Liliam Stark: The Dark Side Of Me escrita por LadyStormborn


Capítulo 5
Saber de nada é sua melhor segurança‏


Notas iniciais do capítulo

*Hello sweethearts como estão?
Bem, não pensem que eu quis castiga-las por não ter respostas no ultimo, eu definitivamente não queria deixar essa historia. Mas todas minhas forças e pensamentos estão consentrados na outra historia da Lily: http://fanfiction.com.br/historia/427977/Liliam_Stark_O_Comeco_De_Uma_Era/, que vai ser atualizado a cada terça então para não ficarem carente passem lá.
Beijos.

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Hey, people!
A Pirate Panda vai apenas dizer que esse capítulo foi corrigido e revisado!
Boa leitura :*



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Aquele era um cenário desconhecido para mim. Eu me encontrava parada em uma cozinha amarela, de pequenas janelas e uma grande mesa no centro recheada de frutas, pães e guloseimas. Meu vestido era em um tom de amarelo, seguindo a linha dona de casa dos anos 40: vestido, avental, cabelos curtos. Então imaginei que minha mente tinha voltado para o tempo em que guerras aconteciam, casais eram eternamente apaixonados, e uma pessoa estava paralisada ali. Deu um sorriso discreto ao me aproximar do jovem capitão que estava sentado no quintal da casa (ou da minha casa aparentemente), ele vestia sua farda e tomava um gole de cerveja.

–Quando você ira partir? – Perguntei me sentando ao seu lado. Não sei porquê, mas não conseguia me lembrar de nada que não fosse sobre aquele momento. Eu estava casada com Steve, ele voltou da guerra para passar o feriado de quatro de julho comigo, porém ele tinha que voltar porque era o capitão de sua tropa.

–Por volta das três da manha. – Ele se virou e beijou minha testa. Aquelas palavras me desanimaram, eu sempre desejei que ele não tivesse mais que ir. Era um medo constante saber que a cada minuto ele poderia ser morto, e viver com aquele medo durante tanto tempo não o faz com que diminua. – Não fique assim, Lily. Você sabe que eu preciso ir.

–Eu sei disso, você me diz isso toda vez que consegue voltar. Mas esse é o meu medo, de um dia você não poder voltar para repetir isso. Sei que como uma americana patriota eu deveria estar orgulhosa de você, e desejar que represente nosso país com toda a bravura que puder. Então seria egoísmo meu se eu desejasse que você não fosse?

–Pessoas estão morrendo, Liliam. Não é egoísmo que você me peça para ficar, porém eu não posso. – Ele se inclinou e me beijou com toda sua ternura. – Você é a única coisa que eu tenho, a minha única família. Se fosse você que estivesse arriscando a sua vida no meu lugar eu também ficaria apreensivo. Mas se lembre, que enquanto você viver eu sempre terei um motivo para voltar.

–Ah, é? – Perguntei brincando. – Mas será que eu tenho motivos para ficar aqui te esperando? Muitos homens sobraram, Capitão Rogers, eu posso querer procurar alguém mais presente.

–Você não faria isso. – Ele começou a se deitar em cima de mim e me fazer cócegas na barriga. – Se você realmente quisesse me trocar teria sido por Bucky no momento que o viu.

–E ele ainda teve a cara de pau de flertar comigo na sua frente! Ele já sabia que você me amava?

–Sabia, eu acho que no fundo ele queria me incentivar a confessar meus sentimentos antes que te perdesse. E o resultado é eu estar casado com você.

–Então não me deixe esquecer de agradecer Bucky por isso. – Os beijos começaram em um ritmo lento, como sempre gostávamos de fazer. Sentir o gosto do beijo, consumidos pelo amor de ambos e assim minha mão começou a desabotoar sua farda lentamente.

–Liliam, eu já estou arrumado! – Reclamou com um sorriso em seu rosto.

–Eu te disse que não tinha motivos nenhum para esperar, então como uma boa esposa, eu preciso que você me lembre de algum. – Sorri sugestivamente.

–Por que eu nunca consigo resistir a você? – Perguntou levantando meu vestido. Eu sabia que ele queria também, a única diferença é que eu confesso o desejo, fato que ele adora.

–Porque eu sou uma Stark, tenho genes radioativos que penetram em você e acaba fazendo que seu amor por mim aumente. – Ele beijava meu pescoço e não conseguia evitar rir enquanto falava.

–Agora você é uma Rogers! O que significa que estamos ligados muito mais do que apenas seus genes radioativos.

–Quem sou eu para questionar meu digníssimo marido. – Então os beijos começaram a se tornar mais intensos, e meu vestido já chegava à altura de minha coxa.

–Eu te amo, Steve Rogers. – Sussurrei entre um beijo e outro.

–Eu te amo, Liliam Stark Rogers.

Em outro ponto de vista

Com um piscar de olhos eu não era a que estava presente naquela cena. Eu olhava Steve e a Liliam dos sonhos se beijarem e rir, com a vida perfeita que toda mulher sonha. Inclusive eu.

–Anos 40, poderia ser mais clichê, Liliam? – perguntei a mim mesma vendo aquele vestido amarelo ridículo. Eu não poderia controlar cada sonho meu, alguns eu podia manipular e ter o que eu quero, só aquele foi espontâneo. Mas eu entendi o que estava querendo me dizer, que aquele foi o único tempo em que tudo foi normal a ele. O tempo de que um garoto com o sonho de ajudar seu país entrou na segunda guerra mundial e venceu o inimigo, antes de pagar o grande preço. Para mim, era isso que aquele tempo representava, entretanto a situação dele deveria ser muito mais: seus amigos ainda estavam vivos, seu mundo era aquele do qual sempre viveu e não havia nada tão perigoso como nos dias de hoje. Eu gostaria de poder ter estado com ele durante aquele tempo, eu realmente queria.

–Uma linda cena, não concorda? – Perguntou um homem ao meu lado. Ele tinha cabelos pretos, jogados para trás na altura de seus ombros, ele usava uma camiseta social verde e calças pretas, era alto e branco. Por algum motivo ele me parecia muito familiar.

– Clichê demais para mim. – Tirei minha atenção do meu acompanhante e olhei Steve e Liliam dos sonhos, os dois haviam se levantado e agora brincavam de correr um do outro.

–Mais esse sonho não é seu? – Perguntou o homem também os observando. Eu me lembrava daquela voz... tão sedutora...

–Sim, ele é. Mas como vê existe duas partes de mim nesse sonho. Uma esta lá, brincando de dona de casa com Steve, e a essa aqui – apontei para mim mesma – não esta apenas observando mais um sonho idiota que minha mente acaba tendo. Então o que acha que devo interpretar disso?

–Bem, se quer minha honesta opinião... – Por que será que cada vez que ele falava eu escutava um tom zombador por trás de suas palavras? – Eu acho que a Liliam que está brincando de estar casada não é a verdadeira Liliam.

–O que seria então uma verdadeira Liliam? – Perguntei lhe dando um sorriso perverso.

–Aquela que se esconde no seu interior... Seu lado negro.

Concordei em silencio, talvez ele tivesse razão. Então desviei a conversa.

–E você? – Arqueei as sobrancelhas. – Com o que você sonha?

–Com o poder. – Palavras ditas com triunfo, não com vontade.

–Não acho que esse seja seu sonho. – Ele me olhou confuso, não sei porque mais as palavra voaram da minha boca como se eu o entendesse. – Porque depois que o poder acaba, o que vai sobrar? Qual é a coisa que lhe dará felicidade? Amor? Família? Amigos?

–Nenhum desses nunca me satisfará. Você pode tentar ver alguma coisa traves de mim, Liliam Stark, mas a verdade e que não tem nada aqui que você pode salvar, eu não nutro sentimentos humanos. – Comentou ríspido.

–Você está mentindo! Eu vi em seus olhos, eu sei que vi! Você pode me dizer que não quer essas coisas mais esta claro para mim que você quer, a grande questão é que não tem coragem para lutar por isso. Você deve ter sido magoado bastante para se convencer de que não precisa dele.

– E você? – Questionou sem se mostrar abalado com nenhuma das minhas palavras. – Convence-se de que é isso que você quer? Uma vida pacata de dona de casa, com a única preocupação será as crianças que procriara com seu marido, o seu grande amor!

–Eu nunca sei o que eu quero.

–Acho que sei o que você quer...

[...]

Levantei em um salto da cama. Pela primeira vez em muito tempo não estava me sentindo vazia, ou simplesmente transtornada por estar acordando e perceber que meu sonho não era real. Parecia que eu estava viva de novo. Quando olhei para meu quarto tive certeza que a visita de ontem não foi parte do meu sonho, ou minha desculpa seria o sonambulismo. Prefiro ficar com a opção numero um.

–Lilith! – Chamei preocupada. Ela não tinha aparecido de madrugada, e hoje eu acordei por conta própria sem que escutasse suas reclamações constantes de minha preguiça.

–O que você quer? – Como sempre aquela voz de deboche estava presente quando falava comigo. Lilith estava sentada na minha cama com as pernas cruzadas e sobrancelhas arqueadas.

–O que aconteceu ontem? – Rebati cruzando os braços. Ela arqueou mais as sobrancelhas como se não soubesse do que eu estava falando. – Tudo que me lembro foi de ter ido em um galpão muito sujo com você e ter visto algo brilhante... só! Então quero que me responda como magicamente cheguei na minha cama?

–Com suas pernas. – Dei de ombros. As vezes eu não sabia se Lilith estava realmente falando a verdade ou se fingindo de dissimulada, essa era uma das vezes. – Não sei porque não se lembra, conversamos o caminho inteiro sobre Fury ter te mandado em uma missão inútil e que você queria sair da S.H.I.E.L.D. Até sei onde você colocou o que ele te mandou buscar.

–Onde está? – Não queria deixar transparecer que eu não sabia que eu não sabia onde estava, se o que ela estava dizendo for verdade então minha cabeça esta começando a dar defeito de novo. Lilith caminhou em passos graciosos até o meu arsenal e pediu que eu o abrisse. Digitei a senha e o guarda-roupa se dividiu dando espaço para que minhas armas aparecem, só que tinha algo que não era meu. Um cetro.

–Meu Deus! – Quando ia passar a mão sobre o objeto de ouro, Lilith me impediu.

–Você não sabe o que é isso, não deve ficar tocando. Pelo que parece ele fez com que você não se lembrasse das coisas que fez, deve ser mais sensato não ficar tocando. – Explicou sem tirar os olhos do cetro.

–Eu não sei se você sabe, mais um homem apareceu aqui ontem e estava procurando isso! Ele disse que se chamava Loki– Apontei desesperada e como resposta Lilith rolou os olhos.

–Loki? – Pela sua reação já percebi que não acreditava em mim, era um misto de incredulidade e deboche. – Se Loki estivesse na Terra não acha que ele já teria feito um show e não perdendo tempo com uma humana?

–Foi isso que eu pensei! Mas como ele sabia que o cetro estava comigo? – Questionei.

–E por que acha que não é uma brincadeira de Clint? Ele já não fez isso com você? – Lilith estava se referindo ao dia em que Clint me enganou na S.H.I.E.L.D, só que lá era apenas uma brincadeira, não acredito que ele me zoaria com isso. – Porque não liga para ele e pergunta?

Peguei meu celular na penteadeira e disquei seu numero. Uma vez, duas vezes, CINCO VEZES e nada de resposta.

–Eu preciso falar com Clint! – Gritei ao celular que estava na minha mão. Eu passei a manha inteira arrumando minha mala para poder partir da Alemanha mais cedo possível, não queria estar ali mais nenhum minuto. Eu sei que Lilith possuiu meu corpo, eu sei disso porque era como as outras vezes e não posso mais confiar nela. Só que o problema de não confiar em alguém que esta o tempo todo com você é que não pode avisar ninguém sobre isso.

–Porque confia tanto no Clint? – Perguntou cruzando os braços e parando ao meu lado.

–Porque ele salvou minha vida...

Flashback

4 anos atrás

Os únicos passos que podia se escutar naquela madrugada era o meu. O salto batia naquele asfalto molhado e o barulho parecia ser pior, anunciando a qualquer pessoa que eu estava ali. Só que eu precisava encontrar um lugar pra dormir e se eu saísse antes da meia noite teria cem paparazzi filmando cada movimento meu.

Foi uma decisão precipitada sair da casa do Quarteto Fantástico sem que tenha programado nada. Só que era para segurança deles, não para minha. Afinal de contas estão querendo me matar e, agora que a Sue esta grávida, não vou coloca-los em risco por culpa do que me aconteceu no passado. Quando eu ainda era uma assassina

Minha cabeça virou para o lado quando vi uma sombra se mexer entre aqueles prédios abandonados. Talvez fosse apenas paranóia minha, afinal de contas eu estava na Espanha e meus assassinos não deveria saber disso. Cheguei na porta do hotel mais barato e quase chorei ao ver aquela espelunca. Que decadência, Liliam Stark!

–Olha só, gente! – Larguei minha mala no momento que a voz surgiu atrás de mim. O bom de ser uma assassina e que se conhece muitos assassinos. – A Devil Lips está aqui!

Fazia algum tempo que não escutava aquele maldito apelido. Era quase um nome de guerra, só que no meu caso era meu nome de assassina.

–Não tem nada melhor para fazer, Hudson. – Girei meu corpo sob o salto agulha e encarei meu companheiro. – Afinal de contas ninguém te matou ainda então deve comemorar!

–Não sou eu que precisa ser morto. – Ele começou a dar passos lentos até mim. Minha mão automaticamente procurou minha arma na minha bota e percebi que não estava lá. Caramba, eu tinha escondido na mala na hora da revisão! Agora eu estava desarmada com alguém que estava sendo pago para me matar.

–Então sugiro que vá embora. – Tentei manter a voz firme para que ele talvez se acovardasse com minhas ameaças. – Afinal de contas não estou com vontade de acabar com você.

–Você e mais quem, Devil Lips.? – Um homem saiu do hotel com um sorriso no rosto. Percebi que outros três saíram das sombras, como eu suspeitava que tinha alguém. Agora eu poderia ficar muito desesperada.

–Olha só, quem seria tão covarde a ponto de mandar cinco pessoas para me matar? – Perguntei procurando um meio de fugir.

–Vamos dizer que sua existência não interessa ao Mr. Odorizze. – Não reconheci a maioria dos homens que estavam ali. Aquele era o meu problema naquele ramo, fiquei facilmente conhecida por todos só que não conheço ninguém.

–Que azar o dele! Eu gostava de mantê-lo vivo. – Na verdade se tinha uma pessoa que eu ainda desejaria matar era o Odorizze, ele que criou o monstro que eu era.

–Chega de conversa! – Gritou Hudson com os seus companheiros. – Vamos ao que interessa.

Senti mãos me agarrem por trás, e com uma cabeçada o afastei de mim. Cinco contra uma não seria muito justo, mas eu não iria cair sem lutar. Dois deles já voaram em mim quando acertei o amiguinho deles, e em um meu chute acertou sua cara, no outro meu salto quase perfurou sua barriga. Claro que meu problema não estava com aqueles amadores. Meu problema agora me esperava de braços cruzados. Hudson.

–Devil Lips, dentre todas as pessoas que já tentaram sair disso intacta, você foi a primeira que não quis matar. – Comentou caminhando até mim.

–Que pena que acabaremos assim, eu já tinha me acostumado a aceitar essa sua cara feia! – Minhas mãos se apoiaram no chão enquanto meu pé acertava sua cara, com o impacto ele deu alguns passos para trás e não perdi tempo em segurar seus braços e tentar vira-los para sua costa. Afinal de contas se seus braços estiverem desgrudados de seus ombros ele não terá como segurar uma arma para me matar. O único problema era a força dele.

Ele usou meu golpe contra mim, e acabou resultado de que com sua chave de braço ele agarrou meu pescoço. Não posso dizer que não tentei golpeá-lo, meu plano seria jogar meu corpo contra ele e com um mortal trocaria nossas posições. Mas um liquido foi injetado no meu braço e senti toda minha resistência se esvair.

–O chefe não brincou ao dizer que ela era forte. – Comentou um deles se aproximando de mim.

–Isso porque você não viu o quão talentosa ela é com uma arma. – Respondeu Hudson apertando mais meu pescoço.

–Vamos acabar com isso logo porque ela já nos deu muito trabalho. – Eu reconheci aquela voz com o do primeiro homem que tentou me agarrar.

Um deles sacou arma e o cano parou no meio da minha testa. Era frio, e desesperador ter uma arma apontada para sua cara, agora eu realmente sabia o que minhas vitimas sentiam. Só que percebi que era inútil lutar, afinal de contas aquilo tiraria toda aquela culpa por ser um monstro. Então fechei os olhos esperando que ele atirasse e terminasse com meu sofrimento.

O que não aconteceu.

Os braços de Hudson não estavam mais em mim, e tive que abrir os olhos para ver o porque. Não era apenas Hudson que havia desaparecido, mais todos os outros que deveriam estar ali não estavam.

–Eu não acho correto um grupo de homens matarem uma garota de cinquenta quilos. – Só dei por mim que estava caída no chão quando o homem ficou embaçado na minha visão.

–Já ouvi falar de você, não são muitas pessoas que mata com arco e flecha. – A voz de Hudson saiu como se ele estivesse sendo sufocado por alguém, mas não consegui entender a cena porque cores coloridas tomaram toda minha visão.

–E eu já ouvi falar do grupo do Odorizze, não que tenha me surpreendido. – Era uma droga não poder ver nada, seja o que for que tenham injetado em mim esta fazendo um terrível efeito. Espera... só tem uma droga que consegue me fazer efeito, porque todas as moléculas de Lilith são imunes contra drogas. Isso quer dizer que eles sabiam sobre o X-18, e não era muito seguro saberem sobre algo que pode me enfraquecer. – Avise ao Odorizze que se for atrás de Liliam Stark outra vez Nick Fury ira fazer questão de fazer uma visita.

Não deu para escutar a resposta de Hudson, porque minha audição começou a sibilar.

E então perdi todos os sentidos.

[...]

Levantei-me aterrorizada em uma cama. Meu corpo parecia que iria explodir de tanto medo e adrenalina que corria por minhas veias. Acho que, depois de ficar tão calma por tentarem te matar, você acaba acordando espantada.

–Calma, sou o Gavião Arqueiro e vim a nome de Nick Fury resgatar você. – Um homem vestido de preto saiu do banheiro secando suas mãos. Ele era bonito, e conhecia Fury a pessoa que meu pai me disse que podia confiar. Então o homem começou a me explicar que Nick Fury tinha pedido a ele para cuidar de mim depois que soube que Odorizze, meu ex – chefe, estava querendo me executar. Sua historia parecia bem convincente e do jeito que Fury era amigo do meu pai não desconfiei de suas intenções ao tentar me proteger. Mas desconfiei das intenções dele.

Meus olhos se encontraram com suas pupilas esverdeadas. Eu gostava da cor de seus olhos, transpiravam confiança, e naquele momento tudo que eu precisava era de alguém em confiar.

– Como vou saber se não vai me matar no meio da noite? - Mesmo que ele transpirasse confiança e que veio a mando de um velho amigo da família, não poderia deixar minhas guardas caírem totalmente.

– Justo. - Sua mão tateou o estrado da cama e ele pegou seu arco e estendeu a mim. Fiquei olhando o arco, receosa, não era justo tirar sua única arma tanto de ataque quanto de defesa. E se fosse para ele ter me matado não perderia tempo me levando ao um hotel e cuidando dos meus ferimentos. Suspirei alto e empurrei o arco de volta pra ele.

– Não me faça arrepender por confiar em você. - Sai da cama dando um ultimo olhar a ele e percebi um sorriso escapando de seus lábios.

– O que vai fazer? - Perguntou casualmente me vendo remexer em minha mala.

– Tomar banho! - Comentei como se não fosse óbvio. - Eu levei uma surra de assassinos profissionais, não acha que eu mereço?

O banheiro era apertado e estreito demais para me movimentar dentro dele. Alem disso não tinha luz, o que só dificultaria minha troca de roupa. Mas afinal de contas do que estou com medo? Já fiquei nua na frente de alguns homens, ele não se diferenciava dos outros. Comecei a levantar minha blusa e ouvi exclamar atrás de mim.

– Hey, precisa se trocar bem aqui? - Sua voz dedurou que ele havia ficado desconfortado.

– Não consigo enxergar nem minhas mãos naquele banheiro! - Reclamei lançando a blusa para cima da minha mala.

– Desculpe se no hotel cinco estrelas não aceitam gente ensanguentada. - Me virei para encara-lo depois de sua piadinha. Arqueiro estava virado para o lado oposto da cama, encarando a parede descascada do que a mim.

– O que foi? Não gosta muito da minha fruta? - Brinquei abrindo os dois botões da calça jeans.

– Não gosto de ver uma garotinha como você se despindo na minha frente. - Aquilo me atingiu como uma de suas flechas. Ele tinha dito "garotinha"?

– Eu não acredito que me chamou de garotinha! - Reclamei indignada. Me aproximei dele e coloquei as mãos em seus ombros. - Quer que eu te mostre a garotinha?

– Quer que eu te mostre o caminho do banheiro? - Gavião rapidamente se virou e segurou meus pulsos, me obrigou a levantar e caminhar até o banheiro de costas.

– Como ousa me rejeitar, gaivota?! - Questionei quando me soltou dentro do banheiro.

– Desculpa, Devil Lips, você não faz meu tipo. - Sua piscada foi sapeca, então fechou a porta e me obrigou tomar banho mesmo assim. A água era gelada e me fez com que soltasse um gritinho ao entrar debaixo do chuveiro. Escutei a risada de Barton no lado de fora, provavelmente ele já sabia sobre isso é não me avisou.

– Idiota! - Respondi a sua risada.

Então o chuveiro começou a ficar quente e imediatamente me fez relaxar todos os músculos do meu corpo. Não me dei ao luxo de enrolar no banheiro, afinal de contas ainda tinha um homem que tinha talento de matar, racionalmente não era bom ficar na escuridão dando uma vantagem.

Sai do banheiro segurando minha toalha enquanto minha outra mão torcia meu cabelo. Barton estava de costas para mim, provavelmente vendo algo interessante, então nas pontas do pé tentei ver o que estava o interessando tanto. Era uma foto minha com meus pais e meu irmão. Não fiquei brava por ele ter mexido na minha mala, afinal eu também xeretaria a dele quando tivesse oportunidade, só que não agradou muito ele ter visto aquela parte da minha vida. Que atá mesmo eu tinha me esquecido que tinha.

– Isso é meu. - Peguei a foto de suas mãos e recoloquei em sua mala.

– Ah, não me diga que vai se trocar aqui? - Reclamou quando viu escolhendo a calcinha que iria colocar.

– Por quê? Não quer ver a "garotinha" nua? Pena que não pensou nisso quando escolheu uma droga de hotel zero estrela. - Respondi colocando a calcinha por baixo da toalha. Barton não se aguentou e foi para o corredor para que não tivesse que me ver pelada. Confesso que gostei do modo que ele me respeitou, tinha ate começado a esquecer como era estar com um homem sem que ele tenha segundas intenções.

– Pode voltar, já me troquei! - Gritei terminando de colocar minha camiseta verde. Seus olhos varreram meu corpo, e não era um olhar de malícia, mas sim averiguando se eu estava bem vestida. Como se fosse meu irmão mais velho.

– Vamos deixar algumas coisas claras: Não te salvei porque queria dormir com você, ou por ordens de Fury, porque ele apenas tinha me pedido para ver se ainda estava viva. Te salvei porque eu quis te salvar. Você causou uma baita bagunça e a S.H.I.E.L.D. não queria que continuasse a ser um problema, mesmo que Nick tenha qualquer apresso por seu pai já não estava nas mãos deles se você merecia morrer ou não. Eu apenas posso te dar duas escolhas Liliam Stark, a primeira é que te deixo ir embora e você continua a fugir do jeito que estava, porque sabemos que quando querem exterminar um assassino milhares se disposição a fazer isso, principalmente sendo filha de Howard Stark. Ou, você pode ir comigo ir ate Nick, ele te fará uma proposta de recrutamento e em troca limpamos sua barra diante de Odorizze, e estará livre de gente que tentara te matar. Mas para isso terá que me prometer que fará parte do meu time, o time dos bonzinhos. Qual será sua escolha?

Não havia o que pensar. Aquela oportunidade era meu modo de salvação e rendição. Talvez o único modo que poderia me fazer ter um recomeço.

– Eu aceito ser do seu time.

Sua mão se estendeu no ar e seus olhos verdes brilharam quando seu sorriso chegou ate eles.

– Promete, Liliam Stark?

– Prometo! Mas por favor, nada de Devil Lips ou Liliam Stark. Apenas me chame de Lily.

– Como quiser Lily, me chame apenas de Clint. - Pediu quando apertei nossas mãos formando um compromisso.

– Ah, mais Gaivota fica tão mais fofo! - Brinquei me jogando na cama.

– E Lily fica tão garotinha! - Respondeu a provocação pegando um travesseiro e jogando em minha cara.

Claro que eu não deixaria barato.

–Então você transou com Clint também? – Perguntou Lilith me fazendo voltar ao presente. Avancei em cima dela, mas era inútil já que ela só era uma miragem chata, e que infelizmente não conseguia fazê-la sumir.

–No seu planeta não tem o significados da palavra “amigos”- Eu esqueço de sempre me lembrar quem Lilith é e de quem ela pode ser. Para uma pessoa que passou um ano inteiro sem nem gostar de mim.

Era uma característica que eu não tinha perdido durante os anos: da habilidade de confiar nas pessoas e de querem que elas achem o bem. Sei que é um erro porque acabo me ferrando toda vez, mas se eu perder isso estarei perdendo quem eu sou, e não valeria apenas ser Liliam Stark se não tenho o pacote completo.

–Claro que existem, e fazemos o que vocês chamam de “suruba”. – Provocou dando um sorriso diabólico.

Meu celular começou a vibrar em minha mão e toda esperançosa achei que era o Clint. Mas era a ultima pessoa que eu iria querer falar naquele momento.

Um efeito que teve com a minha saída da América foi o fato de meu irmão ficar furioso. Anthony não soube da minha partida por mim, mas pelo que parece foi em uma entrevista do qual foi questionado do grau de aproximação com sua irmã mais nova, e ele respondeu que sim e que talvez em NY eu poderia visita-lo sem ser feriado, só que ela acabou comentando que não achava possível uma aproximação já que estava na Alemanha. Ele ficou uma fera. Gritou e eu devolvi, resultou que nossas ligações mensais acabaram. Ate agora.

Bati as unhas na tela vendo seu nome piscar.

– Por que não atende? - Questionou Lilith se apoiando na janela de vidro e com sua testa franzida. Ainda era estranho ver minhas expressões ficarem tão diferente nela.

– A cada ligação que ele faz, acabamos nos afastando mais e cada vez mais eu preciso mentir. Pode não parecer, mas me odeio por não dizer a verdade. - Resolvi que não seria uma boa ideia ignorá-lo e acabar fazendo com que tenha mais raiva de mim.

– Anthony, quanto tempo! - Disfarcei meu desconforto com uma voz alta e animada.

– Liliam, eu preciso saber onde o papai guardava os arquivos sobre o Tesseract. - Fiquei surpresa com sua pergunta. Seu tom parecia forcado e desesperado, e sei como a boa Stark que sou que ele não tinha esquecido que na ultima vez que nos falamos eu o mandei parar de se achar dono da minha vida e começar a cuidar mais da dele.

– Bom ver que ainda esta com raiva de mim. - Não dava para disfarçar meu ressentimento com sarcasmo. Mais a verdade e que eu não poderia receber sua pergunta, pois todos os arquivos estavam no meu servidor pessoal junto com minhas anotações sobre a mitologia nórdica, e sabendo que meu irmão e curioso ele perceberia que as maiorias das minhas fontes são a S.H.I.E.L.D. Não é algo que eu possivelmente quero entregar sem que esteja ao lado dele para me explicar. - Eu não sei. Papai tinha um servidor pessoal e a maioria dos arquivos sobre esse assunto estava nele. Só pude ver poucas coisas, e se sabe da existência do Tesseract então sabe o mesmo que eu. - Mordi minha boca com a mentira. Quantas mentiras seriam necessárias para que ele percebesse a verdade?

– Por que acho que nenhuma palavra que disse é verdade? - Perguntou irritado.

– Por que acha que me conhece? - Rebati com toda grosseria que usei na ultima ligação.

– Liliam, por favor, vamos parar tá? Chega, chega de toda essa baboseira de irmãos que se odeiam, porque não é verdade! Você pode pensar que não me importo ,mas eu tento! Fica difícil entender você, porque da ultima vez que esteve aqui eu vi minha irmã, aquela que me conheci a vida toda e não essa que some para Alemanha, ou fica me tratando como um desconhecido. Estou pedindo sua ajuda, e espero que colabore como a pequena lírio que sei que esta ai. Então Liliam Stark, eu te pergunto você sabe alguma coisa do Tesseract que eu precise saber?

Eu queria dizer a ele. Não só sobre o Tesseract, sobre a S.H.I.E.L.D., sobre meu passado ... sobre quem sou. Mas não posso correr o risco de fazer com que meu irmão me odeie, porque eu sei que se ele souber de todas minhas mentiras ele não suportaria nem olhar na minha cara. Então superei minha vontade de chorar, suspirei fundo e respondi:

– Não, Anthony, eu não sei sobre isso. - Podia ouvir os cacos de vidro se quebrando com minhas palavras, como se a ligação que retomei com ele enquanto achava que ia morrer fosse uma pequena janela de vidro, eu joguei uma pedra na ultima ligação mais não se quebrou por inteiro. Provavelmente o que eu falei foi uma granada e ela se rachou.

– Tudo bem, Liliam. Uma pergunta: Você foi embora de New York por que sabia que eu iria ficar aqui?

Aquela pergunta era idiota. Eu amava NY e não desistiria minha cidade só porque ele queria me provocar. Mas se respondesse que não ele iria descobrir a razão e como eu contaria a ele que um alienígena dentro de mim me convenceu a largar NY e agora estou a procura de qualquer coisa que me ajudasse a descobrir se mitologia nórdica poderia ser real. Optei por afirmar que era sim.

– Não poderia conviver com você mais uma vez. Pode achar que me conhece , mas não, sinto muito Tony por não exceder a suas expectativas. Só que eu não sou mais a pequena lírio.

Desliguei o celular antes que eu pudesse escutar mais alguma palavra que pudesse me machucar. Doía tanto machuca-lo desse jeito,mas sei que se ele soubesse sobre mim iria doer muito mais. Prefiro esconder minha verdade do que encarar minhas mentiras.

Pov's Autora

Loki estava sentado na frente do computador pensando enquanto via a foto de Liliam Stark. Em sua mente, seu encontro com Liliam não foi mais do que o esperado. Os humanos são tão previsíveis que chegam a ser entediantes. Não querem acreditar na única verdade da vida deles, de que eles não estão no universo sozinho e que não valem nada menos do que lixo para os outros mundos. Sempre tão conhecidos por sua fragilidade, sua negligencia a realidade, e sua ignorância da verdade. Não era de se esperar que sempre teriam que ser protegidos, afinal de contas eles nem sabem com quem lutam.

Ao contrario deles Loki não era negligente. Ele sabia que os que se denominam "protetores" como a S.H.I.E.L.D ou o Homem de Ferro não iriam virar as costas enquanto ele assume seu reinado. Também não era do plano dele cair tão fácil, se ele tinha que mostrar liderança ele precisa que o povo veja seu poder. Mas ainda sim tinha que se ver livre de perigos, ou ameaças de que seu plano não de certo. Isso incluía matar Liliam Stark.

Como era possível apenas uma garota ser o centro de tudo? Irmã de Tony Stark; agente da S.H.I.E.L.D, ter ligações profundas com o Capitão América e ,ainda com o bônus, é melhor amiga da

namorada de Thor. Não teria ninguém daquele meio que não sofreria com a cruel morte de Liliam Stark, seriam cegados pelo ódio e assim acabariam sendo alvo para os chitauris os massacrassem. Uma risada escapou de Loki, a garota sorridente da tela não deveria ter tido nenhuma sorte.

–Você vai matá-la, não vai? - Perguntou Clint se aproximando atrás de Loki e vendo a imagem de Liliam preencher a tela do computador. Clint estava agindo muito bem sob os controles de Loki: iria convencer Liliam a ir ao museu, deu todas as informações que precisava saber sobre a vida pessoal de seus inimigos...Mas Loki já estava perdendo a paciência com o sentimentalismo que Barton usava ao mencionar Liliam Stark. Era como se aquele nome mostrasse a quem ele realmente servia, mostrasse seus verdadeiros sentimentos sobre ela, e Loki não poderia permitir isso.

–Com a sua ajuda, claro. Afinal não poderia matá-la se você não a atrair para aquele baile. - Afirmou Loki passando a mão pelos lábios e não retirando seus pensamentos de Liliam. Era um terrível desperdício acabar com a vida de algo tão belo quanto ela, e infelizmente nem teve tempo de fazê-la cair aos seus encantos,

–Porque você esta me mandando. - Acrescentando Barton, o homem sentiu a repulsa que sentiu ao olhar para os olhos de Liliam e mentir sobre o que estava acontecendo. - Sabe que comanda minha mente mais não pode influenciar o que eu sinto. E quando a vejo eu sei que não a quero machucada.

–Não será você a machuca-la, será eu. - Declarou desviando os olhos pela primeira vez. O deus nórdico não entendia o porquê de tanto sentimentalismo, as vidas humanas eram desperdiçadas aos milhões e ainda sim ele se sentia mal por estar sacrificando uma. - E tem razão sobre o fato de eu não poder controlar seu coração, mas não significa que sua mente não será influenciada por um único desejo é será querer Liliam Stark morta. - Os olhos de Clint mudaram de cor, o verdadeiro esverdeado de seus olhos voltaram a ficar azul brilhante e assim mostrou seu controle.

–Agora, busque-me o cetro. - Ordenou Loki. Barton assentiu entendo a sua ordem.

–Por que fazer com que Liliam fique com ele? - Questionou Barton, mas ao contrario de alguns minutos atrás sua voz agora parece robótica.

–Caso meu plano de mata-la não de certo, quando for capturado, a S.H.I.E.L.D não acreditara na estupidez dela não acreditar em minha existência. E eles se preocuparam em descobrir se ela não é minha intermediaria e enquanto se preocupo, eu assisto.

–Se Liliam for acusada de traição e as provas estiverem contra ela, a expulsão será imediata. Isso com certeza iria abalar o ego de Fury, ele a considera sua vitoria pessoal junto com a Natasha. -Comentou Barton percebendo o plano do Loki.

–Mas meu principal alvo não é Fury. O que é melhor do que um problema familiar? - Disse Loki com seu sorriso diabólico nos lábios, ele bem sabia como era ser um problema familiar. - Se Tony Stark é tão egocêntrico como diz...

–Ele é. - Adicionou Barton se lembrando de como Natasha reclamou dele.

–Então não espera que sua irmã, seu sangue, minta para ele. E descobrir que além de mentirosa ela se aliou ao inimigo pode ser considerado imperdoável. Acredite quando digo que ele não se é de atingir fácil, mas se tem uma coisa que ele é totalmente vulnerável é com a família. - Loki voltou a andar pelos corredores do armazém, e foi seguido por Barton.

–Como sabe de tudo isso?

–Porque eu já fui o irmão mais novo. Pelo que sei eles perderam os pais cedo, o que resulta em uma ligação mais forte. Por alguma razão, que eu acho que seja culpa dele, ela acabou se corrompendo e fugindo do irmão. Mesmo que tenha o magoado ele ainda vai querer salvá-la, então sou obrigado a criar uma divisão familiar para atrapalhar sua mente.

–Isso é diabolicamente brilhante. A maioria dos vilões pensam em destruí-los apenas pelo lado de fora, com todos os modos possíveis até que implorem pela derrota. Agora você quer destruí-los por inteiro.

–Nada adianta destruir um corpo se a alma está intacta. E uma lição que se aprende depois de viver o que vivi, nenhuma dor supera a que foi implantada pela própria família. - Ele não se referiu a Liliam na ultima frase, ou talvez tivesse se referido e percebeu como os dois são parecidos, com o modo de afastar o pensamento ele balançou a cabeça e sorriu. - E, como você disse, não existe ninguém como eu.


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Notas finais do capítulo

Capitulo corrigido pela minha ótima parceira: Pirate Panda

Próximo capitulo: Tampe meus olhos!

Liliam Stark está inocentemente caindo na armadilha de Loki ao aceitar um convite de Clint para um baile. Sua ingenuidade lhe trará mais problemas do que poderá acreditar quando a verdade for revelada diante de seus olhos. Enquanto Liliam recebe atenção de Loki, Steve conversa com Natasha a respeito de um passado obscuro sobre a garota Stark e o mistério preenche a todos da S.H.I.E.L.D: Liliam Stark seria uma pessoa de confiança?