When I Die ... escrita por Ana Carol


Capítulo 5
5.Capitulo.


Notas iniciais do capítulo

OiiOii noovo capitulo :3 não deu pra postar ontem me desculpem !



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Acordei mais uma vez comigo caindo, e caindo, e caindo no escuro.

Me levantei e corri em direção a parede de meu quarto e ri, nossa nunca ri tanto em minha vida...

A lista estava lá...

A encarei e vi que faltava algo, a numero 4 que era para humilhar a Denyse não estava lá... Arregalei os olhos e logo batidas na porta, abri e encarei Mary com seus olhinhos azuis brilhantes:

–Mamãe mandou você acordar.

–Ok...é...Obrigada por me avisar Mary.

Falei e fechei a porta.

Me joguei na cama e pensei tá na hora de mudar...Sei que vou morrer se não mudar drasticamente.

Corri ao banheiro e pintei meus cabelos com a tinta castanha que se encontrava dentro de meu armário, logo passei somente um lápis e um gloss.

Vesti uma calça jeans e uma blusinha branca de manguinhas, coloquei meu velho all star, e saí de casa, Mary me encarava de boca aberta, e minha mãe apenas sorriu...ela parecia cansada, entrei no carro de Carm silenciosamente, e ouvi ela conversando com alguém no celular:

–Huuum...Hoje¿ Não eu quero sim Dc, tenho muito tesão em ti, e já fiquei com a Denyse antes, a 3 realmente é muito bom.

Fiquei paralisada, as lagrimas caiam rápido demais, saí silenciosamente, e me sentei no parapeito da calçada, abaixei minha cabeça e meus cabelos castanhos caíram sobre meus olhos.

Após alguns minutos meu celular vibrou e encarei com raiva a tela:

Oeh Vadéa...

To aq na frentt já

Saí logo, q a gentt tem q buscar o resto do bonde.

Bjs

#Carm.

Fechei os olhos com raiva e fui em direção ao carro.

–Oi.

–To sem humor hoje.

Virei simplesmente para o lado e encostei minha cabeça no carro, as lagrimas novamente escorreram, e dessa vez eu não as sequei, e vi gota por gota cair no asfalto...e aquela será a ultima vez que choro, pelo menos por culpa de Dc.

Na verdade acho que sempre soube que Dc não gostava de mim, nunca gostou na verdade, nem como amiga.

A verdade é que todos temos segredos, Carm nunca comentava suas experiências sexuais com a gente, ela foi estuprada aos 15 anos, ninguém sabe disso, somente eu.

Denyse tinha uma certa paixão por Carmen, e me contou isso uma vez numa discussão.

Maria Mello tinha raiva de Magali, por tudo que ela fazia, por isso é assim, faz de tudo por dinheiro.

E eu, eu escondo vários segredos, como quando eu tinha 4 anos e Magali me ensinou a andar de bicicleta e eu caí e chorei, chorei muito mesmo e ela disse que ia ficar tudo bem e ia me ajudar sempre, e aquilo me ajudou muito, bem mais que quando Carm me leva para ir fazer compras no shopping, ou como quando conheci Cebola aos meus 10 anos e ele me ajudava em tudo, e me fazia rir quando Carm me chamava de coelha gorda e sem-graça, ou como me senti sozinha e sem chão quando meu único melhor amigo morreu num acidente de carro no qual eu insisti para ele ficar comigo jogando vídeo game.

Era duro encarar a realidade, mas... e se fosse ele¿ e se fosse graças a ele eu tivesse tendo essas chances¿ era como o jogo que a gente jogava...O mocinho tinha 7 vidas...e Se eu também tenho só 7 vidas¿ acordei de meus pensamentos com um maldito tapa nos seios, sem erguer o olhar falei:

–Saí Do Contra...Nao estamos mais juntos.

–Que¿

–Não quero continuar sendo traída querido.

Ele me encarou com olhos arregalados e somente saí do carro e fui até a escola, me sentei na arquibancada da quadra e fechei meus olhos.

Comecei a chorar e senti uma mão no ombro.

–Oi...

–Oi cebola.

–Voce ta bem¿

–eu pareço bem¿

–Não,..., parece péssima.

Encarei seus olhos castanhos, e me lembrei de quando ele me fazia feliz quando tudo parecia dar errado.

E então, o abracei, nossa fazia tanto tempo que não abraçava alguém, Dc era mais do tipo ‘ quero transar com você.’

Ele me apertou contra o corpo dele e disse:

–Que tal fugirmos um pouco disso tudo¿

Ele me perguntou passando a mão em meus cabelos agora castanhos.

–Não tenho nada a perder mesmo

Falei sorrindo torto.

Ele deu uma gargalhada e me puxou pelos corredores da escola, saímos sem sermos vistos por ninguém, bom talvez até tenham visto mas não reparado que era Monica Souza Sun a líder da escola, namorada do garoto perfeito e amiga das garotas perfeitas de NorthRigth.

Depois que viramos a esquina, ele pegou seu celular e discou um numero:

–Fala cara...To aqui na esquina com a Mô, é, é , a velha Mô, vem pra cá fugir com a gente, traz a Maga também.

–a Magali vem também¿

–Sim.

–Huum...

E em alguns minutos chegaram os dois ofegantes, logo notei como Magali havia mudado, estava com os cabelos mais curtos, e mais alta e muito mais bonita que Maria.

Ela sorriu pra mim, e logo se virou e começamos a andar, todos conversavam assuntos diferentes dos quais eu estava acostumada.

Eles falavam sobre faculdade, planos, vida, shows, e dinheiro.

Paramos em frente a sorveteria e Magali sugeriu que entremos.

–Ahm...Melhor não Maga.

–Mas por que¿

–Porque...Eu to sem dinheiro Maga.

Cebola falou abaixando a cabeça, e logo me lembrei que ele morava num orfanato para crianças e adolescentes desde os 15 anos porque seus pais morreram num acidente de carro, e seus parentes moravam na Flórida.

E estudou no colégio com apoio do diretor que comprava seus livros e uniformes.

–Ahm...Eu pago pra você.

Falei sem pensar timidamente, todos me encararam com seus olhares perplexos.

–Ahm...Não precisa Monica...

–Eu insisto.

–Ok então.

Ele falou me dando um abraço e fazendo com que seu perfume me enchesse de boas lembranças, ele...ele usava o mesmo perfume que Josh, e logo me lembrei de um fato:

–Joosh, Joosh...

–Fala pequena.

–Por que seu perfume é tao doce¿

–Porque somente homens doces usam perfumes doces.

–ah uuum kkkk

–kkkkk

As risadas ecoavam em minha mente, fechei meus olhos deixando lagrimas caírem.

–O que foi Mô¿

–Vo-Voce usa o mesmo perfume que Josh.

Falei quase num fio de voz.

–sério¿ nossa.

Dei um sorriso e disse:

–Ainda é um assunto delicado para mim...Nunca falei sobre ele com ninguém.

–Mas já faz 6 anos...

–é só que nesses 6 anos, nunca comentei nada com ninguém, não fui em seu velório, e nem nada.

–Mas por que¿

–Porque...eu me sinto culpada...Se eu tivesse insistido mais, se eu tivesse chorado, e feito birra, ele teria que ficar para jogar vídeo game comigo...e não teria morrido e...

–Monica, eu penso assim também, meus pais morreram, e só sobrou eu e a Marilia, e nós fomos mandados para um orfanato, Mari já foi adotada por um casal do RJ, e nem deve se lembrar que tem um irmao... eu me culpava antes, mas a culpa não vai trazer eles de volta.

Fiquei em silencio e o abracei bem forte, logo senti as mãos suaves de maga entrando no abraço e as mãos ásperas de cascão entrando também.

E ficamos assim por alguns minutos num grande abraço coletivo, na sorveteria acabei me sujando de sorvete e o Cebola riu, e do nada Maga disse:

–Gente, tenho que me aprontar para a festa.

–Vesh verdade Maga.

–Ahm...Acho que não vou.

–Por que¿

–é melhor eu não ir rs vejo vocês amanha...amigos.

Disse me despedindo e caminhando para casa, já estava a noite, estava frio e resolvi fumar um cigarro, estava fumando tranquilamente quando um clarao forte bateu em mim com força total e não vi nada a não ser o Josh me fazendo cocegas.


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Notas finais do capítulo

comentem u.u