She Will Be Loved 2 escrita por Carol Munaro


Capítulo 25
Thank you for don't giving up on me


Notas iniciais do capítulo

OOOOI! Boa leitura!



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– Mãe, a senhora tá chorando de novo? - Perguntei pra ela. Estávamos no quarto dos gêmeos. Ela estava louca pra vir em casa quase todos os dias. Ainda mais essa semana que eu to voltando a trabalhar.

– Eles são tão lindos! E olha como já aprenderam a sorrir. - Ela ficou acenando, sorrindo e brincando com eles. Ri baixo.

– Vocês estão com fome? - Alice perguntou e sentou-se na poltrona. Eu já sabia o que era. - Algum deles tá?

– Acho que o John. Ele não para de se mexer. - Peguei-o no colo e entreguei pra Alice.

– Isso merece uma foto! - Minha mãe falou animada e tirou a tal foto. Angel começou a resmungar no berço e minha mãe foi mimá-la. Os gêmeos estão sendo tão paparicados que quero só ver como vai ser daqui a alguns meses.

O interfone tocou e eu fui até a cozinha para atendê-lo. O porteiro me disse que meu pai estava lá embaixo. Paul olhou pra mim. Liberei a passagem deles.

– Quer que eu chame sua mãe pra irmos embora? - Fiz que não com a cabeça.

– Tá todo mundo entretido com os gêmeos. Acho que não vai ser necessário. - Não demorou muito e meu pai e a minha madrasta tocaram a campainha. Meu pai olhou pro Paul e depois pra mim. Mas o cumprimentou decentemente, graças a Deus.

– Sua mãe vai me atirar pela janela? - Ele perguntou pra mim.

– Eu espero que não. Só não provoca.

– Não vou fazer isso. To pretendendo algo. - Lá vem merda… Minha madrasta me cumprimentou e entramos no quarto dos gêmeos. Os dois estavam acordados. Claro que eles foram mimar meus filhos e eu fiquei parado na porta do quarto.

Depois de praticamente encherem o quarto de açúcar, fomos pra sala. Coloquei os gêmeos no carrinho próprio pra dois e levei-os pra lá. Meu pai chamou minha mãe pra conversar. Ela olhou pra mim. Dei de ombros. Ela olhou pros gêmeos, respirou fundo e eles foram pra sacada.

– Devo me preocupar? - Perguntei pra Olivia.

– Não olha pra mim. Não sei de nada. - Alice continuou comendo uvas e conversando com a Olivia. Eu e o Paul colocamos em um jogo de hóckey. Os dois ficaram conversando por um bom tempo.

– Só espero que eles não se matem lá fora. - Resmunguei abrindo uma cerveja e dando outra pro Paul.

– Ainda não ouvi gritos. Então, acho que tanto eles quanto nós estamos fora de perigo. - Alice disse e eu ri baixo. Eles voltaram pra sala e toda a atenção voltou-se para os dois.

– Decidimos uma trégua. Pro bem dos pequenos. - Minha mãe disse e revirou os olhos. - Mas você tem que fazer sua parte também! - Ela disse pro meu pai.

– Óbvio que vou fazer. Eu que sugeri!

– Acho bom. - Ela resmungou.

– Vocês tão falando sério? - Perguntei. Eles confirmaram com a cabeça. - Preparem os botes pro segundo dilúvio!

– Mas que exagero! - Meu pai falou fazendo uma cara de ofendido.

– Estão vendo, crianças? Esse é um momento histórico! Vovô e vovó não vão quase se matar por causa de vocês. - Falei balançando o carrinho. Minha mãe deu um risinho e meu pai revirou os olhos. E cumpriram o que disseram. Acho que nunca tinha visto os dois em paz.

– Me traz uma cerveja, por favor? - Meu pai pediu pra minha mãe, que levantou. Ela olhou pra ele.

– É uma trégua. Eu continuo não gostando de você. - Ele revirou os olhos e fechou a cara. E assim a vida segue…

(…)

– Não que eu esteja reclamando do meu trabalho, mas sinto falta de casa. - Falei no telefone enquanto comia um doce que a Claire deixou no armário.

– Como vamos fazer quando eu voltar a trabalhar? - Alice perguntou. Não tínhamos pensado ainda. E eles são muito pequenos. - Não quero deixar com qualquer pessoa.

– Acha que pedir pra minha mãe é uma boa? Sei que ela toparia, mas são dois.

– Andy, sua mãe trabalha. - Fiquei em silêncio tentando pensar em alguém. - E a sua irmã?

– De manhã ela estuda.

– Vou pro escritório só de tarde enquanto eles são menores. Ela fica com eles de tarde pra mim.

– É uma boa. Só espero que a Bia não bote fogo em casa. - Alice riu.

– Que exagero!

– Vou falar com ela.

– Não esquece de perguntar quanto. - Franzi a testa.

– Quanto?

– Acha que sua irmã vai cuidar de dois bebês sem receber nada.

– Ela faria isso.

– Sim, mas eu não. Então pergunta quanto. - Ri baixo.

– Você quem manda. - Continuei comendo. - Eles estão dormindo?

– Não. Tão no carrinho enquanto eu lavo louça. Parece que tão falando um com o outro. - Alice riu.

– Dá um beijo neles por mim. - Claire entrou na sala.

– Dou sim.

– E um pra você também.

– Acho bom. Te amo.

– Também te amo. - Desliguei. - Quer? - Ofereci o doce à ela, que arqueou uma sobrancelha.

– Eram meus.

– Eu sei. - Ela pegou um doce e deixou o pacote na minha mesa. - Qual a agenda pra amanhã?

– O senhor tem duas reuniões. Uma delas deve durar a tarde toda. - Fiz uma careta. Sei que voltei a minha rotina, mas minha vida nunca mais vai ser a mesma.

(…)

Zoe estava em pé, apoiada no carrinho dos gêmeos. Ela estava com um chocalho na mão e fazia barulho. Os gêmeos gargalhavam gostando do barulho. Estavam com três meses. Já não se importavam mais de ficar em algum ambiente com barulho. Até gostavam.

– Ela já vai fazer um ano! - Falei sentado do lado da Zoe.

– Mês que vem. April quer que a festa seja de um desenho horroroso que ela vê.

– Se a Zoe gosta… - Falei dando de ombros e olhando pra Alice, que estava atrás dele, do outro lado da sala. Quem diria que essa mulher é mãe de duas crianças? Ninguém! Ela conseguiu a proeza de ficar ainda mais bonita depois da gravidez.

Peter arregalou os olhos. Olhei pra trás. Zoe estava dando os primeiros passos sozinha. Ela cambaleou um pouco e ele se esticou pra pegá-la, mas impedi.

– Deixa ela aprender sozinha. A menina não vai morrer.

– Se ela se machucar, a April mata nós dois. - Zoe deu meia volta e sorriu assim que viu o pai. Ele estendeu a mão pra ela, que veio andando devargazinho e sorrindo. Ela passou do meu lado e sorriu pra mim, parando entre nós dois. A sentei no meu colo. - Ela deu os primeiros passos! - April e Alice olharam pra nós dois. Zoe sabia que era o centro da atenção. Ela sorria pra tudo e pra todos. April abaixou e pediu pra ela ir até lá. Zoe olhou pra mim.

– Ela é chata, mas continua sendo sua mãe, Zoe. Vá lá.

– Vá se foder, Andrew.

– Ow! Tem crianças na sala. - Alice reclamou. Ajudei a Zoe a se levantar e ela foi quase capengando pro outro lado da sala, mas conseguiu chegar lá. Acho que nunca vi a April mais feliz, com exceção do dia do nascimento, apesar de todo o cansaço.

– Acho que estamos ficando velhos. - Peter falou pra mim e fazendo cócegas no pé da Angel, que ria.

– Eu continuo jovial. - Peter deu risada. - Ainda nem tenho cabelos brancos.

– Ao contrário da April, que já tem um monte. - Ele falou baixo e olhou pra ser se ela ouvia. - Ah! Olha o que eu trouxe! - Ele falou se levantando e foi até o aparelho de DVD, colocando um dentro.

– O que é isso? - Perguntei. E depois comecei a rir. Era o vídeo da nossa viagem de formatura.

"Resolvi gravar nossa viagem." Peter dizia. Lembro daquilo como se fosse ontem. "E claro que não podia faltar o casal da turma de 2013."

"Cala a boca. Tem o Derek e a Vanessa pra você filmar." Eu tinha dito, mas ele nem quis saber.

"Ele não é meu melhor amigo e ela não é gata." Alice sentou-se ao meu lado no sofá e riu baixo nessa parte. Vi a April olhar pra ele de canto de olho, que fingiu que nada estava acontecendo.

"Vá se foder, Peter!" No vídeo, olhei pra ela, que estava rindo. "Tá achando graça de que?"

"Continua gravando. Andrew irritado é engraçado e divertido." O vídeo acabou aí. Não falava com todos da turma, mas mesmo assim sentia falta. Foi o melhor ano de escola que tive. Alice deu um suspiro do meu lado.

– Sinto falta dessa época. - Ela falou. Peter disse o mesmo.

– Lembro do Peter parecendo um desesperado pra me conquistar. - April falou rindo.

– Ele grudou em você e não soltou mais. - Alice falou rindo também. Peter deu um sorriso envergonhado e abraçou a April pela cintura.

Depois de comermos pizza, eles irem embora e eu e a Alice termos colocado os gêmeos para dormirem, resolvemos tirar um tempo só pra nós dois.

– Hoje foi tão… Nostálgico. - Ela falou abraçada comigo no sofá. Passava um programa qualquer de humor.

– Sinto falta do começo de tudo. - Ela sorria.

– Lembrei da viagem sem rumo que nós fizemos. Eu pensei tantas coisas…

– Como o que, por exemplo?

– Você queria que eu viajasse com você sem a gente se conhecer direito. Eu não sabia o que pensar. Achei que você me beijaria na primeira oportunidade. Ou pior! Que você tentasse transar comigo logo quando chegamos ao primeiro hotel.

– Confesso que eu queria. Mas sabia que eu arruinaria a viagem se eu tentasse. Fora que você ficaria sem falar comigo.

– E eu ia mesmo. - Sorri com isso. Marrenta. - Pior foi no dia seguinte, quando eu acordei e notei que tinha ficado pobre de bêbada. Pensei “meu Deus! Eu tava bêbada, sozinha, em outra cidade com uma cara que eu nem conhecia direito!”.

– Ei! Eu sei me controlar. - Alice riu.

– Agora eu sei disso, mas naquele tempo não. Eu não confiava muito em você.

– Mas me achava adorável. - Ela soltou uma risada baixa e me apertou mais contra ela.

– Eu amo você. - Beijei o topo de sua testa.

– Também te amo.

– Obrigada por não desistir de mim.

– Eu nunca faria uma coisa dessas. Pelo menos não de novo - Ficamos em silêncio.

– Precisamos de uma viagem daquelas de novo. E, claro… Uma pra Nova Iorque também.

– Sem dúvidas. Quem sabe quando nossos filhos tiverem alguns anos a mais?

– Acho tão bonitinho quando você fala “nossos filhos”. - Ri baixo. - Me sinto uma sortuda por ter você.

– E eu me sinto mais sortudo ainda por você me amar.- Alice sorriu e me beijou.

Certas coisas foram inventadas para serem ditas e ouvidas por certas pessoas. Um eu te amo vindo de um qualquer, torna-se algo sem importância. Uma saudade repentina sentida por outra pessoa, não provocará a mesma reação. Gestos de carinho vindo de alguém inesperado pode até causar surpresa, mas não será igual a pessoa amada. E eu sei quem é a pessoa certa pra mim. É a menina loirinha de olhos bonitos. É a menina que eu tirei do fundo do poço, que eu mostrei à ela uma nova chance pra que aproveitasse o que a vida tem pra oferecer. Uma das mulheres mais fortes que eu conheço. Ela é Alice Mendler. Ou melhor dizendo… Alice Davis.


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Notas finais do capítulo

Gente, vou sentir tanta falta de swbl ): Mas............. Ainda não é o fim. Tem o epílogo! Achei tão fofo esse capítulo! E decidi pegar algumas partes da 1ª temporada e também esclarecer sobre o que a Alice pensava do Andrew naquela época da viagem. Ah! E comecei uma fic nova esses dias. Link pra quem quiser: http://fanfiction.com.br/historia/549416/If_I_Were_A_Boy/ Então... Até o epílogo!



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