Ströme der Seele escrita por Buch


Capítulo 15
Zeit - Uma grande...família?


Notas iniciais do capítulo

Ae pessoal mais um capítulo do Zeit pra vocês!

Boa leitura!



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?????? - 15 anos atrás -

A garota tentou ao máximo permanecer oculta enquanto seguia os três garotos. Assim como foi ensinada, deveria permanecer nas sombras para colher o máximo de informações possíveis e só então planejar como deveria agir. Apesar da experiência, não pôde permanecer muito tempo às escondidas.

–Por que você não sai do seu esconderijo e vem falar com a gente? – disse o menino mais novo num tom alto o suficiente para que ela pudesse escutá-lo.

A garota foi pega de surpresa. Como ele percebeu sua presença? Será que havia visto ela desde o começo ou será que ela cometera algum erro ao esconder sua presença? De qualquer forma já havia sido descoberta, não tinha mais necessidade de permanecer escondida. A garota então se revelou aos garotos a sua frente.

– Então é você de novo. – disse o garoto em tom de surpresa.

Então era isso, ela havia cometido algum erro em sua ocultação, pois se ele tivesse visto ela desde o começo não se mostraria surpreso ao revê-la.

– Você a conhece? – perguntou Franklin.

– Sim. O Shalnark a encontrou perto dos depósitos de produtos químicos. Ela não é daqui, parece que vem ocasionalmente. – concluiu o garoto mais novo.

– É apenas uma garotinha. O que devemos fazer? – perguntou Franklin.

– Escuta – dirigiu sua atenção a garotinha – Você gostaria de vir com a gente? – perguntou o mais novo.

A garota pareceu refletir sobre a proposta. Se aceitasse poderia se colocar em perigo, afinal não conhecia a habilidade daquelas pessoas. Por outro lado, estava curiosa para entendê-los melhor. Enquanto pensava, Franklin falou:

– Será que é seguro? Afinal ela é de fora. – perguntou ao garoto mais novo.

– Não se preocupe, ela não nos fará mal. – respondeu ao amigo.

Como ele pode concluir que ela não faria mal aos dois? Será que era devido a sua tenra idade, ou quem sabe por causa de sua aparência frágil? Não, não era por isso. Algo dentro da garota dizia que ele possuía outro motivo para não temê-la. Mas qual seria?

– Venha. Você não precisa nos dizer nada. Pode apenas nos seguir se quiser – disse o menino mais novo.

A garota então passou a segui-los, só que dessa vez sem a necessidade de se esconder. Decidiu por precaução manter certa distancia. Durante o percurso, pode analisar um pouco mais aquelas pessoas. Eles conversavam calmamente, aparentemente alheios a qualquer coisa a seu redor. Mas aquela condição era apenas aparente. Ela sabia que ambos estavam atentos a todas as movimentações ao redor. Talvez pelo fato de estarem em uma região tão perigosa, as pessoas daqui desenvolviam, por instinto, uma grande habilidade de observação.

Pouco mais de uma hora de caminhada, chegaram a um pequeno barraco já próximo ao local aonde a garota chegara na primeira vez, perto do depósito de produtos químicos. Assim que chegaram, um outro garoto, tão grande quanto Franklin, talvez ainda maior, estava sentado na entrada do local.

– Ahn? Outro? Vocês são o que? Bons samaritanos? - perguntou o menino com cara de deboche.

– Ele estava sendo espancado por aquele porco da zona 7. – justificou o menino mais novo.

– E quanto a bonequinha ali? – disse apontando em direção a garota.

– Ah. De acordo com Kuroro ela é amiguinha do Shalnark. – disse Franklin enquanto retirava o garoto, agora inconsciente, de suas costas.

– Amiga é? Achei que aquele moleque chorão não passasse de um covarde. Mas vejam só, arranjou até uma namorada! Acho que vou ter que cumprimentá-lo dessa vez. – disse sorrindo amplamente.

O garoto então se levantou. Realmente ele era grande, mas diferentemente de Franklin, seu corpo parecia treinado para o combate direto, pois seus músculos eram bem definidos. O cabelo tinha uma coloração castanho claro. Na verdade, parecia mais um encardido do que sua cor natural. Vestia-se com roupas precárias. Talvez tivesse como objetivo intimidar os outros exibindo seus poderosos músculos. Deveria ter entre 13 ou 14 anos.

Começou a se aproximar da garotinha, que agora, parecia uma mera formiga se comparado ao gigantesco “neandertal”. Instintivamente a garota assumiu uma posição defensiva.

– Olha só, a garotinha quer lutar! – disse o garoto as gargalhadas.

A expressão dela permaneceu impassível. O garoto se aproximava cada vez mais, até ficar a mais ou menos um metro da garota. Agachou-se para ficar mais próximo de sua altura.

– Você é bem bonitinha! Quando crescer se tornará uma linda mulher. O moleque acertou em cheio. – disse enquanto aproximava a mão em direção a sua cabeça.

A garota já estava pronta para revidar quando o garoto interrompeu a trajetória de sua mão após ouvir um estrondo vindo da direção de dentro do barraco.

– Mas o que será que aconteceu dessa vez? – perguntou Kuroro enquanto abria a porta do abrigo.

De dentro do abrigo Shalnark saiu em disparada para fora assim que a porta foi aberta. Ele ria amplamente, enquanto um menina de cabelos violetas o xingava e arremessava objetos em sua direção. O menino conseguiu evitar todos os objetos, mas parou sua corrida quando avistou os amigos que acabaram de chegar.

– Vocês voltaram! – exclamou o garotinho com um sorriso contente

Ele ainda não havia visto a garotinha devido ao corpo grande de seu amigo que a encobria totalmente.

– Ei Shalnark. Sua namoradinha veio te visitar. – Disse o garoto corpulento movendo-se um pouco para o lado para revelar a garota a seu amigo.

– Ahn? O que está dizendo Ubo? – Shalnark pareceu confuso com a afirmação do amigo, até que notou a presença da garota – Nossa é você! – disse alegremente enquanto se aproximava dos dois.

A menina que até o momento apenas observava a cena passou a olhar para Shalnark. Ela o reconheceu, assim como o garoto de cabelos escuros, do qual eles chamavam de Kuroro. Ela pode notar que o garotinho ainda carregava o mesmo artefato que o viu carregar no primeiro dia.

– Você não é tão bobo quanto eu imaginava, hein Shalnark? – Dizia Ubo enquanto se levantava.

– Deixa disso Ubo – disse Franklin calmamente – os dois são apenas crianças, não possuem nenhuma malícia! – concluiu ele.

– Tsc. Não diga bobagem, antes de ser criança, Shalnark é homem, e isso é natural de todo homem! – justificava sua posição ao amigo.

– Você nunca muda não é? Sempre foi e sempre será um ogro – disse a menina de cabelos violetas enquanto se aproximava de Ubo e as duas crianças.

Assim que chegou perto deles, deu um belo soco na cabeça de Shalnark.

– Ai! Doeu Machi – disse o menino choramingando.

– Isso é pra você aprender a não me atrapalhar enquanto eu estiver mexendo com uma agulha! – disse a garota com cara zangada

– Ta bom, desculpa – respondeu o garoto enquanto segurava o choro

– É bom mesmo! – disse olhando severamente para ele – Mas afinal, quem é essa garota? E o menino moribundo ali no chão? - perguntou enquanto apontava para as duas pessoas que ela não pôde identificar.

– Vamos entrar, lá dentro nós explicaremos tudo. – dessa vez foi Kuroro que se pronunciou – O garoto precisa de cuidados médicos.

Dizendo isso todos passaram a andar em direção ao barraco, exceto a garota e Shalnark.

– Venha – disse docemente o menino enquanto esticava a mão livre para a garotinha.

Ela hesitou. Continuava encarando o garoto sem entender seu gesto. O que ele esperava afinal?

– Venha – repetiu novamente, mas dessa vez, dirigiu sua mão até a da garota e a agarrou.

A menina não teve tempo nem de se surpreender. Já estava sendo arrastada para dentro do barraco com todos os outros.


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Notas finais do capítulo

Comentem ai ;)

Por favor me avisem se acharem algum erro! Vlw



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