Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 3
Capítulo 02




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Rose Weasley e Scorpius Malfoy nunca foram amigos tampouco foram inimigos como muitos esperavam.

Scorpius era o tipo de aluno comportado que quase não ia em festas, melhor da turma em todas as disciplinas, um tanto “galinha”, mas sobretudo, o aluno que todo professor gostava de ter. Os professores sempre o elogiavam e ele gostava da atenção que isso lhe garantia com seus colegas.

Rose, por outro lado, era conhecida pelo pessoal do seu ano como “esquentadinha”, não aceitava ordens, odiava que mandassem nela e repudiava qualquer um que lhe dissesse como deveria se comportar.

Ela mandava facilmente qualquer aluno para a Ala Hospitalar, sua habilidade de feitiços e azarações era invejável. Ao contrário dos primos e do irmão não se escondia atrás da proteção que o sobrenome dela lhe garantia.

No último ano, quando Scorpius ganhou o prêmio de melhor aluno e levou para casa o troféu Granger todos apertavam a mão dele e lhe davam tapinhas nas costas o parabenizando. Aquele devia ser o melhor dia da vida dele, estava encerrando com chave de ouro sua passagem por Hogwarts, mas naquela manhã ele tinha recebido uma carta do Ministério da Magia recusando-o para entrar no treinamento de aurores.

A justificativa era de que as notas dele não tinham sido boas o suficiente. Era um absurdo, mas ele tinha entendido o recado. Malfoy’s não seriam bem vindo no departamento de aurores.

Após ler a rejeição Scorpius passou por vários estágios de sentimentos. Primeira raiva, depois injustiça, e por fim de inveja. Inveja de Rose Weasley porque em todos aqueles anos no castelo ela tinha sido ela mesma, ela não foi uma Weasley nem uma Granger, ele tinha sido simplesmente Rose. E, ele nunca tinha deixado de ser um Malfoy.

Enquanto as pessoas se divertiam no baile de formatura Scorpius saiu pelo castelo, estava triste demais, queria remoer seu sofrimento sozinho. Durante toda a vida tinha tido somente um objeto e tudo que fez em Hogwarts foi para alcançar esse objetivo – ser auror. Mas, ele não tinha sobrenome para ser um, assim pelo menos entendida o Ministério de Magia.

Ele foi para a sala secreta do Clube de Xadrez, porquíssimas pessoas conheciam a existência daquela sala, pois tratava-se de um grupo muito seleto e fechado. A sala, no entanto, já estava por Rose Weasley.

Não devia estar na sua festa, Malfoy?

Questionou a ruiva com uma certa irritação.

Cansei de fazer as coisas que devo. Percebi que elas não levam a nada.

Rose estava sentada no chão embaixo da janela. Scorpius sentou-se ao lado dela.

­-E você? Por que não está festa?

Perguntou ele curioso. Achou que ela estaria comemorando a recusa dele junto com o resto da família, porque é claro que aquilo tinha dedo deles.

Não sou uma pessoa que curte festas.

Scorpius sorriu pela primeira vez naquele dia. Rose arqueou as sobrancelhas pra ele.

Desculpe, mas essa declaração vinda de você... é impossível não ri.

Ela sorriu.

Assumo a ironia. Mas, de verdade... porque não está comemorando seu prêmio?

—Você sabe. Inclusive, não devia estar comemorando com seu pai o fracasso de um Malfoy?

O tom dele era frio. Rose estranhou.

Você devia se atualizar, Malfoy. Segundo Ronald Weasley ele não é mais meu pai, pois não suficientemente digna para ser uma Weasley.  

Scorpius a encarou surpreso e ficou calado esperando que a garota explicasse aquela declaração, mas não fez.

Se quer saber ele é mais idiota do que eu achava. Sério! Vejamos? Você teve inúmeras detenções, se meteu em brigas, já começou uma guerra de comida, é ruiva, tem sardas...

—É isso que é ser uma Weasley para você?

Perguntou Rose divertindo-se com o comentário do loiro.

Bom... Sim. Pelo menos é o que tenho observado em todos os seus familiares nos últimos anos.

Os dois se encararam. Rose se surpreendeu com a intensidade do olhar de Scorpius.

O que meu pai faz contigo? Para que você esteja aqui nessa sala escondida ao invés de estar comemorando seu grande e merecido prêmio.

Scorpius engoliu em seco. Ainda não tinha contado para ninguém sobre a carta.

Fui recusado no treinamento de auror porque minhas notas não eram suficientemente boas...

—Isso é um absurdo. Eu acho que você nunca tirou um Excede Expectativas em todos esses anos. Merlim! Você não pode deixar isso assim. Deveria recorrer ao Ministério da Magia... Já sei! Joga na imprensa. Sabe como a imagem é importante para o trio de ouro. Essa é a justificativa mais ridícula de todas.

Scorpius gostou do modo como Rose se irritou por ele. Sabia que era mais da injustiça em si do que dele, mas alguma coisa em seu intimo se animou com o fato dela defende-lo.

Não sei se vou perder meu tempo para reverter... me chateia o fato de ter passado todos esses anos tentando ser o melhor o que eu poderia ser... sabe... por tudo que minha família fez... é estúpido, mas... sinto como se tudo tivesse sido em vão.

Confessou Scorpius.

Eu te entendo, mais ou menos. Durante boa parte da minha sempre fiz de tudo para ser tão boa quanto meus pais, mas eu nunca farei tanto quanto eles, e mesmo que eu faça algo realmente grande nunca será reconhecido, porque as pessoas e minha família espera de mim feitos maiores do que o do trio de ouro. Então eu vim para Hogwarts... e comecei a fazer o que eu queria, o que me deixava confortável, que me fizesse feliz, sem me importar com as consequências. Usei esses anos para tentar me achar, me encontrar.

—E você conseguiu? Encontrar seu caminho?

—Não. Mas, já sei quem não quero ser. É um passo.

—Poxa. Se você demorou sete anos para tentar se descobrir e não terminou... imagino quantos anos vou demorar.

—Com certeza, o vencedor do troféu Granger vai descobrir rápido.

Scorpius a encarou pensativo.

Eu acho que nós dois sabemos que só ganhei esse prêmio porque você nem tentou disputa-lo. Eu sei que você finge que não é inteligente e talentosa. Sempre te vejo perambulando pela biblioteca e já te vi duelando... sua habilidade em feitiços é impecável. E, mesmo assim você sempre se mostrou extremamente alheia nas aulas.

—Acho as aulas chatas. Não consigo me concentrar. Prefiro gastar meu tempo pensando em um plano para colocar o terror no castelo.

Scorpius riu. De fato, Rose Weasley tinha sido responsável por várias marotagens. Nunca esqueceu o dia em que o time da Sonserina ficou uma semana com uma pintura do dragão da Grifinória no rosto.

—Eu também tenho algumas marotagens no currículo.

Scorpius disse um tanto orgulhoso de si, após a expressão surpresa de Rose.

Sabe a explosão da sala da Professora Siliba na semana passada?

—Nãããao.

Rose estava surpresa com o Malfoy.

Tá bom, não fui eu – Disse ele fazenda Rose gargalhar – mas já joguei bomba de bosta no vestiário da Grifinória.

—Essa é verdade? – Perguntou Rose desconfiada.

—Essa sim. Juro.

—Quem diria que o aluno perfeito tem um lado maroto. Pensei que só tinha um lado galinha. Rose comentou com um sorriso maroto ao ver a expressão surpresa do loiro.

Como...?

—Perguntaram em um jogo de verdade ou desafio quem já tinha ficado contigo e devo dizer que um número expressivo de mulheres levantou a mão.

—O que posso dizer se as mulheres não resistem ao meu charme – Scorpius comentou tentando ao máximo parecer “descolado”. – Sua lista também é bem expressiva.

Os dois sorriram um para o outro cumplices. Conversaram ainda por horas. Descobriram que tinham várias coisas em comum. Em dado momento Rose levantou-se agitada.

Não é porque não vamos à festa que não podemos dançar.

Ela conjurou um toca fitas e colocou uma música. Puxando Scorpius para uma pista de dança improvisada. Os dois dançaram bastante. Riram muito. Então se beijaram. Um beijou calmo, mas que logo esquentou. As mãos de Scorpius percorriam por todo corpo de Rose. As mãos dela agarram os cabelos da nuca dele.

Rose foi a primeira a levar as coisas para outro nível e tirou a camisa de Scorpius. Ele a imprensou contra janela tirou a roupa dela de forma brusca.

Disse a puxando para um beijo, que começou calmo, mas logo esquentou e minhas mãos percorriam seu corpo e as dela bagunçavam meus cabelos.

Na manhã seguinte Scorpius acordou sozinho na sala, as únicas coisas que comprovavam que tudo não tinha passado de um sonho era a echarpe que ela dela que estava jogada em um canto qualquer.

Desde então os dois nunca mais tinham se visto.


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