Dentes escovados, cabelo arrumado, malão pronto.

— Crianças, desçam! Essa foi Hermione Granger, minha mãe.

Ah, onde tá a minha educação mesmo? Sou Rose Weasley, filha de Hermione e Ron Weasley, eles vocês devem conhecer. Sou ruiva - igual a maioria dos Weasley's- tenho 15 anos e vou cursar o sexto ano. Ser MUITO nerd tem suas vantagens.

— Já estou descendo, mãe! - Gritei de volta.

Olhei para o espelho pela última vez, e tentei me convencer:

— Você é mais forte que todos eles.

Apaguei as luzes

***************

O cheiro da fumaça do Expresso de Hogwarts era animador. Só percebi que havia caído quando uma das cabeleiras ruivas saia de cima de mim.

— Que saudades, Ginger! -Lily, minha prima "barra" melhor amiga. Me ajudou a levantar, mas não adiantou muito, pois uma loira me derrubou de novo. Dominique levanta e eu grito:

— Mais alguém quer me derrubar?

— Acho que pegaria mal se eu jogasse você no chão, não acha? - Respondeu meu melhor amigo.

— Luke! - gritei e pulei nos seus braços.Quem olhava, pensava que Zabine e eu éramos um casal. Na verdade, Luke era mais importante que um namorado qualquer. Ele é meu melhor amigo. Fui me despedir dos meus pais.

— Tchau mãe. - Disse enquanto a abraçava.

— Ahn, tchau pai.

— Ah, tchau - Ele respondeu enquanto mexia no celular. Depois da guerra ele se viciou em coisas trouxas e acabou me trocando pela Apple. Fazer o que, né?

Entrei e comecei a procurar a cabine em que meus amigos estavam, não queria ir pra cabine dos monitores ainda, mas como Merlin estava no tédio, decidiu me atazanar um pouquinho.

— Vejam, se não é a Santa-Virgem! - O Malfoy, aquele idiota sem cérebro.

—Vejam, se não é o playboy oxigenado! - Respondi no mesmo tom. Ele tampou a passagem.

— Acha que pode falar assim comigo, Rosie? - Ele disse em um tom sedutor. Eca. Dei um pisão em seu pé, e ele pulou com a dor, libeirando a passagem.

— Pra você é Weasley, Malfoy! - gritei passando por ele.

— Weasley Malfoy só depois do casamento, querida! - Ele gritou. Mostrei meu dedo mais bonito e cheguei a minha cabine.

— Que escândalo, Rose. - Lily comentou.

— Acho que dei sapos estragados pra Merlin, porque caral...

— Eeeei, sem palavrões, cherri! - Disse Dominique. Engraçado, entre nós todos, ela é a mais mal educada.

— Doooomi! Então, animada pra seu primeiro ano em Hogwarts?

— Confesso que estou nervosa, mas estou feliz por não estar em Beauxbatons. - Domi veio cursar o sexto ano com a gente, só pra experimentar mesmo.

— Bom, me acordem quando chegarmos em Hogwarts- Encostei a cabeça na janela e dormi.

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— Anda logo, Rose, você precisa ajudar o primeiro ano! - Sou acordada sendo sacudida.

— Calma, to indo! - Lenvantei ajeitando os óculos.

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Depois de levar os baixinhos para Hagrid, fui me ajeitar em uma carruagem. MORGANA QUERIDA, eu usei um vestido igual ao seu em alguma festa pra você me odiar? Malfoy e Parkinson na carruagem. Vou. Me. Matar.

— Nossa, acho que essa carruagem tá mal frequentada. - Soltei em um sussurro para Luke, que por algum milagre estava junto comigo.

— Aargh, quando você quer um pouco de privacidade, aparece umazinha e estraga seu dia. -Eva Parkinson soltou. Acontece que, desde o primeiro ano, ela vive pra fazer da minha vida um inferno. Eu sempre fico calada. Mas hoje não. Acho que estou de tpm, sei lá.

— Essazinha não, eu sou superior a você. Então dobre a língua antes de me igualar a você e suas seguidoras.

— Que divertido, a santa-virgem sabe responder! Acho que já posso morrer depois de ver isso.

— Então morra, de vadias o mundo tá cheio. Só acho que, antes de ir, deveria tentar não dar pra todos como se fosse as suas últimas horas de vida. Isso você faz todo dia.

— QUE TIPO DE MESTIÇA ACHA QUE PODE FALAR ASSIM COMIGO?

— Do tipo que tem dignidade e não é de qualquer um. Mande lembranças ao seu pai, se um dia você o conhecer, é claro. Veja, chegamos. — Claro que não sou idiota, não ficaria ali nem mais um segundo, não queria mesmo ser azarada.

Luke, que não havia parado de rir ainda, foi na frente. Vi Parkinson indo contar da nossa briga pras coleguinhas. Estranho não vi o Malfoy e...

— Me procurando? - escutei a voz do estrupício no meu pé de ouvido. Merlin me proteja.

— O que quer, Malfoy? - Disse me virando pra ele. Muito perto.

— Só queria que soubesse que achei o que você fez lá dentro... Muito... sexy. - Ele disse de um jeito que seduziria qualquer uma. Menos eu.

— Tanto faz.

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Depois de fugir do Malfoy, entrei no salão (avá), rumei pra mesa mais diva (N/A : só que não). Acho que eu vou comer um pudim...

— Rosie? - Merlin, não será que...

— Jake? Jake! - eu pulei em cima dele, minha vez de derrubar alguém hoje, hehe. Levantamos, e nisso, metade do salão nos olhava, mas não to nem aí pra esses pão com ovo. Peraí, acabei de me lembrar de um negócio...

Comecei a estapear e socar ele loucamente.

— Sua louca... Para com isso... Rose!... Rose! - ele conseguiu segurar meus pulsos, então comecei a chutar a sua canela.

— Seu idiota, você sabe o quanto eu fiquei mal quando você foi embora pra Bulgária? Bocó, lesado, que raio de ideia foi essa de nem se despedir?! - eu disse, enquanto ainda chutava suas canelas.

— Eu não tive opção, tá legal? Eu também senti a sua falta. - nisso eu parei de chutar e de tentar me soltar. E sorri.

Abracei ele de novo.

— Se me abandonar de novo, corto suas pernas e costuro no lugar dos braços.

Nisso, quando eu soltei ele, alguém esbarrou com muita força em mim, e eu caí. Jake ficou com muita raiva de repente, e vi ele encarar Malfoy de um jeito assustador.

— Qual é o seu problema, cara? Perdeu alguma coisa?

— Provavelmente ele perdeu o cérebro e ainda tem esperança em achar. - eu disse, e fui encarada pelo Malfoy.

— O que faz com ele, Rose?

— O que te diz respeito, Malfoy? Eu ein. Recebeu visitinhas dos zonzóbulos? Ou de narguilés? Some da minha frente ou eu te deixo ruivo. - o loiro saiu marchando e sentou do lado da Vance e da Parkinson. Eca.

Arrastei Jake pra mesa dos leões, e depois do discurso da Minerva, comemos como Weasley's. Então, como Jake e Dominique entraram esse ano, tiveram que passar pela seleção.

— Delacour, Dominique!

Dominique cambaleou até o banquinho e pôs o Chapéu na cabeça. Alguns segundos depois o Chapéu pareceu encantado e gritou...

— SONSERINA! - Oi? Dominique sorriu pra mim e eu sorri de volta, enquanto a população masculina da mesa verde e prata explodia em vivas.

— Krum, Jake!

– Sim, Jake é um Krum. Irônico, não? O chapéu fez uma careta engraçada e não demorou a gritar...

— CORVINAL! - Jake olhou pra mim e eu dei uma piscadinha pra ele. Depois do resto do jantar, eu me sentia tão balofa que saí da mesa cambaleando. Quando eu estava chegando na Torre, escuto algumas meninas comentando.

— Vocês viram o amigo da Santa-Virgem? Que gostoso!

— Iiih, se fosse eu tirava o olho, eles pareciam bem grudadinhos.

— Você acha mesmo que aquela lesada vai arrumar alguém? Ele é da Corvinal, quem sabe eu finjo que tenho dificuldade em alguma matéria e ele me ajuda...

Passei reto pelo corredor, e trombei com elas de propósito, e uma delas caiu. Com os olhos cheios d'água, cheguei ao quadro da Mulher Gorda, que me olhou com carinho ao me ver chorar.

— Lágrimas de Fênix. - eu disse a senha e esperei a entrada aparecer.

— Entre, Rose. - Passei para entrar no salão, mas a Mulher me interrompeu.

— Não chore por isso, Rose, é tudo inveja. Elas não merecem a varinha que tem! - consegui sorrir em meio as lágrimas.

— Obrigada.

— Não há de que. E Rose?

— Sim?

— Bem vinda de volta, querida.