She Will Be Loved 2 escrita por Carol Munaro


Capítulo 5
I have not changed


Notas iniciais do capítulo

OI OI OI. To postando correndo. Qualquer erro, me avisem que mais tarde eu arrumo. Boa leitura



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– Se eu soubesse que vocês tinham renovado o amor ontem de manhã, eu não teria falado pra você ir comigo pra boate. - Peter disse. O bom de ele trabalhar em casa: posso contar com ele a hora que eu quiser. O ruim de ele trabalhar em casa: ele pode me encher o saco sempre que quiser.

– Peter, pra mim eu iria ficar a noite inteira sentado de frente pro bar.

– E acha que ninguém ia falar com você? - Não respondi. - Ela tem todo o direito de ficar chateada.

– E eu também. - Ele pegou meu telefone. - Tá fazendo o que?

– O que se faz com um telefone, Andrew? - Revirei os olhos. - Vem aqui, por favor, Claire.

– Pra que chamar a Claire?

– Opinião feminina. - Ele respondeu assim que desligou. Não demorou muito e a Claire estava sentada na cadeira ao lado do Peter.

– Algum problema? Eu vou ser despedida? - Ela perguntou quase em desespero.

– Andrew seria idiota se te mandasse embora. Apesar de que… Ele realmente é idiota. Te chamei aqui porque precisamos da sua opinião.

– Isso é sério? - Perguntei.

– Cala a boca. - Ele retrucou e se olhou pra Claire de novo. - Se você encontrasse o seu ex-namorado uns sete anos depois de terem se visto pela ultima vez, e ele pedisse pra voltar, o que você faria? - Claire olhou pra mim.

– Ah… Se eu realmente o amasse, voltaria.

– E se você estivesse noiva de outro cara, mesmo amando o seu ex? - Claire arqueou a sobrancelha.

– Mas quem seria idiota de ficar noiva amando outro homem? - Me mexi desconfortavelmente.

– Minha ex. - Respondi.

– Desculpe, senhor Davis. - Peter riu baixo. - Eu terminaria com o tal noivo, oras!

– E se o seu ex te magoasse? - Peter continuou.

– No fim do namoro?

– Não. Agora.

– Depende de como foi.

– Se ele saísse com outra mulher. Só uma noite, mas mesmo assim, com outra mulher. - Falei.

– Eu iria querer mata-lo!

– Mate teu chefe então. - Peter falou rindo.

– Cala a boca, Peter. Só dificultou a situação. Só isso. Ela ainda tá brava comigo, mas vai passar.

– Boa sorte, senhor Davis. - Claire falou. - Era só isso?

– Obrigado, Claire. - Peter falou. - Posso passar na sua casa as sete? - Ela fechou a porta, deixando ele falando sozinho. Ri.

– Tá querendo pegar minha secretária?

– Não. Era só brincadeira. A Claire sabe disso. Tá pensando em fazer o que pra Alice te perdoar?

– Esse é o problema. Não consigo pensar em nada.

– Imagina se ela tenha feito outra lista? - Soltei um riso baixo e ele também. Até que uma lâmpada se acendeu na minha cabeça.

– Preciso sair. - Levantei e comecei a pegar minhas coisas. - Só faz um favor?

– Diga.

– Faz o trabalho da Claire e marca uma reunião pra mim. Tá tudo escrito nesse papel. - Entreguei pra ele. - Vou precisar sair com ela.

– Tenho medo das suas decisões.

– Obrigado. - Saí da sala. - Claire? Tarde de folga. - Ela sorriu. - Mas você vai sair comigo.

– Desculpe?

– Preciso de ajuda. - Ela tava com a expressão de confusa, mas levantou sem perguntar mais. - Primeiro, preciso comprar flores.

– Pra sua ex, não é?

– Isso. - Saímos do elevador e entramos no meu carro. Dei a partida. Perguntei a ela onde tinha uma floricultura boa e fomos até lá.

– Mas… Flores? A senhorita Mendler não tem cara de quem gosta disso. - Claire disse.

– To pensando em algo. - Descemos do carro e entramos na loja. - Não entendo de flores.

– Não sou nenhuma especialista.

– Escolhe a que você acha que combina com ela.

– Essa aqui? - Ela pegou uma e me mostrou.

– Não… Essa é estranha. - Ficamos um pouco mais de meia hora só decidindo qual seria a flor que eu mandaria pra Alice.

– Se não for essa, me desculpe, mas eu desisto! - Olhei pra mão dela.

– Essa é bonita. - Respondi.

– Obrigada, senhor! - Claire falou olhando pro teto. Imaginando o céu, sei lá…

– O senhor tem uma flor artificial dessa aqui? - Perguntei pro senhor que estava vendendo.

– Tenho. - Ele mexeu em algo embaixo do balcão e depois me entregou.

– Quero um buquê com as flores verdadeiras e essa artificial no meio, por favor. - Ele assentiu.

– Surpresa pra namorada? - O tio perguntou. Sorri torto.

– É. - Murmurei. Escrevi o cartão e deixei o endereço com eles. Ela receberia no escritório amanhã. Paguei, e eu e Claire saímos da floricultura.

– Aonde vamos agora? - Ela perguntou quando já estávamos no carro.

– No McDonald’s.

– Não to com fome.

– Ah, mas não é pra gente. - Claire me olhou como se eu fosse louco. - Longa história.

– Mais algum lugar depois?

– Não. Na livraria eu vou amanhã. - Acabei comprando um lanche pra mim e pra Claire também. Mas guardei o meu. Deixei-a em casa mais cedo e fui estacionei do outro lado da rua do escritório da Alice. Olhei no relógio. Faltavam dez minutos pra ela sair.

Dez minutos depois, ela saía do escritório. Sozinha. Buzinei e ela olhou pra mim.

– O que faz aqui? - Ela perguntou pela janela.

– Te esperando.

– Não vou pegar carona com você.

– Eu só quero conversar. Para de dificultar as coisas.

– Andrew, vá tomar no cu.

– Obrigado. Podemos conversar? - Ela bufou e entrou no carro.

– O que você quer?

– Desculpa. Eu só… Olha, eu tinha bebido, tá? Mas não vou botar a culpa nisso.

– Que bom que tá agindo como homem. - Suspirei. Peguei o lanche e entreguei pra ela. - Odeio você.

– Obrigado pela parte que me toca. Mas sério. Eu sei que eu fiz merda.

– Você tava certo. A gente não tem nada.

– Mas eu quero que a gente volte. E fazer aquilo não foi muito sensato.

– E não foi mesmo. - Ela disse autoritária e segurei um sorriso que queria rasgar minha cara. Peguei na mão dela. Alice quis recolher a mão, mas eu segurei com força.

– Deixa eu fazer diferente agora. Deixa eu te mostrar que eu não mudei, te mostrar que eu quero te fazer feliz de novo.

– Eu pedi pra resolver minha vida primeiro. - Engoli em seco.

– Tudo bem. - Ela começou a fazer carinho na minha mão.

– Paciência, Andrew. Eu só quero que você tenha paciência. - Acariciei o rosto dela. - Eu to me sentindo sufocada.

– Eu tenho medo de te perder. - Acariciei seu rosto e fui me aproximando.

– Andrew, para. - Assenti. - Eu… Vou pra casa.

– Tá. - Ela pegou o lanche e saiu do carro. Acenou pra mim com um sorriso de meia boca. O sorriso forçado. Acenei de volta.

Liguei o carro e esperei um outro passar pra eu sair. Mas eu ainda não tinha visto quem era o dono. Até que ele parou do lado da Alice. Ela deu o sorriso forçado de novo. Ele apontou pro lanche e ela falou algo rolando os olhos pra cima. Qual o problema em falar que um amigo comprou um lanche pra ela. Do jeito que ela nos apresentou, ele não sabe que namoramos.

Ouvi uma buzina. Até então, eu não tinha reparado que estava parado no meio da rua. Acelerei e fui em direção a minha casa.

(…)

Entrei na sala e a casa estava no completo silêncio. Fui pro quarto, tomei banho, me vesti e fui pra cozinha. Peguei uma tigela de cereal e fui pra sala. Liguei a televisão em um jogo qualquer.

Fiquei vegetando até ouvir o barulho do telefone. Cumprimentei minha mãe e tudo mais…

– Vocês podiam vim jantar aqui amanhã. Vou fazer aquela carne que você gosta. - Sorri.

– Eu vou adorar. Mas, mãe, a April vai tá aí.

– Ela vai sair.

– Tudo bem, então. Falo com ele.

– Aconteceu alguma coisa? Sua voz tá estranha. - Mães…

– Nada não. Eu to bem. - Conversamos mais um pouco e depois desligamos. Não muito depois, Peter resolver dar as caras, o que não foi muito tarde por algum milagre divino. Sim, senhores, preparem os botes porque vai cair um diluvio. Peter chegou cedo em casa!

– Chegando cedo… O que é isso? Surto de responsabilidade?

– Cala a boca.

– Vai ter um jantar na casa da minha mãe amanhã.

– Tá. Eu peço pizza. - Ele falou sorrindo.

– Ela te chamou pra ir. E a April não vai estar em casa.

– Tudo bem. Que horas?

– Acho que umas oito. - Olhei pra ele, que tava de social. - Tava onde vestido desse jeito?

– Jantar de negócios. - Gargalhei. - Tá rindo de que, palhaço? - Ele me empurrou.

– Mas você nem tá com projeto.

– Quem disse que não?

– Porra. Nem me conta as coisas.

– Eu queria que tudo já estivesse certo pra eu te contar.

– Sei… E como foi lá?

– Marcamos uma reunião pra semana que vem.

– Então, foi bem?

– Creio eu que sim. - Sorri. - Eu tava pensando em ligar pra April. - Ele falou baixo.

– De novo? Nao, espera. Será a primeira vez essa semana. Então, temos algum progresso.

– To falando sério.

– Eu também to. Vocês vivem brigando. - Peter deu de ombros.

– Eu gosto dela.

– Eu sei.

– Somos dois fodidos no amor. - Concordei com a cabeça.

– Eu sei disso também.

– Apesar de que não acho que vá demorar muito pra você e a Alice voltarem.

– Espero. - Falei sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Beijos de luz