Last Try escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 5
05. Quebrando Promessas - Final


Notas iniciais do capítulo

Ooooi amores! *-*
Eu voltei rápido, porque os reviews foram muuuito fofos e RECEBI OUTRA RECOMENDAÇÃO! Obrigaaaada Allie *---* Esse capítulo é dedicado à todas vocês, que acompanharam e incentivaram a história! De coração, eu espero que gostem! LEIAM AS NOTAS FINAIS?
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/477117/chapter/5

Uma viagem estranhamente silenciosa e confortável aonde Reyna estava quase adormecendo e Leo estava pensando na besteira que deveria falar para acabar com o tal silêncio que agora tanto o incomodava. Esse encontro tinha sido um pouco incomum, mas era exatamente por isso que havia sido tão especial. Para ambos.

Ele só queria uma oportunidade.

Ela só queria tirar aquele moletom e mostrar para Jason quem é que estava por cima.

Ele só queria que ela o permitisse esquecer que estava sendo usado.

Ela detestava admitir que ter finalmente aceitado o convite de Leo fora melhor coisa que fizera em semanas.

E ele... Ah, ele só queria que durasse para sempre. Ou pelo menos até reunir coragem para beija-la novamente.

O fato é que ele não esperava que ela iria realmente lhe dar uma trégua. Mas só de olhar nos olhos castanhos e determinados da garota, podia ver o quão cansada estava nos últimos dias. Não fisicamente, não mentalmente... Era como se estivesse cansada de fingir. Mesmo que não parecesse. E dançando, naquela boate mesmo que com outros caras- ele percebeu que aquilo havia ido embora. Era só uma garota, quase como uma criança. Quem diria que baixar a guarda faria isso com ela.

E em pensar que se ele tivesse desistido um dia antes...

O encontro já havia terminado e ela ainda não entendera porquê aceitou. Morreria antes de admitir, mas precisava mesmo sair para espairecer. Desde o término eram só doces, e quilos, e filmes, e quilos, e moletons, canecas, sorvetes e quilos. Nem mesmo livros lhe pareceram o suficiente... Pela primeira vez em meses se sentira viva! E quem diria que o responsável por isso seria ele. Ele e seu modo irritante de estar sempre sorrindo e fazendo piadas sobre qualquer coisa, só para não ver o silêncio se estabelecer. Até mesmo seu café amargo! Descobriu que não realmente odiava Leo Valdez... E se antes tinha dúvidas, agora era um fato.

− Então você vai ficar me ignorando o resto da noite?- Perguntou Leo desviando rapidamente os olhos da rua.

Ela suspirou.

− Estou tentando encontrar um jeito de te encarar. - Ela se surpreendeu mais do que ele com suas próprias palavras. Agora que os efeitos do álcool se amenizaram, ela se sentia extremamente culpada e até mesmo constrangida com toda aquela cena do balcão.

− Ah ángel, eu sei que meu charme é irresistível, mas não precisa se sentir ofuscada. - Ela não precisou o encarar pra saber que ele estava sorrindo.

− Só dirija, Valdez... Dirija. -Ela bufou, massageando as têmporas.

− Eu posso dirigir e conversar ao mesmo tempo. - Observou ele. Achava engraçado todo aquele desconforto de Reyna. -Além do mais, já chegamos. Quando eu estacionar, nós vamos descer e você vai me dizer o quanto o nosso encontro foi maravilhoso, o quanto é bom passar um tempo comigo, então eu vou caminhar com você até a porta e vamos nos olhar estranhamente... Aí nos beijamos e você pode passar o resto da sua noite pensando nisso.

Ela piscou, absorvendo a tudo aquilo, sem acreditar na audácia do garoto.

− Ahan, então você acorda. - Ela suspirou quando ele parou o carro perto da garagem. -Tchau, Valdez. Ela abriu a porta do carro, mas ele segurou o pulso dela antes de qualquer outro movimento.

− Hey, espera... Eu vou mesmo te acompanhar até a porta. - E piscou novamente. Reyna percebeu que aquilo funcionava quase como um tique. Soltou o pulso dela delicadamente e tirou o casaco. - Coloque.

− Tanto faz. - Puxou o casaco e seguiu logo sentindo-o ao seu encalço. Colocou o casaco. Eca, tinha cheiro de Valdez... Okay, talvez nem fosse tão "eca" assim. Ele semicerrou os olhos.

− Espera... Aquilo são balanços? -Disse apontando para os balanços de pneu no jardim, como qualquer criança que sentiu atraída por eles. Reyna sorriu involuntariamente. Um era dela, o outro, de Hylla. Há tempos não se aventurava ali... Ainda existiam por capricho, ou pelo fato de lhes trazer boas memórias. E ela nem teve tempo de bolar uma resposta, ele já estava caminhando até lá.

− Você não pode estar fazendo isso, Valdez... - Falou em tom de incredulidade. - Essas cordas não te aguentam! Você é muito...- alto, forte- gordo!

Com os dois pés, ele impulsionou o balanço para trás e sorriu quando sentia o vento frio bater sobre si.

− Isso é incrível! - Ele disse indo mais alto. - E por favor, não fira meus sentimentos. Eu não sou gordo... Eu pago o suficiente pro meu terapeuta me dizer isso. Suba! Aposto que não se lembra a sensação.

E realmente não se lembrava.

− Passo. -Um sorriso brilhou na pouca luz.

− REEEEEEEEYNAAAAA SU- Ela tapou a boca dele com a mão assim que conseguiu chegar até ele.

− Ficou maluco?-Ralhou sussurrando.- O que pretende com isso, acordar toda a vizinhança?

Ela continuava com a mão em sua boca, mas o olhar dele se tornou... Cúmplice.

− Na verdade, eu pretendia mesmo era que você me calasse com um beijo, mas não funcionou muito bem.

Ela se limitou a revirar os olhos. Será que ele nunca se cansava? Então deu um passo para o lado e se sentou no outro balanço de Hylla- e sorriu ao constatar que depois de todos esses anos, seus pés alcançavam o chão e ela não precisava que alguém a balançasse-.

− Quando você vai superar? - Falou Leo, sabendo que ela saberia exatamente do que ele estava falando.

− Eu estou bem.- Deu de ombros, não oferecendo resistência.

− Tsc... Que péssima mentirosa. -Ele não a encarava, isso a fez sentir mais à vontade. Sempre se sentia desconfortável quando Leo a encarava. Céus, dali em diante seria tão pior... - Mas você deve admitir, se divertiu essa noite.

Não era uma pergunta.

− Se você define diversão como uma noite da minha desperdiçada e que eu nunca terei de volta... Então sim, foi divertido. - Era mais forte do que ela. Alfinetar Leo sempre parecia o certo a se fazer, mesmo quando ele estava falando sério.

− Eu sacrifiquei essa noite inteira de zoação e pegação pra fazer você se sentir melhor mesmo sabendo que estava sendo usado como um brinquedinho pra provocar alguma reação no Jason, então, o mínimo que você pode fazer é me dizer que pelo menos valeu a pena.

Agora ele a encarava. Ele dissera tudo em um tom de brincadeira, mas para ela, aquilo soou como um desabafo. Isso a fez sentir pior. Era um monstro mesmo...

− Eu via vocês juntos, Reyna... -Continuou - Eu sei que é um péssimo assunto e que eu devia estar evitando tocar nele, mas você precisa colocar pra fora.- Recomeçou o garoto.- O jeito que você o olhava e como ele te fazia rir! - riu tristemente- Você é a única pessoa que eu nunca consegui fazer, realmente, rir. E por mais que eu me force a pensar que isso tudo é amor demais reprimido, você está quase me convencendo do contrário. Eu costumo ler pessoas muito facilmente, mas até nisso você tem que me dar trabalho!

Ela sorriu minimamente.

− Qualquer um pode te fazer sorrir, mas nem todo mundo pode te fazer feliz... - Eles trocaram um olhar significativo e não foi preciso dizer mais nada.

− Droga, eu não acredito que vou dizer isso, mas... -Suspirou.- Acho que essa noite faz de nós amigos, certo?

− Talvez... - Respondeu sem pensar muito.

− Não. Não mesmo, eu não vou ficar na sua friendzone. - Pareceu pensar melhor e voltou a se balançar. Esqueça que eu disse isso. Mas sabe, amigos com benefícios não soa tão mal assim...

− Quando você vai se cansar, Valdez? - Ela perguntou achando graça.

− Isso depende muito... -Explicou. - Quando vai me pedir aquele beijo?

Ah então é por isso que ele ainda não tinha tentado aproximação direta. Prometera na boate que só a beijaria de novo se ela pedisse... O que era bem pouco provável. Ela se levantou do balanço quando o mesmo parou, fitando Leo e o sorriso bobalhão de sempre. Maneou a cabeça negativamente e começou a andar rumo à porta da frente. Leo sorria internamente... Talvez não conseguisse o pedido hoje, mas com certeza já esteve mais longe. Como olharia para ela na segunda sem se lembrar de tudo? Sem querer repetir tudo? A verdade é que, de certo, não estava preparado para dizer adeus àquele encontro. Mas uma hora teria que acontecer.

− Valdez, você disse que lê as pessoas... O que você lê em mim?- Eles agora estavam em frente a porta ela de costas para ele e ele um degrau abaixo, o que fazia com que ficassem na mesma altura devido aos saltos de Reyna. Que aliás, caíram muito bem com o vestido de Nyssa.

Ele sorriu, subindo para o mesmo degrau que ela estava e colocou o seu corpo atrás do dela, e ela se arrepiou quando seus dedos gelados lhe tocaram o pescoço. Não ajudou muito quando ele começou a retirar dela o seu casaco. Ela queria, mas queria muito, acreditar que estremecera por causa do contato da pele com o ar gélido da madrugada... Mas duvidava muito. Como a sorte dela estava dando uma voltinha na Rússia, ele depositou um beijo delicado no pescoço dela enquanto terminava de lhe tirar o casaco. Ela se perguntava se todas as pessoas que andavam por aí fazendo propaganda, se derretendo e chamando Leo de príncipe, sabiam que ele podia ser tão... Tão... Ah, ela nunca devia ter pensado isso. Não dele.

− Não dá pra ler muito de você... Suas pernas chamam mais atenção. - Ele estava tão perto de seu lóbulo que não precisou falar isso mais alto do que um sussurro. - Deve ser por isso que eu não sei muito sobre você ainda...

Agora ele já estava novamente a sua frente. Ele tinha algumas deduções, mas não queria assustar a garota, tampouco parecer estar julgando-a.

− Vou ter que observar mais um pouco. - Ele piscou novamente. Agora eles se encaravam, mas logo ela voltou as orbes para o chão... (Não queria que acontecesse o que ele previu no carro).- E você provavelmente não se importa, mas foi o melhor encontro da minha vida.

− Você tem razão, eu realmente não me importo. -Ela deu de ombros. Sua trégua tinha acabado... Resolveu que não seria bom continuar sendo legal com ele. Honestamente, se perguntava o que se passava na mente de um garoto como aquele se apaixonar justo por alguém como ela! Totalmente não compatíveis. Ok, ela tivera uma ótima noite, se divertiu pra caramba, mas ele não precisava saber, certo?

− É, parece que a trégua acabou. - Ele observou parecendo ler sua mente, e sorriu.- Quando vamos fazer de novo?

Ela imitou uma expressão pensativa. Como estivesse ponderando.

− Mmmm, talvez quando você me mandar a milésima sms... Ela tirou a chave de debaixo do tapete, colocando-a na fechadura. Estranhou o silêncio de Leo e, ao virar-se para encará-lo, notou que ele digitava no celular.

− O que está fazendo? Perguntou ela franzindo o cenho ao mesmo tempo que seu celular vibrou na bolsa.

− Enviando a sexagésima primeira...

Ambos riram e ela acenou com a cabeça, entrando em seguida, mas antes que pudesse abrir a porta, sentiu o seu corpo sendo puxado para trás novamente. E antes que pudesse raciocinar, sentiu os lábios dele colados aos seus, novamente correspondendo avidamente. Mas não era um beijo voluptuoso ou apressado... Era surpreendentemente calmo. Quando o ar lhes faltou, ele terminou com três selinhos e Reyna achou mais fofo do que gostaria de admitir.

− Você quebrou sua promessa. -Acusou.

− Eu avisei e, convenhamos, ángel, você não fez muito pra me impedir...-Ele piscou pela última vez naquela noite, e caminhou para o carro a deixando ali a porta.

Então seria assim dali para frente? Sairia de casa para levar o lixo para fora e veria aqueles balanços que a fariam lembrar dele? Passaria em frente daquele pub todas as quintas depois das aulas de esgrima que voltaria a frequentar essa semana- e se lembraria de que era melhor ter ido ao cinema...? As péssimas lembranças sobre aquela boate seriam substituídas por boas, aonde ela finalmente se divertia depois de um longo período de fossa? E quando chegasse da escola e olhasse para aquela porta? Céus, realmente esperava que o álcool ainda estivesse fazendo efeito. Será que precisaria devolver o vestido de Nyssa? Ou tomaria um café muito ruim sem lembrar-se dele?

Será que conseguiria olhar para um balcão da mesma forma? Sem corar?

Maneou a cabeça para afastar aqueles pensamentos e finalmente subiu para o quarto, aonde tirou apenas os saltos e se espalhou na cama sem nem ao menos acender as luzes. Sentiu o moletom dobrado sobre o travesseiro e o atirou longe... Ficaria fora dele durante um bom tempo! Então algo lhe veio a cabeça. Esticou o braço esquerdo para pegar o celular na bolsa que largara no chão, ao lado de seus sapatos. Abriu a sms que Leo a enviara alguns minutos antes.

A essa altura você já saberá, mas: Eu vou quebrar a minha promessa. Não conte ao meu pai. Ah, agora já pode parar de pensar em mim e dormir. Bj, Leo.

Eu sorriu involuntariamente fechando os olhos para ser abraçada pelo sono. Teve um bom encontro, mas nunca admitiria, porque ela era a Reyna. E ele?

Bom, ele era o Valdez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Acharam o final legal? Ficou muito alternativo? aisudhasuidhu Sou fã de finais alternativos, pois é! Então me digam nos reviews o que acham que aconteceu depois :3
Gente, essa short-fic foi uma experiência (Ótima!), e eu queria saber se teria o apoio de vocês se começasse a escrever uma LONG-FIC Leyna... O que vocês acham? respondam nos reviews tambem, vou medir por eles e recomendações
Beeijos
Isaa