Teenager Dream escrita por Teen in Love


Capítulo 6
Raiva de Mim Mesma


Notas iniciais do capítulo

Temos que viver mais, aproveitar o que a vida oferece.



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Até hoje ele não respondeu minha mensagem no Whatsapp: "Tudo no seu tempo. Quando você quiser falar, tudo bem. Não estou com pressa."
Hoje foi um dia engraçado.
Laura tinha faltado, quase ninguém sabia o motivo da falta dela, só os íntimos.
Eu pensei que ela iria fazer muita falta, mas não fez tanta falta assim.
A aula depois do intervalo era a aula de língua portuguesa.
A professora era insuportável, ninguém gostava dela, ela era toda fresca e nojenta.
No início da aula de língua portuguesa Victor me cutuca:
–Me dá uma bala?
–Não tenho.
–Tem sim, anda me dá logo.
–É sério, eu não comprei balas. Esqueceu que eu passei o intervalo todo com você?
–Então ''rouba'' de alguém.
–Espera.
Para cumprir o pedido dele, vou até a cadeira de Amanda e pego um doce caramelo.
No caminho de volta à minha cadeira, vou abrindo a bala para pegar um pedaço, mas quando menos espero, Victor, com um rápido reflexo, pega a bala das minhas mãos.
Tentando ser divertida, pedi:
–Vê se deixa um pedaço para mim.
Ele, ironicamente, coloca o caramelo todo na boca e vira-se para mim dizendo:
–Você queria? Desculpe.
–Queria sim, seu guloso.
–Ainda quer?– Diz ele, movimentando a bala com a língua.
Queria muito dizer ''sim'', mas havia um problema.
Estávamos nas primeiras cadeiras da fileira, e na nossa frente estava a professora, e no colégio não pode namorar.
Caso eu fosse ''trocar'' bala com ele, consequentemente iria rolar um beijo.
Faço o tipo de aluna certinha e exemplar, nunca levei uma advertência, suspensão ou expulsão, e minhas notas sempre eram altas.
Ser certinha demais as vezes enjoa, mas no meu caso eu não poderia mudar o meu perfil, eu tinha pais muito severos, e caso recebesse alguma punição escolar, com certeza a punição em casa seria bem pior. O meu medo me condena.
Ele ficou ali parado esperando a minha resposta, parecia brincadeira e ao mesmo tempo parecia sério.
–Não, agora não.
–Tem certeza?
–Sim.
Ao negar, me arrependi muito, mas, por outro lado eu posso tem me livrado de uma situação constrangedora.

A professora de artes é a mesma professora da língua portuguesa.
Quando acabou a aula de física, eu e Victor tínhamos saído para beber água, ele estava muito nervoso, porque o professor de física aplicou um teste para sabermos como estaria o nosso desempenho na disciplina.
Victor tinha ido mal no teste, não tinha conseguido responder nenhuma das questões.
Não tive noção do tempo enquanto ouvia o desabafo dele e o consolava, depois foi que percebi que a porta da nossa sala estava fechada.
Estávamos do lado de fora, e a chata da professora não queria nos deixar entrar, porque ela avisou na semana passada: "Quem chegar um só minuto atrasado na sala de aula, não vai entrar."
Logo, eu e ele ficamos do lado de fora da sala de aula, batendo na porta, até a professora abrir a porta e dizer: "Hoje eu vou liberar, mas não terá próxima vez."
Todos os nossos colegas fizeram em coro aquele famoso ''huuuuuuuuum''.
Sem necessidade, pois não havia acontecido nada.
Mas mesmo assim, fiquei vermelha de vergonha.


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Notas finais do capítulo

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." - Charlie Chaplin.



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