Atlanta. Ali, ocupando todo o território americano e parte do Canadá está um pentagrama gigantesco. Ele ergue o olhar para mim, os olhos brilhando com a intensidade de seus pensamentos. — Você sabe, não sabe? O que significa isso?

— As Portas da Morte — eu murmuro atônito. — A entrada para os Reinos dos Mortos.

Sam assente.

— Está tudo confuso, mas eu consigo ver o que isso significa. Esses cinco locais... São templos construídos antes mesmo da humanidade surgir. Feitos para guardar o maior portal para o Reino dos Mortos que existe. Se o ritual for realizado corretamente em todos eles...

— Vai abrir as Portas. — Eu concluo. — E liberar todas as almas dos mortos de volta na terra. Céu, Inferno, Purgatório... Tudo isso será jogado na terra, ejetado. Caos, destruição, morte... O Apocalipse verdadeiro para tudo que conhecemos.

Sam assente, com medo do que viu, do que descobrimos.

Permaneço em estado de choque por alguns momentos. Eu sabia que nada de bom poderia vir da organização, mas isso? Isso é... Maluco. Completamente insano.

— O quanto Lúcifer sabia? — Eu pergunto. — Se ele está fazendo um backup místico em sua cabeça, o que mais ele sabe?

— Não muito. — Sam responde. — Ele sabia das Portas, e que poderiam ser usadas. Mas nunca pensaria em usá-las, ele é orgulhoso demais para isso. E sozinho já é capaz de trazer quase todos os demônios do Inferno para a terra. Não faria diferença. E uma guerra dessas seria equilibrada demais, impossível de prever o resultado. Seria...

— Caos puro. Incontrolável, impossível de parar. — Eu concluo novamente. Então eu percebo. — É para isso que servimos. É por isso que temos sangue de ceifeiro nas veias. Se as portas forem abertas definitivamente, os ceifeiros vão desparecer. Serão destruídos, sua existência não terá mais sentido. Eles são a própria manifestação das Portas. Mas sem eles, a organização teria...

— Um grupo de soldados extremamente poderosos, capaz de mudar o rumo do Apocalipse. — Sam completa.

Olho pela janela, quase esperando ver o céu desabar. Chuva de fogo, pragas, tempestades, cataclismos... Qualquer coisa. É impossível de digerir o que acabamos de descobrir e ver que nada mudou significativamente. A... Enormidade disso tudo... Era disso que Electra estava falando, foi isso que ela viu. O fim dos tempos.


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Notas finais do capítulo

Uh, acho que eu extrapolei um pouco, mas taí. Acho que dá para notar que está indo pro fim. De um jeito ou de outro, isso vai acabar.



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