O anjo e o Condenado escrita por Sissy Strit


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu estou empolgada com esse capítulo e com o rumo que ele vai dar a história! =) Boa leitura!



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Não pode ser real. Tudo isso não pode ser verdade! O que foi que eu fiz?! Não, não, não!

Deixei-me cair de joelhos no velho e encardido tapete do meu quarto. Escondi o rosto com as mãos e por mais que não quisesse chorei. Chorei como nunca havia chorado em toda minha vida.

Na verdade eu sempre estava angustiado e preocupado com o tempo que estava passando sem que conseguisse dar um jeito nessa maldição. Quem não iria se desesperar estando condenado como eu estava? Mas não, aquele choro não foi nada com o qual eu estava habituado. Era algo que doía no fundo de minha alma. Algo que me esmagava como uma mão pesada sobre minha cabeça.

Eu era alguém no meio de um fogo cruzado. De um lado minha consciência me acusando de ter acabado de estragar a vida de uma pessoa e do outro lado minhas vontades e anseios de estar cada vez mais perto dela, de não deixá-la fugir agora que estava tão perto.

Minha consciência gritava “Como você pode prendê-la aqui? Como pode fazer isso?”. Mas logo vinha o outro lado em minha defesa: “Esta é a oportunidade de sua vida! A mulher com quem tanto sonhou, tão perto de você!”.

O que eu iria fazer? Como iria conviver com essa culpa?

Uma batida na porta distraiu-me daquele momento de angústia.

– Me deixe em paz! Vá embora!

– Matthew! – era a voz de Hanna do outro lado da porta. – Matthew, me deixe entrar.

Hesitei por um momento, mas não tive forças para levantar e abrir a porta. Apenas disse que entrasse.

Hanna me encarou com aquele olhar apreensivo e eu me senti pior do que já estava.

– Matthew? Você está bem? – Sua voz era doce e compreensiva. – Precisa de alguma coisa?

Dei uma bufada.

– Preciso que alguém acabe comigo! Preciso dar um fim nessa loucura! – toda a amargura que eu sentia explodiu para fora como uma bomba assim que falei aquilo.

– Não fale assim. – Hanna se abaixou ao meu lado e colocou a mão em meu ombro. – Eu sei que você vai achar uma solução para tudo isso.

– Solução?! Existe alguma solução para tudo isso? – falei me desviando de sua mão. Às vezes o otimismo dela me dava raiva. - Vá embora e me deixe sozinho. Não há solução nenhuma e eu não quero que se preocupe comigo.

Ficamos ali parados por alguns minutos até ela quebrar o silêncio.

– Tudo bem – sua voz era sempre algo que me acalmava e lá no fundo eu sabia que ela iria acabar me ajudando de qualquer modo. – Me conte então por que exatamente está chorando desse jeito tão desesperado. Eu nunca te vi assim.

Eu não queria falar sobre aquilo, ainda mais porque estava me sentindo como um garotinho assustado o que me deixava com mais raiva ainda. Mas sabia que se ficasse remoendo isso tudo sozinho seria pior, então descarreguei de uma só vez e de um modo tão sarcástico que até eu me surpreendi quando terminei.

– Quer saber o que houve? Bem, primeiro aprisionei um pobre senhor só porque ele entrou em meu castelo para se abrigar da chuva. Depois, não sei ainda como, a filha dele aparece aqui atrás do pai e eu faço o melhor negócio da minha vida: troquei um prisioneiro por outro! Acabei com a vida dessa garota! E o pior! Eu não posso soltá-la, Hanna! Eu preciso dela agora que está tão perto. Ela é a única esperança que eu tenho! Uma esperança que há tempos eu não sentia!

Apesar de tudo ser tão absurdo, senti-me como se tivesse tirado parte do peso das minhas costas depois de ter dito tudo aquilo. Também era como se minha mente ficasse um pouco menos confusa, como se no fim houvesse realmente uma saída.

– Você realmente gosta dela, não é?

Fui pego de surpresa pela pergunta tão direta, mas não pude deixar de acenar afirmativamente.

– Desde o primeiro dia que a vi pela janela. Ela sempre tão doce e gentil. Seus olhos vivos e atentos, os modos delicados e espontâneos. Ah, Hanna! Ela nunca será minha! Porque eu ainda sonho com isto?

– Não seja tão duro consigo mesmo. Ela pode muito bem gostar de você. Confie em mim.

– Como? – ri amargamente e levantei-me – Olhe para mim. Como alguém pode gostar disso?!

Ela também se pôs de pé e, sorrindo, me disse algo para o qual não tive resposta.

– O que vejo são seus olhos, as janelas de sua alma. E eles são lindos! Não interessa o que há por fora se aqui, – ela apontou em meu peito – se seu coração for sincero.

Fiquei sem ação diante do que Hanna me disse. Claro que no fundo eu sabia disso, mas ouvir alguém falando causava um impacto diferente.

– Bom, vou ver se Tim já está na cama. – ela foi indo em direção à porta do quarto. - E pense bem em tudo o que eu lhe disse. Sei que no final tudo vai dar certo.

Eu não sabia se conseguiria ter todo esse otimismo dela um dia, mas concordei com a cabeça.

Antes que saísse me lembrei de lhe pedir algo que era o mínimo que eu poderia fazer.

– Hanna?

– Sim? – respondeu virando-se para mim.

– Será que você pode pedir para o Jason fazer alguns daqueles bolinhos e levar para ela? Deve estar faminta...

– Claro que posso. Farei eu mesma os bolinhos! – dizendo isso saiu do quarto com um sorriso no rosto.

Como sempre, conversar com Hanna me deixou menos desesperançado. Talvez as coisas realmente pudessem melhorar. Talvez eu conseguisse achar uma saída.

A única coisa que eu realmente tinha certeza era de que não poderia deixar Lizzie ir embora agora que estava tão perto de mim. Eu teria que lhe mostrar o meu melhor.

Deitei em minha cama e me enrolei nos lençóis rasgados repetindo mentalmente seu nome.

Lizzie, Lizzie, Lizzie, Lizzie...

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Não sei quanto tempo havia passado, mas parecia que eu tinha caído no sono. Levantei da cama com a sensação estranha de que havia algo errado naquele lugar. As coisas não estavam como deveriam.

Caminhei meio perdido pelo cômodo até que vi uma mesa e um baú em cima dela. Era o baú que meu pai tinha dado como presente de casamento para minha mãe. Dentro dele estavam as joias dela e o que havia de mais precioso em todo o reino. Estendi minha mão para tocá-lo, mas no mesmo instante ouvi alguém atrás de mim me chamando.

Virei e vi Lizzie parada a poucos metros de mim. Seus rosto estava calmo e ela usava um lindo vestido branco. Era como uma visão de um anjo de luz.

Peguei o baú e me dirigi até ela. Eu queria lhe presentear com o que havia dentro dele. Eu queria dar tudo o que pudesse para aquela mulher maravilhosa.

Mas, quando abri, não havia nada dentro do baú. Ele estava completamente vazio. Eu não tinha nada para oferecer.

Lizzie continuava parada me olhando calmamente esperando pelo seu presente.

– Lizzie, me desculpe. - minha voz estava embargada. – Eu, eu não tenho nada para lhe dar.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto e ela estendeu a mão. Achei que iria enxugar minhas lágrimas, mas ela segurava uma rosa com uma pétala só. Aquela rosa era amarela e brilhava intensamente em sua mão.

O rosto de dela agora já não era mais calmo. Parecia a beira de um colapso nervoso.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa para acalmá-la ela gritou desesperada:

– O tempo está acabando, Matthew!

Neste mesmo momento eu vi a ultima pétala da rosa caindo lentamente. Assim como ela, meu corpo foi caindo. Tudo a minha volta ficou escuro. Não havia mais ninguém para me salvar.

Felizmente tudo aquilo não passou de um terrível pesadelo. Acordei ofegante e assustado. E para completar a primeira coisa que vi quando abri os olhos foi aquela maldita rosa envelhecida me lembrando de que o pesadelo tinha um fundo de realidade.

Por um momento foi como se as paredes do quarto se fechassem ao meu redor. Eu precisava respirar. Precisava de ar fresco!

Levantei-me ainda cambaleante de sono e fui até a varanda. O sol estava começando a se levantar atrás das montanhas e o ar da manhã estava gelado. Logo o inverno chegaria com sua neve, mas por enquanto os bosques ainda estavam amarelados com as folhas que caiam das árvores e cobriam o chão como um tapete sobre a relva. Os pinheiros e cedros se destacavam com seu verde brilhante naquele mar dourado.

Aquela paisagem e o ar da manhã me ajudaram a relaxar um pouco, mas eu não podia fugir do fato que meu tempo estava realmente acabando! Olhei novamente para a rosa que ficava no centro do quarto. Cada vez que a olhava meu estômago se revirava nervosamente de pânico.

Isso tudo era tão frustrante! Ter cinquenta anos de prazo e não conseguir chegar nem perto do objetivo era algo terrível! Mas quem em sã consciência iria se apaixonar por um monstro? Alguém se aproximar já era algo difícil, imagine se apaixonar!

O que eu iria fazer?! Queria tanto poder me aproximar de Lizzie. Queria tanto que ela gostasse de mim, mas por mais que tentasse, não conseguia imaginá-la me aceitando.Isso era loucura! Eu não tinha nada para oferecer à ela. Eu era um baú vazio.

– Senhor? Desculpe entrar assim. É que ouvimos uns gritos e minha mãe me mandou ver se o senhor estava bem...

Tim estava espiando pela porta e me observando cautelosamente.

– Está tudo bem, garoto. Foi só um pesadelo idiota. Não precisa se preocupar comigo.

– Eu também tenho pesadelos às vezes. – Tim se aproximou despreocupadamente e encostou-se na balaustrada. – Minha mãe diz que é porque eu como demais antes de dormir.

Ele sorriu para mim divertidamente e lhe respondi com o melhor sorriso que eu conseguia naquela hora.

Tudo era tão mais simples para uma criança! Um pesadelo era por comer de mais, seu maior medo era do monstro verde que havia embaixo da cama e qualquer coisa q desse errado era só correr para os braços da mãe que a protegeria de todo mal. Quem me dera as coisas fossem assim para mim também.

– Bom, sua mãe deve saber o que diz. Você não tem muito limite principalmente quando o assunto são bolinhos da amora. – dei uma piscada para ele lembrando dos seus ataques na dispensa só para comer os bolinhos que Jason tinha feito. Desde pequeno ele era maluco por guloseimas.

Tim sorriu meio sem graça por eu saber dos seus “assaltos” e mudou logo de assunto.

– Então, o que vai fazer com essa garota? Quero dizer... ela vai morar aqui com a gente agora?

Respirei fundo. Eu mal conseguia explicar as coisas para mim mesmo e agora um garoto de doze anos queria que explicasse para ele.

Pensei por um instante e respondi com a melhor resposta que encontrei:

– Ela será nossa convidada por tempo indeterminado.

Hum, por um instante gostei de como aquela resposta soou em meus ouvidos, “convidada por tempo indeterminado”. Parecia uma boa solução.

Eu não falaria nada para ela abertamente, deixaria que pensasse que era minha prisioneira, mas, se resolvesse ir embora eu não a impediria. Enquanto isso eu faria de tudo para que se sentisse bem aqui, como uma verdadeira convidada de honra. Fiquei algum tempo pensando em alguns planos para fazer isso, que acabei esquecendo que Tim ainda estava ali.

Quando dei por mim ele continuava ali me olhando meio desconfiado por causa da minha súbita animação.

Um sorriso se formava involuntariamente em meus lábios e me sentia leve como há muito tempo não sentia.

A partir daquele momento começava uma nova fase de minha vida, a fase de conquistar o coração de uma mulher. Eu não sabia que obstáculos iria encontrar pelo caminho, mas estava disposto à enfrentá-los com todas as minhas forças.

– Tim! Deixe-me sozinho agora. Eu tenho muito em que pensar! – o peguei e empurrei para a porta, ansioso para estar sozinho e planejar o que seria feito.

– Calma! Calma! Já estou indo! Não precisa empurrar não! - ele se virou para mim espantado – Não vai nem descer para tomar o café da manhã?

– Não, não. Peça que a sua mãe me traga qualquer coisa aqui mesmo. Agora vai!

Com isso fechei a porta logo atrás do garoto que ainda estava confuso.

Para ser sincero, eu mesmo estava surpreso com aquilo tudo. Eu só podia estar mesmo louco, mas era a minha ultima tentativa. Minha ultima chance.

Eu primeiro precisava pensar em como me aproximar dela. Isso era o ponto de partida e, ao meu ver, o mais difícil. Eu não queria assustá-la, mas como?

Sentei numa velha poltrona esfarrapada e comecei a me lembrar da noite anterior, quando vi Lizzie pela primeira vez pessoalmente.

Era como se o sonho mais lindo e o pesadelo mais terrível tivessem se fundido e virado realidade.

Repassei cada segundo daquela cena em minha mente. Seu rosto amedrontado olhando ao redor, seus passos vacilantes pela sala até o momento em que ela me viu no topo da escada. E seus olhos. Tentei me lembrar de como ela me olhou.

Não parecia certo. Em minha lembrança não havia sinal de medo, só de surpresa, de curiosidade, mas não de medo. Eu só poderia estar inventando isso.

Nem percebi que as horas passaram rapidamente. Quando dei por mim. Tim estava novamente batendo na porta me chamando para o almoço.

Hesitei um pouco, com receio de encontrá-la, mas ele me contou que a “convidada” ainda estava dormindo e Hanna achava melhor deixá-la descansar o tempo que precisasse. Assenti e o segui para a cozinha sem muito ânimo de sair do quarto.

Quando cheguei na cozinha todos me encheram de perguntas. Quem era ela? Quanto tempo iria ficar aqui? Como deveriam agir? De onde tinha vindo? e O que eu faria com ela?

Fiquei irritado com esse bombardeio de perguntas e respondi apenas, de maneira curta e seca, que o único dever deles era de fazer com que a convidada se sentisse bem e que eles deveriam fazer tudo o que ela pedisse.

Acho que minha resposta foi suficiente para eles notarem que eu estava aborrecido com aquele interrogatório. Então cada um sentou-se em seu lugar e todos comeram quietos.

Eu não estava com muita fome e passei a refeição toda disperso. Percebi em um momento que Hanna me olhava meio preocupada, mas eu não falei nada e ela também não tocou no assunto. Tão logo terminei de comer, subi novamente para meu quarto.

Novamente tentei recordar a cena. Realmente não havia nenhum sinal de medo. Como alguém poderia não tremer de pavor ao me olhar? Principalmente se for pela primeira vez? Seria possível? Os olhos dela não mentiam.

Isso aqueceu por um instante meu coração. Senti um breve tremor percorrer todo meu corpo enquanto a esperança novamente tomava conta de mim.

Enquanto pensava nisso fui até a janela que dava para o jardim dos fundos. Afastei a pesada cortina esfarrapada e a luz ofuscou por um instante minha visão.

Quando consegui enxergar mais do que borrões desfocados, vi Lizzie caminhando calmamente pelo jardim. Ela estava linda num vestido azul, que eu reconheci como um dos vestidos antigos que Hanna tinha reformado recentemente. Mais uma vez, era praticamente a visão de um anjo. Talvez eu estivesse tão atormentado que todo tempo ela parecia um anjo para mim.

Agora que meus olhos já estavam totalmente adaptados à claridade, pude ver que seu rosto estava contorcido numa expressão de tristeza e dúvida. Ela certamente estava pensando no pai.

Eu sabia, por causa das minhas espiadas pela janela enfeitiçada, que Lizzie e o pai eram muito amigos. Sempre os via juntos e várias vezes pude notar o quão unidos eles eram.

Isso não era bom. Essa falta do pai seria um bom motivo para fazê-la fugir daqui o quanto antes. Eu precisava dar um jeito de amenizar essa falta.

Lembrei-me de quando meus pais iam viajar e me deixavam aqui no castelo com os empregados.

Eu sentia sempre muita falta deles, e por isso escrevíamos cartas. As minhas eram sempre curtas de mais, por não saber o que escrever. Meu pai nunca escrevia, mas mandava recados pelas cartas da minha mãe, que eram enormes e me deixavam mais animado quando eu as lia.

Esta lembrança me deu uma ideia. Corri para a porta e chamei Benn e Smutter. Eu queria que meu plano fosse concluído antes de Lizzie voltar para o quarto. Como se fosse uma surpresa.

Os dois não demoraram em aparecer para ver o que eu queria. Dei as ordens e eles foram rapidamente executá-las.

Voltei para a janela e vi que Thiodell conversava com Lizzie despreocupadamente, como fazia sempre com todos. Por um momento fiquei curioso em saber o que elas falavam, pois as expressões em seus rostos eram um tanto estranhas, principalmente do rosto de Lizzie.

Enquanto eu as observava, Benn voltou me avisando que tudo estava pronto.

– Está tudo conforme o senhor mandou, mestre.

– Obrigado, Benn.

Ele fez uma mesura e retirou-se. De todos os criados, os únicos que me tratavam normalmente eram Hanna e as crianças. Benn e Smutter ainda não eram tão formais quanto os outros. Talvez fosse por eu confiar e conversar mais com eles. Os dois, assim como Hanna, já eram empregados do castelo quando meus pais ainda eram vivos.

Nesse momento algo me chamou a atenção. Thiodell correu para dentro e Lizzie ficou sozinha no jardim.

Algo dentro de mim me empurrava para ir lá fora com ela, mas minha insegurança fez com que meus pés parecessem pesados de mais para eu andar até lá.

Fiquei nessa indecisão durante um tempo até que vi Lizzie se levantar e entrar também.

Que ótimo. Uma oportunidade perdida. E eu era uma pessoa que não estava em condição de ficar perdendo oportunidades.

Resolvi dar uma volta pelos corredores. Talvez eu acabasse encontrando com ela. Tremi um pouco ao pensar nisso, mas dessa vez não deixei que a dúvida me impedisse.

Saí do quarto e fui caminhando sem pensar para onde estava indo. Deixei que meus passos me guiassem. Depois de alguns minutos andando, virei em um corredor e, para minha surpresa, cheguei à parte do castelo onde ficavam os quartos de hóspedes. Todos vazios é claro, exceto por um deles.

Para completar, Lizzie estava parada na porta do quarto como se analisasse o cômodo antes de entrar. Eu sabia o motivo. Certamente era por causa da surpresa que eu havia mandado Benn e Smuter colocar no quarto.

Bom. O momento era esse. Eu não podia mais fugir dela.

Respirei fundo e deixei que os dados rolassem.


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Notas finais do capítulo

Os capítulos estão ficando grandes né?! Obrigada por lerem mesmo assim! ;)



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