Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 9
Noite Terrível


Notas iniciais do capítulo

Hoje respondi um comentário dizendo que ia demorar pra postar esse capitulo, mas fiz hoje mesmo.. kkkkk
Não acho que a The Rose vai se importar por eu ter postado antes, né... Bom se ficar brava (o que duvido) me desculpe kkkk



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Scorpios Malfoy.

Irresponsável. Absolutamente irresponsável. Eu não me importei quando você decidiu levar a vida de um moleque, mas eu juro que achei que tinha ensinado a você algumas coisas sobre ser um homem de verdade.

Meu pai gritava na minha sala de estar. Assim que cheguei da casa de Rose ele já estava me esperando no sofá, seu olha era de um vazio tremendo. Nunca tinha o visto tão bravo como essa noite.

–Pai, se acalma.

Digo tentando acalma-lo.

–Me acalmar? O que você acha que é isso Scorpios? Uma brincadeira? Pois saiba que não é. Você vai ser julgado por tentar matar um trouxa. Um trouxa!

–Não foi bem isso...

–Poupe-me de suas desculpas Scorpios. Você por acaso acha que vai ser julgado justamente? Sendo você neto de Lucio Malfoy e filho de Draco Malfoy? Carregando o sobrenome Malfoy, você acha que vai ser julgado justamente?

–Eu não tive escolha filho, nunca tive. Ou eu seguia Voldemort ou seguia. Eu odiava trouxas ou odiava. Eu me tornava um comensal ou me tornava.

Diz a ultima parte mostrando seu braço, a marca ainda estava ali e dali nunca sairia.

–Fui tão estupido. Achei que se eu passasse minha vida tentando reconstruir o nome da minha família e criando meu filho com amor e carinho coisa que nunca tive, ele poderia ser feliz. Que engano meu, a maldade dessa família infelizmente esta no sangue, impregnado na alma. Quando sua mãe souber, elas jamais vai me perdoar. A culpa foi minha eu devia ter seguido a razão e ter deixado que ela encontrasse alguém que não tivesse minha família, alguém que poderia dar um filho a ele. Um filho que não matasse trouxas.

–Eu não matei trouxa algum.

Grito, na vã tentativa de que ele me escute, na vã tentativa de que ele acredite.

–Você acha que eu não sei com quem você vem andando nos últimos tempos? Você que eu não com quem você está andado? Acha por acaso que eu sou estupido? Eu sei Scorpios, mas deixei de lado, sabe por quê? Porque me negava a acreditar, porque na minha cabeça eu tinha criado um homem de verdade, alguém com valores, alguém diferente de todos os Malfoy’s anteriores, alguém que limparia o nosso nome, alguém que você mais que um fantoche nas mãos de gente suja. Então me desculpe filho, se não eu não consigo acreditar que não é verdade, sabe por quê? Porque eu já andei com pessoas como as que você anda, e sei que elas nos fazem se perder de nós mesmos.

–Pai...

–Eu não terminei ainda... Scorpios, por acaso você quantas pessoas esperam uma oportunidade como essa pra mostrar que nossa família nunca mudou e que não vele nada? Posso até vê Ronald Weasley e toda família brindando quando soube. Depois da guerra Harry nos salvou você acha que ele vai contra a família depois agora também? Pode até parecer loucura, mas eu não acredito.

–Mas sabe o que é pior que tudo isso? É que você não teve nem mesmo a decência de contar para mim ou para sua mãe. Continuou simplesmente vivendo aqui tranquilamente sem se importar com o que estava em jogo.

–Tem ideia de que advogado vai querer trabalhar no seu caso? Nenhum, por que sabem que não importa o quanto paguemos no mínimo você vai passar o resto da vida em Azkaban, pagando não somente o seu crime, mas o de toda família Malfoy.

–Já tenho advogado. Não precisa se preocupar com nada.

–“Não precisa se preocupar com nada”, porem em me preocupo porque sou a droga do seu PAI, porque não sei mais quem é você...

–Eu sou o mesmo de sempre.

–Não, você se tornou uma decepção. A porcaria de uma decepção. E tudo porque não fui um bom pai, porque não sou uma boa pessoa. Se pudesse voltar no tempo eu não hesitaria em voltar, e nunca ter casado com sua mãe, para que agora ela não passe pela decepção que vai passar. Se eu ao menos tivesse sido um bom pai...

–Você foi um ótimo pai...

–Se isso fosse verdade você não iria a julgamento daqui a alguns dias. Se isso fosse verdade você não estaria se envolvendo com as pessoas que está se envolvendo. Se isso fosse verdade eu não deveria está sentindo o que estou sentido agora.

–Minha mãe, ela sabe?

–Não tive coragem de dizer a ela que nosso filho, que meu filho, é um assassino. –Não sou um assassino.

–Mas está se envolvendo com uns, e sabe o isso faz de você? Um assassino também.

–Pai, me deixa explicar.

–Já disse que não quero ouvir suas desculpa, estou cansado delas. Desculpas é a única coisa que você sabe dar nos últimos anos.

Disse pegando seu casaco e saindo do apartamento ainda tentei correr atrás dele mais ele já havia aparatado.

Pego uma garrafa de uísque, me jogo no sofá... É a noite realmente foi muito boa. Primeiro a Rose, agora meu pai... Não queria nem vê o que mais viria.

Nunca em toda minha vida vi meu pai tão bravo assim com alguém, muito menos comigo. Mas eu poderia culpa-lo? Eu tinha que agi da maneira mais diferente que meu pai me ensinou fazia parte do disfarce. Eu não podia ter ética, moral nem mesmo sentimentos de culpa, consciência então...

Eu sabia que quando ele soubesse ele agiria com raiva, mas não imaginei que seria tanta... Por isso estava evitando contar a eles, eu já sabia que não estava sendo o melhor filho do mundo, mas não queria me tornar uma decepção, coisa que segundo meu pai já me tornei.

O que me consolava era que se Rose consegui que eu saia dessa confusão em que me meti e eu terminar minha missão eu vou com toda certeza orgulha-los, mas até terei que conviver com o desprezo de meu pai.

Meu pai que sempre foi meu herói, a pessoa que sempre confiei que eu sempre sabia que podia contar. Eu o tanto que nem mesmo sabia se ele voltaria a olhar na minha cara novamente... Não até eu terminar essa missão e mostrar pra ele que tudo não passava de uma farsa.

Tomei a garrafa de uísque, não peguei copo, apenas a virei, tentando me esquecer dessa terrível noite, tentando evitar pensar, porque se uma coisa que machuca é pensar... Pensar no que fizemos de errados, no quanto magoamos as pessoas que amamos... Pensar pode ser mais perigoso do que normalmente pensamos. Fico ali tomando uísque e choro, choro por tudo que não podia dizer a meu pai, por tudo que ele pensa de mim, choro por que agora não posso provar que ele está errado com o que pensa de mim.

...

Acordo sei lá a que horas, na verdade nem quero saber... Dou uma olhada em mim no espelho do banheiro depois de finalmente arranjar coragem pra levantar, estou acabado... Meus olhos estão inchados de tanto chorar, meus cabelos um lixo, minha roupa toda amassada... Ligo o chuveiro no mais gelo e banho...

Depois que me visto estou decidido a ficar o dia todo em casa bebendo, mas quando chego no andar de baixo minha mãe está me esperando.

–Bom dia filho, parece que não teve uma boa noite.

Diz olhando o estado da sala. A garrafa de uísque vazia no chão, almofadas jogadas por todo canto (foram jogadas num momento de extrema raiva).

–Já tomou alguma poção para ressaca?

Pergunta depois que não obteve nenhuma resposta minha. Eu estava com medo, se minha mãe ficasse como meu pai, meu mundo cairia, minha era meu chão, eu não sabia o que seria de mim se ela dissesse que eu a tinha decepcionado.

Sem obter respostas novamente, ela mesma vai a cozinha traz uma poção e me entrega a qual tomo rapidamente.

–Scorpios, será que agora você poderia me explicar o que está acontecendo? Porque seu pai chegou lá em casa ontem desesperado, pensei que ele destruiria todo seu escritório. Quando perguntei o que tinha acontecido ele disse para que eu perguntasse a você, eu venho aqui e te encontro com essa cara de quem passou a noite chorando, uma garrafa de uísque vazia no chão e almofadas jogadas por toda parte.

–Mãe...

Digo me jogando no sofá, e ela senta ao meu lado me encarando.

–Meu pai me odeia.

–Não diga besteiras Scorpios, seu pai te ama sempre te amou e sempre vai te amar, você é filho dele.

–Mas, a senhora não entende, eu fiz algo terrível ele não me perdoar nunca.

–Scorpios, o que aconteceu?

Pergunta novamente dessa fez mais preocupada.

–Mãe, eu não quero lhe dizer... Porque se a senhora me odiar também eu não sei o que irei fazer.

–Já disse pra não falar bobagem, seu pai não odeia você e eu muito menos.

–Mae, eu estou sendo acusado pelo Ministério por tentativa de matar um trouxa.

–O quê??

Pergunta perplexa.

–Eu não o matei, mas meu pai não quer acreditar, ele não me deixou explicar, só ficou aqui dizendo que era um péssimo pai, e que nunca deveria ter casado com a senhora, que eu não teria um julgamento justo por eu ser um Malfoy...

–E ele tem razão.

Disse meio recomposta.

–Não falo da parte dele ser um péssimo pai, ou de não termos nos casado, mas você não vai ter um julgamento justo, as pessoas tem uma ideia de quem são os Malfoy’s, não importa se seu pai, eu ou você não somos assim, a ideia já foi formada... E um Malfoy sendo acusado de tentar matar um trouxa corrobora essa ideia.

–Eu confio nos meus advogados mãe.

–-Não é isso que estou dizendo...

–Eu sei, mas nada disso adianta meu pai me odeia.

–Ele não odeia você, ele só... Dê um tempo a ele meu amor. Depois da guerra seu pai passou por poucas e boas, e ele criou uma teoria de que não importa como criamos os filhos se a família for ruim como a dele o filho sempre vai cometer os pecados do pai. Filho você não tem ideia do quando adulei seu pai para podermos ter um filho, você não tem ideia do que tive que fazer pra que ele deixasse essa teoria de lado e tivéssemos você. Acho que ontem toda essa teoria voltou pra ele. E ele deve esta se sentido culpado por achar que você fez isso pelo sangue que carrega e não pelas escolhas você que fez.

– O que estou dizendo, meu amor, é tenha um pouco de paciência com ele. Seu pai tem a mania de vê as coisas sempre pelo pior ângulo. Ele não odeia você...

–Mas está decepcionado.

–Eu também estou. Eu não sei o que você anda fazendo aqui, e nem sei se quero saber, mas se você acha que eu acredito nessa fantasia que você criou de uma pessoa que não se importa com ninguém, que é superficial, e um grande idiota, está bem enganado. Nunca acreditei nisso, e não sei o porquê você esta fazendo isso, mas sei que teve ter um bom motivo disso tudo porque Draco te ensinou e ele era seu exemplo. E acima de tudo porque quando eu olho nos seus olhos eu vejo que você odeia essa vida que leva. Eu só não consigo imaginar porque continua levando.

–Mãe. É complicado, mas eu juro que quando essa maré passar vocês irão se orgulhar de mim.

–Eu não duvido, mas me deixe dar um conselho, um conselho de mãe... As mascaras que usamos nos puxam, e se não tivermos ninguém em quem confiar ninguém com quem sermos nós mesmos, elas acabam se tornando nós, E quem fomos acaba ficando esquecido, às vezes, para sempre.

–Eu sou mais forte que a mascara que uso, mamãe.

–Pode até ser, mas quem passa mais tempo no seu corpo, ela ou você? Pense nisso querido, quando ela nos domina acabamos perdendo coisas das quais não sabemos viver sem.

Ficamos em silencio um pouco, fico apenas absorvendo tudo que foi falado, quando a campainha toca.

–Eu atendo.

Diz minha mãe.

–Tem certeza?

Pergunto estranhando, ela odeia abrir a porta até mesmo da nossa própria casa.

–Pode ser seu pai...

Reponde.

–Tem certeza?

–A esperança é a ultima que morre.


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