Inside The Blue Box escrita por Queen Of Peace


Capítulo 11
Capítulo 10




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Aquilo era, de fato, uma surpresa inesperada mas extremamente agradável. A Doutor imediatamente sorriu, abraçou Jack e sentiu-se muito pequenina em comparação ao seu antigo corpo. Jack, apesar de não estar esperando por toda aquela recepção, riu e apertou a morena pela cintura.

— Bem, isso é muito bom! — Sorriu, e livrou-se dos braços dela pra que pudesse - finalmente - ajudar Thomas a se levantar. — E você, quem é? — perguntou, os olhos percorrendo todo o corpo magro do rapaz.

— Sou o Tom — respondeu de mau humor, limpando as mãos nas calças. Ele se surpreendeu ao perceber o sentimento estranho (ciúmes) que se apoderara de seu corpo ao ver a menina abraçando o tal Capitão Jack com tamanho entusiasmo. E quando se tratava dele, eram só tapas e apertos na bochecha.

Ela ainda segurava o braço de Jack, um sorriso enorme brincando em seus lábios. Thomas estava furioso. Queria puxar a morena pra longe dali e dizer-lhe que deveria apenas abraçá-lo e a ninguém mais.

— Você não sabe quem eu sou, sabe? — A Doutor finalmente falou, o sorriso inalterado em seu rosto. — Não me reconhece mesmo?

— Eu deveria reconhecê-la? Nós já...? — Jack arqueou as sobrancelhas sem se preocupar em terminar a pergunta. Não conseguia mesmo se lembrar daquela baixinha, e esperava que eles nunca tivessem tido nada, pois não costumava repetir seus affairs.

— Não! Claro que não! — riu, e apertou o braço de Jack. — Você vai adorar isso... — E enquanto falava, ela arrastava Jack pelo corredor, afastando-se de onde vinha a luz. Thomas seguiu os dois de mau humor, a cara emburrada. Preferia estar passando pelas experiências e recebendo choques na outra sala do que ser obrigado a assistir tudo aquilo.

— Eu sou o Doutor. — a menina finalmente disse, rindo. — Quer dizer, agora sou A Doutor, mas você entendeu. Sou eu! Dá pra acreditar! — Ela estava rindo mais alto do que deveria, e Thomas tentou se lembrar se em alguma parte de seu dia ela tinha rido daquela forma enquanto estava com ele.

— Isso é impossível. — Jack voltou a arquear as sobrancelhas, parando no meio do corredor e posicionando a menina contra a luz. — Impossível! — Ele conhecera duas das regenerações do Doutor, mas nunca passara por sua cabeça que era possível que ele se transformasse em uma mulher. Uma mulher! E ainda por cima bem bonitinha...

Thomas limpou a garganta, fazendo barulho. Ainda estava emburrado, de mau humor e impaciente com tudo aquilo. Por que eles simplesmente não terminavam com tudo aquilo de uma vez pra que ele pudesse ir embora? Só de pensar em se separar da Doutor fazia com que suas tripas revirassem dentro da barriga. Era quase... Triste pensar em deixá-la. Mas era isso o que aconteceria no final das contas, ele sabia. Ele não seria seu companheiro de viagens, seu amigo, nem nada. Ele apenas ajudaria a menina com aquela situação e depois iria embora. Começou a desejar que o tempo parasse pra que pudesse ficar mais ao seu lado. Interrompendo seus pensamentos, a Doutor segurou sua mão, um sorriso pequenino surgindo em seus lábios enquanto ela também o puxava pelo corredor. Aquilo era bom. Parecia errado, mas era bom. A morena se sentia bem confortável junto à Thomas. Apesar das bochechas enormes e a cara de sono, ele era um cara legal.

— Então vocês já se conheciam? — Tom perguntou, sem se dar ao trabalho de olhar pra nenhum dos dois. Não queria ver aquele sorrisinho que surgiria nos lábios da menina.

— Sim. Ele costumava viajar comigo. — ela respondeu, e Thomas agradeceu aos céus por não ter olhado pra ela enquanto falava. Ele podia ouvir o sorriso em sua voz enquanto ela o respondia.

No final do corredor eles encontraram outra sala. Era praticamente a mesma. O mesmo tamanho, a mesma cor nas paredes e o mesmo piso no chão. A única coisa que faltava ali eram os bizarros instrumentos de cirurgia. Enquanto Thomas ficava parado ali na entrada, a boca meio aberta enquanto ele observava a arquitetura do lugar, Jack tocava furiosamente na tela de algo parecido com um tablet que segurava em uma das mãos. Ele xingava vez ou outra, dava pancadinhas no aparelho que, aparentemente, se recusava a funcionar.

— Essa porcaria! Nunca deveria ter feito negócio com aqueles desconhecidos. — Mas ao que tudo indicava, o aparelho depois de receber algumas pancadas e xingamentos, finalmente passou a funcionar.

A Doutor não prestava muita atenção no que acontecia ao seu redor. Ela se afastou dos dois, e ficou murmurando sozinha em um canto. Thomas queria se aproximar e perguntar se estava tudo bem, mas achou melhor ficar quieto e esperar.

— É o seguinte... — Jack começou a falar, guardou o tablet sobre o casaco e sorriu. — Ao que tudo indica todos os cybermen estão aqui, então... Nós só temos
que explodir o prédio e acabar com essa história de uma vez por todas. — Ele sorriu, satisfeito consigo mesmo.

Então era só isso? Só isso? Colocar todos os robôs dentro do prédio e explodir tudo? Todo aquele drama por causa disso? Thomas não conseguia entender, e não sabia como meia dúzia de robôs poderia ser um problema tão grande para a humanidade. Mas outra vez, ele preferiu ficar quieto.

— Eu mesmo faço isso, caso vocês estejam se perguntando. — o Capitão continuou a falar ao perceber que nem Thomas e nem a Doutor pareciam interessados em suas palavras.

— Eu vou ajudar, claro. — A menina finalmente se manifestou, rolando os olhos. — Não vou te deixar sozinho. — E dizendo isso, ela caminhou apressadamente até Thomas, colocou as mãos em seus olhos e sorriu. — Você precisa ir agora. Você pode esperar por mim em frente àquela lanchonete onde comemos hoje cedo. Por favor confie em mim e faça o que eu falo. Não preciso de teimosias agora. — Apesar da dorzinha em seu coração por deixá-la, Thomas balançou a cabeça, meio desanimado, e concordou com ela. — Nós vamos nos ver em breve. — Ela prometeu, e beijou-lhe as bochechas.

— É o que eu espero. — Thomas respondeu, esforçando-se para colocar um sorriso no rosto. Esperava mesmo que pudesse vê-la em breve.


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Notas finais do capítulo

Comentem! xx



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