Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 4
Stifled Feelings


Notas iniciais do capítulo

Voltamos pra manhã daquele dia, mas agora com a mãe do Marshall



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POV Harvey (Mãe do Marshall)

Era 5:30 da manhã quando eu chamei Marshall pela ultima vez, se ele não acordar agora vai chegar atrasado. Autorizei Marceline á jogar um balde de água gelada nele caso não acordasse nos próximos 10 minutos depois que eu saísse (como se ela precisasse de autorização pra judiar dele) Me despedi e tranquei a porta, peguei um ônibus em direção á casa dos Mertens, estava trabalhando lá agora.

Ao chegar quase fui derrubada pela Cake, filha dos meus patrões, ela era meio desastrada, mas era um doce de pessoa, como Fionna, irmã mais nova dela.

Fionna era uma garota muito gentil, ela gostava de conversar (até de mais, não parava um segundo). Quando chega da escola gosta de falar como foi o dia dela pra mim, já que a mãe quase não dá ouvidos pra ela, acho que eu sou mais uma conselheira, psicóloga e ouvinte do que empregada propriamente dita. Como eu sempre tenho o que fazer, os dias passam rápido lá, quando me dou conta já é de noite, hora de voltar pra casa

– espero que Marshall e Marceline não tenham se matado hoje - Aqueles dois brigam feito cão e gato.

Ao chegar em casa, pra minha surpresa Marceline estava abraçando ele como se fosse uma criança e ele estava dormindo que nem um anjinho, com o rosto ainda molhado de lágrimas, ao ver a cena perguntei:

– o que houve? - e ela me respondeu

– ele teve uma crise de novo, ainda se sente culpado pelo que aconteceu - Ela deitou ele na cama e deu um beijo na bochecha, o cobriu e saiu.

– aonde você vai? - Perguntei.

– vou dar uma volta, espairecer - Ela disse fechando a porta

– não volta tarde

Me sentei do lado de Marshall e fiquei olhando ele dormir, pra mim ainda era um criança, meu menininho. Pobrezinho, não merece sofrer desse jeito. Algumas coisas acontecem e não há nada que a gente possa fazer, ele não entende isso.

POV Marceline

Sai de casa pra respirar um ar e dar umas voltas, precisava esfriar a cabeça. Estava andando na praça quando esbarrei numa menina loira e acabei derrubando chá preto na minha blusa

– presta atenção, garota! - Eu disse, mas acho que ela nem me ouviu, estava discutindo com um cara

– Me deixa em paz, Gumball

– Qual é Fionna? Volta aqui!

Droga, agora eu estava toda suja! Logo minha blusa nova, poxa, acho melhor ir pra casa, não vou ficar na praça parecendo uma mendiga. Tomei banho e fui dormir, de manhã fui levantar meu irmão preguiçoso.

– ei marsh, acorda! - ele nem me respondeu, só virou pro outro lado da cama, sacudi ele - Marshall levanta, você tem que ir pra escola

– não vou hoje – ele disse que nem uma criança resmungona

– porque não?

– porque não

Tá, eu não ia obrigar ele á ir, ele não é mais uma criança e ainda deve estar mal por ontem.

POV Fionna

Depois de muito insistir, aceitei sair com o Gumball naquela noite, o que foi uma péssima idéia, ele acha que é meu dono e agora implicou com o Marshall

– Já falei que ele é só meu amigo

– Eu vi muito bem como você olha pra ele, você acha que eu sou o que, um idiota? - Sim, eu acho

– Para com isso, cara, deixa de ser babaca! Já falei que eu não tenho nada com ele e mesmo se eu tivesse dane-se! Eu não te devo satisfação

– ah, agora é assim?

– é

– O que ele tem que eu não tenho?

– Ah me deixa em paz Gumball

– Qual é Fionna, volta aqui!

Sai andando puta da vida, ele pensa que é meu dono, quem ele acha que ele é? Até trombei com uma menina na praça, nem me desculpei - Presta atenção, garota - Ela disse, mas eu não estava com cabeça pra nada naquela hora, só queria ir pra casa. Talvez eu sinta alguma coisa pelo Marshall mas e dai? O que ele tem a ver com a minha vida? Só tenho medo que ele queira arrumar problema com o pobre do garoto que não tem nada a ver com seu ciúmes doentio.

POV Marshall

Acordei com a Marcy me sacudindo

– Marshall levanta, você tem que ir pra escola

Eu não queria ir pra escola, eu não queria ver a Fionna de novo, eu não quero me apegar a ela, olha pra mim: o carinha do subúrbio que ninguém liga. Olha pra ela: é toda linda, filha de George Mertens, nunca daria certo, ela não tá nem ai pra mim, só foi legal comigo porque é assim com todo mundo, me apaixonar por ela é pedir pra sofrer.

– não vou hoje - e nem quero ir amanhã, nem depois, nem depois, só quero sumir.

Vou acabar repetindo desse jeito, de novo, taí um dilema: ou me fodo ou me fodo! Não tem jeito, uma hora eu vou ter que encarar a Fionna, é inevitável. Quer saber? Eu vou sim! Vou hoje vou agora, o que eu tenho á perder? Eu tenho que deixar de ser covarde. Levantei da cama e tomei banho

– ué, você não me disse que não ia? - disse Marcy confusa

– agora eu vou, é inevitável, o que eu tenho a perder?

– que?

– esquece, deixa pra lá - eu disse enquanto fechava a porta.

– garoto estranho

Fui pra escola, chegando lá, encontrei Fionna na classe, que acabara de chegar, minha vontade ali na hora era de beijar ela loucamente, eu estava perdido, sério, desnorteado, nunca me senti assim por ninguém. Me contive, é agora ou nunca, fui em direção a ela, precisava falar com ela.

A medida em que eu ia chegando perto dela minha coragem ia diminuindo, se eu falasse o que eu sentia ela ia me achar um estranho, o que eu diria? "Te conheço faz um dia e já te amo?" Como assim, mano?

Fiquei uma semana pensando no que eu diria, prendendo meus sentimentos, quando ela vinha falar comigo eu ficava nervoso, gaguejeava, quando ela se inclinava na minha mesa eu não conseguia não reparar em seu belo par de seios, acho que ela percebia, mas gostava de me provocar.

Rolava um clima, todo mundo percebia, inclusive Gumball que parecia que estava a prestes a explodir e partir pra cima de mim. Então, numa bela terça feira eu fui determinado a contar tudo a ela, mesmo que ela não olhasse mais na minha cara depois disso. Cheguei na sala, ela já estava lá, me abraçou e eu soltei um suspiro

– Fionna, preciso falar com você - Disse em um tom levemente sério

– Sim, pode falar

– Aqui não dá, é importante

– Nossa, assim você me deixa preocupada, o que é?

– Vem comigo na saída da escola

– Tudo bem

Ela ficou parada no meio da sala, olhando pro nada. Talvez eu me arrependa depois, mas eu precisava falar aquilo pra ela, estava me sufocando, se eu não falar agora talvez nunca diga mais. Hora de sair da friendzone.


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Notas finais do capítulo

Tá esquentando! Não esqueça de deixar um comentário pra motivar o autor ;D
Se tudo der certo, quarta tem cap novo, bjin



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