Arthur - 2° Temporada escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 16
Um confronto inevitável


Notas iniciais do capítulo

Fala ai meu povo o/
Mais um capítulo de "Arthur" aqui pra vocês espero que gostem ^^
Sem mais delongas, boa leitura!



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Desta vez não iremos viajar no tempo. Vamos direto ao campo de treinamento onde Túlius e Guilherme lutam em um combate corpo a corpo. Guilherme está caído no chão e seu professor aponta sua espada bem em sua garganta o impossibilitando de se mover. A espada do jovem fora jogada bem longe de suas mãos momentos antes, tal espada que fora dada a ele antes da luta por Túlius, já que a última que tivera havia quebrado na luta contra o dragão na floresta.

– Você e sua espada precisam estar mais conectados! – disse Túlius enquanto guardava sua espada.

– Isso não é tão fácil quanto parece – disse Guilherme que se levantava dando alguns gemidos de dor.

Guilherme foi até sua espada e a empunhou novamente pronto para recomeçar a luta, mas seu professor recusou continuar. Para ele, aquele treinamento não daria certo se ele não tivesse um oponente mais a sua altura, e para isso chamou um de seus alunos, o qual era muito conhecido para ambos.

– Tarso? O que ele está fazendo aqui? – disse Guilherme impressionado.

Tarso se aproximou lentamente de Túlius com os olhos fixos em seu rival.

– Qual o problema Guilherme? – disse Tarso rindo – Ainda está com medo de mim?

Guilherme ainda segurava sua espada, porém agora a direção para qual ela apontava era outra. Tarso era um garoto capaz de qualquer coisa para evitar a derrota, logo, esta luta seria muito mais complicada do que quando lutava contra seu professor, mesmo ele dizendo que seria mais fácil.

– Eu preciso treinar os dois, – disse Túlius – pois ambos possuem habilidades bem especiais. Achei que seria interessante treinar os dois ao mesmo tempo.

– Eu acho que Tarso achou essa ideia mais interessante do que eu – disse Guilherme.

Túlius riu e se afastou dos dois. Desta vez ele seria apenas o juiz da luta, responsável por interromper a mesma quando alguém estivesse impossibilitado de lutar ou caso fosse necessário. Assim que tomou distância deu o sinal para começarem a batalha.

Tarso fez o primeiro movimento e saiu correndo a uma velocidade incrível em direção ao seu oponente. Vale lembrar que ele não se utilizava de espadas, o que retirava um grande peso para carregar. Guilherme segurou sua espada mais firme e também saiu correndo em direção a Tarso, embora tenha feito o movimento atrasado e assim que chegaram perto um do outro suficiente para um ataque, Tarso havia desaparecido misteriosamente. Guilherme subitamente parou de correr e se concentrou apenas em observar seus arredores, apesar de não ser o suficiente quando Tarso apareceu novamente bem ao seu lado e o golpeou com seu punho bem em seu rosto, o que o jogou bem longe até colidir com a parede da arena. Tarso olhava para seu oponente gemendo de dor novamente enquanto o mesmo tentava se levantar, embora com dificuldade.

– Desde que saímos daquela floresta eu tenho treinado muito, garoto! – disse Tarso – Enquanto isso você apenas se divertia em festinhas, não é mesmo! – Tarso levantou um de seus punhos que parecia começar a brilhar – Isso só prova que eu consegui superá-lo.

Guilherme foi tomado pela raiva causada pela provocação de seu rival e novamente levantando sua espada correu em direção a Tarso, agora um pouco mais sério. Túlius observava o comportamento de cada um e achava muito interessante tudo o que via. Quando novamente ficaram próximos, Tarso gritou para que seu espírito de manifestasse, o que assustou Guilherme, mas não o impediu de continuar em frente.

Tarso desapareceu novamente e reapareceu nas costas do jovem cavaleiro, tornando possível desferir um golpe contra suas costas e novamente o jogando para o canto da arena. Túlius ficou impressionado por ver um de seus alunos ter igualado sua própria técnica de velocidade tão rapidamente, pois ele mesmo havia demorado muito tempo para domina-la completamente.

Guilherme se levantara agora com muito esforço, sua visão estava muito debilitada e seus músculos pareciam se mover com mais dificuldade. Teria de depositar toda sua força restante em um único golpe, o qual decidiria quem sairia vencedor nesta batalha. Mantendo esta decisão em sua cabeça, Guilherme manifestou seu espírito inconscientemente de suas ações, no entanto, esta vez parecia ser diferente da anterior que o fizera, pois agora Guilherme se mantinha totalmente sob controle e não parecia ter dificuldades em dominar seu espírito. Apesar de suas habilidades terem aumentado de forma significativa, elas não pareciam ter aumentado tanto quanto quando havia ocorrido o mesmo na Floresta do Espinhaço.

Apenas uma coisa não havia mudado. Seu espírito rondava todo seu corpo, mas o mesmo não ocorria com sua espada, novamente como se ela e seu espírito não fossem compatíveis entre si. Mesmo assim, Guilherme partiu para atacar Tarso e sua velocidade já era diferente de quando haviam começado aquela luta.

– Isso! Venha, Guilherme! Vamos ver quão forte é seu espírito – disse Tarso olhando diabolicamente para seu oponente.

Guilherme chegou ao seu destino e com um grito muito alto fez com que a lâmina fria de sua espada se encontrasse com o couro das luvas de Tarso, e assim que se colidiram a espada de nosso cavaleiro novamente se quebrava em vários fragmentos.

– Parem a luta! – gritou Túlius – Tarso venceu! Guilherme, você não pode continuar sem uma espada.

Então os espíritos de ambos os lutadores desapareceram com o sinal de que a batalha realmente havia terminado. Guilherme olhava assustado para o cabo de sua espada, o qual era o único pedaço que havia sobrado em suas mãos.

– Fraco como sempre, garoto! – disse Tarso que se retirava do campo de batalha, deixando Túlius e Guilherme sozinhos.

O professor encarava Guilherme atentamente, enquanto o mesmo estava frustrado por ver sua espada novamente naquele estado.

– A partir de agora eu não posso te ajudar Guilherme. – disse Túlius – A única coisa que posso dizer a você agora é que se você mantém um objetivo em sua mente, você é capaz de manifestar seu espírito. No entanto, você precisa fazer o mesmo acontecer com sua espada.

– E como eu farei isso? – perguntou Guilherme ainda nervoso.

– Como acabei de falar, eu não posso ajudá-lo com isso. Treine o máximo que puder hoje, pois amanhã cedo você e Tarso irão lutar novamente.

E dizendo isso deixou seu aluno sozinho.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Algum erro ortográfico ou algo que não fez sentido neste capítulo?
Qualquer duvida, critica ou sugestão deixe seu comentário pois ajuda muito no decorrer da história ^^
Não esqueça de mostrar essa história para outras pessoas que gostam do gênero e até mais o/