Taras e Fantasias de Um Mero Professor escrita por TreinadorX


Capítulo 1
Capítulo único




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Jairo e Natália. Aquela certamente era uma dupla das mais explosivas quando se tratava de sedução.


Ele, um dos professores mais paquerados do cursinho pré-vestibular e, no alto de seus 25 anos, já tinha aprendido uma boa lição em matéria de sexo: boca fechada, pois ele era o típico ‘come-quieto’, tendo caso com muitas mulheres. Todas confiáveis quanto discretas.


Ela, morena dos olhos verdes, era umas das alunas mais atraentes do cursinho e tinha uma beleza que atraía olhares gulosos da ala masculina dos alunos apesar do seu jeito discreto de se vestir e de seu olhar tímido, pois era dona de um corpo escultural.


A verdade era que Natália era a grande tara de Jairo. Ele não conseguia tira-la da mente. Desde que ele colocou os olhos nela, sentia-se, á cada dia, mais e mais atraído pelo comportamento e pelo corpo de sua bela aluna.


Ah! E que corpo!


Ela se encaixava perfeitamente em tudo que Jairo gostava, com apenas um defeito: ela nunca demonstrou qualquer interesse por ele durante um semestre completo.


A única informação que Jairo tinha conseguido da moça foi mais ou menos por acaso quando no meio da aula ele ouviu, sem querer querendo, um comentário de Natália com uma amiga que ‘ não iria celebrar seus 20 anos, apesar da importância da data’.


Passado o semestre, e com Novembro chegando, a expectativa dos alunos em relação ao vestibular iam crescendo na mesma proporção que a ansiedade de Jairo em relação á Natália ia se transformando em resignação.


Jairo concluiu que ‘comer Natália com os olhos’ era o que restava e o tesão era tanto que ele se permitiu fantasiar um pouco, pois tomou café com ela algumas vezes, mas Natália nunca aceitou o seu convite para a ‘turma do chope’, nas sextas-feiras á noite. De fato já estava resignado.


Até que aconteceu algo surpreendente. Jairo ficou extremamente surpreso quando, após as aulas de uma quinta-feira, Natália o procurou e falou-lhe, tranqüila e objetivamente:


- Jairo, eu estou precisando de um reforço em Geometria. Será que você poderia me dar algumas aulas particulares lá em casa? Se você topar, podemos marcar para o sábado à tarde, que tal?


Jairo, logicamente, concordou e, imediatamente, começou a imaginar como seria bom encontrar sua musa com uma roupa leve e transparente, devido ao forte calor. Imaginava também que os únicos números que seriam ditos e contados naquela aula de Geometria seriam os números de beijos, abraços e gemidos. Definitivamente Jairo estava viajando até que Natália o tirou de seus devaneios.


- Tudo bem, mas olha só, como eu moro sozinha e tenho uma vizinha fofoqueira, vou convidar mais duas amigas que estão para fazer vestibular e que também precisam de revisão em matemática. Você se importa?


Jairo apenas maneou a cabeça positivamente. Ele se sentia um idiota por achar que havia a possibilidade de Natália querer ter uma tórrida tarde de sexo com ele, caso contrario, ela não teria convidado amigas para a aula.


Diante dessa situação, Jairo, prometeu a si mesmo, parar de pensar naquela mulher. Pelo menos tentar.


No sábado, á quatro da tarde de um dia extremamente quente, Jairo estava em frente á porta da casa de Natália. Seu coração estava disparado. Ele ficou na esperança de que, pelo menos, ela não usasse as roupas leves e transparentes, que imaginara dias antes em seus devaneios, para ele poder dar a aula tranquilamente ao invés de ficar sofrendo de tesão reprimido durante as duas horas programadas de aula. Ele tocou a campainha e segundos depois a porta se abriu. Infelizmente, ou felizmente, Natália estava vestida com um shortinho jeans curto e uma mini-blusa sem usar sutiã por baixo. Jairo ficou petrificado com tamanha beleza. Ela, sorridente e deliciosamente perfumada, convidou-o a entrar.


Depois de entrar Jairo, conduzido por Natália, foi para o quarto-escritório da casa e lá teve outra surpresa. Ao invés de duas, eram três amigas presentes no local que já tinha até um pequeno quadro-negro e giz de várias cores. Tudo confirmava, para decepção interna de Jairo, que seu papel ali era mesmo de um mero professor e nada mais.


Assim se iniciou a aula, mas dez minutos depois um telefonema ‘urgente’ para uma das amigas fez com que o grupo perdesse uma aluna. Quinze minutos depois, uma pessoa outra das amigas de Natália para resolver um ‘problema’ em casa. E lá se vai ela embora com outra amiga. Enfim, em quase meia hora, aquela aula se reduzira a uma mulher desejada e seu professor, que vivia, naquele instante, um conflito erótico. Aquilo que estava acontecendo era uma incrível coincidência ou uma tremenda armação? Por que Natália faria isso para ficarem a sós? Essas dúvidas passavam pela mente de Jairo que só voltou a si quando ouviu a voz de sua musa.


- Jairo, desculpe-me pelas minhas amigas, mas acho que hoje não teremos mais aula. Vamos ficar na sala. Você me dá esclarecimentos e dicas para coisas que eu perguntar e, enquanto isso tomamos uma cerveja ou uísque, que tal?


Jairo topou, preocupado com uma negativa se tentasse agarra-la, como era sua vontade, caso aquilo fosse realmente uma incrível coincidência e não uma armação.


Jairo sentou-se no sofá da sala enquanto Natália tinha ido ao outro cômodo pegar algo para beber. Aquilo estava se tornando uma tortura. Jairo não resistia em comer Natália com os olhos e imaginava rolando com ela no chão, tirando suas roupas, ou melhor, arrancando-as como um animal voraz e no cio com o único objetivo de saciar seus instintos mais primitivos. Infelizmente só podia imaginar.


Natália voltou e serviu Jairo com um uísque com gelo em copo de cristal e, logo depois, colocou um CD de uma musica do Kenny G e sentou-se em uma poltrona, de frente para Jairo, e cruzou as pernas enquanto tomava seu uísque. O pobre professor estava tendo uma certeza em sua mente.


- É, seu Jairo, essa mulher definitivamente não quer nada com você, pois se estivesse a fim de uma transa, se sentaria bem pertinho de mim.


Ainda mais resignado, Jairo, com esse pensamento, tentou voltar á realidade, ‘curtindo’ o tesão acumulado ao mesmo tempo em que tentava esconder o volume crescente entre suas pernas, sem desviar o olhar das belas coxas de Natália. Mal conseguia articular as palavras para falar de geometria até que Natália decide encerrar a aula e o convida para dançar ao som de Kenny G.


A esperança voltou á mente de Jairo, que imaginava que talvez aquilo de fato pudesse ter sido uma armação de Natália para que eles ficassem á sós. Jairo se sentia mais confiante.


A dança estava gostosa, mas nas duas tentativas de Jairo em colar seu rosto no dela, Natália se afastava e desconversava. Ele começou a imaginar que aquilo tudo pudesse ser parte de uma aposta entre alunas, alguma paranóia, mas estava difícil de entender o comportamento de Natália.


Mas isso não era tudo, pois começou a ficar mais confuso quando Natália o convidou a conhecer a casa inteira. A cozinha, onde deixaram os copos de cristal. O quintal, onde ficavam vários vasos de flores. O banheiro, onde encontrou toalhas com as iniciais, do nome e sobrenome de Natália, bordadas nela. E, finalmente, o quarto. Natália exibia um sorriso cativante.


- Este é o lugar que mais gosto da casa. E a roupa de cama, para mim, tem que ser de seda. Esta é minha preferida.


Diante daquela situação, Jairo ficou meio tonto, sem saber o que fazer. Agarrar aquela mulher e se revirar naquela cama era uma fantasia que poderia sair caro se tudo não passasse de uma extrema gentileza e cordialidade por parte de Natália, que se sentou na cama e depois olhou para seu professor.


- Hei, senta aqui ao meu lado. Quero te mostrar umas fotos que tirei na semana passada. Aquela do feriado esticado.


Meio sem jeito, Jairo sorriu e se sentou bem pertinho de Natália, que de posse de um álbum, começou a folheá-lo. Jairo prestou atenção nelas, principalmente nas que Natália aparecia de biquíni na praia onde exibia seu fenomenal corpo, mas ela não aparecia sozinha. Havia um homem ao lado dela. Jairo chegou a imaginar que fosse namorado dela, mas Natália apenas o identificava como ‘ um amigo’. Aquela afirmação fez Jairo coçar a cabeça e a pensar no ditado ‘quem não arrisca não petisca’ e assim mandou suas preocupações para o inferno e se posicionou para um ‘ataque’, mas de repente, o celular dela toca e ela atende, tirando a coragem repentina de Jairo, que apenas ouvia a conversa de Natália com a amiga.


- Tá legal, Flora! Pode trazer agora... Não, não tem problema, não estou sozinha. E você vai conhecer o meu professor de matemática, o Jairo. Até já.


Aquilo já era demais para Jairo, que já tinha perdido totalmente a esperança de ter uma tórrida tarde de sexo com Natália, pois se ela estivesse armando para transar não convidaria Flora para conhecê-lo interrompendo o início de uma sedução mútua. Sem falar que ela se referiu á ele como professor. Então ele era apenas isso. Um professor. Jairo concluiu que era melhor ir embora depois de uma hora e meia de sufoco e tesão reprimido.


Voltaram para a sala e o papo ficou girando sobre o vestibular até que, dez minutos depois, Flora apareceu. Jairo aproveitou a oportunidade e se preparou para ir embora, mas Natália insistiu para que ele ficasse e tomasse outro uísque e dançasse mais um pouco, mas Jairo estava irredutível e nem saber que Flora já estava de saída foi suficiente para fazê-lo mudar de idéia. Já havia dançado o suficiente e se sentia um otário em pensar que Natália tinha algum interesse em transar com ele, pois certamente já devia ter um namorado. Jairo apenas invejava esse homem, que tinha a sorte e felicidade de poder se deliciar com aquele corpo escultural e, pelo jeito, sem correr o risco de dividir aquele prazer com mais ninguém. E assim Jairo foi embora da casa de Natália.


Á noite, após uma festa, Jairo saiu com uma amiga e foi para seu apartamento transar com ela embora durante a transa ele projetava a imagem de Natália em sua amiga, mas pelo menos sua amiga estava ali, era real, podia tocá-la, beija-la enquanto Natália era apenas uma mistura de tara e fantasia.


Na segunda-feira seguinte no cursinho, mais precisamente no intervalo, Jairo se dirigia para a cantina, cercado de alunos, quando percebeu que Natália caminhava em sua direção. Jairo, como sempre, sorriu para ela. Já Natália, sem retribuir o sorriso, exibia uma expressão serena e séria em seu rosto. Jairo estava com um mau pressentimento e foi quando, na frente de todo mundo, Natália mostrou várias notas de dinheiro na mão. Frente á frente com Jairo, ela jogou essas mesmas notas em cima dela e dizendo:


- Seu incompetente. Você não entende nada de mulher. Não sabe o trabalho que me deu armar tudo aquilo. Eu queria ser conquistada, seduzida, agarrada. Você não serve para nada. É mesmo um mero professorzinho de merda. Era dinheiro que você queria para transar? Então toma. Pode pegar.


Depois dessa cena, Natália deu meia volta e saiu andando rapidamente e Jairo, ainda surpreso sem entender nada, foi atrás dela para tentar se explicar.


Os dois recatados amantes da ‘transa discreta e dissimulada’ discutiam suas expectativas e fantasias frustradas, os orgasmos e gemidos de prazer não vividos, sob os olhares incrédulos dos professores e as risadas contidas dos alunos presentes no local.


Para terminar esse texto faço um comentaria um tanto machista.


Eu, TreinadorX, entendo perfeitamente o que passou Jairo. Realmente não da para entender as mulheres.


 


FIM


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