Percy Jackson e as alianças de Ouro escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, esse é o primeiro capítulo da continuação de "Percy Jackson e as alianças de prata", Percy Jackson e as alianças de ouro, como vocês já devem imaginar, vai trazer um momento muito esperado pelos leitores amantes de Percabeth.
Espero que gostem, quem quiser ler a primeira Fic, fique á vontade :D
Grande beijo, boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475796/chapter/1

Hoje fazia um ano e seis meses que eu e Annabeth nos mudado para Nova Roma. Tínhamos um apartamento com dois quartos logo na entrada da cidade, de modo que podíamos ver os seguranças armados pelas janelas de casa. Achávamos ótimo morar do lado do forte de segurança, mas também muito perigoso. Não queríamos ficar ali para sempre, principalmente pelo pequeno espaço que tínhamos, já que queríamos ter três filhos.

Nosso apartamento era aconchegante, embora algumas caixas ainda estejam empilhadas no canto da sala e algumas dentro de uns dos quartos que usávamos como depósito. Havíamos comprado uma mesa de jantar que colocamos no espaço reservado para a sala de jantar. Do outro lado do mesmo cômodo seria nossa sala, que agora era ocupada por um sofá de quatro lugares, uma mesinha de centro e um raque onde colocamos uma televisão que compramos á prestação.

A cozinha era o lugar onde mais precisávamos arrumar. O fogão de só quatro bocas ficava do lado do armário de madeira, deixando manchas escuras nas laterais por causa do calor. A geladeira ganhamos da minha mãe quando nos mudamos. Era nova, por tanto não apresentava problemas. Nos outros armários estavam os pratos e outros utensílios, ao lado a pia de pedra fria e do outro lado, o armário de mantimentos. Era uma cozinha apertada, como a de todo apartamento, mas tinha espaço suficiente para nós dois.

As paredes da cozinha estavam começando a rachar, mesmo tendo nos mudado para lá com tão pouco tempo, parecia que a usávamos á anos.

Em nosso quarto havia apenas uma cama de casal e um armário de seis portas, fora as prateleiras que tive que instalar para nossos livros de faculdade.

Eu estava estudando Biologia Marinha, enquanto Annabeth estudava arquitetura. Tínhamos esperança de que nossos futuros empregos pudessem nos bancar com tranquilidade, sem termos que fazer empréstimos ou entrarmos em cheques especiais. Com pouco tempo que morávamos juntos já tínhamos dividas para cinco anos de casados.

Atualmente eu trabalhava na supervisão da prefeitura de Nova Roma. Por ter ajudado os romanos á alguns anos atrás, eu era muito respeitado até pelos mais novos, por tanto não foi difícil encontrar um cargo publico no qual eu me encaixasse.

Annabeth dava aulas particulares e aos fins de semana supervisionava uma feira semanal de projetos educacionais. Ela trabalhava com um publico grande, principalmente crianças e professores.

Esses pequenos trabalhos que Annabeth fazia nos ajudou a pagar algumas contas, então ela fazia questão de participar.

Ela também estava trabalhando num projeto pessoal, estava escrevendo um livro. Era a história de um cavaleiro medieval que se apaixona perdidamente pela princesa que tem que proteger enquanto a leva para outro país, para encontrar seu noivo arranjado. Era um romance extraordinário que com toda certeza seria vendido como água num dia quente. Eu a incentivava muito, além de ser talentosa nos ajudaria a ganhar uma grana.

Hoje eu receberia meu pagamento e iria direto ao banco para pagar as contas, que aliás, vieram recheadas.

Tivemos que comprar um computador novo para fazermos nossos trabalhos de faculdade por causa da placa que queimou, um ar-condicionado que fora vitima de um raio e novas roupas de cama.

Pelas minhas contas eu conseguiria pagar a primeira parcela tranquilamente, mas as outras teria que contar com a ajuda financeira de Annabeth.

Estávamos poupando cada centavo para nosso casamento, que tinha que acontecer o mais cedo possível.

Toda vez que olhava para o quarto onde colocávamos as caixas, tinha medo de ter que colocar outras coisas além das que á colocávamos: Um berço e móveis de bebê. Não queria ter filhos antes de estar casado e ter uma boa condição financeira. É claro, se ele viesse mais cedo eu seria o homem mais feliz do mundo, mas mesmo assim ficaria com a consciência pesada por ter tantas dívidas e contas á pagar, de forma não sobrasse muito para meu filho.

Então enquanto dirigia até o banco, pensei na situação que estávamos e se ela era assim tão ruim. Comparada com Jason e Piper que se casaram recentemente, nós estávamos um pouco atrás.

Jason era gerente de uma fábrica de cosméticos e Piper uma das supervisoras. Não sabia ao certo o quanto ganhavam juntos, mas a julgar pela festa de casamento podia dizer que era mais que eu e Annabeth em dois meses.

Parei com o carro em frente á uma joalheria, a exposição na vitrine chamava muito a atenção, os relógios masculinos brilhavam por causa da lâmpada fosforescente sobre eles, os colares com delicados pingente faziam as mulheres pararem para admira-los. Quando o sinal abriu continuei meu caminho até o banco onde fazia meus depósitos e pagava as contas.

Durante o caminho notei as promoções antecipas de final de ano, os preços eram incrivelmente baixos, e se continuassem assim poderíamos trocar o fogão e mandar arrumar as paredes da cozinha caso sobrasse algum dinheiro.

Entrei no estacionamento pra clientes ao lado do banco e entrei. Fui até a máquina e realizei os pagamentos antecipados das nossas contas, o que nos dava uma pequena parcela de desconto. Como éramos consumidores que pagavam antes da data, as empresas prestadoras de serviço, como gás de cozinha, água, energia elétrica e telefone nos davam vinte por cento de desconto se realizássemos o pagamento antes da conta virar.

Resolvi checar minha poupança que montara secretamente para meu casamento. Minhas finanças me davam liberdade para acrescentar cem dólares por mês, mas esse mês cosegui exceder um pouco, aplicando duzentos dólares.

Notei que sobrara um pouco mais do que o previsto para o pagamento das contas, e eu estava perto de chamar um gerente para inseri-lo junto com meus suados dois mil dólares que logo seriam gastos em vestido de noiva e decoração, quando me lembrei da joalheria que passara de caro.

Se a cidade estava dando descontos, provavelmente as lojas de joias também estariam mais baratas essa semana.

Guardei a carteira no bolso e os comprovantes de pagamento dentro do bolso interno do casaco e corri até o carro, de lá fui até a joalheria, onde de uma hora para a outra eu compraria minha aliança de noivado.

Por sorte não peguei nenhum sinal fechado, consegui estacionar de frente para a loja e entrei. O ar condicionado estava forte, fazendo as funcionárias usarem casacos de lã e meias grosas.

-Posso ajudar?- Perguntou uma moça alta e muito magra por de trás do balcão. Seu nome era Sussy, pelo o que dizia seu crachá.

-Estou procurando alianças de noivado- disse, olhando pelo vidro os modelos- Sabe me dizer se vocês também estão trabalhando com as promoções?

-Estamos sim, até cinquenta por cento dependendo da peça.

Pedi que ela me mostrasse umas, então Sussy abriu o mostruário de veludo sobre o balcão.

Haviam anéis de todos os tipos e tamanhos. Por experiência sabia que Annabeth usava dezesseis e não gostava de coisas totalmente apagadas nem muito chamativas. Pedi que tirasse do mostruário um anel de prata com uma pedra transparente no pequeno suporte que tinha desenhos de pequenos e delicados corações. Não era espalhafatoso, mas tinha seu charme, exatamente como Annabeth gostava.

-Esse fazemos com quarenta por cento, senhor- Sussy estendeu a mão para que eu pegasse o anel- a caixa sai de graça, e com mais trinta dólares o senhor poderá escolhe um buquê.

Olhei na etiqueta presa ao anel, ela mostrava noventa e cinco dólares, e com mais o desconto que receberia pagaria o mesmo se comprasse caixas de chocolate.

Neguei a oferta das flores e fiz o pagamento. Dentro da caixa preta de veludo estavam as alianças que seriam entregues ainda hoje para Annabeth, uma masculina e a outra feminina. A minha combinava com a dela, mas sem a pedra e os corações.

As flores comprei perto de casa numa floricultura que fazia pela metade do preço.

Deixei o carro na garagem e subi no elevador. Annabeth já estava em casa, e pelo cheiro, estava cozinhando. Virei as chaves com cuidado e entrei. Ela estava de costas para a porta da cozinha, passei sem fazer barulho e escondi as flores dentro do meu armário, junto com a caixa das alianças.

Refiz o caminho até a cozinha onde minha futura esposa cozinhava, a abracei por trás e lhe dei um beijo na bochecha.

-Não vi você chegando- disse ela, se virando para me abraçar- Como foi hoje? Pagou as contas?

-Não tive muita cobrança, só tive que acertar umas blitzes o dia todo- Experimentei o molho da lasanha- E sobre as contas, sobrou mais dinheiro do que eu pensava.

-Isso é maravilhoso- Annabeth me beijou, antão voltou á cuidar de suas panelas- Hoje foi entediante... As crianças do senhor BrentonWoods são terríveis! Se ele não pagasse tão bem eu deixaria de ensinar os filhos deles.

-Ainda bem que você é uma mulher paciente- Lhe dei mais um beijo e peguei água na geladeira- Que tal se deixássemos essas panelas de lado esta noite e saíssemos para comemorar nosso aniversário de um ano e seis messes no nosso apartamento?

Annabeth deixou a colher sobre um prato ao lado do fogão e tapou a panela do molho, ela me olhou e depois se abriu a geladeira, tirando um pote com fatias de queijo e presunto.

-Meu amor, já estou quase acabando essa lasanha... Aguente firme e em meia hora ela vai estar em cima da mesa.

A questão não era fome, mas não podia dizer isso á ela. Apesar de ter um pouco de verdade.

-Só acho que podíamos sair um pouco, gastar esse dinheiro que sobrou fazendo uma coisa legal. Uma coisa que não fazemos á algum tempo desde que nos mudamos para Nova Roma.

Annabeth montou a forma fazendo camadas com os frios e o molho. Depois que terminou colocou no forno e se virou para mim.

-Porque ao invés de sairmos para jantar não mandamos consertar a parede? Ah! O cano da pia está entupido. Vamos ter também as despesas com o encanador.

Não tinha mais argumentos para convencê-la de sairmos essa noite. As contas surgiam do nada, em todo lugar tinha alguma coisa para ser trocada ou consertada. Esse dinheiro poderia pagar o encanador e com mais um pouco trocaríamos a resistência do chuveiro. Resolvi esperar até que conseguisse convencê-la de sairmos, talvez um cinema ou um passeio no parque. Algo que não pesasse no bolso ou aumentasse nossas dívidas.

-Vamos fazer o seguinte, amanhã vamos dar uma volta. Tomar um sorvete, dar uma volta no parque, assistir um filme... Fazer algo diferente.

Ela sorriu doce e abrasou meu pescoço.

-Prometo.

Nos beijamos, então ela me mandou tomar um banho enquanto esperava pela lasanha. Obedeci, não tinha outra opção. Entrei no chuveiro pensando numa maneira de surpreendê-la, eu podia mandar alguém entregar e depois aparecer de surpresa, ou colocar a caixinha dentro de seu sapato, acorda-la com o café da manhã na cama e as flores, depois entregar a aliança com o pedido de casamento.

Gostei da última opção e me preparei para acorda-la no dia seguinte com o café na cama, mas ao invés de fazer o pedido, com amolecê-la, preparar o terreno para quando eu vir com a surpresa.

Jantamos na sala, os enormes livros de arquitetura de Annabeth estavam sobre a mesa da nossa salinha. Pegamos seus livros e apoiamos nossos pratos. Assistimos o jornal enquanto massageava seu cabelo, mais tarde assistimos um filme antes de dormir.

O dia seguinte seria O dia. Tinha que estar preparado para receber minha futura esposa.

Fui dormir meio apreensivo, tenso, mas não estava nervoso de fato, só queria que as coisas se saíssem dentro do planejado. Queria que ela se lembrasse daquele dia com alegria, era tudo o que eu sempre quis: deixa-la feliz e Fazê-la feliz, pra todo sempre.

Puxei as cobertas e me deitei, me virei para o lado de dentro da cama e esperei que Annabeth viesse se deitar comigo. Normalmente ela vinha um pouco mais tarde por causa dos trabalhos de faculdade, mas hoje ela não demorou, apareceu com um sorriso estranho no rosto, trocou de roupa e se deitou.

Ela parecia estranha, mas não por completo. Era como se ela escondesse alguma coisa engraçada, uma piada que estava rindo ou alguma outra coisa que arrancasse sorrisos dela... Esperei que ela se ajeita-se na cama antes de perguntar o motivo pra tanta felicidade.

-Do que está rindo?

Annabeth puxou a coberta para de baixo dos braços e colocou o cabelo para o lado.

-Não é nada, amor. Vai dormir- Ela me deu um beijo rápido e se virou.

Esperei alguns segundos antes de me levantar pelos cotovelos e ver seu rosto. Ela estava sorrindo de olhos fechados.

Queria muito saber o motivo de tanta graça, mas resolvi deixar pra lá.

Me encostei nela com os braços ao seu redor. Coloquei a cabeça em seu pescoço e nuca, fechei os olhos e adormeci.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estão gostando? Os próximos capítulos serão ainda melhores