Quando começo a me aproximar do acampamento, percebo os olhares que recebo, alguns começam a se aglomerar ao meu entorno, e a fazerem perguntas.

–Cadê o Percy, Grover e Tysson??

Ainda parecem perceber que meus olhos estão inchados, me olham com olhares de pena, até que no meio de toda aquela confusão ouço os galopes de Quíron, que com o respeito de todos consegue atravessar a multidão que já havia se formado a minha volta, consigo enxergar em seus olhos um olhar de preocupação quando vê que estou sozinha.

– Annabeth, vamos para a casa grande, junto com todos os chefes de chalé.- é possivel ver uma certa reclamação, parece que todos estão ansiosos para saber o que aconteceu.

Eu me sinto protegida quando ele me pega para me levar a casa grande, não posso evitar e começo a chorar, o que faz com que os olhares curiosos se intensifiquem e que Quíron se apresse para chegar á sala de recreação.

Quando chegamos todos se sentam em volta da mesa de pingue-pongue, e ficamos num intenso silêncio ate que Clarisse o quebra.

–O que aconteceu no labirinto?- Ela já esteve nele, e o pior sozinha, ela sabe que ele é capaz de enlouquecer alguem, realmente não sei como ela conseguiu sair de lá, pelo menos eu tive a companhia de Grover, Tysson, e PERCY. Esse pensamento me faz pensar que existe a possibilidade de nunca mais ver aquele cabeça de alga, por que estou tão abalada com tal possibilidade. Meus olhos voltam a encher de água. Tomo coragem e lhes conto sobre udo que passamos no labirinto, sobre a visita de hera e tudo mais.

Todos escutam a história em silêncio, ninguém exclama um palavra enquanto falo. Até que chego na parte da história em qua Grover e Tysson se separa de Percy e eu, por ter achado um grande rastro de Pã, quando começo a falar sobre o monte Santa helena lágrimas começam a sair involuntariamente de meus olhos. Lhes contei tudo, entre soluços.

–Eu e Percy encontramos a forja, enquanto eu coloquei meu boné e entrei na forja sozinha, acabei ouvindo uma conversa sobre metais fundidos de alguns monstros quando reencontrei Percy, que havia achado uma “escola” para monstros, e me disse que eram os mostros daquela forja eram telquines e eles estavam fabricando um nova arma para Cronos.- Quando falo isso os olhares ficam assustados, mas eu continuo- Ate quando vários telquines apareceram, eles eram muitos, eu sabia que não tinha como sobrevivermos, eu estava pronta pra lutar ate a morte, até que Percy me mandou ir embora, deixa-lo para trás, ele disse que ia ficar tudo bem , ele disse que tinha um plano...-a sala fica em um silêncio estarrucedor durante alguns minutos, todos observam a lágrimas que brotavam de meus olhos - Ele disse que hefesto teria que saber sobre os telquines e sobre a arma de Cronos, eu sabia que ele tinha razão então eu o deixei para trás. - Eu escondo a parte do beijo, eu nem sei o que aquilo significou, até agora me pergunto o que foi aquilo.- Enquanto seguia a tal aranha de metal houvi uma grande explosão que vinha da direção do monte Santa Helena, que fez o labirinto aparentar que iria desabar em minha cabeça.

Todos que habitavam aquela sala tinham semblantes tristes, era possivel ouvir o choro de Silena, ver os olhares tristes de Beckenford, Connor e Stoll, e a raiva de Clarisse, olho para Quíron e ele estava com uma expressão irreconhecivel, ninguem teve coragem de pronunciar nenhuma palavra, ate que consigo lhes falar sobre como voltei para o acampamento e da inesperada visita de minha mãe, e que os deuses estavam escondendo algo, pois ambas as vezes que perguntei se Percy estava morto, não recebi respostas dignas.

– Quíron Percy está morto??- Faço a mesma pergunta idiota pela terceira vez, mas eu desejava tanto ter esperanças de que ele estivesse vivo, que tinha que perguntar para todos se ele estava vivo ou morto, a última linha da profecia, que não tive coragem de contar para ninguem e a escondi, ainda pertuba a minha mente“E para algo pior que a morte um amor será perdido”.Se eu amo mesmo o Percy, o que ainda não sei, eu o perdi para algo pior do que a morte, então isso significa que ele ainda está vivo, mas por que ninguem quer me responder uma simples pergunta dignamente.

Todos olham para Quíron com olhares curiosos, ele detêm um olhar perdido.

–Annabeth se nem os deuses podem responder tal pergunta, não serei eu a pessoa certa a responder-te.

– Mas Quíron, você só precisa responder sim ou não,é uma simples resposta, por que é tão dificil faze-la.

– Querida, existem coisas que é melhor ficarem guardadas, segredos não serem revelados.

–Por favor Quíron, eu mereço uma resposta.- Não consigo mais controlar minhas lágrimas nem meu soluço, que parecem não me responder, do mesmo jeito que não tenho mais controle sobre meu corpo.

Quíron apesar de já ter treinado vários heróis, ainda não deve ser se acostumado com a dor de perder um aprendiz, pois este deixa algumas lágrimas cairem de seus olhos.

–Vá para o chalé de Atena Annabeth, você precisa descansar, lhe afirmo não posso responder tal pergunta, sinto muito queria muito tirar esse peso que reside nas costas de todos neste momento, mas não esta em meu poder tal resposta, e o restante anunciem a todos dos acampamentos sobre as notícias aqui reveladas, todos precisam saber, sei que está sendo dificil para todos, Percy é um campista muito especial, sei que todos tem sentimentos por eles,uns podem ter mais fortes do que outros- Neste momento todos dirigem o olhar a mim, não sei porque!- Mas temos que fazer preces para os deuses para que ele volte bem para o acampamento, esperaremos algumas semanas para afirmar que ele está morto.

Todos assentem a Quíron, eu estou sem forças para discutir, nesse momento, eu quero apenas ficar sozinha com meus pensamentos. Vejo os lideres de chalé se dirigirem a saida da sala, alguns quando passam me dão tapinhas no ombro, até quando me encontro sozinha na sala de recreação, procurando forças para me mecher.