Falcão Dú Mon escrita por Gjoo


Capítulo 10
Capítulo 10 A briga




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/477109/chapter/10

Henry estava voltando para casa cansado, e se lembrou que seu olho estava doendo, deveria estar mais roxo que o normal. Culpava mais o pai do que o Hugo por aquilo. Naquela manhã eles atiraram nele violentamente, e sem piedade o machucaram para de lembrar da lição. Teria de ir a Castrum Nubila, e isso significava encontrar Hugo. Não queria ver ele de jeito algum, se visse tentaria bater nele ou se vingar pelo olho. Estava fechando o portão e ouvindo os latidos de Artie.

— Olá irmão, vamos que estaremos... — deu um soco na cara de Hugo que vinha em sua direção, e depois pulou encima dele — Erlious!

Sentiu um choque pelo corpo, mas depois se levantou e começou a chutá-lo. Nesse instante ouviram o choro de Nana, o latir do Artie e a tia Lana gritando. Seu irmão lhe empurrava e lançava algum feitiço enquanto se defendia com seus braços e corria para a esquerda. Fechou seu punho e colocou chamas nos dedos. O fogo vermelho e amarelo era visível entre os dedos, e sua pele era incandescente como uma lâmpada. O fogo passou em frente de Hugo que fez sua mão apagar por um instante, enquanto na outra mão acendeu mais e mais, e uma expansão de combustão surgia diante dos seus olhos como nunca antes, mas Hugo a reprimiu com uma mão só. Segurou seu pulso e o chutou na barriga, Henry caiu com a dor e quando se sentiu fraco ouviu o vento, os latidos e o choro. Lhe pareceu que o tempo estava parando e sua surdez aumentando, fechou os olhos antes do golpe de Hugo e respirou o suficiente para manter o equilíbrio de sua mente por um segundo. E na fúria, ergueu o braço direito para trás e quando se levantava lançou-o contra seu irmão, e o vento fez o resto. A grama soltava, o irmão voava até bater de costas na saliência da janela, as janelas balançaram, o som ensurdecedor de um furacão predominou aquele momento.

Ofegava em pé com as mãos sobre os joelhos dobrados, enquanto sua tia descia furiosa e ao mesmo tempo permanecia com pasma com a briga dos dois.

— O que vocês pensam que estão fazendo? Vocês são idiotas? — Henry encarava Hugo e o outro fazia o mesmo, limpando o sangue da boca — Henry venha cá, já!

Ela foi na direção de Hugo e o ajudou a levantar-se, mas pareceu que suas costas doíam e um estalo foi audível na distância entre os dois. Nana ainda chorava e pareceu que o som aborrecia Lana mais ainda. Quando os dois estavam mais próximos ela pegou em seus braços e disse com os dentes cerrados:

— Vocês em hipótese alguma devem usar poderes aqui! Aqui não é Capsilypson ou qualquer mundo em que seja normal fazer isso. Em lugar algum devem fazer isso! Vocês - são - irmãos!

— Ele não é meu irmão — disse Hugo, olhando seu irmão nos olhos — ele não é nada meu — em seguida puxou seu braço para fora da mão de Lana e saiu, e antes que ela pudesse dizer algo Henry também saiu, furioso com o que aconteceu e decidiu não chegar perto de seu irmão. "Irmão não, ele não é nada também" pensou.

Entrou na casa e Artie pulava em Hugo, e depois pulou encima de Henry, lambendo sua mão e mordendo aos poucos seus dedos. Babava como nunca. Logo após de deixar o cachorro, foi para seu quarto e pegou a mochila que guardava o material pronto do colégio. Olhou para o relógio ao seu lado e eram uma e meia da tarde. "Hoje estará de noite" pensou. Não esperou Hugo e caminhou para a porta da casa, percebendo que os choros de Nana cessaram fazia algum tempo atrás.

Atravessou o jardim e abriu os portões para passar, e Artie choramingava nas grades enquanto fechava.

— Tchau, Artie! Não devore o sofá — esfregou sua mão no seu focinho e a retirou da grade.

Caminhou na calçada sem sinal de seu irmão. Esfregou seu braço que doía mais que o olho, e sua perna pareceu inchar, ou pelo menos teve a sensação de inchaço. Não eram casos graves. Quando lutara com seres maiores que ele teve de chamar a ambulância quando chegava em casa. Era costume sempre se ferir para ajudar os outros, mas desta vez ele não salvou ninguém. Sua família não poderia ser salva. Não conheceu ninguém que quisesse ser bom durante todos os anos que conviveu com os Falcões, e nenhum pareceu gostar de sua opção de salvar o mundo. "É uma vocação" pensou Henry, e em seguida se lembrou das palavras do pai: "você não é da família enquanto achar que seu futuro é contra nós, os Falcões não salvam, só destroem. Verá isso quando tiver a oportunidade". Cruéis eram para com ele, mais do que para com os outros. "Não posso ser o único". Não havia ninguém que conhecera em que a família seja maligna, ou totalmente maligna. Esse era o ponto estranho de sua vida, mas mesmo assim não poderia ser considerado uma pessoa normal, nem em sua família e nem na sociedade em que vive na Terra.

Estava indo para um lugar que se sentia normal. Seus feitos não eram tão grandiosos assim. Em Castrum Nubila havia muitos outras pessoas como Henry e ainda mais diferentes. Alguns que saiam do colégio se tornavam do mal, outros se tornavam pesquisadores e grandes mestres. Qual seria seu caminho?

Virou a esquina. A familiar rua vazia e sem fim entre dois prédios estava à sua frente. Vazia era antes, o número de mendigos aumentou desde a última vez que esteve ali. Caminhavam de uma lado a outro, sem olhá-lo, alguns bebiam no chão observando a parede manchado de tinta, outros ficavam revirando as caçambas verdes de lixo. O cheiro lá estava insuportável, mas não para os mendigos. Andou no meio deles e chegou no Muro. Olhou para trás e ficou indeciso se deveria abrir o portal na frente de muitos. Haviam alguns conscientes o suficiente para contar aos outros o que estava acontecendo. Tentou ignorá-los e disse:

— Xis O Capsilyson! — o Muro abria-se e uma rajada de luz com raios surgindo em todas as direções apareceu em sua frente. Espiou de lado para ver se os mendigos prestaram atenção no portal. De alguma forma, até mesmo os desacordados perceberam aquilo, e entrou rapidamente para o outro lado.

O ar estava fresco, a lua iluminava azul a cidade escurecida, Zelta exaltava seu arco luminoso de azul claro e branco. Desceu o barranco do outro Muro e chegou na calçada que não parecia tão amarelada à noite. Era tarde para buscar um ônibus e ainda mais para esperar, resolveu, então, ir de trem. Trens não eram lotados àquela hora e eram uma vantagem na noite, pois o horário do Trem Nubila começava um pouco antes das onze na Terra. Em Capsilypson normalmente a estação abria esses trens para as sete horas da noite em diante e fechavam às cinco da manhã. Para Castrum Nubila existiam três trens do colégio e cinco que passam por ele. A vantagem dos trens do colégio era a de entrar por ele para chegar nos lados do castelo. Esperar elevador era cansativo para Henry.

A estação era um pouco mais longe do que os terminais dos ônibus, caminhou até a mais próxima e viu o Trem Nubila dois ainda parado. Foi a bilheteria e pegou uma ficha pagando com dólar. O bilheteiro não o encarou bem, pois o dólar não era bem visto em outras dimensões. Em alguns locais de Capsilypson esse dinheiro valia nada.

Entrou no trem e olhou para trás ao atravessar a porta, não havia sinal de Hugo. "Ele não faltaria aula, só deve estar longe de mim". No trem tinha o homem das fichas que se sentava ao lado das portas. Entregou a ficha e atravessou o corredor de vidro que separava especificamente quem era carona e quem fazia uma viagem maior. Não estava cheio e sentou-se num banco por perto. Deu mais uma olhada e concluiu que Hugo não queria realmente vê-lo.

Procurou uma moeda no bolso e achou uma Railiona, moeda usada no norte de Capsilypson. Usou-a para a caixa de jornais ao seu lado e pegou um, e na primeira página e jornal quase escorregou da sua mão com o choque que recebeu naquele momento. "Não!".

A imagem não mostrava muito, além de não ser tão nítida, mas era óbvio que falava de um assassinato. Henry nunca acreditou por completo nas palavras de Oton. Galactus poderia ter desaparecido, mas nunca achava que seria morto. A foto na capa mostrava um homem enforcado com a cabeça semi decepada. Pessoas estavam ao seu redor, algumas chorando e outras erguendo as mãos. O local parecia uma prefeitura, larga e branca, com o morto pendurado na frente. A manchete era: Galactus, a grandeza caída. "O Louco!" pensou furioso, "O Louco... Maes, Grant!", percebeu o quão rápido precisou ser para chegar à Maes e a Grant. O trem ainda não tinha saído da estação e quando fechou as portas Henry já estava ansioso e nervoso demais. Suas mãos tremiam, tentou se acalmar respirando profundamente, olhou para a janela em que vultos passavam mais depressa e observou o jornal.

Havia ainda relatos de como pode ter aparecido o morto em frente dos monumentos, pendurado por uma corda no pescoço. Enquanto lia, Henry descobria que o pensamento do autor da notícia se distanciava de Louco e aproximava a Baknor, como uma suposta guerra entrando em Capsilypson. De qualquer forma a única esperança era Elisa.

O trem se locomovia tão rápido que a única coisa nítida eram as montanhas além do Muro, indo para trás com lentidão, enquanto as coisas mais próximas passavam despercebidas.

Em seguida o trem estava desacelerando e parou na penúltima estação antes do colégio. Entrou mais alunos do que na outra vez. Fecharam-se as portas e seguiram em frente. Tinha visto alguns conhecidos e pareciam que a maioria sabia da notícia. Uns o olharam e outros permaneciam inquietos diante do fato.

— Eu acho que não foi o Baknor quem matou ele — dizia uma garota.

— Então quem? — perguntou um garoto.

— O Louco, oras — respondeu um outro antes da garota ter falado algo.

— Pra mim foi o filho dele — disse a garota retomando o que queria ter dito, fazendo alguns se espantarem.

— Você... você acha mesmo? — falou um dos garotos, quase inaudível para Henry.

— Sim, não vê? Eles nunca se entendiam, e aparecem raramente juntos. Eu nunca os vi juntos! Papai achava que o filho dele era adotado, mas eu não tenho ideia sobre isso.

— Alguém já viu ele alguma vez? — perguntou um garoto se intrometendo na conversa. Havia tantos conversando o mesmo assunto que deveriam estar reunidos pra falarem o que pensavam, ao invés disso estavam espalhados pelo trem.

— Eu vi! Ano passado, mas vi — disse um dos garotos — ele tava diferente. Mais enjoado ou algo parecido.

— Enjoado?

— É, tipo verde e babava um pouco. Vi ele quando atravessava a esquina dos Ruz perto da loja de doces dos elfos... não sei pronunciar aquele nome, é esquisito. Ele tava brigando com o filho, a rua estava cheia de neve e o garoto parecia bravo. Mas quando ele foi embora não andou como gente normal, ele andava como um chimpanzé, ou coisa parecida. Não ouvi nada do que eles falaram porque estavam longe, e tive medo de eles terem me visto.

— Você é um medroso!

— Você seria se visse um dos maiores magos do mundo enfurecido, e aquele seu filho estranho.

O trem parou na última estação antes do colégio e entraram menos alunos do que antes, no mínimo uns quatro.

— Que idiotice! — disse um homem atrás de Henry — Essa foto nem é real! Não parece nada com ele!

— Acha mesmo que é falso? — disse um outro.

— Mas é claro! Galactus não tem a pele tão avermelhada assim.

— Eu acho que é por causa do sangue.

— Sangue... humpf — disse o homem sarcasticamente — se fosse realmente sangue ele teria morrido ali e alguém teria visto ou salvado...

— Salvaria se fosse Baknor? — perguntou um jovem.

— Poderia até ser o maior monstro do universo que qualquer um salvaria ele. Não acho que morreu, só desaparecido. Essas notícias são precipitadas.

— Mas acho que Baknor não entraria em Capsilypson só para matá-lo, poderia ter invadido a cidade inteira — disse o outro homem.

— Poderia, mas não fez — disse o jovem — acho que Baknor não é o perigo maior. Só acho que mídia enfatizou ele demais. Existem outros no universo, como o Razain, Evbor e Tortos. Além do Louco e até mesmo o Hugo.

Henry se espantou ao ouvir o nome de Hugo, estava virando para trás, mas se voltou para frente. "Ele não é nada". Nunca antes ficou tão bravo com ele. Sempre o ignorava, faziam-lhe mal, se enfurecia, mas nunca chegou a ficar tão irritado. Sempre soube que era um nada na família, mas quando seu irmão disse isso foi como se tornar aquilo mais verdadeiro do que era antes.

O trem estava andando por uma ponte em que se dirigia para duas direções. A ponte ficava sobre a água e só havia trilhos e madeira que a sustentava. No caminho havia uma bifurcação, um caminho para a frente e outra para a esquerda que contornava uma rocha gigante e oval atrapalhando o caminho reto dos trilhos. Mas o trilho do meio terminava na rocha.

O trem continuava a acelerar. Algumas pessoas olhavam da janela para ver a passagem. E acelerava mais ainda, e mais e mais. Estava tão rápido que um freio quebraria todos os ossos de Henry. A rocha ficou mais perto e quando o trem encostou na rocha todos viram seu interior passar como uma parede, e logo viam o interior de um túnel enorme e muito confuso. Era amarelado na cor da rocha, só tinha tijolos em entradas que estavam por todos os cantos, em forma de arco. Havia trilhos por toda parte: na parede, numa ponte, flutuando entre espaços vazios. Mas tudo isso virava vulto quando o trem estava rápido e caindo num trilho que descia na vertical para um canto menos luminoso. Trens passavam acelerados por toda parte e quase se chocavam. Para Henry uma montanha-russa nunca teria uma emoção maior do que aquele portal na rocha.

O trem virou bruscamente para a esquerda e girou numa entrada que levava para cima, ou pelo menos parecia que estavam indo para cima. Os maquinistas eram os únicos que não ficavam desnorteados naquele local. Chegavam a uma entrada especial de tijolos roxos com uma placa escrita: Castrum Nubila. Entraram por ela e em seguida estavam andando na horizontal, desacelerando e se dirigindo para os trilhos de uma estação pequena.

Henry viu os ônibus chegarem, os flutuantes, que eram do colégio. Henry não ia naqueles ônibus por causa dos terminais. Os flutuantes não paravam perto do Muro ou em qualquer lugar próximo de portais. Os alunos do turno da noite saíam dos transportes e se dirigiam para o castelo. Alguns aproveitavam para ver a extremidade de Castrum Nubila. Aquilo era perigoso mesmo com os feitiços de proteção. Não haviam barras ou algo que mantivesse os alunos afastados do colégio e do abismo do mundo.

Henry saiu do trem e continuou andando para o portão do colégio. Passou pelos gigantes de pedra e viu o campus do lado sul do castelo. Era mais cheio na manhã, à noite só tinha janelas amareladas pelas luzes acesas dentro de cada canto do castelo. As ruas eram iluminadas pela cor branca dos postes e via-se na distância as torres quebradiças.

Não tinha certeza se Maes ou Grant estudavam à noite também, havia turnos diferentes para cada aluno de situação diferente. O caso de Henry seria os turnos que adequavam ao horário da Terra. Já havia acostumado com a mudança do tempo quando saía da Terra à tarde e entrava em Capsilypson à noite. Algumas vezes era madrugada e outra manhã. Pressupôs que o discurso da diretora seria na manhã e caso seja verdade a morte de Galactus ela teria de dar a notícia à todos de um funeral. Henry iria, pois Galactus era um bom amigo. Mesmo que não tenha vivido muito com ele, Henry se sentia feliz quando ele aparecia.

Pegou o ônibus que estava mais próximo para levá-lo ao centro de Castrum Nubila. Aquilo não poderia ser chamado de castelo, era grande demais e tinha o tamanho suficiente para ser chamado de cidade. Pensou em Baknor no momento que entrou no transporte. Imaginou um homem de armadura negra e capacete retangular com altos chifres, vários chifres. No peitoral tinha algum símbolo e do elmo saía baforadas de vapor da sua risada maléfica. Depois pensou em Louco. "O jovem estava certo. O Louco é pior do que Baknor e outros juntos".

...

— Por que você apareceu lá? — perguntou Elisa.

— Vigiar — respondeu Dú Mon.

— Me vigiar para quê? Eu não faria nada de errado.

— Não era só você quem eu vigiava.

— Só? — ficou surpresa — Como assim "só"? Tem outros além de mim?

— Outros existem, mas não há outro Falcão.

Estavam conversando no sótão. O falcão olhava para o canto escuro, enquanto Elisa pensava. Estava mais iluminado, tinha colocado lanternas e uma lâmpada para iluminar o lugar, havendo somente escuridão nos cantos e atrás das caixas.

— Outros com poderes, você quis dizer — falou Elisa.

— Sim. Outros com poderes.

Estava pensando outra vez. "Estão se espalhando" pensou. Tinha visto na televisão do vizinho as notícias e parecia que pessoas com poderes estavam se revelando às pessoas. Alguns salvando e outros destruindo.

— Não estão se espalhando. Eles já existiam, só se manifestaram agora — disse Dú Mon.

— Está lendo meu pensamen...

— Não, só achei que fosse óbvio que estivesse pensando nisso. Aliás, eu também vi as notícias, mas não são tão importantes como pensa.

— Essas pessoas podem me ajudar — tinha esperança de que poderia obter ajuda para resolver sua missão.

— Terá ajuda, é por isso que eu não só vigiava você.

— Quem então?

— Não falarei até que essa pessoa fale por ela.

"Alguém da escola. Mas quem?". Poderia ser o doutor na enfermaria, ou algum conhecido. Irma, talvez. Ou Shanna ou Bernardo. Até mesmo Henry.

— Não se preocupe com quem, e sim quando! Terá de ser rápido. O Louco não vai esperar depois do seu primeiro golpe.

— Daquele homem que morreu na Polônia? — perguntou Elisa. Viu nas notícias os acontecimentos da semana, um homem tinha sido morto na frente de uma casa velha e vazia.

— Sim, mas temo que o outro ataque já tenha acontecido.

— Eu morreria? — perguntou, mas não para o falcão — Valeria a pena se eu morresse?

— Você vai morrer se for treinada. A decisão foi sua e me disse que aceitou.

— Nunca disse isso!

— Pensei que tivesse aceitado na primeira proposta — o falcão voltou a olhá-la.

Não adiantava iluminar todo o sótão, o falcão queria um jeito de sair nas sombras e seus olhos escuros a assustava. Pareciam que liam pensamentos, os mais profundos. Tentou olhar diretamente nos olhos dele, não pôde mentir.

— Eu aceitei depois que você saiu. Não quero ser... quer dizer, quero ser diferente, mas nos sentido de fazer alguma coisa que não me assemelha à minha família.

— Eles vão ser importante agora — disse Dú Mon, sempre parecendo misterioso.

— Como assim?

— Verá, mas não tema por nada do que acontecer. Você tem que ser forte.

— Serei! — e assim nada a faria voltar para trás.

...

"Para onde estamos indo, papai?", "Para o mundo". Essas lembranças lhe rodearam na cabeça quando viu a ponte na sua frente.

A espada, afiada como sempre, estava na bainha. Nada poderia afastá-lo dos objetivos. Sabia que estava no país certo, mas não sabia aonde morava ele. Não se importava com quem entrasse em seu caminho, iria matá-lo.

— Zulu, espere! — disse Ambror.

— Não, Ambror. Hoje só ando para frente! — disse Zulu em africâner. "A vingança está mais próxima".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Falcão Dú Mon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.