Tonta, zangada e confusa sai perguntando para os agentes onde estavam os quartos, para que eu possa ter um momento sozinha. Uma agente loira indicou o quarto que foi resignado a mim, já que quando eu voltasse ficaria um bom tempo na base aérea.

Porém eu não estava disposta a descansar, ou dormir como falei para a jovem agente. Tinha uma coisa que eu precisava resolver... Uma batalha interna. Olhei em volta ao quarto, que não era muita coisa; cinza, com uma cama de solteiro e um espelho que provavelmente teria uma arma de segurança atrás.

Fechei a porta e comentei:

–Sua vadia. – Sussurrei com toda a minha raiva quase radiando o quarto.

–O que? Já esta tão delicada assim? – A voz atrás de mim surgiu irônica como sempre. - Ouvi os cacos do seu coração se despedaçar hoje... Achei melhor pular o draminha. - Lilith sorriu vitoriosa, com seus olhos vermelhos chamuscando de prazer.

– Tudo foi manipulação sua! Sua cadela! – Grunhi como um cachorro ao ataque. Queria eu ataca-la se ela não estivesse apenas na minha mente.

– Você realmente acreditou que eu estava te ajudando? - Perguntou com incredulidade. Lilith botou suas mãos nós lábios e tampou a gargalhada que iria romper de seus lábios. - E eu achando que estava subestimando você. Liliam Stark sempre a pequena lírio! - Aquele nome me fez lembrar-se de toda minha discussão com Tony e senti a fúria me dominar. - Por que eu ajudaria você a sobreviver sendo que sou o motivo da sua morte por tanto tempo?

– Mas você disse...

– Disse o que você queria ouvir! Eu te dei um motivo para você escapar do capitão como queria, ou insiste a dizer que eu fui à razão por qual você foi embora? – Começamos a andar em círculos pelo quarto, evitando se manter perto uma da outra.

Éramos rivais, disputando pelo mesmo corpo.

– Eu fui embora porque você estava desesperada e porque me deu provas de que era real! Minha voz alterou-se conforme minha raiva, e honestamente não me importei com que diriam ao me escutar.

Era somente eu e ela agora.

–Não, você foi embora porque está com medo de amar. Vamos lá, Liliam, seria eu tão influente na sua vida aponto de você abandonar o capitão por minhas simples palavras? Acredita mesmo que eu, a alienígena que vive dentro de você, iria ter tanto poder para separá-la do seu grande amor? Isso que é me dar creditos. – Ela sacudiu os ombros enquanto gargalhava.

–Esta mentindo. – Respondi.

–Não, não estou. Você não consegue encarar o fato de que tem medo de se relacionar, tem medo de ferir as pessoas que ama e por isso foge antes que isso aconteça. Fugiu do Steve e do seu irmão, como um rato foge de um navio a deriva. Chama-se de quebradora de corações, porém sabemos que não é a verdade. Tudo que quer é iguala-se a grandeza de Anthony.

–Cala a boca. – As lagrimas pareciam voltar conforme as palavras aceitavam meu coração.

–O que? A verdade não é tão bonita como as mentiras que inventa, não é?Pode tentar negar a si mesma, mas sabemos que o seu verdadeiro medo, aquele que explica porque foge tanto, é de ser uma completa decepção como foi para seus pais. Foi por isso que se sentiu compatível a Loki! Porque ele entende sua dor... Ele sabe bem como é também ser uma decepção na vida das pessoas.

–Você é uma vadia.

–Não tanto quanto você. Fiquei com essas palavras entaladas há anos, é muito bom poder dizer em voz alta e ver como te machuca. Porque você sabe que esta morrendo, sabe que estou te matando.

–Os exames mostraram que esta tudo bem.

–Os exames mostram minha existência? Mostram o quão viva estou dentro de você? Eles mostram isso? – Lilith cravou sua mão na boca do estomago, que conseguiu literalmente apertar, atravessando sua mão por baixo da pele.

Senti então como se alguém estivesse fazendo o mesmo comigo, apertando-o como uma fruta, fazendo todas minhas forças esvaírem e me fazer cair no chão. Sangue começou a jorrar dos meus lábios e quanto mais tentava pedir por ajuda mais sangue parecia sair.

–Percebe o que eu digo? Sua morte depende da minha vontade, sempre foi assim, pode ser cedo ou tarde demais. Mas não seria conveniente te matar agora má que chegamos ao seu ápice. Gosto de apreciar seu drama.

Empurrava com meus pés seu corpo para longe, tentando manter sua imagem bem longe de mim, para que ela não voltasse a me machucar. Minhas botas batiam no chão fazendo barulhos altos e na hora do medo eu me agarrei ao ferro que estava ao meu lado.

– Ah, a garotinha está com medo! - Exclamou sem retirar aquele sorriso demoníaco dos lábios. Seus olhos ficaram em chamas só em pensar mil formas como me torturar. - Que tal se eu te der um motivo maior para gritar.

Lilith passou as unhas pelo seu braço, usando a maior força que alguém faria para se mutilar. Mas além de uma careta, parecia que o ato mal a incomodava. Porque seu alvo não era ela, era eu.

Olhei para meu braço direito e vi as cinco marcas vermelhas me fazendo gritar de dor. Meus olhos se encheram d'água ao sentir a terrível dor que estava em meu braço, parecendo que enfiaram garras de tigres no lugar de unhas humanas. Mordi meus lábios evitando o choro, porque eu preferia morrer ao chorar na frente dela.

– Você não tem ideia do que eu posso fazer, ou do que quero fazer. - Declarou levantando os braços em uma declaração teatral. - Eu não posso ainda te matar, mas te machucar de qualquer jeito torna a morte uma ótima opção.

Suspirou forte como se estivesse admirando tudo isso.

–Que tal eu te fazer dormir um pouco? Esta tão cansada! – Sussurrou fazendo cachos no seu cabelo com o dedo. – Liliam, só uma dica: antes de confiar em alguém, conheça seus demônios interiores primeiro.

Depois disso tudo que escutei foi uma risada alta antes de apagar.
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Minhas botas bateram no chão com força. Olhei para os lados e percebi que não estava mais no meu quarto, nem me lembrava de como cheguei ali. O "quarto do Hulk" estava deserto, que na linguagem da SHIELD significava sem guardas, algo estranho.

–Ola, Liliam. - Aquela voz afugentou meu ar.

Aquela tinha sido a primeira vez que estávamos próximos um do outro depois do museu, depois que despertei e vi quem ele verdadeiramente era. Um deus asgardiano cruel que veio a terra para tentar ser rei.

–Loki. - Sussurrei sem virar-me em sua direção.

Lá estava ele, preso na cela do Hulk, olhando pra mim com aquele mistério em seus olhos. Sabe quando você fica encantado com um tigre, ou um leão no zoológico? Aquele pelo exótico, os olhos, o desejo que tem de chegar mais perto mesmo sabendo do perigo que aguarda. Mesmo sabendo que pode morrer o desejo irracional transforma você... Te muda.

Houve um tempo que eu era considerada ingênua que numa linha tênue se fundia ao irracional. A acusação de Tony estava certa, naquele tempo eu fui embora de casa com um garoto que mal conhecia só para estar longe de seu controle. Na época eu tinha dezesseis, passará a maior parte da vida querendo acreditar que alguém me salvaria do calabouço da mansão Stark.

Mas é agora? Tenho vinte cinco anos. Não sou mais a adolescente idiota que acredita em qualquer promessa de amor verdadeiro. Ser racional sempre foi o meu ponto forte depois do que passei, foi o que me impedia de se apaixonar por alguém antes de Steve e mesmo com Steve tive que ser racional.

Porém Loki atiçava um lado meu que não conseguia controlar. Parte era por desejo, des da noite do baile, todo seu fascínio por mim comoveu uma parte minha. Outra porque um lado meu desejou estar ao seu lado, enfrentando o mundo e se entregando ao meu verdadeiro lado.

–Estava a sua espera. – Ele levantou-se do seu banco e começou a andar gloriosamente até a parede de vidro.

–Então sabe o que eu quero. - Disse me referindo à localização de Clint.

–Sempre soube... E você,já sabe o que quer? Ou ainda finge que quer o quer é aquela fantasia da sua cabeça. – Depois que disse essas palavras minha mente maquinou até o ultimo sonho que tive com Steve. O sonho que ele estava.

–Como conseguiu entrar? É um tipo de telepata? – Perguntei deduzindo que aquela era uma visita não autorizada na minha mente.

–Escondendo a verdade com perguntas que sabe a resposta. – Seu sorriso sagaz brotou.

–Criou uma ligação mental entre nós usando o cetro não é?

–Está ficando sensata, o efeito que o soldado tem em você esvai-se. – As palavras dele me lembraram Lilith, e mordi o lábio inferior, enraivecida.

–Não quero discutir sobre Steve, quero que me diga onde Clint esta. – Me aproximei mais da jaula e cruzei meus braços.

–Por que acha que diria? – Ele também se aproximou fazendo com que apenas o vidro nos separasse.

–Porque você não mente pra mim, dês do início. E porque assim como me contou seu plano eu sei o que quer.

– Você acha que só porque lhe dei alguns míseros segundo de atenção eu me importo com você? - Cuspiu me fazendo recuar. O pior e que ele acha que palavras como aquela me magoariam.

– Você não respondeu minha pergunta. Aonde esta Clint? – Não me deixei vencer por suas palavras e avancei mais um pouco.

– Por que engana-se ao pensar que lhe diria? Sua vida pouco importa a mim. Poderia mata-la tão fácil quanto se mata um verme. – Ele gargalhou da minha cara.

–Mas não me matara.

–Não me subestime.

–Sei que não ira. Gosta de mim. – Concluiu sentindo um pouco de convencimento.

–Gosto de muitas coisas, dentre elas você não se encaixa. Por que gostaria de algo tão fraco como você? Domesticada por todos, controlada... Gosto de coisas livres pois sou livre.

–Acho que não. – Apontei para a jaula me referindo.

–Isto é uma questão temporária, e você? Acha que um dia irão olha-la e deixar que tomem sua escolha? Eles a tem em chibatas como uma besta, temem seu lado obscuro por isso a domina, e parece estar tão domesticada a ponto de temê-lo também.Erro em minhas palavras?

–Não.

–Não é conhecida apenas por ser a irmã do grande Homem de Ferro? Sempre a pequena lírio.

– Sim, eu vivi a minha vida toda nas sombras de Tony! Sim, por mais que eu tente ser ou fazer algo bom, nada se compara ao homem de ferro! E eu posso odia-lo com todas minhas forças! - Cerrei os dentes ao sentir as emoções borbulharem em mim como lava num vulcão. Respirei fundo tentando acalmar uma erupção. - Mas não posso. Que tipo de pessoa eu seria se odiasse meu irmão? Ele é egoísta, controlador, cabeça dura e qualquer outra palavra que possa defini-lo, porém ele ainda é o garoto que me protegia quando criança e eu ainda sou a pequena lírio. Não conseguiria lhe dar as costas nunca.

–Como disse: Tão ingênua. – Seus olhos brilharam de empolgação. – Desafio a me provar que existe um lado corajoso o suficiente para entrar e se juntar a mim nesta cela.

–Isso é ridículo! – Comentei dando risada.

–Não se considera capaz?

Eu tinha que parar de aceitar qualquer desafio. Irracionalmente coloquei minha senha e abri a jaula do Hulk, entrando lá sem hesitar.

–Satisfeito? – Perguntei depois de entrar lá.

–Completamente. – O Loki a minha frente sumiu e a voz veio de um sussurro quente na minha orelha.

Com o susto eu acabei me virando para ele e tomei um susto ao vê-lo tão perto. Depois olhei para a porta e lembrei que não tinha uma senha de identificação por dentro, então como eu poderia sair dali?

Eu parecia um animal encurralado pelo seu predador. Senti o vidro frio em minhas costas e seus passos lentos estavam o aproximando de mim. Até que não havia espaço, e ele estava bem na minha frente, quase dividindo nossas respirações. Sua aproximação fez com que meu corpo esquentasse como um vulcão, atraindo-se para o deus. E ele percebeu isso.

–O que a impede, Liliam Stark? – Perguntou com aquela voz que fazia meu corpo responder aos meus instintos sexuais. – O que a impede de ceder ao desejo que tanto reluta? Você sabe que quer estar comigo tanto quanto quero estar com você, sabe que quer se entregar a mim tanto quanto estou dando a você...

–Não! – Fechei os olhos para não me concentrar naqueles olhos e acabar fazendo besteira. Por que ninguém impedia aquilo? Por que eu não conseguia afasta-lo? – Eu não quero você, e eu não sinto absolutamente nada para você. Você é tudo aquilo que eu devo rejeitar.

–Estou vendo o seu jeito de me rejeitar. – Senti seu ar quente em minha orelha, e tive que segurar em meu uniforme para me lembrar de não ceder.

–Eu não posso ceder a você, eu não posso... Se eu cedesse que tipo de pessoa eu seria? – Perguntei a mim mesma. Eu havia prometido a Steve e ao meu irmão que nada aconteceu entre mim e Loki, mas algo terrível aconteceu. Eu nunca havia sentido um desejo tão forte, nem um calor tão devastador a ponto de me fazer questionar meus sentimentos por alguém. Claro que eu sei como a atração pode ser poderosa em alguns casos, algumas pessoas na verdade nem se importam em não ceder a aquele tipo de desejo carnal. Só que aquilo deveria ir alem da atração, pelo menos eu me sentia assim. Quando eu olhava em seus olhos eu percebia sua dor lá no fundo, e uma vontade de salvá-lo vinha imediatamente. Foram poucos momentos para saber definir o que eu sentia por ele, mas tenho certeza que não era humano. Era quase uma ligação cósmica.

–Você não é desse jeito, Liliam. A cada minuto vejo que luta contra seus instintos naturais, se aprisiona em sua mente como se aprisiona um monstro. O mesmo modo como aprisionaram você sua vida toda. Alguma vez já se sentiu viva de verdade? Como se algo lhe tirasse o ar e depois lhe devolvesse depois de muito tempo? Como se sobrevisse depois que tinha certeza que iria morrer? – Aquelas palavras me fizeram abrir os olhos automaticamente. Era como se ele estivesse em cada canto de minha mente. – E é exatamente isso que você sente comigo, não é? Como se estivesse na beirada de um abismo e não se sente pronta para pular, porque lhe disseram a vida toda que aquilo era perigoso, porém aquilo é tudo que você quer fazer.

–E mesmo assim não me da garantia que eu sobreviva depois que pular. – Não tive medo de responder a altura ao seu argumento. Eu mesma já tinha meus traumas com pular de um lugar muito alto, então aquela não era sua melhor referencia. – Você acertou na semelhança entre o abismo e você, porque eu nunca me jogaria em um lugar profundo e sem segurança como vocês. Eu gosto da proteção, de saber que não importa o que aconteça nada vai me machucar. E você e o abismo só irão fazer totalmente ao contrario comigo.

–E por isso que está apaixonada pelo capitão? – Perguntou Loki com um sorriso esperto nos lábios. Ele se afastou e começou a caminhar pela jaula. – Porque se sente segura de seus sentimentos sobre ele, ou por que sabe que ele jamais traria a tona seus desejos obscuros.

–Eu estou apaixonada por ele porque Steve é o que eu quero. – Respondi olhando em seus olhos.

Quanto mais olhava nos olhos dele, mais esquecia os motivos para não agarra-lo e mostrar a ele todo meu desejo.

–Por que quer provar a eles que não sente nada por mim? - Sua mão agarrou minha cintura e aproximou nossos corpos. Meu corpo queimava, latejava, sentia coisas que nenhum homem me fazia sentir.

Dês de que comecei a quebrar corações, sempre me senti confiante em relação aos homens. Percebi conforme o tempo que eu sou uma controladora compulsiva, gosto de controlar qualquer relação que eu tenho. Mas não consegui controlar as coisas com meu irmão então sai de casa, não consegui controlar meus sentimentos com Steve, decidi de continuar.

Era diferente com Loki, e eu odiava isso!

Virei-me para o vidro e fechei meus olhos em resposta ao seu toque, tentando pensar nas razoes pelas qual eu deveria sair dali.

1- Loki é mal, matou pessoas.

– Eu vejo seu esforço ao tentar se convencer de que não quer. Ontem havia me prometido que não mentiria, então diga-me que não me quer? - A outra mão que não estava ocupada segurando minha cintura, colocou meu cabelo em meu ombro e começou a beijar meu pescoço. Lábios gelados, que compartilhava do mesmo desejo ardente. – Não quer a força e poder que tenho a lhe oferecer?

–Eu não vou cair no seu jogo, Loki. - Aquilo serviu mais para mim do que pra ele.

2- Provavelmente estão observando, então qualquer coisa que fizesse eu seria julgada por eles de novo.

– Você não me respondeu. Diga, Liliam Stark, você não me quer?

Engoli seco e pensei em outra razão.

3- Porque eu estou apaixonada... Eu estou... Eu.

– Não consigo mais fazer isso! Eu quero você, Loki!

Virei-me e olhei nos seus olhos e eu tive certeza. Eu preciso conhecer o sabor do demônio.

Coloquei minhas mãos em seu rosto e levantei meus pés para ficarmos da mesma altura. Loki arregalou os olhos surpreso e antes que dissesse algo selei nossos lábios em desespero.Era como conhecer o paraíso, dessa vez não estava exagerando. Loki era calmo e paciente, explorando cada lugar da minha boca com sua língua, dominando-me por completo. Seus lábios eram gelados, mas o sabor de seus finos lábios me fez arder em um fogo de desejo inexplicável. Quando voltei a abrir os olhos eu tinha certeza sobre o que queria. O empurrei com toda minha força para o vidro, pegando totalmente desprevenido. Não havia tempo para declarações ou palavras, eu precisava dele naquele momento. Alcancei seus lábios mais uma vez, faminta e com o meu desejo dominando.

Loki me jogou na parede de vidro com brutalidade e senti raiva e tesão por ele me tratar assim. Era a disputa por controle que nos alimentava a ser mais brutal com o outro o possível. Eu não me renderia ao deus tão facilmente e ele não se permitia me deixar controla-lo, nessa disputa meu uniforme já estava metade aberto. Loki beijava meu pescoço como se fosse a última vez que fazia isso, e apoiei minhas pernas nas suas pernas compridas para poder ficar na sua altura. Senti suas mãos frias me seguraram pelas coxas e junto com os beijos mais ousados em minha garganta e descendo um pouco mais juntando com suas apertadas firmes em minhas coxas eu entendi o que eu queria.

– Eu quero que você me leve para as estrelas, Loki.

Eu me sinto no paraíso... paraíso... Quando beijo o demônio.