Félix & Niko - Dias Inesquecíveis escrita por Paula Freitas


Capítulo 29
O Primeiro Dia de Nossas Vidas -- parte 3


Notas iniciais do capítulo

O amanhecer de um novo dia... Um novo amor... Uma nova chance... Uma nova vida...



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Eu abri os olhos... Apesar das pouquíssimas horas de sono, eu estava satisfeitíssimo! Levantei minha cabeça que repousava sobre seu peito. O olhei dormindo tão serenamente... Era como se eu tivesse sido levado ao paraíso e dormindo nos braços de um anjo... Um verdadeiro anjo em minha vida... O carneirinho!

Acordei, mas não queria levantar, não queria sair dali. Reencostei a cabeça nele, não queria descolar meu corpo do dele nem tão cedo... Voltei a fechar os olhos e aproveitar aquelas primeiras horas do dia... De um novo e maravilhoso dia em minha vida... O melhor de todos! Nunca acordei tão bem! Por isso mesmo, não queria acordar... Se pudesse ficaria para sempre assim aninhado em seus braços.

Com os olhos fechados, eu sorria por dentro, lembrando as últimas palavras depois da noite de amor e antes de pegarmos no sono...

...

– Carneirinho... Você é demais... Nem sei se te mereço...

– Bobinho... Nós temos tudo a ver, Félix! E agora, eu não vou mais te deixar ir...

Quando Niko me disse isso, eu só sei que estava sentindo uma imensa felicidade como nunca havia sentindo igual. Sorri com isso, o agarrei e girei com ele, ficando por cima dessa vez, mas, tudo que queria era recostar a cabeça em seu peito e sentir a paz que ele me proporcionava.

Antes o olhei mais uma vez quando ele sorria, me dizendo:

– Félix... Eu sou completamente apaixonado por você!

Selamos nossos lábios num beijo tal qual eu estava: cheio de um sentimento que eu não sabia explicar com palavras.

...

–--

Eu abri os olhos... Apesar das pouquíssimas horas de sono, eu estava satisfeitíssimo! E tão feliz... O corpo dele ainda pesava sobre o meu. Se eu não tivesse tanta coisa para fazer ficaria o dia inteiro assim...

Iniciei um cafuné levemente enquanto lembrava nossas últimas palavras depois da noite de amor e antes de pegarmos no sono...

...

– Carneirinho... Você é demais... Nem sei se te mereço...

– Bobinho... Nós temos tudo a ver, Félix! E agora, eu não vou mais te deixar ir...

Quando eu o disse isso, eu só sei que estava sentindo uma imensa felicidade como nunca havia sentindo igual. Eu faria mesmo tudo para não deixá-lo mais ir embora. Ele sorriu e me agarrou e girou comigo, ficando por cima dessa vez.

Antes de mais nada, tinha que dizer-lhe o que sentia... Que já havia ficado claro.

– Félix... Eu sou completamente apaixonado por você!

Esperei por uma resposta, mas sabia que ela podia não vir. Félix ainda não sabia falar de sentimentos, mas os sentia... Eu pude comprovar que os sentia! Apenas selamos nossos lábios num beijo.

...

Que coisa! Eu já estava acordado e continuava sonhando... Ao olhar para o relógio, me conformei que tinha que acordar. Fui levantando vagarosamente...

–--

Notei que o carneirinho acordou quando ele começou a se mexer... Mas, eu não queria deixá-lo levantar... Meus braços que já estavam em volta dele o abraçaram com mais força. Ele se surpreendeu, eu percebi...

–--

Tive uma surpresa quando seus braços me apertaram mais... Sorri...

Começamos nossa primeira conversa como casal... Afinal, depois do que aconteceu, eu já sentia que Félix era meu namorado...

–--

– Pensei que você ainda estava dormindo!

Mas como fiquei contente por ele já ter acordado e ter permanecido nos meus braços.

– Não carneirinho, eu acordei há um tempinho, mas não queria sair daqui...

Levantei a cabeça para olhá-lo e contar que não queria descolar de seu corpo.

– Eu também não queria... Ficaria o dia inteiro aqui com você, mas, daqui a pouco tenho que acordar o Jayminho para ele ir para a escola e depois vou para o restaurante...

Fui interrompido enquanto falava de minhas obrigações... Eu não sei de onde ele tira esse senso de humor...

– Ai carneirinho, será que eu dei chapinha nos cabelos de Sansão para você interromper esse momento?! Sempre venho com brincadeiras, mas, depois do que houve entre nós eu só precisava ser sincero... – Sabe, Niko, eu nunca senti com ninguém o que eu senti com você essa noite!

Quando ele me disse isso, senti uma sinceridade e uma magia... Inexplicáveis. Suspirei... – Eu também nunca senti o que senti hoje, Félix! Foi a melhor noite da minha vida!

Ah! Eu gostei muito, mas muito mesmo de ouvi-lo dizer isso! Naquele quarto só cabia nossa felicidade! – Claro, carneirinho, você passou a noite comigo!

–--

Nós rimos... Eu me deleitava com toda aquela sinceridade do Félix... Ele é tão caloroso, tão charmoso, tão sexy... Quase nos entregávamos novamente aos beijos e carícias, mas eu tinha obrigações com minha família. Levantei, puxando-o pela mão para o banheiro, usando todos os argumentos para levá-lo para tomar banho comigo e depois irmos tomar o café da manhã...

– Vem Félix... Vem tomar banho comigo, vem!

–--

Nós rimos... Como o carneirinho podia ser tão maravilhoso, tão lindo, tão gostoso, já ao acordar?! Ainda me custava acreditar que estava nos braços de um ser assim... Que merecia um ser assim que gostava tanto de mim! Quase nos entregávamos novamente aos beijos e carícias, mas, infelizmente ele tinha suas obrigações... Levantou me levando junto para o banheiro, usando todos os argumentos para me levar para tomar banho com ele...

– Um convite assim eu não posso recusar!

Ele mordia os lábios enquanto me chamava. Me deixei ser levado por ele.

–--

No banheiro, eu ia para o Box quando ele me puxou e me beijou com a mesma paixão com que me beijara a noite inteira... Me beijou como se aquela tivesse sido nossa primeira e última noite juntos, como se não fosse mais me ver... Será que ele ainda pensava em ir embora?

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No banheiro, ele ia para o Box quando o puxei e o beijei... Lembrei de repente que, talvez, aquela fosse nossa primeira e última noite... Eu ainda queria recomeçar minha vida em outro lugar, São Paulo não tinha mais nada para mim... Nada além do que o quê de mais sincero aconteceu na minha vida: o Niko.

Eu precisava aproveitar cada segundo com ele... Não fazia ideia por mais quantos dias eu poderia vê-lo, desfrutar de sua companhia... Nem sabia se merecia ter alguém que me amava assim... Incondicionalmente!

–--

Trocamos beijos, carícias, olhares, carinhos... Caminhamos para o chuveiro, eu tateei a parede até conseguir ligar o chuveiro...

–--

A água escorria sobre nossos corpos nus embaixo do chuveiro... Trocamos beijos, carinhos, olhares e carícias incessantes... Queria que aquele banho não acabasse...

–--

O banho acabou... Eu me apressei, pois já era realmente tarde... Escutei os barulhos na sala, provavelmente Adriana já tinha acordado Jayminho e aprontava o café, já devia até ter notado que eu não dormi no meu quarto e sim, no quarto de hóspedes. Ela deduziria fácil que Félix havia passado a noite aqui.

–--

O banho acabou... Se pudesse eu ficaria ali com ele, mas Niko já estava apressado, preocupado com o horário, com os filhos... Já era mesmo tarde, acho que o culpado pelo atraso dele fui eu... Mas, tínhamos mesmo que sair, nos arrumarmos, tomarmos o café da manhã... Eu nem conseguia sentir cansaço, só aquela estranha sensação de plenitude em meu ser!

–--

Vestimos nossas roupas. Eu mais rápido que ele, pois tinha que ver como estava lá fora daquele quarto... Apesar de que eu não queria sair de lá! Abri a porta e pedi para ele esperar... Fui indo devagar atravessando a sala quando Adriana surgiu da cozinha, trazendo algumas coisas para a mesa. Ela me viu e já ia exclamar meu nome, mas fiz sinal de silêncio para ela e me aproximei...

– Seu Nik...

– Shh... – Tenho certeza que ela notou minha alegria, eu tinha um sorriso estampado no rosto. – E os meninos? – Perguntei baixinho. Ela respondeu no mesmo tom. – O Jayminho tá se arrumando pra escola e o Fabrício ainda tá dormindo!

Me senti aliviado para falar no tom de voz mais normal e agradecê-la.

– Ai Adriana, muito obrigado viu! Olha, termina de pôr a mesa do café que eu vou apressar o Jayminho para ele não se atrasar, mas primeiro eu vou pedir pro Félix vir...

– O seu Félix?! – Notei que o tom da pergunta dela foi quase uma alegre afirmação. Óbvio que ela me viu sair do quarto de hóspedes e deduziu tudo. Tudo bem! Eu não fazia a menor questão de disfarçar a minha felicidade por tudo que tinha ocorrido durante a noite.

– Sim, Adriana, o Félix! – Eu sorria sem parar.

– Ah seu Niko... O senhor tá tão feliz!

– É... É que estou apaixonado... – Nesse momento o personagem da minha conversa apareceu no canto da porta entreaberta me chamando com um sussurro...

–--

Ele estava demorando muito para me chamar... Não era possível que o carneirinho fosse me deixar lá no quarto! Bom, se ele me garantisse que voltaria, eu ficaria! Sorria pensando nessa possibilidade... E claro, lembrando os momentos inesquecíveis da noite, do amanhecer, do banho... Enfim, meu estômago me acordou daquele momento “remember” e me avisou que eu estava morrendo de fome... Fui até a porta e espiei o carneirinho conversando com Adriana lá perto da mesa de jantar...

– Niko... Ei, Niko!

Ele me olhou e sorriu, me chamando com a mão. Perguntei em silêncio se podia ir e ele respondeu que sim. Então saí do quarto. Fui até lá...

– Oi... Bom dia Adriana! – Niko passou a mão em minha cintura quando cheguei perto e vi Adriana com um sorriso enquanto nos via juntos. Óbvio que ela já sabia de tudo!

– É... Então, carneirinho, esse café sai ou não sai?! Meu estômago está roncando aqui...

Ele foi simplesmente adorável me mandando sentar enquanto ele ia ver seus filhos... Aliás, Niko era adorável de qualquer maneira...

–--

Quando ele veio até mim, me senti como se já fossemos um casal. Era tão bom tê-lo comigo, acordar com ele e ele ficar para o café da manhã. Quando ele me disse que estava com o estômago roncando eu ri...

– Ah Félix... Senta que a Adriana vai terminar de trazer as coisas para a mesa! Pode começar sem mim porque eu tenho que ir ver se o Jayminho já vestiu o uniforme, porque você não faz ideia de como esse menino demora, e vou dar uma olhadinha no Fabrício também, tá!

Ele me respondeu do jeito mais carinhoso e com o sorriso mais lindo...

– Tá bom, carneirinho, vai lá! – Ele beijou minha mão antes de eu ir. Quase caí em seu colo com todo esse carinho!

–--

– Tá bom, carneirinho, vai lá! – Beijei sua mão. Eu quis demonstrar-lhe com um pequeno gesto o quanto estava adorando estar ali e que o responsável pelo meu sorriso era ele.

–--

–--

Lá estava eu no quarto do meu filho, ajudando-o a terminar de se arrumar. Eu já tinha dito várias vezes para o Jayminho para ele não demorar senão a van chegaria e nunca daria tempo de ele tomar café direito.

Ah, claro, também tinha que dizer que Félix estava lá...

– Filho, anda logo! Eu vou ver se sua van já está vindo e você corre para a mesa porque senão não dá tempo de você comer nada antes de ir pra escola! Ah, e... O Félix está tomando café aqui em casa, tá!

– O Félix? Ele dormiu aqui em casa, papai?

Pensei em como ia explicar... Mas, podia ser mais simples do que pensei... Jayminho só tinha oito anos, já entendia muita coisa, mas, às vezes, a resposta mais simples para uma criança é o suficiente...

– Foi... Ele dormiu no quarto de hóspedes, meu filho! Você sabe que eu gosto muito do Félix, não sabe, Jayminho?

Pude ver que Jayminho era mesmo um menino muito inteligente. Sua resposta simples é que foi suficiente para mim...

– Sei papai... Eu também gosto do Félix! Ele te ajudou a salvar meu irmãozinho e é seu amigo né?! Ele é legal!

Minha alegria quando meu filho me disse que também gostava do Félix me fez sonhar de novo com a possibilidade de sermos uma família completa.

– É sim, meu filho! O Félix é muito legal! – Suspirei com tamanha felicidade. – Agora, vai, vai logo tomar seu café!

–--

Eu estava na mesa quando Jayminho veio correndo em minha direção. Fiquei pensando se ele estranharia minha presença ali, mas, para minha surpresa, ele me cumprimentou com toda simpatia e começou a comer em pé mesmo... Acho que havia levado bronca do carneirinho por estar atrasado...

– Oi, Félix!

– O-oi, Jayminho... Tudo bem?

Ele me respondia com a boca cheia, pois comia com pressa...

– Tudo... O papai disse que você dormiu no quarto de hóspedes!

Não soube o que responder, mas senti confiança quando notei que Niko nos observava...

– É... Dormi sim...

– Por quê?!

– Por que... – Olhei de novo para o carneirinho. – Por que... Porque ficou tarde para eu voltar para minha casa Jayminho, foi por isso!

– Ah, tá!

Niko se aproximava de nós, sorrindo...

–--

Fiquei observando Félix conversando com Jayminho e já imaginava cenas assim se repetindo no futuro... Era tudo que eu queria! Me aproximei deles achando isso tudo lindo. Pena que eu tinha que interromper...

– Vamos, meu filho! Não dá tempo de você ficar conversando com o Félix agora! Come que eu vou ver se sua van já chegou!

Saí... Não deu dois minutos a van da escola chegou...

...


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Notas finais do capítulo

continua...



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