Falcão Dú Mon escrita por Gjoo


Capítulo 1
Capítulo 1 Falcão Dú Mon




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A taça estava acesa, havia fogo saindo de seu interior, mas desta vez estava um fogo com cor, meio amarelado e rosado e, de vez em quando, meio verde e azul. Nunca era a cor do fogo normal, e é estranho que desta vez não esteja cinzenta como na maioria das vezes é. Antigamente o fogo era cinza como a Taça sem alças, parecia mais um cálice, e no fogo se via projeções de pessoas fazendo coisas. Não havia sentido algum as coisas que aconteciam ali dentro. E não se via cor alguma lá, eram simples brasas saindo da Taça e ali se viam sombras e não imagens exatamente. Ao fundo eram formas que os olhos enxergam, como uma pareidolia, e se moviam nas suas atividades de sempre... andando, sentando, conversando... e assim se via o que a Taça mostrava.

Naquele momento em que o fogo colorido apareceu como uma aurora boreal, apareceram duas pessoas se olhando, um garoto e uma garota, e a imagem mudou para um homem morto numa tumba. Quando os anos se passaram essa tumba se abriu e algo claro saiu dela, uma ave, grande e bonita, branca como as nuvens salpicada de borrões cinzas e negros. Voou e se encontrou com o teto de um local baixo e longo, como uma tumba maior retangular em que cabia a pessoa mais alta do mundo. Era surpreendente como a ave ultrapassou as paredes como se fosse névoa e chegou ao outro lado onde havia o sol resplandecente e areia até onde o horizonte alcançava para se misturar no azul do céu. Ao lado do lugar em que ficavam as tumbas dois homens apontaram para o falcão, vislumbrados pelo beleza e aterrorizados pelo espírito.

A imagem na taça mudou para dois bebês, não muito nítidos, que choravam e flamejavam com as brasas. Na testa dos bebês um brilho veio forte.

...

Henry estava pronto para seu primeiro dia de aula. Sua mãe não queria levá-lo pra lá e seu pai muito menos se importava com que ele fazia. Seu irmão o olhava estranhamente, não gostava de ir à "escolas normais" como dizia, então ia para Capsilypson na tarde e depois para a estação de Ravina Cheia pegar o trem para sua escola. Sua mãe não gostava da ideia de seus filhos estudarem magia e feitiçaria e muito menos do filho mais novo estudar numa escola da Terra. Parecia que o planeta não tinha "nível" suficiente para ensinar pessoas com alta capacidade de desenvolver qualquer problema de lógica, física e matemática sem estudar em algum estabelecimento de ensino.

Mas Henry quis e para seus pais ele foi sem merecer, mas podia dá-los o orgulho de mostrar o que a família Falcão era capaz de fazer, mesmo que não seja algo que assustasse as pessoas ou as faziam sentir dor. Ele era visto como a ovelha negra da família, o que deveria ser o contrário, pois era uma família malévola, sempre causando mal às pessoas e criando distúrbios na sociedade. Feiticeiros ou normais os Falcões eram uma família nobre na arte da maldade e perpetuou assim até o momento em que o filho mais novo de Ella e Michael quis ser diferente. Desde pequeno querendo ser uma pessoa boa que ajudava aos outros.

O ônibus havia chegado, já que seu pai não queria levá-lo e nem sua mãe, pegou as chaves, o dinheiro e a mochila indo direto para a porta, dando adeus à seus pais e seu irmão. Os outros ele não sabia onde estavam, mas da casa ninguém havia saído, então disse um tchau bem alto para a casa toda escutar, assustando o cachorro que pulou encima dele. O cachorro fazia parte da família e nem assim era tão mal, pensou Henry, só rosnava para todo mundo que parecia bom, mas nem mordia eles. Se levantou do chão se limpando e esfregou a orelha de Art rapidamente e correu para o ônibus.


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