Hermione Granger-Weasley.

House Loop é um pequeno bistrô trouxa que fica há apenas alguns quarteirões do Ministério da Magia, Harry tinha passado mais cedo naquele dia em meu escritório marcando um encontro aqui, porem como as coisas nem sempre mudam ele continuava lerdo.
Sentei em um canto distante que consegui, pedi uma cerveja, na vã tentativa de que a bebida pudesse apagar os últimos anos, na esperança que naquela garrafa os tempos de Hogwarts voltassem aonde minha maior preocupação era a guerra iminente que eu iria participar.
Ah! Se soubesse que ser mãe dar muito mais preocupações que Voldemort e muita mais dor que uma Cruciatus. Ainda mais uma mãe como eu que nunca soube/ tentou compreender a filha que tinha e que se deixando levar pelo ego acabou por perdê-la.
Enquanto meus pensamentos vagavam longe, Harry adentrou no bistrô, com seus óculos de sempre, cabelos bagunçados e um casaco preto. Sentou ao meu lado e sorriu ao olhar a garrafa em minha mão.
–Vejo que já começou sem mim. Quanta consideração Mione.
Disse me cumprimentando.
–Claro, como sempre estava atrasado.
–Eu sei. Desculpe-me. Rony achou estranho quando estava saindo para almoçar sem ele. Ficou achando que eu ia encontrar com alguma mante. Tive que lembra-lo que estava casado com Gina Weasley e que só ela já me dar bastante trabalho. Além disso, já tive sorte em sobreviver de Voldemort, não quero abusar da sorte e arriscar morrer pela minha ruiva.
Sorri, realmente não desejaria ser Harry caso ele traísse Gina, ela podia ser bem malvada quando queria, prova disso é que até mesmo a dupla dinâmica Jorge e Fred tinha medo dela e evitavam irrita-la.
–Rony como sempre ciumento.
Disse. Mesmo com nosso casamento abalado nos anos que passou ele continuava morrendo de ciúmes, O que era bom porque somente assim eu sabia que ainda tínhamos alguma ligação.
De repente Harry tomou um ar serio.
–Mione. Eu sei que você deve saber o porquê marquei esse encontro aqui, escondido.
Era verdade. Há alguns meses acordei de um pesadelo terrível, vi Rose sendo torturada, e o pior era eu que a torturava. Na manhã seguinte pedi a Harry que usasse seu cargo como chefe dos aurores para encontra-la, pois minhas tentativas tinham sido até ali inúteis. Ele era o único com quem eu podia contar para tal pedido. Rony nao dava a minima para o fato de um dia ter tido uma filha, e na família Weasley, o nome de Rose era tão proibido quanto o dos Malfoy's.
–Espero sinceramente que seja sobre Rose. Alguma novidade sobre ela.
–É mais ou menos.
–Seja especifico Harry.
–Bom, é no mínimo uma situação estranho Mione. Veja só não consigo acha-la. De jeito nenhum. Já tentei todos os métodos usados e nada. Ao que parece ela não existe e nunca existiu. Somente uma vez, não sei nem mesmo como, consegui uma coisa sobre ela, um envelope com os dizeres "Para minha querida Rose Weasley, Feliz Natal". Esse envelope estava guardado no Ministério na área de provas, ele havia sido encontrado junto com uns arquivos altamente segredo na Albânia. Ninguém sabe quem era o dono do local, nunca foi descoberto. Porem fica mais estranho... Ao que parece a frase do envelope não passa de um código ainda nao decifrado.
–Então quer dizer que ela esta na Albânia. E se metendo com gente que nao presta?
–Não. É praticamente impossível que ela esteja na Albânia, embora ela esteja na Europa. E acho que ela nao anda se metendo com gente do mal.
–E como você explicaria isso?
–Bom na minha humilde opiniao, isso é tudo uma bobagem. Presta atenção... Foi facil demais encontrar isso. Qualquer informação que eu quisesse sobre ela era necessário tipos de magias que mesmo você nao conhece, feitiços criadas somente para isso, e mesmo com todos esses feitiços não encontrava nada. Então um mês depois de começar minhas pesquisas aparece esse arquivo na Albania. Acho que isso é uma tentativa de me despistar.
–Então a unica coisa que temos sobre ela é fajuta.?
–Sim.
– Como ela consegue isso Harry? Esconder-se assim?
–Sinceramente? Não tenho ideia, mas tento quase certeza que ela puxou de você um pouco de inteligencia.
Fomos atrapalhados por uma senhora.
–Vão quere pedir agora.
–Só mais uma garrafa de cerveja para nós dois.
Harry pediu.
–Tem mais uma coisa Mione. Eu descobri meio que sem querer. Veja bem. Eu estava procurando um apartamento em Londres para Hugo como presente de casamento.
–Harry é necessario...
–Eu sei, mas nao é sobre isso que quero te falar. Presta atenção. Eu estava procurando e em um dos predios, o apartamento em frente ao que estava a venda, eu nao porque, mas de alguma forma senti uma vibração vindo dele. Falei para agente imobiliária que eu queria nao queria o apartamento que ela estava me vendendo, mas o de frente a esse. Ela disse que infelizmente nao podia fazer muita coisa, pois a dona do apartamento nao pretendia vender e também nao queria ir para lá, também disse que a dona tinha se mudado para algum país de origem Germânica. Agora adivinha qual o nome da proprietária?
–Rose Weasley?
–Não... Paige Granger. Nome familiar, não?
...
Rose Weasley
Deitei na cama, mas não consegui dormir, sempre que fechava meus olhos, conseguia nos vê, senti seu beijo. Ele era no mínimo tentador, e eu não conseguia resistir a ele. Sentíamos uma louca atração um pelo outro, mas eu já tinha deixado claro pra mim e para ele que nada aconteceria entre nós. Embora ele consiga me fazer quebrar minhas regras com uma facilidade enorme, e pior, sem nem mesmo eu perceber. Afastei da cabeça qualquer pensamento que me levasse a Scorpios, uma atitude inútil. Eu só não desci para tomar mais umas doses de álcool porque 1- Eu já tinha bebido muito naquela noite. 2- Não queria encara Sophie ou Melanie, não estava preparada para as piadinhas que possivelmente viriam. Além disso, ainda estava com muita bebida no sangue o que significaria soltar coisas que não queria.
...

Rose Weasley.

Acordei com uma ressaca danada. Graças a Merlim ainda tínhamos um pouco de poção para ressaca na cozinha. Tomei o café calada, sob os olhares de minhas amigas que me encaravam segurando o riso.
–sabe que não vai fugir para sempre né senhorita Malfoy, ô Weasley... Que cabeça minha.
Melanie disse com seu melhor sorriso sou irônica
–Que engraçadinha não? Já pensou em fazer algum programa de comedia?
Respondi.
–Não. Você acha que tenho talento?
Respondeu Mel.
–Mel, não dar trela para a ruiva ela só quer ganhar tempo.
Sophie disse;
–O que vocês querem saber?
Perguntei já me rendendo. Uma hora elas iriam saber e quanto antes elas me deixassem em paz melhor.
–vocês foram jantar juntos? Pensei que uma das suas regras era nada de jantares de negócios, no máximo um café da tarde.
–Sim Sophie, mas como eu já disse o caso dele não é algo comum, por isso as regras comuns nem sempre servirão para ele.
–o que rolou entre vocês?
Mel perguntou.
–Como assim?
–Ora Ro, eu conheço você. Eu não acho que você iria entrar em seu quarto voando simplesmente pelo que aconteceu quando pegamos vocês no carro. Acho que tem algo a mais nessa historia que você não quer contar. Eu tenho três teorias sobre isso, 1-Você não quer contar porque esta com vergonha de contar. 2- Você esta com medo de contar pelas piadinhas que nós CORCENTEZA faremos ou 3- As duas opções juntas.
Melanie argumentou. Sorri para elas

–bom eu diria que a terceira opção seria a mais correta.
–O que rolou Rose? Porque o clima entre vocês estava totalmente visível quando conversamos com os dois juntos ontem.
Sophie perguntou.
–ok. Foi mais ou menos assim fomos para a reunião de negócios e só falamos de negócios nos cinco primeiros minutos, depois só foi sobre nós, como era a vida aqui, as diferenças daqui para Londres. Aí já no final do jantar o garçom derrubou vinho na minha roupa, e era um restaurante trouxa então nem dava para concertar na hora e mesmo assim nenhum de nós dois tinha levado a varinha. Então ele me convenceu a ir para o apartamento dele que era ali perto para que ele concertasse minha roupa com sua varinha. Ele subiu para seu quarto e eu fiquei no bar da casa dele tomando um pouco de conhaque, quando ele voltou começamos a nos agarrar e quase transamos, porém voltei à razão e parei com aquela loucura. Ele fez questão de me trazer de volta e ficamos somente conversando no carro até que vocês duas chegaram.
Elas me olharam com um sorriso estampado no rosto.
–Eu sabia você está apaixonada por ele.
Mel exclamou.
–Apaixonada? Não exagera Mel, no máximo tenho uma atração por ele.
–E como ela está apaixonada mel, está até negando que fofo.
Revirei os olhos com o que Sofia disse.
–Há o amor! Como é lindo.
Mel falou.
O telefone Graças a Merlim começou a tocar e corri para atente-lo, antes que as piadas parassem e começasse a seção verdades que você não quer admitir, mas suas amigas lhe dirão mesmo assim, só para ter o prazer de depois dizer: -Eu te disse

...
–Garotas era meu chefe esqueci que tinha marcado uma reunião com ele hoje pela manhã.
–Tadinho do Richard, o coitado há tempos tenta consegui muito mais que um café com você e nada. Daí chega um loiro londrino e te levar para as alturas.
–Eu não podia ir sem escutar essa né Mel?
–Não.

...

–Bom dia, Desculpe o atraso, esqueci totalmente nossa reunião.
Disse assim que entrei no escritório de Richard, na mesa continha dois copos de café e panquecas.
–Não precisa se desculpar. Pedi café.
–Bom eu conversei com meu cliente ontem e ele aceitou o plano de que você agisse como advogado, mas que eu fosse a verdadeira advogada.
Falei tomando um pouco de café somente por educação.
–Rose, não sei muito se aceito essa ideia. Não gosto de não saber das coisas.
–Qual é Richard? Ontem você disse que aceitava hoje não sabe?
–Bom é que se aquele cara que veio te buscar ontem for o cara com que tenho que defender não sei bem se consigo. Ele tem rosto de bandido.
–Okey. Então me desculpe, mas tenho que ir. Vou procurar outra pessoa para fazer isso por mim.
–Espere Rose. Me diga ao menos quem eu tenho que defender.
–Você não vai defender. Acabou de negar esqueceu?
Retruco brava porque odeio quando alguém me garante algo e daí muda de opinião sem nem mesmo uma desculpa coerente.
–Eu vou fazer. Até parece que consigo negar alguma coisa quando se trata de você.
–Já falou para as garotas que vai precisar ir a Londres resolver esse problema?
–Ainda não. Estou adiando o máximo possível. Sei que elas serão extremamente contra minha atitude.
–Nisso concordo com elas.
Se havia pessoas no mundo que odiavam de paixão minha família, mesmo que ela tenha salvado todo mundo bruxo, essas pessoas eram meus amigos. Eles tinham ódio deles, e evitavam sequer ouvir coisas relacionadas a eles. Eu não compartilhava o ódio deles, embora o entendesse. A única coisa que sentia dos Weasley (e Potters) era raiva.
Raiva porque me sentia abandonada por eles. Porque os considerava meu porto-seguro, mas no fim quando eu realmente precisava nunca podia contar com eles. Lembro nos primeiros dias depois da briga com meu pai. Ia sempre a um parque perto da casa dos meus avós maternos, meu pai costumava me levar ali quando eu era menor, era nas palavras deles Nosso momento
Esperava que ele lembrasse e fosse ali me encontrar, esperei durante uma semana até cair a ficha de que ele nunca viria, que ele me odiava. Me odiava por ser quem eu era.
–Eu preciso saber de algumas coisas sobre ele Rose. Como seu nome? E Do que ele está sendo acusado.
Richard pediu.
–Se você não gostou dele só pelo rosto, vai odiá-lo assim que saber nome.
Disse sorrindo. Ele me encarou confuso.
–O nome do meu cliente é Scorpios Malfoy.
Disse por fim... Observando cada detalhe de seu rosto fica fechado enquanto pronunciava o nome dele.
–Diz que está brincando com minha cara.
–Sinto muito.
Ele suspirou profundamente e exclamou: Okey. De que ele esta sendo acusado?
–De invadir uma casa trouxa e tentar matar.
–E você acha que ele é inocente?
–Com absoluta certeza.
–Você confia demais nas pessoas. O que eu não posso saber?
–O porquê ele invadiu... Para todos os efeitos ele não invadiu a casa, ele foi convidado a entrar pela esposa do proprietário, Scorpios não sabia que ela era casa e não olhou muito para os cômodos até porque eles pouco importavam para ele naquele momento. Porem no meio da festa o marido chegar de ultima hora de uma viagem, a esposa assustada diz que tem ladrão em casa, o marido aciona a policia e o scorpios que fugiu pelo quintal foi pego.
–Mas não podemos provar isso. A esposa não pode vim a um tribunal bruxo muito menos o marido.
–Por isso mesmo. Afinal a melhor mentira é aquele que não se pode provar.
–Acho que estou criando um monstro.
Sorri perante sua declaração.
–Isso é tudo que eu posso te passar. Vou vê com meu informante no ministério para vê pra que dia foi marcado o julgamento. Após isso tenho uma reunião com outros clientes e depois passo aqui novamente te entregando o arquivo para você estudar o caso.
...

Scorpios Malfoy.

–Oi, você não vai acreditar. Seu julgamento foi marcado para daqui uma semana. Assim que receber essa mensagem me ligue. Preciso confirmar algumas coisas contigo
Essa era a mensagem que Rose tinha deixado na minha caixa de mensagem. Peguei o telefone para ligar para ela, Então sorri ao lembrar que eu poderia fazer uma surpresa a ela, Afinal já sabia onde era sua casa, ou já tinha uma ideia.
Tomei um banho bem frio, o quarto só naquela noite. Rose estava me deixando louco, de um jeito que nenhuma outra garota já me deixara. Toda vez que fechava os olhos vinha os mesmos pensamentos na minha mente, ela totalmente entregue na noite passada. Balancei a cabeça como se assim pudesse mandar esses pensamentos para longe. Controle-se Malfoy você não é um moleque com hormônios incontroláveis (embora seja exatamente assim que me sinta com minha ruiva).
Pequei uma camisa de mangas longas, vermelho escuro, uma calça jeans e uma jaqueta preta. Baguncei os cabelos, peguei meu carro, comprei duas pizzas (não podia chegar com a mão abanando) e o parei no mesmo lugar de ontem à noite. Fui a pé ate seu prédio e ludibriei um porteiro muito do profissional que não queria me deixar entrar.
Para achar seu apartamento tive que ir até um zelador e falar que tinha recebido um envelope destinado a uma tal de Paige Granger, mas que eu não tinha ideia de quem era. O zelador muito prestativo disse que ela morava no apartamento 603.
Bati na porta meio nervoso, tinha um certo receio que ele me expulsaria dali abaixo de Cruciatus.
–Scorpios.?!
Rose exclamou surpresa ao abrir a porta.