Last Try escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 4
04. Ponto Para o Autocontrole!


Notas iniciais do capítulo

Oii meninas!
Eu disse que voltaria logo :3 Fiquei feliz com os comentários do capítulo anterior! Espero que comentem muuuito nesse também! É o penúltimo cap da fic! :////
AGORA PARAAA TUDO PQ EU VOU ENTRAR NO MEU MOMENTO SUR-TO! Minha perceira (DIVAAAA, leiam a fic dela, Red Lips! Sou beta e aprovo u.u) recomendou... Isso mesmo, RECOMENDOU a fic! ~le gritaa~
Montibeller, muuuito obrigada pela linda recomendação! Esse cap é meio parado, mas é dedicado a você *-*-*
Boa leitura pessoal!



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Finalmente aquela história de “beber para esquecer os problemas” fizeram sentido. Beijara o Valdez, sim, mas quem se importa? Aquela boate nunca esteve tão animada! As pessoas dançavam como nunca e, caramba, como ela sentia falta de músicas animadas e pessoas bêbadas esfregando-se umas nas outras ou vomitando pelos cantos... Devia ter aproveitado assim quando o namoro acabou!

Só tinha um problema.

Ela não gostava desse tipo de coisa. Leo podia perceber que Reyna já estava bem “alta” só de olhar. Ela estava dançando escandalosamente, o que quase o fez agarrá-la pelos cabelos e... Ah, o que importa? O que faria depois, podia pensar depois. Depois de providenciar a morte daqueles imbecis que estavam dando em cima da sua garota. Talvez não fosse sua garota, mas estava ali com ele, certo? Massageou as têmporas, fechou os olhos, suspirou... Uma atitude impulsiva e idiota, ou melhor, outra atitude impulsiva e idiota poderia lhe custar a trégua da garota pela qual ele sempre lutou. Será que tomaria suas chances?

Depois de ficar ali sentado, observando-a dançar como provavelmente nunca o havia feito antes, pediu mais uma dose daquela bebida verde ao garçom e se virou de frente para o bar, perdendo a vista da pista de dança assim que viu que outro cara se aproximou dela. Apoiou os cotovelos sobre o balcão esperando sua bebida.

− Coração partido? – Perguntou o garçom entregando-lhe a dose. Leo o encarou e negou com um aceno de cabeça. – Morte? Ciúmes? Chifres...?

− Nenhum. – Leo sorriu um pouco.

− Friendzone? – O cara parecia realmente determinado a entender o motivo da carranca e as doses alcóolicas de Leo.

− Quem dera, colega... – Falou mais para si mesmo e girou o banquinho, olhando para a pista de dança e franziu o cenho ao perceber que ela não estava mais lá.

− Me procurando? – Reyna falou bem ao seu lado, sorrindo.

− Estava. – Leo respondeu estranhando a si mesmo. Deveria ter feito uma piada, certo? Reyna agora se abanava com uma mão e bebia um drink gelado qualquer que acabara de pegar da bandeja de um dos funcionários. A coragem pareceu vir com o último gole daquela dose, ele precisava fazer isso. – Na verdade, eu estava indo te tirar pra uma dança.

Ela o encarou franzindo o cenho, mas ainda sorrindo.

− Acho que essa eu vou passar. – Deu outro gole no drink.

Ele sentiu seu sangue correr mais firme pelas veias. Ela estava mesmo recusando uma dança? Cerrou os punhos, no intuito de acalmar os ânimos. Ele era Leo Valdez e, como sempre, se não pudesse vencer com colaboração, venceria no cansaço. Era bom nisso, como prova podia usar até mesmo esse encontro.

− Ah não, você não pode estar falando sério! – Ele a encarou e ela pôde ver uma sombra de raiva, isso a assustou pra caramba. – Eu vou tentar de novo. Levante seu lindo e delicado traseiro desse banco e dance comigo agora.
Ela o encarou, incrédula, diante das palavras recentes.

− Tática interessante, mas esses sapatos estão acabando comigo, Valdez! Não precisa levar para o lado pessoal... – Isso o irritou profundamente. Como não levaria pro lado pessoal se ela dançara a noite inteira com vários outros rapazes?

− Reyna, você vai dançar comigo. – Ele engoliu seco, a coragem ainda estava com ele. – Eu venho sonhando com essa droga de encontro desde a droga do ensino fundamental! Dentro desse coração sombrio existe uma alma humana, eu sei que sim, mesmo que você faça de tudo pra esconder essa humanidade por trás de todo esse sarcasmo e hostilidade! – Respirou por fim.

Ela encarou o chão. Desde o beijo evitara o máximo qualquer tipo de aproximação, não sabia ao certo como reagir... Não queria dar a ele mais esperanças. Aliás, sabia que não estava sendo justa. Aceitara sair com ele depois de tantas tentativas e ele estava sendo ótimo mesmo tendo o pleno conhecimento de que estava sendo usado por ela... Ele sabia e mesmo assim estava ali. Não era justo, alguma coisa tinha que compensar para o lado dele.

− Só uma música, ok? – Ele sorriu e estendeu a mão, mas ela não pegou. Olhou para o barman – Outra dupla de tequila, por favor!

Ela virou a dose de uma só vez e finalmente voltou para a pista, com Leo em seus calcanhares.

Nenhum dos dois conhecia a música, mas a batida era tão envolvente que logo toda a tensão se esvaíra e eles eram apenas dois adolescentes aproveitando a noite. Quem os visse, visse o como Reyna mexia os quadris e erguia os braços e o jeito possessivo que Leo a cercava, se movendo completamente sincronizado a ela, diria que os dois eram bastante próximos. Leo nunca imaginaria que ela podia dançar tão bem e tão livremente, mas naquela noite, ela estava se deixando levar... Não se importava com o quê estava fazendo, tampouco com quem o estava fazendo. Eram dois jovens, e a noite era só uma criança.

Reyna agora ria enquanto dançava ainda mais animadamente girando... Opa, ela não deveria estar girando depois de mais uma dose dupla de tequila. Pena que ela só percebeu quando ela parou de girar, mas tudo continuou girando.

− Tudo bem? – A voz de Leo parecia muito distante àquela altura. Ela negou com a cabeça, sem saber ao certo se os estava olhando. – Claro que você não tá bem... Está bebendo desde o pub!

Ele gentilmente passou seu braço pela sua cintura e a conduziu para fora da pista. Ótimo primeiro encontro... Ela confia nele e ele permite que ela se embebede! Ótimo Valdez, ótimo! Reyna estava consciente, apenas não passava bem. Aonde estava com a cabeça? Ela não era fraca para bebidas, mas devia admitir que estava quase entregue. Quando se deu conta, já não via mais tantas pessoas ou ouvia aquela música alta e todas aquelas luzes fosforescentes... Era só ela e Leo no estacionamento.

− Ah não... Não desmaia, pelo amor de Deus. – Implorou Leo, afastando-lhe o cabelo do rosto e colocando atrás da orelha. Podia ver que ela estava prestes a desmaiar mesmo, ou pior: vomitar em seus sapatos novos. – Reyna por favor, fica aqui comigo.

− Eu estou bem, Valdez. – Ela ralhou tendo plena consciência do quão rude estava sendo. – Só um pouco tonta.

− Na sua casa ou na minha? – Ele disse preocupado, mais ainda com um pouco de senso de humor.

− Ficou maluco? – Ela rebateu. Ele já esperava por isso. – Eu sou menor, não deveria estar bebendo! Hylla está me esperando em casa, e ela me mataria.

− Okay, então eu vou te levar minha casa. – Abriu a porta do carro e praticamente a jogou lá dentro diante de sua resistência. – Você pode tomar um banho gelado enquanto eu faço um café.

− Não mesmo. – Ela disse quando ele entrou no carro.

− Ah, você vai sim.

− Não. – Ela cruzou os braços. – Não mesmo, eu não vou pra casa com você!


***

Ela revirou os olhos pela milésima vez nos último minutos.

− Pra que buraco está me levando, Valdez?

− Se comporte. Faremos uma parada antes. Na farmácia... Não tenho remédio para bebuns em casa. – Respondeu ao olhar inquisidor da garota. – Você tem alguma alergia?

− Não. – Respondeu a contragosto. Não podia negar que ele estava sendo realmente muito atencioso, o que só a fazia sentir pior. – Mas eu realmente acho desnecessário, já disse que estou bem.

Ele arqueou uma sobrancelha. Ela era muito teimosa mesmo... Tanto que chegava a irritar! Mas isso não vinha ao caso agora, ela estava com ele então era dever dele ajuda-la. Desceu do carro pedindo que ela ficasse lá dentro e ela estranhamente acatou o pedido sem pestanejar. Entrou no que parecia ser a única farmácia 24h aberta na cidade –que ironia!- e contou o que estava se passando ao cara do balcão, que foi muito gentil em lhe vender os medicamentos - sem nenhuma receita. Ok, estava na hora de começar a suspeitar de tudo... Ou pelo menos finalmente acreditar em “dia de sorte”.

Saiu do estabelecimento caminhando diretamente para o carro, aonde encontrou Reyna brincando com as próprias pulseiras, distraidamente.

− Nossa, parece tão vulnerável quanto uma garota. – Brincou girando a chave que tinha deixado na ignição.

− Eu sou uma garota. – Retrucou.

− É... Parece que sim. Suas pernas me lembram disso o tempo todo.

− Valdez!

− Desculpe.


***

Leo morava sozinho desde que o pai se mudou para outro estado e levou seus irmãos. Não queria deixar sua vida para trás e o pai concordou em deixá-lo sozinho, já que também não queria se desfazer da casa. Nyssa o visitava sempre que podia, já que fazia faculdade na cidade ao lado. No começo não achou a melhor ideia do mundo, mas ter sua independência precoce foi realmente muito bom, no fim das contas. Uma casa de família pra um solteirão adolescente poderia ser até divertido. Ainda mais quando se podia levar uma garota pra lá depois da meia noite.

− Pensei que não fosse mais descer... – Ele comentou quando a viu atravessar a porta da cozinha, usando um vestido de Nyssa, descalço e cabelos molhados. – Se demorou tanto pra tomar um banho e se trocar, imagina no nosso casamento?!

− Cadê meu café? – Ela o ignorou se colocando em frente a ele, mas do outro lado do balcão. Conhecia bem aquela, frequentara muitas festas nesse mesmo lugar enquanto ainda namorava Jason.

Ele sorriu lhe passando a jarra da cafeteira e uma caneca. Ela se serviu e bebericou.

− Blergh Valdez, isso tá terrível. – Reclamou, mas não era verdade. Não era o melhor café de sua vida, mas não era pra tanto. O que ela queria mesmo era acabar com aquela tensão.

− Não está, não. – Se sentiu ofendido. – Mas enquanto eu tomo banho, você pode ficar aqui e fazer outro. Um que não esteja tão amargo quanto você.

Ele se perguntou se era realmente necessário ter dito a última parte.

− Tanto faz. – Ela deu de ombros bebericando outro gole do café amargo. Quase tão amargo quando ela. Detestava admitir, mas já estava se sentindo melhor, o idiota do Valdez sabia o que estava fazendo quando o assunto era problemas com a bebida. Terminou o café depois de sabe-se lá quanto tempo absorta em pensamentos, levou a caneca até a pia –ato seguido por um suspiro longo.

Caminhou para a sala, sentando-se no grande sofá que havia ali. A tonteira passara, nenhuma náusea, apenas um pouco de sono e uma dor de cabeça que começava a apontar e, honestamente, ela preferia uma dor infernal àquela... Fraca, aguda, incômoda. Esperava que Valdez descesse logo e a levasse pra casa, precisava dormir, mas jamais o faria ali.

− Vejo que se lembrou o caminho do sofá... – Observou o garoto descendo as escadas, usava uma calça de moletom cinza e uma camiseta banca. Reyna estranhou os cabelos molhado, era a segunda vez no mês, isso era recorde! – Está se sentindo melhor?

− Tirando a dor de cabeça e a sua presença... – Ela sorriu minimamente. – Acho que estou ficando com sono.

− Ah, que pena! – Ele se lamentou. – Uma partida no videogame seria ótimo.

Ela riu pelo nariz.

− Seria, mas é melhor você me levar pra casa...

− É melhor você ficar e dormir comigo. – Ele rebateu. Reyna arregalou os olhos quando viu que ele permaneceu sério, mas não levou muito tempo para que seu sorriso típico reaparecesse. – Ah qual é! É uma ótima ideia... Prometo ser delicado. – E piscou.

− Me poupe, Valdez. – Ela revirou os olhos depois de lançar uma almofada sobre ele. Ele riu. Era bom estar com ela.

Caminhou até a cozinha, rapidamente. Apanhou a sacola com o medicamento recém comprado e, ao se virar, notou que Reyna já estava atrás do balcão. Da mesma forma que minutos atrás. Ele entregou um copo, agora cheio de água e estendeu a ela. Em seguida, retirou o comprimido da cartela e entregou-lhe.

− Vai lhe fazer sentir melhor. - Ele informou.

Ela semicerrou os olhos, em uma expressão exageradamente fingida de desconfiança.

− Ou talvez esteja tentando me envenenar...

Ele saiu do outro lado do balcão, se aproximando da morena.

−Envenenar? - Sorriu de lado. - Jamais. - Seus olhar revezava entre e nariz e boca dele. Ele estava perigosamente perto.

− Acredito. - Ela colocou o remédio na boca. -Isso não te traria nenhum ganho, mesmo. - Ela disse, quase em tom de provocação.

Ele queria beijá-la ali, da mesma forma que fizera na boate. Seus pensamentos se limitavam em agarrá-la e apenas isso. Muita testosterona, pouco autocontrole. Ele deu um passo para trás, se lembrando de que não poderia abusar da sorte. Se a beijasse novamente, seria o fim.

− Drogar, por outro lado... - Seu olhar ficou perverso enquanto ponderava. Reyna engasgou com a água que tomara para ajudar o comprimido a encontrar seu caminho. Era tarde demais para cuspir seja lá o que fosse aquilo. Sua voz ficou lenta, rouca, arrastada. - Poderia me trazer muitos ganhos.

− O... O que você fez? - Hesitou ela. Sabia! Ninguém podia ser tão bondoso assim.

Seu rosto assumiu a velha expressão típica de brincadeira. Ele sorriu genuinamente. A tensão se esvaiu.

− Além de te dar um susto? - Indagou. - Provei que, além de lindo, poderia ser ator, também.

−Idiota. - Disse irritada.

−Vamos àngel, sinto que a noite está só começando.

***

Passem na minha One?


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Notas finais do capítulo

Alguém mais acha que a noite está só começando?????? Geente, deixem comentários? Por favooooor! Ahh, e sigam o exemplo da Montibeller e recomendem, ok? *-*
O último capítulo sai assim que conseguir uma boa quantidade de reviews! E, não é pq eu escrevi, mas o último capítulo tá muito, mas muito bacana! Vcs vão gostar -v-
Beeijos ;**
Isaa