Percy Jackson e as alianças de Ouro escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu disse que as coisas esquentariam, então não digam que eu não avisei.
Bjos e Aproveitem



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Não que eu não gostasse de água- pelo contrário- mas aquele lugar me dava arrepios.

Era como estar passando dentro de um túnel, só que de vidro. Do lado de fora tudo o que se via era água e peixes que eu só conhecia pelos livros da faculdade grudados no teto. Alguns eram tão feios que evitava olhar. Eram peixes abissais, o que tornava a luz dentro do túnel muito fraca.

Me perguntei por todo o percurso como permitiam a entrada de crianças, e se depois elas não iam para cama com medo.

Conforme o túnel ia se alongando, as luzes ficavam mais fortes, os peixes amedrontadores deixaram os vidros e a água escura deu lugar a um amontoado de corais coloridos e colônias de peixes. Era até divertido ver a diversidade marinha, o modo que as anêmonas balançavam com a agitação da água era ligeiramente engraçada.

A verdade é que eu não fazia a menor ideia de como chegara até aqui. Apenas atravessei um portal depois da ala quatro e segui um feixe de luz até o que deveria ser o aquário do zoológico.

Mas de qualquer forma procurar por aqui não me parecia uma boa ideia. O fato de meu pai ser o deus dos mares não me era favorável contando que a luz dentro dos tanques eram mínimas. Os peixes abissais não suportavam a claridade, e se a aliança caísse no tanque deles eles se aproximariam, curiosos, e não pensariam duas vezes antes de botar pra dentro. Então não teria muito o que fazer se ela estivesse dentro de um peixe.

Mesmo assim não desisti de procurar. Por onde passava apertava os olhos e tentava enxergar qualquer que fosse o ponto brilhante dentro do aquário. Por varias vezes me contive antes de mergulhar para ter certeza de que era a joia perdida, mas quando trazia o ponto junto com a água num simples balançar de mãos, eles me revelavam que não passavam de moedas ou restos de animais que possuíam sua própria fonte de luz.

Mas conforme o túnel parecia mais longo e a luz finalmente parecia existente, ficava mais fácil de reconhecer o que estava do outro lado, inclusive alianças de deuses.

Procurei por todos os cantos que conseguia alcançar apenas olhando. Quando desconfiava de alguma coisa balançava as mãos e trazia o objeto em minha direção. Devo ter feito isso um milhão de vezes; minhas mãos doíam por causa dos movimentos repetitivos. Eu podia muito bem ter ficado com Ler. Deixei esse pensamento de lado e me concentrei em encontrar o que estava procurando.

Não havia uma maneira mais fácil além de procurar por dentro. Passei em frente a uma porta de serviço, entrei com facilidade, lá dentro encontrei ao lado de alguns caixotes de madeira que cheiravam á peixe, uma escada íngreme em espiral que levava até o piso superior, onde podia se ver a borda dos tanques.

Olhei para os lados antes de entrar na área de serviço. Depois de ter encontrado com os faxineiros x9’s tive certeza que os funcionários estavam concentrados em algum lugar do zoo obedecendo ordens do EPAM, agora deviam estar a minha procura e de qualquer maneira eu precisava me certificar de que estava sozinho.

Se Annabeth estivesse comigo as coisas teriam sido diferentes. Ela teria pensado num jeito de manter o EPAM e os funcionários afastados enquanto nós dois procurávamos num lugar que certamente ela teria calculado e essa missão não duraria mais do que algumas horas. Infelizmente ela não estava aqui, e por mais que isso me chateasse, me deixa tranquilo em saber que ela está no conforto da nossa casa, protegida dos perigos que esse zoológico abriga.

Annabeth sabia se cuidar muito bem sozinha, disso eu tinha certeza. Mas assim como ela se preocupava comigo eu me preocupava com ela da mesma maneira, talvez ainda mais. Tudo isso se deve ao instinto masculino de proteger sua família, e se tem uma coisa que eu nunca deixaria acontecer é algum mal á eles.

Mas era só eu e minha sorte, então eu estava praticamente sozinho.

Eu não me achava a pessoa mais azarada do planeta. Por vezes vi coisas boas me acontecerem sem que eu esperasse por elas; eu ganhava coisas, escapava de situações ruins e era muitas vezes ajudado por pessoas desconhecidas ou por pessoas que eu nunca imaginaria que pudessem fazer algo do tipo. Além de Annabeth, é claro. Nunca me passou pela cabeça que a garota mais inteligente do acampamento, líder do chalé seis e de uma série de outras coisas viesse a ser minha namorada e anos depois minha esposa. Vendo pelo lado positivo, às vezes minha sorte assumia sua função e me presenteava, outras vezes me abandonava a mercê do azar.

Em todo caso eu não tinha do que reclamar. Estava vivo e se minha sorte fosse realmente tão ruim, eu não estaria aqui e não teria tantos amigos e pessoas de quem eu realmente gostava e me importava.

O piscar das luzes dentro da área de serviço me fez voltar á realidade. Apertei o interruptor com força fazendo as luzes pararem de falhar, subi as escadas segurando no corrimão enferrujado com a tinta descascando em minhas mãos, os degraus estavam da mesma forma, eles escorregavam por causa da umidade e cheiravam a produtos de limpeza.

No teto, depois do ultimo degrau, havia uma porta de metal presa por um cadeado. Contracorrente deu conta do serviço mais uma vez, fora ainda mais fácil com o trinco começando a enferrujar.

O lado de dentro era mais organizado do que o piso de baixo. Os latões foram recentemente pintados e estavam enfileirados de acordo com os tanques de peixes. Neles haviam numerações e nomes do tipo de peixe de deviam alimentar. Cordas penduradas acima deles com ganchos deixavam o lugar com cara de cais e as latas espalhadas ao redor dos latões davam a falsa impressão de abandono.

No outro canto do piso superior havia pendentes pregados na parede que suportavam o peso das roupas de mergulhadores. Os cilindros de oxigênio estavam enfileirados no chão, debaixo dos suportes.

Não quis me vestir com uma delas, por mais atraentes que fossem e a ideia de provar uma delas fosse animadora, eu precisava estar pronto para uma emergência, como ter que sair rapidamente de dentro dos tanques pra caso de alguém me ver. Se eu estivesse com as minhas roupas facilitaria.

Contornei os tanques até encontrar o que eu queria. O que estava cheio de peixes coloridos estava de bom tamanho. Eles não me atacariam e não se esconderiam de medo, certamente acostumados com a presença humana.

Coloquei primeiro os pés depois o resto do corpo. Existia uma margem para os visitantes que estivessem autorizados e quisessem fazer um mergulho. Eles se vestiam e recebiam instruções. A margem era de concreto e as pessoas que andassem sobre ela recebiam água até a cintura, sua largura era de mais ou menos um metro e meio e depois não existia mais nada além de água.

Mergulhei, os peixes estavam um pouco mais á fundo. O termômetro na lateral do vidro indicava que a água estava fria, mas por ser filho de Poseidon quase não notei a diferença. Não era difícil para respirar também. A água era limpa e autentica, o que é improvável de acontecer, já que não temos mar em Nova Roma. Mas fora isso tudo parecia normal, as pedras foram bem posicionadas fazendo o musgo crescer em direção à luz que vinha de cima. Os peixes se escondiam dentro dos corais cheios de vida e a areia que cobria a parte de baixo era tão branca e limpa que chegava a ser brilhante. Os enfeites como a âncora e o baú do tesouro estavam cobertos por alga marinha e Musgos de Java. E os gargalhos eram tão coloridos que pareciam até de mentira, como num aquário de dentista.

Quando cheguei ao nível dos peixes era possível ver nitidamente qualquer coisa abaixo de nós. Contracorrente irradiava poder, nas minhas mãos ela parecia imbatível, seu brilho dourado era ainda mais forte. Procurei por qualquer sinal de brilho semelhante ao dela, os denários romanos cintilavam dentro do baú e misturados com áureos e sestércios pareciam novos e preciosos, mas não chegavam a ser ouro olimpiano como a aliança de Zeus.

Continuei procurando com atenção. Nadei por toda a extremidade que me era possível. O tanque dos peixes dos recifes era afastado dos abissais por motivos óbvios, e para dividi-los existia uma grossa placa de vidro temperado. Além daquela barreira os próprios peixes e a falta de luz servia de alerta, mesmo que pudesse meus ânimos não eram favoráveis.

Nadei por varias vezes no mesmo lugar, olhando atentamente em cada canto. As vezes levantava uma pedra, balançava as anêmonas e chegava bem perto das esponjas e corais, mas a aliança não estava ali.

Cada vez que nadava perto da placa de vidro a ideia de que ela pudesse ter caído na parte escura do tanque me vinha á cabeça. Queria afastar a ideia de deixar isso de lado mas o fato de não encontra-la me deixava desesperadamente alarmado.

Um gosto azedo me veio à boca. Eu tinha que entrar no outro lado do tanque e ver com meus próprios olhos se minha sorte estava me pregando uma peça.

Subi á superfície, relutante, e me preparei para ver de perto os animais que tinha estudado nas aulas da faculdade. Os livros diziam que eram animais assustados e que nunca tiveram contato com os humanos até agora. Talvez esse fosse o único zoológico do mundo com suporte para animais do tipo. O que era pra me deixar entusiasmado me deixou um nervoso.

Não estava com medo, eu sabia exatamente como me portar perto deles e sabia que eles me respeitariam como filho do senhor deles. Mas o fato de chegar perto de peixes de espécies pouco conhecidas eram como pisar em areia movediça.

Voltei para perto dos equipamentos de mergulho e procurei por alguma coisa que pudesse me ajudar na busca. Haviam lanternas aprova d’água e de longo alcance, além de trajes especiais que ajudavam a suportar a pressão que fazia dentro dos tanques escuros.

Encontrei um capacete com uma lanterna embutida na frente,ela funcionava perfeitamente. Além dela eu usaria uma de longo alcance e duração, daquelas que se carrega nas mãos.

Achei desnecessário usar uma roupa especial. As minhas já estavam molhadas e a pressão era o de menos. Eu sabia respirar debaixo d’água, então nada de mal podia me acontecer em relação a isso.

Calcei os equipamentos e desci até a margem de concreto. De lá consegui ver a escuridão do lado de dentro, ao dar o primeiro passo para dentro do tanque as imagens dos animais dos livros que eu tinha estudado vieram em minha cabeça. Peguei contracorrente e a deixei preparada caso algum monstro das profundezas me surpreendesse.

A luz do capacete se acendeu com um toque, ela iluminou o caminho em minha frente sem ter muito o que mostrar, apenas o vazio. Continuei nadando, dessa vez virado para baixo. A luz da lanterna em minha cabeça iluminava alguns metros abaixo mas não era suficiente. Acendi a luz da lanterna de mão e ela mostrou alguns peixes escuros e escamosos grudados nas rochas no fundo do tanque. Eles não notaram a luminosidade. Continuei nadando para frente, tomando cuidado para não chamar atenção.

Ás vezes alguns peixes se sacudiam, mas permaneciam no lugar, cegos por causa da luz. Não me atrevi a descer alguns níveis e chegar mais perto da areia igualmente branca no final do aquário, os maiores percorriam o espaço com agilidade, e os feixes azulados que saiam por suas peles indicavam que eram peixes que se iluminavam sozinhos, por tanto eram mais resistentes à luz de outros lugares.

Conforme eu continuava nadando na direção contrária dos peixes dos corais, a escuridão do tanque ficava mais densa. Era como se algum tivesse derramado tinta preta na água e deixado que ela se espalhasse para todos os lados.

A sensação de aprisionamento não era das melhores, mas agora minha preocupação era com a dificuldade para respirar. Isso não acontecia muito, mas todas as vezes que acontecia, principalmente quando era mais jovem, era por causa de algum ser que deixava a água carregada com más vibrações. O jeito era me afastar. Continuei olhando para o fundo da água procurando pela aliança, os peixes se movimentavam mais rápido do que antes, vindo na direção contrária a escuridão.

Me forcei a olhar para trás e a sensação de arrependimento me invadiu. Eu nunca tinha visto peixe tão medonho como aquele, nem mesmo nos livros da faculdade e nas aulas experimentais falavam de peixes como aquele. Foi ai que tive a sensação de que ele não pertencia á esse mundo, ele fazia parte de alguma história mitológica, e com a minha sorte, estava atrás de mim.

Mantive a calma e brandi contracorrente, a água me deixava mais forte e confiante, criei redemoinhos para afastar a criatura, ele rodava junto á eles, mas aparecia do outro lado da mesma forma que a primeira vez: intacto.

Ele chegou mais perto, seu corto era escuro como a água e tão comprido quanto uma moreia gigante. Era largo e seus dentes semelhantes as de tubarões brancos, não eram grandes mas não duvidei de sua precisão. Pela extensão de seu corpo haviam pontos achatados no formato de grãos de arroz, eram azulados e lucilavam como neon.

Aquela criatura sem duvidas não pertencia á Poseidon, só se meu pai adotara outros métodos de fazer a segurança de seu palácio. Mas caso fosse ele respeitaria minha presença assim como os outros peixes. Também não haviam sinais de que ele fizesse parte do reino; as criaturas criadas por Poseidon, assim como todos os deuses, possuíam um símbolo que os distinguiam e diferenciavam dos outros, como Hermes fez com seus macacos e Zeus com seu gavião. Esse peixe deveria ter um tridente estampado em algum lugar de seu corpo, e se tivesse eu saberia.

Fiz mais redemoinhos enquanto forçava a água a me empurrar pra trás, mantendo distância do peixe. Continuei me afastando e mandando outras rajadas de água em sua direção, fazendo o peixe rodopiar e ser mandado parra longe. Mas não adiantava, quanto mais eu o afastava mais rápido ele se aproximava.

Empurrei a água para trás com mais força. A escuridão ia dando lugar para a iluminação artificial do túnel, e os peixes iam ficando menos agitados. Eu estava entrando no vazio de novo, que finalmente encontraria seu fim na parede de vidro que separava os tanques, e quando isso acontecesse não teria mais lugar onde se esconder ou para onde fugir, eu teria que enfrentar esse peixe.

Não queria machucar nenhum animal do Zoológico. Foi essa a razão deu ter poupado da vida da Ave do lago Estínfalo. Estava tão acostumado em acabar com as coisas apenas brandindo a espada e os transformando em pó dourado, que dessa vez tentei ser mais sensato. Afinal eles estavam com razão. Eu invadira seu espaço, entrara em sua casa e estava transformando tudo num caos, eles tinham que atacar. Eu faria o mesmo se alguém invadisse minha casa e mexesse nas minhas coisas, principalmente se incomodasse minha esposa, assim como fiz com as fêmeas da ave negra. Querendo ou não esses animais eram atração dento do Zoo e eu não queria estraga-lo. Eram animais divinos e com certeza raros ou únicos. Eu seria preso caso um deles sumisse.

Continuei me afastando, senti a temperatura da água mudar, estava ficando mais quente, e eu sabia que a parede de vidro estava próxima. Mais uma rajada de água e o peixe se distanciou. Olhei para cima e vi a luz dos holofotes do lado de fora, estava chegando á margem de concreto e isso me deixou mais aliviado. Se eu nadasse até a margem...

Senti algo me cutucando. Não era exatamente algo mas sim alguma coisa, mole como pele aquosa sobre uma cartilagem grossa. Parecia um focinho- ou melhor, um bico de peixe.

Olhei por cima do ombro, a luz da lanterna em minha cabeça iluminou a cara do bicho. Seus olhos eram fundos e completamente negros. Ele mostrou os dentes e agarrou meu braço, enterrando os dentes até o final.

A lanterna caiu, a única luz que restara fora a da lanterna no capacete e o brilho dourado de contracorrente.

Gemi de dor, o sangue coloria a água escura e a deixava com gosto e cheiro de ferro.

Enquanto tentava me livrar do animal preso em meu braço e lutava contra a dor alucinante que ele causara, não notei a velocidade que o primeiro peixe se aproximava. Quando dei por mim ele estava tão perto que se esticasse meu braço daria de encontro com sua enorme boca repleta de dentes afiados.

Chutei o peixe. Ele tentou arrancar meus dedos mas a rajada que mandei á seguir o levara para dois metros mais longe. Enquanto ele tentava se aproximar de novo, dessa vez tão enfurecido que as luzes azuis mudaram para verdes e depois vermelhas, agarrei a mandíbula superior do peixe em meu braço e a forcei para cima, tirei meu braço sentido seus dentes se desprenderem de minha carne. Mais sangue se esvaiu.

Golpeei o peixe com contracorrente. Um a menos não faria diferença.

Nadei o mais rápido que podia para a superfície, e quando estava quase alcançando a margem de concreto senti meu pé ser abocanhado até a extremidade da panturrilha.

Peguei contracorrente e a empurrei para baixo, firmando sua lamina no couro do peixe, até que seus dentes relaxaram e desapareceram.

Agarrei a margem e subi. Deixei o tanque sem olhar para trás. Fora uma péssima ideia e perda de tempo. Só por essa experiência eu merecia mais do que qualquer um meu diploma, nenhum Biólogo seria mais experiente do que eu.

–Pai, você também me deve uma.

***

A sexta ala era a mais legal de todas- e a menos empolgante.

Se eu fosse uma criança de nove anos eu adoraria brincar e tirar fotos nas esculturas de ursos espalhados pela área ao redor da ala seis. Mesmo com vinte e dois anos elas não perdiam a graça, mas olhar para dentro das jaulas e me imaginar procurando uma aliança com um urso no meu cangote não me era convidativo.

O sol desenhava sombras no chão ao atravessar as irregularidades dos objetos. A julgar por sua posição e meus conhecimentos sobre relógios solares, devia ser uma da tarde ou algo do tipo.

Minhas roupas estavam quase secas e os cortes em meu pé e braço estavam fechados, mas doíam como se eu tivesse levantado peso sobre eles depois de horas de malhação.

Olhei em volta, o tema era floresta Canadense, com muitos pinheiros e ar condicionado no ultimo. As flores coloriam os canteiros e vasos espalhados pelo parque, arbustos com pequenas flores brancas eram usados como cerca viva para manter uma distancia segura entre os animais e o público. No centro da ala seis uma fonte redonda descia em níveis diferentes, musgos enfeitavam as pedras e as carpas alaranjadas nadavam livres no ultimo e maior nível.

Era um lugar agradável. Se eu fosse um animal do zoológico gostaria de ser um urso. Dormiria o dia todo e mesmo assim seria uma das principais atrações. Fazendo muitas famílias pararem para me ver brincar com as borboletas e saborear um caxo de abelas repleta de mel.

Aquele era um lugar onde eu gostaria de trazer Annabeth. A decoração a inspiraria para seus futuros projetos. Ela ficaria abismada de como conseguiram fazer a iluminação artificial se parecer com os das florestas e montanhas canadenses e dar a impressão de que você está dentro da paisagem. Até mesmo as figuras nas redondezas das paredes faziam o cenário ser agradável á todas as pessoas, até mesmo para os mais carrancudos e ranzinzas.

Era difícil se concentrar com tanta beleza. Me aproximei da cerca viva e me debrucei contra a amurada de pedra. Lá em baixo os Ursos Pardos brincavam com um tronco de arvore, enquanto os mais novos e mais cheios de energia perseguiam um pássaro que tentava sem sucesso roubar sua comida.

No fundo da jaula uma cachoeira projetada fazia a água da represa correr em movimento constate, ao lado da cachoeira um amontoado de pinheiros não muito altos coloria o chão com seus pinheiros e agulhas.

Olhei por todos os lados, o brilho da aliança de Zeus ficaria quase invisível se tivesse caído ali. Nada seria tão bonito quanto a família de ursos que brincava dentro da jaula.

Meus olhos percorreram o espaço mais uma vez, queria memorizar o quão bonito era, até que uma figura de branco atraiu meu olhar.

Não era nenhum integrante do EPAM ou a veterinária dos olhos vorazes- pelo menos era o que eu achava.

A garota vestia um vestido de vual com mangas abertas que cobriam seus ombros. Estava de costas e sua longa trança cor de caramelo descia pelo vestido transado palha e flores escuras e secas.

Não conseguia ver muito dali, mas quando ela se virou eu tive a certeza que de aquela mulher seria um problema.

Ela observava a mão com evidente alegria, o brilho dourado que saia dos seus dedos e seu sorriso feroz me dizia apenas uma coisa: Ela sabia sobre a aliança e não a devolveria tão fácil.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gente, não é a Calipso. Se fosse eu teria feito um urso comer ela u.u
~PERCABETH PLIZ~

Ideias? Estou aceitando,
bjos e até mais



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