We'll be Friends Forever escrita por Só Mais um Sonho


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vai você?
Um beijo para os leitores fantasmas que eu amo '3'
Leiam as notas finais e bom capítulo!
P.S: Os pais tem o mesmo sobrenome!



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Eu tive uma péssima noite, não dormi direito e tive um pesadelo, no meu sonho eu estava no meio de um circulo e envolta tinha pessoas me dizendo coisas ruins, eu não lembro exatamente o que era, mas era sobre meus pais, eu comecei a chorar e as pessoas a minha volta a gargalhar como se estivessem se deliciando com a minha dor. Eu sei que esse sonho não faz muito sentido, mas ele me faz pensar que algo de nada bom vai acontecer hoje. Mas espero que nada aconteça.

–Marina? Já acordou?- Era a Laíza, ela deu dois toques na porta.

–Já! Você já tomou banho?

–Sim. Pode ir agora- Eu peguei uma toalha e uma roupa simples, calça jeans azul clara e uma blusa preta que deixa os ombros a mostra e que tem estampando uma frase bem linda “Fuck You!” e me dirigi ao banheiro com passos de tartaruga, numa animação evidente. Cheguei lá, tomei um banho rápido, peguei minha mochila e fui pra sala.

–Você vai hoje?- Ela perguntou visivelmente preocupada, também, fiz a maior cena ontem. Devo ter deixado ela mais preocupada do que ela realmente devia estar.

–Pra que ficar adiando a sessão de perguntas? É mais fácil eu ir hoje e mandar ele ir pra merda do que esperar até semana que vem pra fazer isso, afinal hoje é sexta.

–Então você não vai falar?

–Não. Talvez um dia eu fale, mas hoje não.

–Ok, entendi! Então vamos- assenti positivamente e fomos.

Graças ao bom Deus não encontramos o Castiel no caminho, mas assim que cheguei ao pátio um objeto ruivo foi se aproximando e por ironia do destino, nesse momento o Nath chamou a Laíza e ela foi me deixando lá com o Tomate me encarando.

–O que aconteceu? Por que saiu daquele jeito?- Ele estava com um olhar de preocupação misturado com raiva

–Não te interessa- Murmurei bem baixo, mas ele ouviu.

–Como não me interessa? Você me deixou com cara de trouxa na porta!

–Não precisa de muito esforço para isso, não é?- Dei um sorriso irônico

–Estou falando serio! Me responda logo!

–Vá à merda!

–O que?

–VÁ À MERDA OTARIO! NÃO É DA SUA CONTA!- Eu berrei e nesse momento todos no pátio olharam para a gente e começaram a cochichar coisas que eu não prestava atenção, senti os meus olhos marejarem e segurei as lagrimas o máximo que pude. Eu estava pronta para correr até o jardim, mas a Laíza apareceu e segurou meu ombro.

–Ei Marina, eu disse pra você fi- Eu a interrompi.

–Me deixa!- Disse isso e em um movimento tirei sua mão do meu ombro e fui até o jardim, eu estava com a cabeça abaixada, mas mesmo assim sentia os olhares das pessoas a minha volta, inclusive Laíza e Castiel, cheguei lá, me sentei no banco e comecei a pensar na vida, fazia tempo que eu não me desconectava do mundo desse jeito para pensar. Minha história não é aquela que você fica chocado e com uma pena absurda da pessoa, mas é triste mesmo assim, ainda mais para mim que passei por isso na pele e pra mim ainda é difícil falar nesse assunto, mas lá vou eu.

Quando eu tinha só três meses de vida, meus pais foram mortos em um assalto e eu fui mandada para um orfanato, ou seja, eu nem imagino como são meus pais, nunca os vi nem por fotos, as pessoas que passavam às vezes gritavam que éramos rejeitados ou qualquer coisa que nos ofendessem de qualquer forma, quando eu tinha três anos a Laíza chegou ao orfanato e nós nos tornamos muito amigas, com dez eu comecei a retrucar as pessoas que passavam e eu já até peguei um na porrada. A Laíza sempre me segurou, mas nesse dia ela assistiu com gosto. Com treze anos eu e a Laíza investigamos um pouco sobre os nossos pais e eu descobri que o cara que matou eles estava preso, descobrir isso foi ligeiramente fácil, foi só ir até a delegacia dar o nome do meu pai e da minha mãe e dizer que eu era filha deles. Meu pai se chamava Caio e minha mãe Marian Redfield, sim, meu sobrenome é Redfield, Marina Redfield. Eu arrastei a Laíza pro colégio militar com quinze anos e nós ficamos lá por dois anos, assim que saímos de lá viemos pra cá.

Aí você pensa “carai vei, só isso?” Experimenta passar dezessete anos da sua vida sem ter nem ideia de como são seus pais e morar quinze em um orfanato, só experimenta, ter seus pais assassinados, ser zuada por morar em um orfanato, duvido que você aguente.

Às vezes me pego imaginando meus pais, será que meu pai tinha cabelos pretos como os meus? E será que minha mãe tinha personalidade parecida com a minha? Será que eram bonitos? Feios? Gordos? Magros? Sei lá! Quando eu penso sobre meus pais acabo pensando em como eles morreram e isso me dá vontade de chorar. Senti uma lagrima intrusa percorrer a minha bochecha, ainda de olhos fechados levantei lentamente minha mão para retirar a lagrima, mas parei no meio do caminho quando senti uma mão desconhecida fazer isso por mim, abri os olhos na mesma hora assustada e me assustei mais ainda com a figura que vi. Com cabelos vermelhos e uma cara meio preocupada, o ser que estava na minha frente era o

–Castiel?

–Não- Ele fez uma pequena pausa- Lysandre, não tá vendo?- Um sorriso irônico preencheu seu rosto- Caiu uma poeira no seu olho? Porque tinha um negoço transparente escorrendo dele- Ele fez no rosto dele o caminho da lagrima com o dedo

–Tá calor aqui sabe? Meu olho também tá suando.

MARINA P.O.V’s OFF

LAÍZA P.O.V’s ON

–Tá calor aqui sabe? Meu olho também tá suando.

–Atá... Sei

Castiel e Marina estavam conversando, mesmo com a briga alguns dias atrás eu acho que eles estão virando muito amigos e isso é bom... Eu acho.

–Você não vai falar não é?- Castiel perguntou enquanto se sentava ao lado da Marina e olhava pra cima

–Não- A Marina respondeu indiferente, eu me virei pra sair afinal não é legal escutar a conversa dos outros e dei cara com o Nath.

–O que aconteceu?

–É uma longa história. Acho melhor sair daqui se não a Marina vai se irritar

–Ok- Ele pegou a minha mão e me levou pra dentro do colégio, no meio do caminho ele parou em frente a uma garota loira, que parecia usar um saco de batata como blusa.

–Quem é essa aí, Nathaniel?- Ela apontou pra mim com uma cara de desgosto

“Mais uma não!”- Pensei, já bastava a Melody e agora tem essa também.

–Você quer que eu informe o papai sobre sua namorada?

–NÃO!- Ele limpou a garganta- Ambre, ela é só minha amiga- Ele desviou o olhar.

–Se não bastasse o Cast estar namorando com aquela garota tosca, acho que chama Marina- Quando ela disse isso não aguentei e comecei a rir.

–Qual a graça garota?

–Quem te disse isso?- Eu perguntei já recuperada dos risos

–Ela e o Cast, por que?

–Nada não.

–Tchau Ambre- Nathaniel falou e voltou a me puxar (ele não tinha soltado a minha mão), paramos quando chegamos à escadaria, ele se sentou em um degrau e apontou pro seu lado- Senta, vamos conversar.

–Ok- Sorri e me sentei do seu lado- Isso é irônico, Marina e Castiel.

–Pois é, bem irônico mesmo. É mentira, não é?- Assenti positivamente

–Deviam estar zuando com ela

–É verdade e desculpe pela a Ambre, ela é minha irmã.

–Irmã? Serio?

–É. Meu pai é muito duro comigo e com ela é um amor, por isso ela é daquele jeito. Meu pai acha que se eu começar a namorar vai prejudicar meus estudos, então naquela hora ela estava me ameaçando.

–Melhor ter pais duros a não ter- Murmurei baixo acreditando que ele não iria escutar, mas não deu muito certo

–O que quer dizer?- Eu resolvi contar pra ele, porque precisava falar com alguém que não fosse Marina, ainda mais porque ela não se da muito bem com esse assunto.

–Eu não tenho pais duros

–Sorte sua

–Na realidade- Comecei e ele me olhou um pouco confuso, eu suspirei e continuei- Eu não tenho pais- Nath arregalou os olhos e me olhou surpreso.

–Desculpe, não sabia.

–Não tem problema... Posso contar pra você? Preciso falar com alguém que não seja Marina

–Claro- Ele deu um sorriso gentil- Sou todo ouvidos

–Bom...


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Notas finais do capítulo

Eaí, gostaram?
Os gamers de plantão sacaram o sobrenome aí. Para os que não conhecem (Seus sem cultura! Vão assistir Tio Zangs! ~brinks~ mas vão assistir Tio Zangs, porque é bão) é Chris Redfield, Resident Evil.
Meus livros do Percy Jackson chegaram, então vou passar um tempo aumentando minha cultura, mas vou tentar postar todo final de semana, repito, TENTAR.
Já não estou mais revoltada porque um comentário me salvou das trevas escuras e sombrias da depressão. BRIGADO Mary AD, sua linda! E brigado também a Virna-senpai e a Unicorn Killer (Vulgo amiga) que estão sempre comentando e fazendo meu dia feliz!
BRIGADU!