6 meses e meio antes...

–Anda Gil! Eu quero conseguir comprar tudo ainda hoje!

–Tudo! Tipo tudinho? Sem pausa? Meu lanche? Vamos lá Catherine você não pode fazer isso com o seu gordinho sexy.

–Eu faço o que eu quiser com o meu gordinho sexy! Afinal o gordinho sexy é meu e de mais ninguém, então sem opinar Gilbert!

Eu faço uma cara de desgosto que pelo que eu percebi Catherine achou engraçada pois começou a gargalhar...

–Vamos nessa meu gordinho que quando nós chegarmos em casa eu te recompenso!

–Bom com uma motivação dessas você não pode culpar um homem de se entusiasmar.

Eu sorrio para ela e agarro sua mão novamente e assim começamos a andar de loja em loja, escolhemos roupas de cores neutras, branca, amarela, verde e claro que assim como ela caiu na tentação e comprou um vestidinho rosa eu comprei um conjuntinho azul... Eu não queria admitir, mas estava me divertindo muito comprando as coisas para o bebê, tinta para o quarto cor creme, o berço branco pois nós iriamos o pintar e decorar ao nosso gosto, assim como a comoda que havíamos comprado, também compramos lenções, colchão, fronhas, uma cadeira de balanço que Catherine havia insistido pois de acordo com ela era muito mais comoda para quando ela fosse amamentar... Também buscamos alguns adesivos para colarmos no quarto, alguns de flores, ursinhos e fadas, mas claro não esquecemos de uma centena de ursinhos de pelúcia e muitos travesseiros e almofadas tudo para que não faltasse comodidade ao nosso bebê...

Aquela pequena prova de nosso amor que eu prometi proteger com a minha vida assim como a mulher que o carregava e claro que eu amava... Quando tínhamos comprado tudo que achamos pela frente eu estava esgotado, mas graças a deus iriam entregar tudo lá em casa amanhã me polpando do trabalho de ter de ir e voltar várias vezes com as coisas...

Como Catherine estava cansada e com fome nós paramos numa praça de alimentação e pedimos duas porções de batata frita, as duas para Catherine assim como um hot dog e um suco enquanto eu só pedi um refrigerante e um pastel. Quando chegou nosso ''pequeno'' lanche comemos harmoniosamente, nós riamos de tudo e todos a nossa volta, conversávamos sobre coisas banais e nos beijávamos com ternura, meia hora depois ela finalmente acabou de comer e eu paguei, logo fomos andando em direção a nossa casa que ficava a uns quinze minutos de lá, estávamos calmos e serenos quando uma voz irritante veio em nossa direção...

–Grissom!

Eu ouvi aquela voz e tentei ignorar e seguir em frente, mas já era tarde, Catherine já havia se virado e olhava Sara de uma forma confusa... Então eu me virei vagarosamente rezando para que ela tivesse sumido e aquilo não fosse mais que uma alucinação, mas todas minhas preces foram em vão, Sara vinha em nossa direção com um sorriso no rosto.

–Sara!- Eu respondi sem vontade nenhuma. Ela praticamente se jogou para cima de mim me dando um abraço e depois me soltou.

–Hey! Tudo bem Grissom? Como você está?

–Bom eu estou ótimo, muito obrigado por perguntar.

De repente eu percebi que ela olhava para Catherine de uma forma interrogativa porém sem tirar aquele sorriso do rosto.

–Quem é você?

Olhei para Catherine e percebi que coisa boa dali não iria sair...

–Eu sei quem eu sou a pergunta aqui é que é você?

–Bom me desculpe minha falta de educação! Sou Sara Sidle, uma velha amiga do Grissom.

–Sou Catherine Grissom, a esposa dele.- Ela respondeu sarcasticamente para a menina que borrou o sorriso do rosto e a olhou aterrorizada.

–Eu não sabia que o Grissom havia se casado.

–E eu não sabia que ele tinha velhas amigas que o atacavam na rua.

–Cath meu bem, você se lembra daquela viajem para São Francisco que nós fizemos pois eu iria dar palestras nas Universidades de lá?

Eu olhei para Catherine que estava pensando, eu tinha certeza que ela se lembrava pois aquela viagem foi o que atrapalhou nossa lua-de-mel mas na pequena estadia que estivemos lá aproveitamos para ficar quase o dia todo trancados no quarto do hotel fazendo amor. Ela abriu um sorriso maravilhoso e ao mesmo tempo malicioso e respondeu.

–E como eu poderia esquecer Gil?

–Bom Sara era uma das alunas de lá, foi lá que eu a conheci meu amor.

–Isso mesmo!- Sara falou para nós querendo que voltássemos novamente nossa atenção para ela.

–Bom Sara foi muito bom te conhecer mas eu e meu marido vamos para casa fazer o mesmo que fizemos em São Francisco.- Catherine piscou para Sara e se aproximou dela.- Vamos fazer amor apaixonadamente e pirralha você nunca vai saber o quanto ele é bom na cama.- Então ela começou a andar novamente em direção a nossa casa.

Eu fiquei pasmo com a sua resposta então só a segui, lá estava minha esposa com um sorriso triunfador nos lábios e um olhar que mataria que cruzasse o seu caminho...